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AulaTeoriaMacroClssica

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A MACROECONOMIA CLÁSSICA: PRODUTO E EMPREGO DE EQUILÍBRIO
 
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3.2. A Revolução Clássica
Mercantilismo: 
(1) a crença de que a riqueza e o poder de uma nação fossem determinados 
por seus estoques de metais preciosos (ouro e prata);
(2) a crença na necessidade da intervenção estatal para direcionar o desenvolvimento
do sistema capitalista. 
Posições do Sistema clássico:
(1) O economistas clássicos acentuavam o papel dos fatores reais (capital, trabalho, 
Tecnologia) na determinação das variáveis reais, como a produção e o emprego. A 
Moeda teria na economia somente a função de meio de troca.
(2) Os economistas clássicos acentuavam as tendências auto-reguladoras das 
Economias.As políticas do governo para regular a demanda agregada eram ações
desnecessárias e prejudiciais.
Equilíbrio geral (Lei de Walras, de Say e concorrência perfeita): os economistas clássicos 
achavam que o mecanismo de mercado iria atuar para criar mercados para todos e 
quaisquer bens que fossem produzidos. No Agregado, a produção de uma determinada
quantidade de produtos geraria demanda suficiente para esses mesmos produtos; 
Nunca poderia haver uma escassez de compradores para todas as mercadorias. 
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3.3 Produção
Uma relação central no modelo clássico é a função de produção agregada.
Representa a tecnologia das firmas individuais e é uma relação entre os níveis de 
Produção e os níveis de insumos.
Y=F(K,N), em que y é a produção real, K é o estoque de capital(planta e equipamen
tos) e N é a quantidade de mão-de-obra, suposta homogênea. 
No curto prazo, supõe-se que o estoque de capital, a tecnologia e a população são 
constantes, assim a produção varia unicamente com as alterações na utilização de 
mão-de-obra (N).
Figura 3.1a (p.48): características.
Função de produção Cobb-Douglas com retornos constantes de escala: Y=A.KαNβ, em
em que α+β=1
Produto marginal do trabalho (PMgN) é o incremento ao produto resultante do acréscimo
de mais uma unidade de mão-de-obra (hora de trabalho).
O produto marginal do trabalho é medido pela inclinação da função produção (∆Y/∆N)
É uma curva com inclinação negativa, quando traçada contra os níveis de emprego: 
quando uma firma ou economia usa mais mão-de-obra, o produto marginal do trabalho 
cai e vice-versa.
PMgN=∆Y/∆N=A.Kα/Nβ-1, como α e β são menores do que 1, então existe uma relação 
inversa entre o produto marginal do trabalho e nível de emprego. 
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3.4. CURVA DE DEMANDA POR TRABALHO DE UMA FIRMA E DA ECONOMIA
1)Suposições sobre o mercado de trabalho:
(i) As firmas e os trabalhadores individuais escolhem e agem de forma ótima.
(ii)Todos são perfeitamente informados sobre os preços relevantes.
(iii) Não há obstáculos aos ajustes de salários nominais.
2) Demanda por Trabalho:
Pelo da demanda, os compradores de serviços de mão-de-obra são as firmas, que 
produzem mercadorias. 
No modelo clássico, as firmas são perfeitamente competitivas: ela aumentará a produ
ção até o ponto em que o custo marginal de produção(CMgi) seja igual ao preço do 
produto (RMgi)
A CP, a escolha do nível de produção e a quantidade de trabalho constituem uma única 
decisão
O custo marginal de cada unidade adicional de produção é o custo marginal do trabalho.
Por sua vez, CMg do trabalho é igual ao salário monetário dividido pelo número de uni
dades produzidas por unidade adicional de mão-de-obra: CMgi=W/PMgNi
 A condição para maximização do lucro: P=CMgi=W/PMgNi
Alternativamente: W/P=PMgNi
Logo, a demanda da firma por hora de trabalho é o produto marginal da hora de traba
lho, Figura3.2, p.51. Isso significa que a demanda por trabalho depende inversamente do 
valor do salário real: um aumento no salário real (↑W/P) causa redução na demanda por 
trabalho(↓Nd)), e uma queda no salário real(↓ W/P) causa um aumento na demanda por 
trabalho(↑Nd). A curva de demanda agregada por trabalho é a soma horizontal das 
curvas de demanda das firmas individuais: Nd=f(W/P)
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CURVA DE OFERTA DE TRABALHO
Os economistas clássicos supõe que o indivíduo tenta maximizar a utilidade(ou satisfa
ção) escolhendo combinações de renda real(poder de compra sobre bens e serviços
e lazer: U (renda real, lazer), em que U=utilidade e renda real=W/P.
