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Plaquetopenias na infância Doutorando: Gustavo Morais Plaquetas Fragmentos celulares derivados dos megacariócitos Componentes da primeira fase da hemostase – Formação de plug Valor normal 150.000 a 400.000/µL • Volume Plaquetário Médio (VPM): 8,9 +/- 1,5 µm³ • 2/3 são plaquetas circulantes • demais se localizam no baço • Meia vida 7 a 10 dias Sinais de plaquetopenia Sintomas tipicamente envolve pele e mucosa Petéquia, equimose, sangramento prolongado a incisão ou punção venosa, epistaxe, hemorragia gastrointestinal, hematúria e menorragia. Hemorragia intracraniana é rara Hematomas musculares profundos e hemartroses não ocorrem Anomalias congenitas Sindrome TAR: Paciente possui agenesia do radio associado a plaquetopenia Sindrome de Kasabach-Merrit: Hemangiomas benignos gigantes em pele, fígado e baço e ocorre no RN Disqueratose congênita: tríade de pigmentação reticulada da pele, distrofia ungueal e leucoceratose em mucosas associada a plaquetopenia ANOMALIAS CONGÊNITAS Trombocitopenia amegacariocitica congênita: é herdada de forma autossômica recessiva se manifesta na infância com trombocitopenia isolada devido à redução ou ausência de megacariócitos medulares, com preservação inicial de linhagens granulopoéticas e eritróides A pancitopenia causada pela anemia aplástica é uma condição subsequente que se manifesta em aproximadamente 45% dos pacientes; a idade média no início é 3,5 anos (faixa, 0,4-12,5 anos) O defeito na CAT está diretamente ligado às mutações no gene do receptor de trombopoetina c-mpl, que mapeia para o cromossomo 1p35 Manifestações clínicas e laboratoriais Os pacientes apresentam erupções petequiais, contusões ou sangramento ao nascer ou nos primeiro anos de vida. Aproximadamente 50% dos pacientes possuem anomalias físicas características; os outros possuem características normais. As anomalias mais comuns são neurológicas e cardíacas. Achados relacionados à atrofia cerebelar e cerebral são freqüentes, e o atraso no desenvolvimento é frequente. Doença cardíaca congênita ocorre como defeitos septais átriais e ventriculares, dutos arteriais patentes tetralogia de Fallot e coarctação da aorta. Plaquetopenia inicialmente com serie vermelha e branca normais que podem evoluir para anemia aplástica. Diagnóstico e tratamento Miolograma + análise mutacional Transplante de medula óssea + suporte Corticoide – não mostram efeitos Infusão de plaquetas – usar discretamente Evitar Aines Trombocitopenia imune primária Uma das doenças hemorrágicas adquiridas mais comuns da infância +/- 1 caso por 10.000 crianças ano Usualmente benigna e autolimitada Crianças sadias Pico 2 e 6 anos de idade Caracterizada pela destruição acelerada de plaquetas, principalmente pelos fagócitos esplênicos TIP Início súbito Frequentemente precedido de infecção viral ou vacinação 80 a 85% dos casos com resolução espontânea 85% se recuperam em até seis meses 50% dos pacientes se recuperam em 4 a 8 TIP crônicas (com mais de 6 meses) 37% recuperam espontaneamente Fator de risco para evoluir para cronicidade: idade maior de 10 anos, início insidioso e meninas Classificação 1 TIP Recém-diagnosticada: Quando a remissão da trombocitopenia ocorre em período < 3 meses 2 TIP persistentes: Pacientes que não atingem a remissão completa espontânea ou não mantém a resposta após a suspensão do tratamento entre 3 a 12 m do diagnóstico 3 TIP crônica: Quando a trombocitopenia persiste por 12 meses ou mais Manifestações Clínicas Geralmente apresenta-se com: Sangramento “seco” (pele): petéquias, equimose e hematomas Sangramento “úmido” (mucosas): epistaxe, hematúria Menos de 1/3 possui epistaxe e sangramento gengival Menos de 10% apresenta apresenta hematúria, hematúria, hematoquezia hematoquezia ou melena Menorragia pode ser observado em adolescentes Menos de 10% possui baço palpável Mal estar, dor óssea, e adenopatia são incomuns e devem levantar suspeita para outra etiologia (ex. leucemia) Plaquetas são maiores, mais jovens e hemostaticamente melhores Diagnóstico Plaquetas < 100.000 Hemácias e Leucócitos normais Esfregaço sanguíneo deve ser visto por hematologista experiente para confirmar diagnóstico Se dúvida: fazer aspirado e/ou biópsia de medula óssea Resultado esperado: megacariócitos normais ou aumentados Tratamento* Plaquetopenia associada ao uso de fármacos O ácido valpróico é capaz de causar depressão da atividade da medula óssea, resultando em aplasia medular ou síndrome mielodisplásica, ocorrendo citopenia periférica que pode afetar uma ou mais linhagens celulares A plaquetopenia é a alteração mais frequente, com incidência variável entre 5% e 60% nos usuários desse medicamento Mais comum em pacientes do sexo feminino O intervalo de tempo entre o início do uso do valproato de sódio e a sua detecção é variável (de oito dias a 18 meses). Habitualmente, o quadro é reversível com a redução da dose do medicamento ou sua suspensão Referencias GARANITO, Marlene Pereira et al . Valproato de sódio: efeitos colaterais em crianças.Rev. paul. pediatr., São Paulo , v. 27, n. 4, p. 456-460, Dec. 2009 FERREIRA, Adriana Lopes et al. Alterações hematológicas induzidas por medicamentos convencionais e alternativos. Rev. Bras. Farm, v. 94, n. 2, p. 94-101, 2013. KLIEGMAN, Robert et al. Nelson tratado de pediatria. Elsevier Brasil, 2014. BURNS, D. A. R. et al. Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. Barueri, SP, 2017. SANTANA, Larissa Marques et al. Trombocitopenia autoimune em crianças: revisão das recomendações do último consenso. Bol Cient Pediatr, v. 2, n. 3, p. 77-82, 2013. Al-Qahtani, Fatma S. “Congenital Amegakaryocytic Thrombocytopenia: A Brief Review of the Literature.” Clinical Medicine Insights. Pathology 3 (2010): 25–30. Print. Buoli, Massimiliano et al. “The Risk of Thrombocytopenia During Valproic Acid Therapy: A Critical Summary of Available Clinical Data.” Drugs in R&D 18.1 (2018): 1–5. PMC. Web. 24 Apr. 2018.
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