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CURSO PRATICO DE TAXIDERMIA

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0
1
2
Sumário
A TAXIDERMIA......................................................................................................03
OS MATERIAIS UTILIZADOS...................................................................03
ESPESSURAS DE ARAMES GALVANIZADOS PARA ARMAÇÕES....................05
PRINCIPAIS TIPOS DE ENCHIMENTOS.................................................05
OLHOS DE VIDROS............................................................................................. ..06
PRINCIPAIS MISTURAS DE TAXIDERMIA (MUMIFICANTES)................07
OUTRAS RECEITAS (CONTRA INSETOS)...........................................................09
RECEITA PARA LIMPAR PLUMAGENS ..................................................... .....10
PARA EVITAR A APARIÇÃO DE LARVAS DE MOSCA........................................10
CONSERVAÇÃO DO ESPÉCIME DURANTE O TRANSPORTE...............10
MISTURAS ANTI-SÉPTICAS EM PÓ.....................................................................10
TRATAMENTO PRELIMINAR DO ESPÉCIME...........................................11
MAPA DE ANATOMIA DAS AVES.........................................................................12
A LIMPEZA DO ESPÉCIME................................................................. .......13
EXTRAÇÃO DA PELE............................................................................................14
PREPARANDO A ARMAÇÃO DE ARAME..................................................16
A MONTAGEM........................................... ............................................................19
RESTAURAÇÃO...........................................................................................21
CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO................................................................ ......22
EXIBIÇÕES DE MUSEUS............................................................................22
PREPARAÇÃO DE PEIXES...................................................................................22
PREPARAÇÃO DE RÉPTEIS...................... .................................................23
PREPARAÇÃO DE CRUSTÁCEOS.......................................................................25
CONSERVAÇÃO DE OVOS.........................................................................26
EXEMPLARES DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS.....................................................26
OSTEOTÉCNICA..........................................................................................27
PREPARAÇÃO DE ANFÍBIOS.................................................. .............................28
TAXIDERMIA REVISADA..............................................................................29
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES...........33
3
O principal objetivo do presente livro é torná -lo um elemento de consulta fácil e
permanente para o leitor, enriquecendo a renovação das coleções científicas e
exibições em Colégios, Universidades e Museus. A simples, porém vital finalidade
de proporcionar uma informação básica e de qualidade para todos aq ueles que
amam a zoologia e ciências naturais que queiram coletar e preparar seus próprios
espécimes de estudo, traduz todo os meus anseios.
A TAXIDERMIA
 A técnica da Taxidermia é ligada à biologia e consiste em conservar animais
mortos, despojados de vísceras e esqueletos, utilizando basicamente a pele
curtida. Do grego taxis, que significa movimento e derma, que significa pele, a
taxidermia não é uma mera reprodução do animal. É a arte de reconstituí -lo como
se estivesse em seu habitat natural, imitando , inclusive, seus hábitos e
movimentos. Talvez tenha sido utilizada até mesmo pelos antigos egípcios. Desde
o século passado, o crescente interesse dos naturalistas pela preservação de
valiosos espécimes de estudo rapidamente foi progredindo alcançando des ta
forma até as últimas décadas um quase inacreditável perfeccionismo nos
materiais e métodos utilizados. Diversos avanços realizados na área foram
acompanhando as necessidades e tendências de exibições de museus de História
Natural. Desta forma, a Taxide rmia pretende lhes dar uma aparência realística,
como se estivessem realmente vivos e com o melhor aspecto natural possível.
OS MATERIAIS UTILIZADOS
Nesta parte inicial do presente livro vamos ver as diversas ferramentas utilizadas
por um profissional da área que esperamos sinceramente que o próximo seja você
e aqui vai nossa primeira dica: Não se deixe impressionar pelas primeiras
dificuldades iniciais, muito pelo contrário, faça delas um meio de aprendizado e um
degrau á mais ser conquistado na subida de seus ideais.