Há um trade-off entre renda real e lazer: 
→
→
Oferta de trabalho:
W=Salário nominal por hora, enquanto P=Nível de preço de bens e serviços.
W/P=Salário real.
Figura 3.3-Decisão Individual de Oferta de Trabalho
A inclinação da curva de indiferença fornece a TMgS de Lazer por trabalho:o montante 
adicional de renda que ele teria de receber para manter inalterada sua satisfação após
renunciar a uma unidade de lazer, aumentando em uma unidade.
As curvas tornam-se mais inclinadas à medida que aumenta-se HT e reduz-se HL.
A inclinação da linha orçamentária é o salário real: W/P
Para maximizar a utilidade o indivíduo deverá escolher para qualquer salário real, 
a oferta de trabalho em que a linha orçamentária seja tangente a curva de indiferença
mais afastada da origem: TMgS desejada de lazer por trabalho = TMgS técnica de lazer 
por trabalho dado pelo salário monetário (W).
A curva de oferta agregada de trabalho é obtida somando-se horizontalmente todas as 
curvas individuais de oferta de trabalho: Ns=g(W/P)
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D
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PRODUTO E EMPREGO DE EQUILÍBRIO
Relações Econômicas do Sistema Clássico:
1. y = F( ,N) (função da produção agregada)
2.Nd = f(W/P) (curva de demanda por trabalho)
3.Ns = g(W/P) (curva de oferta de trabalho)
4. Condição de equilíbrio no mercado de trabalho: Ns=Nd
Essas 3 relações junto com a condição de equilíbrio determinam o salário real, o emprego e o produto no sistema clássico.
Variáveis endógenas: produto, emprego e salário real.
Figura 3.4-A Teoria Clássica do Produto e do Emprego (p. 54)
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DETERMINANTES DO PRODUTO E DO EMPREGO
Variáveis exógenas no sistema clássico que causam variações do produto e do emprego:formação de capital, mudança tecnológica, crescimento populacional e mudanças nas funções de preferências dos indivíduos.
No modelo clássico, os fatores que determinam a produção e o emprego são os que determinam as posições das curvas de oferta e demanda por trabalho, bem como a posição da função produção agregada.
 O aumento do estoque de capital e a mudança tecnológica causam deslocamento para cima da função de produção agregada.
Com efeito, o produto marginal do trabalho sobre deslocamento também para cima (↑PMgN).
Logo, a curva de demanda por trabalho desloca-se para a direita.
O crescimento populacional e a redução no trade-offs trabalho-lazer, desloca a curva de oferta para a direita. 
No modelo clássico, os níveis de produção e emprego são determinados exclusivamente por fatores associados à oferta: variáveis que afetam as quantidades que as firmas escolhem produzir.
Fatores que não afetam o produto e o emprego: a quantidade de moeda, o nível de gastos governamentais e o nível da demanda por bens de capital.
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A “Lei” de Walras
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Capítulo 4.O SISTEMA CLÁSSICO: MOEDA, PREÇOS E JUROS
4.1. A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA: o nível de preços varia diretamente com a
quantidade de moeda em circulação.
→A Equação de Troca:Economista Americano Irving Fisher
Primeira Versão:MVT≡PTT, em que M=quantidade de moeda, VT=velocidade-transação
da moeda(número de vezes, na média, a moeda foi utilizada em transações),PT=índice 
de preços dos bens transacionados, e T=volume de transações.
Segunda Versão: VT≡ PTT/M=3600 bilhões/300 bilhões=12
MV≡Py, em que V=velocidade-renda da moeda(número de vezes em que, na média, a 
moeda é usada em transações que envolvem a produção corrente/renda), P=índice de 
preços para a produção corrente, y=PIB real.
No equilíbrio, a velocidade-renda era determinada
pelos hábitos e tecnologias de 
realização de pagamentos na sociedade, assim no curto prazo, podia ser considerado 
como sendo fixo.
Além disso, com o nível de produto fixado por fatores de oferta: 
 
De que forma as mudanças no estoque da moeda afetam o nível de preços?
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A Abordagem de Cambridge à Teoria Quantitativa
Alfred Marshall e Arthur C. Pigou
A decisão sobre a escolha dos montantes ótimos de moeda a serem mantidos
pelos indivíduos dependeria de dois critérios: 
1.uma certa quantidade de moeda seria mantida em razão da conveniência proporcionada 
nas transações,quando comparada a outras formas de armazenar valor.
2.A moeda também fornece segurança, diminuindo os riscos advindos de não se conseguir
liquidez para cumprir obrigações inesperadas.
