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Defeitos do negócio jurídico.
Negocio jurídico é a manifestação de vontade que produz efeitos desejados pelas partes e permitidos por lei. Exemplo: contratos.
Todos os contratos são espécies de negócio jurídico, pois ambas as partes irão manifestar sua vontade, procurando uma finalidade comum.
Teoria de Pontes de Miranda – existência, validade e eficácia.
Para que o negócio jurídico exista, ele deve ter: 
- Parte (capazes e legitimidades)
- Objeto (lícito)
- Vontade (livre, espontânea, consciente) 
- Forma (prescrita)
Vícios de consentimento: Erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão
Vícios sociais: Fraude contra credores e simulação. 
Erro: Falsa percepção da realidade, onde o agente se engana sozinho.
 Exemplo: Quando se compra um relógio apenas dourado pensando ser de ouro. 
Ignorância É o completo desconhecimento da realidade.
Exemplo: Ir a loja na intenção de comprar um celular e acaba comprando um GPS.
Dolo: Induzir alguém a pratica de um ato que o prejudica. O dolo difere do erro porque este é espontâneo, no sentido de que a vítima se engana sozinha, enquanto o dolo é provocado intencionalmente pela outra parte.
Espécies de dolo: 
A) Dolo principal: Configura-se quando o negócio é realizado somente porque houve induzimento malicioso de uma das partes. Não fosse o convencimento astucioso e a manobra traiçoeira, o acordo não teria se concretizado.
B) Dolo acidental: Quando o negócio seria realizado, embora por outro modo. Este seria concretizado independentemente da malicia empregada pela outra parte ou por terceiro, porém em condições favoráveis ao agente.
Coação: Pressão ou ameaça a pessoa para que a mesma realize determinado negócio jurídico.
Coação absoluta: Se sujeita qualquer consentimento ou manifestação da vontade. A vontade pretendida pelo coator é obtida mediante o emprego de força física. Exemplo: A colocação da digital do analfabeto no contrato, agarrando a força o seu braço. 
Coação principal/acidental: Assim como no dolo, sem ela as condições assim mesmo se realizaria, mas em condições menos desfavoráveis a vítima.
Estado de perigo: Caracterizado por dois elementos:
Objetivo: Pessoa que celebra um negócio jurídico tomando um prejuízo, onerosidade excessiva. 
Subjetivo: O que levou aquela pessoa a celebrar tal contrato. É uma situação que está forçando o contratante a realizar o negócio jurídico oneroso, como por exemplo estar passando por uma situação de perigo. Exemplo: Um enfermo no auge de sua doença que se sujeita a pagar o altíssimo honorário cobrado pelo médico.
No estado de perigo é obrigado a se provar o elemento subjetivo. 
Estado de perigo e lesão:
O estado de perigo ocorre quando alguém se encontra em perigo e, por isso, assume a obrigação excessivamente onerosa. 
A lesão ocorre quando não há estado de perigo, por necessidade de salvar-se, a “necessidade”, por exemplo, de obter recursos.
Estado de perigo e estado de necessidade:
O estado de necessidade é mais amplo, abrangendo tanto quanto no direito penal a excluisão da responsabilidade por danos, no código civil se refere a destruição de coisa alheia ou lesão a pessoa, envolvendo questões relacionadas com todo o direito público e privado. Exemplo: Demolição de prédios.
O estado de perigo é um tipo de estado de necessidade, é defeito do negócio jurídico que afeta a declaração de vontade do contratante, diminuindo a sua liberdade por temos de dano a sua pessoa ou a pessoa de sua família.
Estado de perigo e coação:
No estado de perigo incorre a hipótese de um dos contratantes constranger o outro a pratica de determinado ato ou a consentir na celebração de determinado contrato. O que se considera é o temos de dano iminente que faz o declarante participar de um negocio excessivamente oneroso. 
Na coação, apenas o aspecto subjetivo é considerado. Não se levam em conta condições do negócio se não abusivas ou iníquas, mas somente as vontade, que se manifesta divorciada da real intenção do declarante. 
Lesão:
Pessoa que celebra o negócio jurídico suportando onerosidade excessiva.
Subjetivo: Situação de necessidade OU inexperiência. 
Não é preciso provar o subjetivo.
Vícios sociais:
- Fraude contra credores: 
Quando o devedor, objetivando inadimples com a obrigação assumida perante o seu credor, firma contrato com terceiro alienando bens que garantia sua solvência. Aqui o terceiro tem ciência do motivo da disposição do bem, e em aliança com o devedor, conclui o negócio em prejuízo ao credor. 
- Simulação: 
Mentira, má fé. A simulação é o fingimento na declaração de vontade com a intenção de enganar uma das partes na execução do contrato.
(Aula 16) Validade do negócio jurídico. 
A validade apresenta três etapas distintas para sua formação: O plano da existência, o plano da validade e o plano da eficácia. 
Existência: Há três elementos mínimos necessários para formar um negócio jurídico e para que ele tenha existência: O agente (pessoa), o objeto (a ser alienado) e a vontade (da celebração).
Validade: Vontade livre, esclarecida e ponderada
Eficácia: Efeitos concretos, significa na prática aquele negócio jurídico que foi celebrado. O plano de eficácia mais evidente num contrato de doação, por exemplo, é o donatário que torna-se dono do bem doado. Num contrato de compra e venda é quando o adquirente se torna dono do bem e o alienante recebe o preço pelo valor vendido.
Da invalidade do negócio jurídico
Abrange a nulidade e a anulabilidade do negócio jurídico.
Negócio jurídico inexistente:
Aquele que não reúne os elementos necessários a sua formação. Não produz qualquer consequência jurídica.
