SISTEMAS ADESIVOS

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SISTEMAS ADESIVOS
Histórico
Hagger 1951- ácido glicerofosfórico dimetacrilato (Cavity Seal)
Buonocore 1955-condicionamento ácido no esmalte
1965- Ca+resina fluída (selante)
Década de 70- smear layer provocava uma união fraca dos adesivos com a estrutura desmineralizada.
Nessa época não era recomendado o condicionamento ácido da dentina por medo de injúria pulpar
1977- Fusayama- ácido fosfórico 40% dentina (Clearfil Bond)
1987- Scotch-bond2-Primer (ácido maleico 2,5% e Hema) e um Adesivo (Bis-GMA e Hema)
1990- Condicionamento ácido total
Indicações
Restaurações estéticas diretas
Restaurações de amálgama adesivo
Cimentação adesiva
Selantes
Ortodontia
Ferulização/Contenção
Reparos
Dessensibilização 
Colagem de fragmentos em dentes anteriores
Cimentação de pinos intra radiculares.
A adesão as estruturas dentais
 Consiste em 3 etapas:
Preparo da superfície para receber o adesivo, que consiste basicamente na remoção seletiva da hidroxiapatita
Aplicação de monômeros que se infiltram nos espaços deixados pela remoção da hidroxiapatita
Transformação dos monômeros líquidos em polímeros sólidos por reação química ativada por um processo físico e/ou químico.
Adesão em Esmalte
O esmalte é basicamente constituído por prismas, unidades estruturais do esmalte em forma de fechadura, os quais contém os cristais de hidroxiapatita, que também está presente na região aprismática.
O condicionamento com ácido fosfórico aumenta a energia livre de superfície e aumenta a área de superfície.
Adesão em Dentina
Possui uma certa diferença estrutural e composicional em relação ao esmalte, apresentando mais componentes orgânicos e água com menor porção orgânica (70%).
O uso de monômeros hidrofílicos nos adesivos é preconizado em dentina por conta da presença de água em sua estrutura.
Porções: dentina intertubular, peritubular, túbulos dentinários e canículos. 
Contém: água, prolongamentos odontoblásticos, componentes orgânicos (proteínas,carboidratos, etc), matriz colágena.
A dentina intertubular é menos mineralizada que a peritubular, porém há maior concentração de fibras colágenas.
No processo de elaboração do preparo dentário é formada a smear layer, uma camada de 1 a 5 micrômetro de restos de sangue, microorganismos, saliva e fragmentos de esmlate e dentina.
*A adesão tanto em esmalte quanto em dentina é essencialmente micromecânica.
Funções 
Promover união a estrutura dentária
Retenção e vedamento das restaurações
Vedamento dos túbulos
Proteção do tecido pulpar
Dessensibilizantes dentinários
Impedem a ação solubilizadora dos ácidos
COMPONENTES
Solvente (orgânico, pode ser acetona, etanol e água, é necessário para proporcionarem a fluidez adequada ao adesivo, possibilitando sua aplicação clínica)
Monômeros (resinosos que são diluídos em solventes orgânicos)
Hidrofílicos: sofrem adesão ao substrato úmido. Hema (boa infiltração, mas não polimeriza bem)
Hidrofóbicos: proporcionam maior resistência mecânica e estabilidade. Dimetracrilatos (TEGMA, Bis-GMA, polimeriza bem, mas sua infiltração não é satisfatória).
Promotores de adesão
Carga
Outros (estabilizadores, catalizadores, etc)
CLASSIFICAÇÃO
Convencionais: Utilizam ácido fosfórico¹, é aplicado como uma etapa separada. 
Vantagens: sua desmineralização é mais eficiente, maior quantidade de minerais são retirados da superfície dentária, proporcionando melhor adesão do adesivo.
Desvantagens: o adesivo pode não penetrar em toda a área desmineralizada*, portanto, uma parcela da matriz colágenas não será infiltrada, gerando, posteriormente, sensibilidade pós-operatória.