Com base nesses critérios, qual seria o montante ótimo de moeda a ser mantido?
 Suposição: a demanda por moeda corresponderia a uma fração ótima da renda e da
riqueza:Md = kPy,sendo Md=demanda por moeda, k=proporção ótima renda nominal (Py).
k→relativamente estável a curto prazo, dependendo dos hábitos de pagamentos da 
sociedade.
Em equilíbrio, o estoque exógeno de moeda deve ser igual à quantidade demanda de 
moeda:
M=oferta de moeda
Equivalência formal com a equação de trocas: 
V=1/k
Mecanismos pelos quais a moeda afeta o nível de preços:
Supondo equilíbrio (M=Md), uma duplicação da quantidade de moeda causa: 
1. Excesso de oferta de moeda em relação a demanda (M>Md),
2.Para atingir a proporção ótima entre moeda e renda, os indivíduos reduzirão seu 
estoque de moeda, aumentando o consumo e o investimento.
3.Como k e y são fixos a curto prazo, o nível de preços, a renda nominal e a demanda 
por moeda terão dobrado.
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A CURVA DE DEMANDA AGREGADA CLÁSSICA
Suposições: 				
k=1/4→V=1/k=4 e M=300 unidades: 
TQM:
A curva de demanda agregada Yd(M=300), mostra todas as combinações Py=1200=
Se M aumenta para M=400 unidades: Yd (M=400), a curva de demanda clássica desloca-se para a direita.
Por sua vez, a curva Yd(M=400), mostra todas as combinações Py=1600=
Py=1200=
Figura 4.1, p.71
Figura 4.2, p. 72, mostra que o aumento de M desloca a curva de demanda agregada para a direita, e como a curva de oferta é vertical, os aumentos de demanda não afeta o produto, apenas o nível de preços aumenta.
Uma mudança na quantidade de moeda é o único fator que desloca a curva de demanda agregada.
A teoria da demanda agregada clássica é implícita, desde que não analisa os componentes da demanda agregada e não explica os fatores que o determinam: consumo, investimento e gasto do governo.
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A TEORIA CLÁSSICA DA TAXA DE JUROS
O papel explícito dos componentes da demanda agregada-consumo, investimento e gastos do governo- expõe-se na determinação da taxa de juros de equilíbrio.
A taxa de juros é que garante que mudanças exógenas nos componentes da demanda não afetam o nível da demanda agregada por bens e serviços.
A taxa de juros é um fenômeno real que não depende da quantidade de moeda.
No sistema clássico, os fornecedores de títulos eram as firmas que financiavam os seus dispêndios de capital e o governo para financiar seu déficit público: G-T>0
i=f(rentabilidade esperada, taxa de juros-r)
	 + -
Demanda por fundos de empréstimos: i+(g-t)
Para os poupadores o ato de poupar é uma troca de consumo corrente por consumo futuro, assim, a poupança era considerada uma função positiva da taxa de juros; 
S=g(r)→Oferta de Fundos de Empréstimos
 +
Os choques que afetam a demanda por consumo, por investimentos e a demanda do governo não afetam a demanda total pelo produto.
Estes choque não deslocam a curva de demanda agregada.
Figura 4.3 (p.76)-Determinação da Taxa de Juros (Sistema Clássico)
Figura 4.4 (p.77)-Declínio Autônomo da Demanda por Investimentos
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AS CONCLUSÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA DO MODELO CLÁSSICO
A) A Política Fiscal é a determinação do orçamento público: decisões governamentais sobre gastos e tributação.
No sistema clássico, a política fiscal não possui efeitos sobre o produto e o emprego, apenas sobre a taxa de juros e o nível de preços.
Fontes de recursos:1. a tributação, 2.a venda de títulos ao público ou o financiamento pela criação de moeda.
Efeito deslocamento (crowd—out): os aumentos nos gastos do governo financiado pela venda de títulos ao público causa elevação da taxa de juros para cima, o suficiente para o deslocamento de uma quantidade igual de gastos privados(consumo mais investimento)
 Figura 4.5, p.80
B) Política Monetária.
A quantidade de moeda determina o nível de preços e o nível da renda nominal, assim a política monetária deveria garantir a estabilidade monetária.
A quantidade de moeda não afeta os valores de equilíbrio das variáveis reais no sistema: o produto, o emprego e a taxa de juros. 
No sistema clássico, a taxa de juros é um fenômeno real, que não depende da quantidade de moeda.
A moeda era um véu que determinava os valores nominais pelos quais medimos variáveis como o nível de atividade econômica, mas ela não tinha efeito sobre as quantidades reais.
Em suma, no sistema clássico, a moeda era considerada neutra.
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