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SEMIOLOGIA DO RECÉM NASCIDO

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SEMIOLOGIA DO RECÉM-NASCIDO
MIGUEL REBOUÇAS
MONITOR DE HABILIDADES CLÍNICAS
ROTEIRO
INTRODUÇÃO;
SINAIS VITAIS;
CABEÇA E PESCOÇO;
TÓRAX;
ABDOME;
GENITÁLIA;
MEMBROS;
PELE;
SISTEMA NERVOSO.
INTRODUÇÃO
Primeiro exame físico do RN logo após o nascimento;
Repetido durante a permanência da criança no alojamento ou berçário;
Exame na presença dos pais;
Avaliar a amamentação;
Momento ideal para o exame (1h a 2h).
COMPRIMENTO E ALTURA 
Criança em decúbito dorsal em um quadro ou bandeja de medida. 
PESO CORPORAL
Pese os lactentes diretamente em uma balança específica para essa faixa etária. Os lactentes devem estar vestidos apenas com uma fralda ou ser pesados sem roupa.
CIRCUNFERÊNCIA CRANIANA
A circunferência craniana deve ser medida durante os primeiros 2 anos de vida. A circunferência craniana nos lactentes reflete a velocidade de crescimento do crânio e do cérebro.
SINAIS VITAIS
SINAIS VITAIS
TEMPERATURA
Termômetro de mercúrio colocado na axila do RN por 2 a 3 minutos;
Temperatura ideal 36,5° - 37°C.
FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC)
Ausculta cardíaca ou palpação de pulsos durante 1 minuto completo;
FC média é de 140 bpm (variação entre 90 – 190 bpm).
SINAIS VITAIS
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Ausculta respiratória ou inspeção dos movimentos respiratórios durante 1 minuto completo, preferencialmente com o RN dormindo;
FR normal varia de 30 – 60 irpm;
Movimento paradoxal é fisiológico nesta fase.
PRESSÃO ARTERIAL
RN em repouso, manguito apropriado à IG; 
Aumenta 1-2 mmHg/dia (1ª Sem) e 1mmHg/semana (primeiras 6 semanas). 
Ao nascimento, os meninos apresentam uma PA sistólica de cerca de 70mmHg (cerca de 85 mmHg com 1 mês e 90 mmHg aos 6 meses);
CRÂNIO
Desproporcionalmente grande;
Ao nascimento, ¼ do comprimento e até 1/3 do peso do RN;
Inspeção e palpação;
Suturas: avaliar se estão presentes e se há cavalgamento dos ossos.
FONTANELAS:
Avaliar a presença, diâmetro e sua tensão (Abauladas x deprimidas);
Palpação: RN sentado ou em posição ortostática;
Anterior: 20 mm (+/- 10mm), localizada na junção das suturas sagital, coronal e metópica, possui um formato de um losango; fecha-se até os 14-18 meses;
Posterior: fecha-se geralmente aos dois meses. Pode já estar fechada ao nascimento. 
FACE
OLHOS 
Abrir: inclinação gentil da cabeça do RN para frente ou para trás;
Avaliar a presença de anomalias congênitas na esclera e pupilas;
Avaliar a conjuntiva, pesquisando se há hiperemia e congestão;
A presença de hemorragias conjuntivas é comum no RN;
Avaliar a reação pupilar a luz;
Pesquisa do Reflexo Vermelho: ambiente escuro e com oftalmoscópio; luz projetada a 45 cm; normal: reflexo alaranjado/avermelhado do fundo do olho emergindo através da pupila.
FACE
ORELHAS E NARIZ:
Observar: formato, tamanho e implantação das orelhas;
Posicionamento das orelhas em relação aos olhos;
Ponto mais importante: verificação da patência das estruturas;
Realizar a oclusão alternada de cada uma das narinas, observando-se a passagem de ar pela narina contralateral;
BOCA:
Inspeção e palpação da cavidade oral;
Palpação pode revelar fendas: labial, labiopalatina e palatina.