Há maior probabilidade de erro na execução devido ao maior número de passos na técnica.
Isso se as recomendações do fabricante não forem seguidas
O ácido fosfórico promover melhor adesão do adesivo ao esmalte, devido ao seu maior poder de desmineralização.
Autocondicionastes: não necessitam lavagem após a aplicação, desmineralizam e infiltra simultaneamente o adesivo, porém resquícios de smear layer não são removidos, tornam-se parte da camada híbrida do sistema.
Possuem ácidos orgânicos e ou monômeros ácidos que após a dissolução do esfregaço, penetram e desmineralizam a dentina intertubular expondo, assim, a matriz de colágeno.
A CAMADA HÍBRIDA DOS AUTOCONDICIONANTES POR SER MENOS ESPESSA É PIOR? “ Apesar de a camada híbrida sem menos profunda é mais uniforme o que não resulta em resistência de união inferior. Promove a manutenção dos smear-plugs, diminuindo a permeabilidade dentinária e sensibilidade. ”
Camada híbrida grossa ou fina não demonstram correlação com forças de adesão. Camadas híbridas de 0.5-4 micrometros mostram forças de adesão semelhantes.
Não possuem bons resultados de adesão em esmalte intacto, são melhor indicados quando em dentina.
Aspirar as margens de esmalte melhora a adesão.
ADESIVOS ''SELF ETCH'' 
Não possuem os mesmos resultados que o adesivo autocondicionante de 2 passos in vitro e clinicamente
Os valores de adesão são baixos,sendo incompatíveis com os compósitos ativados quimicamente
Margens manchadas precocemente.
ADESIVOS UNIVERSAIS
Pode ser usado com condicionamente, sem condicionamente ou com condicionamento seletivo de esmalte.
Para técnicas diretas e indiretas.
Dentina pode estar mais seca, mais úmida ou molhada.
Observações
Os sistemas autocondicionantes de passo único demonstraram menor força de adesão do que o sistema de 2 passos, a força de união ao esmalte pode ser aumentada considerando previamente o condicionamente ácido do esmalte como etapa separada.
Classe IV: o condicionamente ácido como etapa separada seguida do uso de um sistema autocondicionante deve ser considerado para esse tipo de restauração, ja que há a necessidade de uma forte adesão ao esmalte.
Condicionamento de Dentina
Promove a remoção da Smear Layer e Smear Plug, promovendo uma desmineralização superficial da dentina, expondo a matriz colágena e alargando a entrada dos túbulos dentinários.
A aplicação do adesivo sobre a dentina desmineralizada forma a camada híbrida (união do adesivo a dentina)
O CA promove cerca de 5 a 10 micrometros desmineralização.
Autocondicionantes: 1 a 5 micrometros
CUIDADOS A SEREM TOMADOS AO SE UTILIZAR ADESIVOS QUE UTILIZAM ÁCIDO FOSFÓRICO
Adequada limpeza da cavidade
Aplicar o ácido fosfórico por 15s em esmalte e 10s em dentina
Lavar por no mínimo o mesmo tempo de condicionamento do esmalte.
Esmalte seco e dentina úmida (ponto crítico)
Solvente dos autocondicionantes: a água facilita a ionização, melhora a capacidade autocondicionante dos monômeros ácidos.
CUIDADOS RELACIONADOS AO USO DOS ADESIVOS
Agitar o frasco sempre que for ''prime ou adesivo de frasco único''
O primer contém solvente que evapora rápido quando fora de suas embalagens vedadas, esperar o tempo determinado pelo fabricante para a penetração, jogar ar na superfície a qual foi aplicado, a eliminação incompleta do solvente prejudica a adesão e facilita a nanoinfiltração
Adesivos com Carga (micro e nano)
Aumenta a viscosidade, diminuindo o escoamento e contração de polimerização, reforça a camada híbrida, ajuda a aliviar as tensões de contração das RC, camada elástica.
Adesivos Dose Única
Menor contaminação cruzada, evita desperdício, evita evaporação do solvente,melhor monitoramento nas grandes clínicas.