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Questão 1) a) O que provavelmente causou a hemorragia de V.B.? AINES inibem a COX das plaquetas e exercem efeito antiplaquetário – podem induzir hemorragias – grávidas são pacientes de alto risco para hemorragia placentária. b) Que alternativa você sugere em relação ao tratamento da artrite? Podemos usar um glicocorticoide? O único AINE seguro para grávidas é o paracetamol, que por ser um anti-inflamatório periférico fraco (é bom analgésico e antipirético por ter ação central), não resolverá o problema. Glicocorticoides são ótimos contra a artrite, mas levam ao aborto. A solução aqui seria suspender o tratamento sistêmico e usar alguma abordagem tópica para reduzir o risco, e caso isso não seja possível, suspender por completo o tratamento da artrite. c) Quais as consequências caso a paciente retomasse o tratamento com AINE em um período mais próximo ao parto? AINES vão reduzir a produção de PGF2α e PGE2, (contratores da musculatura uterina), atrasando o trabalho de parto. d) V.B. está com gastrite e resolve usar o medicamento da irmã (misoprostol; análogo da prostaglandina PGE2). O que acontecerá com o filho de V.B.? Misoprostol é um análogo de prostaglandinas (PGE2, que induz contração uterina via receptor EP3), portanto a paciente terá uma indução de parto. Se o bebê for muito pequeno, ocorrerá um aborto. Questão 2) a) O que ocasionou a hemorragia? Explique como isto ocorreu. A paciente usava uma dose ajustada para obter determinada faixa de efeito anticoagulante. Como usou um fármaco antiplaquetário sem avisar a equipe médica, o efeito anticoagulante da warfarina foi potencializado. Se você exagera na inibição anticoagulante, você tem uma hemorragia. Lembrem-se do “cabo de guerra” entre trombose (coagulação excessiva) e hemorragia (coagulação demasiadamente inibida) b) Por que o cardiologista receitou a aspirina para a paciente no passado? Usam-se antiplaquetários em pacientes com alto risco cardiovascular de forma profilática (preventiva). Esse paciente tem maior risco de eventos tromboembolíticos e usar inibidores de agregação plaquetária reduz a mortalidade desses pacientes. Questão 3) a) Que variáveis afetam esta paciente? O consumo crônico de etanol pode induzir a expressão de enzimas hepáticas (do mesmo jeito que a Rifampicina). Isso pode fazer com que você tenha maior número de enzimas que vão metabolizar mais rápido o analgésico. Isso reduz o tempo de meia vida e a Css para níveis subterapêuticos b) Quais são as alternativas de tratamento para esta paciente? Alterar o fármaco (usar um fármaco menos dependente da metabolização hepática). Alterar a via de administração (vamos supor que você tem efeito de primeira passagem e normalmente 25% do fármaco chega ao plasma. Se você tiver mais enzimas hepáticas por causa da indução alcoólica, o efeito de primeira passagem pode ser potencializado, fazendo, por exemplo, que somente 10% da dose do analgésico chegue ao plasma em vez dos 25%). Ajustar a dose do analgésico. Questão 9) Os AINEs ainda podem aumentar o risco de sangramentos/hemorragias quando usados por pessoas tratadas com anticoagulantes, ou pacientes com dengue. Questão 10) Os AINEs seletivos a COX-2 protegem contra ulcerações e queixa gastrointestinal, porém induzem a gastropatia e hemorragias petequeais. • Diferenças: - Cox 1 está associada à produção de prostaglandinas e resulta em diversos efeitos fisiológicos, como proteção gástrica, agregação plaquetária, homeostase vascular e manutenção do fluxo sanguíneo renal. Em contraste. - Cox 2 está presente nos locais de inflamação, sendo, por isso, denominada de enzima indutiva. Exemplos de medicamentos AINES seletivos para a COX-2: - Celecoxibe: nome comercial Celebrex. - Lumiracoxib: nome comercial Prexige, Novartis. - Etoricoxib: nome comercial Arcoxia, Merck-Sharp. - Rofecoxib: retirado do mercado, nome comercial Vioxx.
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