Exemplo: Se não houve qualquer manifestação de vontade, o negócio não chegou a se formar, portanto, inexiste. Se a vontade foi manifestada mas encontra-se contaminada de erro, dolo ou coação, por exemplo, o negócio existe mas é anulável. Se a vontade emana de um absolutamente incapaz, maior é o defeito e o negócio existe mas é nulo.
Nulidade: O negócio é nulo quando ofende regras de ordem publica.
As nulidades podem ser divididas em: Nulidade em sentido estrito, nulidade absoluta, nulidade total, nulidade textual.
As causas de nulidade podem ser dividas em: Subjetivas, objetivas e formais;
Anulabilidade: É o “vício social” caracterizado pelo desacordo entre o declarado e a vontade real dos declarantes, decorrente do intuito de enganar terceiros ou fraudar a lei.
(aula 17) Dos atos jurídicos ilícitos.
Ato ilícito é o praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem. 
Art. 186 – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito”.
Ato ilícito é, portanto, fonte de obrigação: A de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado.
Responsabilidade civil contratual e extracontratual:
Contratual: Quando já descumprimento de uma obrigação prevista em contrato. (Ex: atraso no pagamento do aluguel)
Extracontratual: Quando há descumprimento das leis.
Pressupostos da responsabilidade extracontratual:
- Conduta: (ação ou omissão) por ato próprio (responsabilidade direta) ou por ato de terceiros (responsabilidade indireta) 
- Dano: Justifica o pagamento de uma indenização
- Nexo causal: Consiste no liame entre a conduta e o resultado verificado (Ex: salva vidas)
- Culpabilidade: Caracterizada pelo "dolo" ou pela "culpa"
Dolo: intenção abrangente da conduta/RESULTADO
Culpa: intenção abrangente da conduta sem intenção do resultado.
Omissão: negligência
Imperícia: Falta de habilidade
Responsabilidade civil subjetiva e objetiva:
Subjetiva: Pressupoe a culpa como fundamento da responsabilidade civil. Não havendo culpa, não há responsabilidade.
Objetiva: É a reparação de um dano cometido sem culpa. Quando isso acontece, diz-se que a responsabilidade é objetiva porque dispensa a culpa e se satisfaz apenas com o dano e o nexo de causalidade.
Conduta: 
Subjetiva = culpa. 4 elementos: fato, dano, nexo causal, culpa (soma dos 4 elementos)
Objetiva = risco. 3 elementos: fato,dano, nexo causal.
Ato ilícito é todo ato contrário as leis.
- Imputabilidade e responsabilidade: 
Imputabilidade é a responsabilidade de atribuir a um individuo a responsabilidade por uma infração. 
Para que alguém pratique um ato ilícito e seja obrigado a reparar o dano causado, é necessário que tenha capacidade de discernimento. Aquele que não pode querer e entender não incorre em culpa e, por isso, não pratica ato ilícito. 
Inimputável: Sem consciência de seus atos.
Um ato só é ilícito se ele for culpável.
Ato jurídico em sentido estrito:
- Fatos jurídicos em sentido estrito - "acontecimentos da natureza"
- Atos jurídicos em sentido amplo - acontecimentos que pressupõem intervenção humana de "condutas", estes, por sua vez, se subdividem em:
• Atos fatos: Quando a conduta humana ´é comparada com a ocorrência natural
• Atos jurídicos em sentido estrito: Em que se faz necessária uma vontade a se manifestar (embora seus efeitos derivem da própria lei)
• Negócios jurídicos: Em que se faz necessária uma vontade a se manifestar - de modo que seus efeitos derivem do quanto depreensivel a partir da própria declaração 
Ação ou omissão:
Refere-se a lei a qualquer pessoa que, por ação ou omissão, venha a causar dano a outrem. A responsabilidade pode derivar de ato próprio, de ato de terceiro que esteja sob a guarda do agente e, ainda de danos causados por coisas e animais que lhe pertençam. Neste ultimo caso, a culpa do dono é presumida.
Culpa ou dolo do agente:
Dolo é a violação deliberada, intencionalmente, do dever jurídico. Consiste na vontade de cometer uma violação de direito. A culpa, com efeito, consiste na falta de diligência que se exige do homem médio.
Relação de causalidade:
É o nexo causal entre ação ou omissão do agente e o dano verificado. Sem ela não existe obrigação de indenizar.
Dano: 
Sem a prova do dano ninguém pode ser responsabilizado civilmente. O dano pode ser patrimonial (material) ou extrapatrimonial (moral), ou seja, sem repercussão na orbita financeira do lesado. 
Atos lesivos não considerados ilícitos:
- Legítima defesa (art. 23,24 e 25 c. penal):
 Não constituem nos atos ilicitos "os praticados em legítima defesa ou no exercicio regular de um direito do reconhecido"
Se o ato foi praticado contra o proprio agressor e em legítima defesa, não pode o agente responsabilizado civilmente pelos danos provocados.
- Exercício regular e abuso do direito:
O abuso do direito ocorre quando o agente atuando dentro dos limites da lei, deixa de considerar a finalidade social de seu direito subjetivo e exorbita, ao exerce-lo, causando prejuízo a outrem.
- Estado de necessidade:
"A deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remoer perigo iminente".
Entretanto, embora a lei declare que o ato praticado em estado de necessidade não é ato ilícito, nem por isso libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou. Se um motorista, por exemplo, atira seu veículo contra um muro, derrubando-o, a fim de desviar de uma criança, seu ato embora lícito não o exonera de pagar a reparação do muro.

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