PESCOÇO
Avaliar a posição da cabeça, a mobilidade e a presença de tumorações;
Mais fácil palpar com RN deitado;
Tumoração mais frequente: higroma cístico (deformidade cong. Do desenvolvimento linfático);
Clavículas:
Palpação para identificação de fraturas;
Fratura = perda de continuidade na superfície óssea, além de crepitação.
AVALIAÇÃO GERAL DO TÓRAX
À inspeção:
Tórax com diâmetro AP maior que o laterolateral (aspecto arredondado);
Ingurgitamento fisiológico da glândula mamária com saída eventual de pequena quantidade de secreção láctea;
APARELHO RESPIRATÓRIO
INSPEÇÃO 
Padrão respiratório e a frequência respiratória;
Respiração periódica: achado comum, principalmente em prematuros. Pausas (ou lentificação) na respiração com duração de até 5-10 segundos;
Desconforto: identificar os sinais, como batimento de asa nasal e as retrações;
AUSCULTA
Técnica: ambos os hemitórax, nas suas faces ventral, lateral e dorsal;
À ausculta normal, observa-se murmúrio vesicular suave, bilateral e simétrico;
APARELHO CARDIOVASCULAR
Inspeção do precórdio;
Inspeção da cor das mucosas (cianose ou palidez);
Palpação do precórdio e pulsos periféricos (pp. Braquiais e femorais);
Ausculta das bulhas e sopros;
Atenção na palpação para confirmar o coração à esquerda;
Avaliar cuidadosamente os pulsos;
INSPEÇÃO DO ABDOME
Devido a pequena espessura da parede é possível visualizar estruturas como fígado e alças intestinais ;
Abdome é protuberante;
Cordão umbilical: avaliar a presença de duas artérias e um veia, deve ser feita logo após o nascimento;
Ânus: Realizar a inspeção anal. 
AUSCULTA E PALPAÇÃO DO ABDOME 
A ausculta deverá ser realizada nos 4 quadrantes;
Peristalse é observada logo após o nascimento;
Palpação:
Técnica: dedos aquecidos, palpa-se gentilmente os quatro quadrantes, procurando identificar fígado, baço e as alças intestinais;
Interpretação: palpa-se fígado 2cm do RCD, e menos frequente palpa-se a ponta do baço;
Como existir diástase e hérnias umbilicais;
GENITÁLIA
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO;
Definir se a genitália é feminina, masculina ou atípica (ambígua);
Masculina: observa-se aspecto do pênis, testículos e bolsa escrotal. O prepúcio habitualmente recobre a glande e não permite a sua exposição; visualizar o meato uretral externo. Comprimento fisiológico: 2,5 cm;
Feminina: pequenos lábios são proeminentes; podem esta presentes descarga branca ou hemorrágica transitória através do introito vaginal.
Ambígua: Estrutura peniana é chamada de falo, que deve ter seu tamanho e sua característica morfológica descritos; descrever a posição do meato uretral em relação a falo; a presença e a morfologia da bolsa escrotal; a presença de gônadas palpáveis em grandes lábios, pregas labioescrotais ou na região inguinal.
MEMBROS
INSPEÇÃO: Os membros superiores e inferiores do RN assumem uma posição de semiflexão ao nível de cotovelos e joelhos, com leve rotação e abdução;
Manobra de Barlow: utilizada para induzir um deslocamento em quadris instáveis; 
O examinador segura as coxas do bebê apoiando o 4º e 5º dedos no grande trocanter femoral; Com a coxa em adução, imprime uma força para trás;
Manobra de Ortolani: Realizada para reduzir a cabeça femoral deslocada.
Mãos na mesma posição; movimento passivo realizado é a abdução da coxa com tração para frente do grande trocanter. 
Positiva = clique do quadril.
PELE
Pele com textura única;
Alterações vasomotoras: instabilidade e lentidão circulatória periférica (cor vermelho-escura, ou violácea, durante o choro);
Cianose de extremidades (acrocianose), quando expostas ao frio;
Lanugo: pelos finos e macios que podem recobrir o corpo da criança, pp. ombros e dorso; Tufos de pelos (espinha bífida oculta, fístula ou tumor);
Verniz Caseoso: substância graxenta, branco-amarelada (sebo e debris de queratinócitos), que recobre a superfície cutânea das dobras;
Descamação superficial da pele: comumente observada após 24-36 horas do nascimento. 
SISTEMA NERVOSO
Inspeção: aspecto geral, cor, postura, atividade, movimentação ativa, presença de movimentos anormais (ex.: abalos, contrações tônicas de um membro), presença de sinais dismórficos, conformação craniana e mímica facial;
Estado 1 (sono quieto): olhos fechados, respiração regular e sem movimentos;
Estado 2 (sono ativo): olhos fechados, respiração irregular e sem movimentos grosseiros;
Estado 3 (despertar quieto): olhos abertos, sem movimentos grosseiros;
Estado 4 (despertar ativo): olhos abertos, movimentos grosseiros e ausência de choro;
Estado 5 (choro): olhos abertos ou fechados com choro;
Estado 6 (coma): olhos fechados, sem qualquer reatividade ao estimulo verbal ou doloroso.
SISTEMA NERVOSO
Exame adequado:
RN nos estágios 3 ou 4 de vigília;
Temp. 24-27°C;
2h antes ou depois da mamada;
Posição supina inicialmente, despindo-o paulatinamente e executando as manobras que
deflagram choro (ex.: pesquisa do reflexo de Moro e medida do PC) por último;
Basicamente choram;
Caracterizar a sua intensidade (fraco, normal ou forte) e se é inarticulado.
REFLEXOS PRIMITIVOS
REFLEXO DE MORO (REFLEXO DO “ABRAÇO”)
RN na posição supina eleva-se o bebê pelo tronco acima do plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que não caia;
Objetivo é produzir uma extensão rápida do pescoço e cabeça;
Observa-se abdução seguida da adução e flexão das extremidades superiores com movimento semelhante a um “abraço”, flexão do pescoço e choro. 
REFLEXOS PRIMITIVOS
REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO (MAGNUS-DE-KLEIJN)
RN na posição supina, e o examinador realiza a rotação de sua cabeça para um lado por 15 segundos;
Extensão das extremidades (membros superior e inferior) do lado da face e flexão das extremidades do lado occipital.
REFLEXOS PRIMITIVOS
REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR
RN na posição supina, o examinador coloca o dedo na face palmar do bebê;
Flexão dos dedos e fechamento da mão.
REFLEXO DE PREENSÃO PLANTAR
Na posição supina, o examinador comprime o seu polegar sobre a face plantar, abaixo dos dedos;
Flexão dos dedos do pé.
REFLEXOS PRIMITIVOS
REFLEXO DE GALANT
Coloca-se o RN em prona, com o tronco apoiado sob o braço do examinador. Com o dedo da mão contralateral estimula-se a pele do dorso, fazendo um movimento linear vertical que parte do ombro até as nádegas a cerca de 2cm da coluna;
Flexão do tronco, com a concavidade virada para o lado estimulado.
REFLEXOS PRIMITIVOS
REFLEXO DO APOIO PLANTAR E MARCHA
Segura-se o recém-nascido de pé pelas axilas ao colocar seus pés apoiados sobre uma superfície;
Imediatamente ele retificará o corpo e iniciará a marcha reflexa.
REFLEXO DE LANDAU
Com uma das mãos suspendemos o lactente pela superfície ventral;
Landau I – espontaneamente, ocorre uma extensão do pescoço, elevação da cabeça e extensão da pelve;
Landau II – o examinador realiza uma flexão do pescoço, e a resposta obtida é o abaixamento da pelve e flexão das pernas ao nível dos joelhos. 
REFLEXOS PRIMITIVOS
REFLEXO DE BABKIN
Pressiona-se a mão do lactente e verifica-se abertura da boca;
REFLEXO DE SUCÇÃO
Ao tocar os lábios de um lactente com o cotonete, verifica-se movimentos de sucção;
REFLEXO DE PROCURA
Ao tocar suavemente a bochecha do lactente, ele roda o pescoço em direção ao lado estimulado e abre a boca;
REFLEXO DE EXPULSÃO
Ao tocar a língua do lactente com uma colher, por exemplo, ele faz movimentos de protrusão da mesma.
OBRIGADO !!!

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