4
 Como nos mostram as figuras acima e á baixo existem uma infinidade e
variedade tão grande de materiais utilizados na taxidermia que seria uma tarefa
quase impossível listá-los aqui. Com o decorrer dos seus trabalhos você com
certeza irá acabar improvisando ou adequando outros materiais dependendo de
sua necessidade de trabalho. No entanto apresentaremos os materiais mais
básicos para as suas primeiras experiências. Arame galvanizado de diversas
espessuras, estopa, algodão, olhos de vidro, bases lustradas de madeira, pinças,
alicates, bisturi, tenazes, martelo, agulhas de costura, alfinetes, seringas
descartáveis, agulhas de seringa descartáveis, formol (37%), serra, pincéis,
pinturas á óleo (caso deseje montar um cenári o atrás de seu espécime), gesso,
cola, fita métrica, lupa de aumento, furadeira, brocas e etc.
5
ESPESSURAS DE ARAMES GALVANIZADOS PARA ARMAÇÕES:
Diâmetro aproximado de
arames (em mm.)
Exemplo de animais
5 Beija flor, corruíra, camundongos...
6 Tesourinha, codornas...
7 ‚ 8 Pardais...
9 ‚ 10 Pássaro Preto, Tucanos...
11 ‚ 12 Pica-Pau...
13 ‚ 14 Gaviões, corujas, mochos, gambás...
15 ‚ 18 Gansos, Lagartos, Tatus...
19 ‚ 27 Garça, jacarés...
30 ‚ 38 Cegonhas, crocodilos, macacos...
45 ‚ 55 Pelicanos, bichos preguiças...
60 ‚ 75 Emas, veados...
80 ‚ 100 Avestruzes, crocodilos, leões, Zebras...
PRINCIPAIS TIPOS DE ENCHIMENTOS
 Estopas sintéticas (Mais utilizadas e recomendáveis para a maioria dos
casos).
 Chumaços de algodão de poliéster (Sua principal desvantagem é a
tendência de se expandir).
 Palha comum (De fácil manejo para aves de porte mediano, no entanto é
de difícil introdução e tende á mais tarde deformar o espécime).
 Gesso (Ótimo na introdução de cobras e outros répteis, porém l eva a
desvantagem de manter a umidade).
 Algodão e estopa de Algodão (Muito utilizados atualmente, mas sua
principal desvantagem é que se esparramam no exemplar com muita
facilidade dificultando o trabalho de pessoas novatas).
 Existem outros tipos de ench imentos como, por exemplo, o musgo seco, no
entanto como já caíram em desuso e muitos não são confiáveis, acabaram por
ficar de fora desta lista.
6
OLHOS DE VIDROS
Existem atualmente no mercado uma enorme variedade disponível de olhos de
vidros fabricados exclusivamente para a Taxidermia, os mesmos foram
incorporados com cores adequadas á Íris dando um excelente resultado e
fidelidade á o espécime taxidermizado. Infelizmente o Brasil ainda não possui
fábrica destes tipos de olhos especiais, fazendo assi m com que muitos
profissionais da área tenham que importar geralmente dos E.U.A com preços
muito elevados. Uma possível alternativa que muitas pessoas têm recorrido
(inclusive alguns profissionais de taxidermia brasileiros de renomes
internacionais), seria recorrer á olhos de vidros vendidos em lojas de armarinhos
para ursinhos de pelúcia e outros bonecos (existem no Brasil várias medidas
disponíveis, bem como uma grande gama de cores, rocha, verde, amarelo,
marrom, cinza...). Estes tipos de olhos de vid ros (ou de plástico) são de menor
qualidade, porém apresentam resultados maravilhosos, sua principal vantagem é
o preço baixo e a maioria das cidades brasileiras os tem para vendas (inclusive
cidades dointerior).
 Para adequar estes tipos de olhos para o uso da taxidermia, é necessário que o
profissional corte o plástico no dorso dos olhos (conforme o animal que deseje
taxidermizar), caso seja um olho de vidro e a base no dorso seja constituída de
metal, a mesmo poderá facilmente ser cortada com um alicat e ou uma serrilha,
veja a figura abaixo:
Olho de plástico com base também em plástico Olho de vidro com base em arame
7
Tamanho de olhos em
Milímetros
Exemplo:
1 ‚ 3 Beija flor, corruíra, camundongos...
4 ‚ 6 Pardais, tesourinhas, codornas...
7 ‚ 8 Pica-Pau, Pássaro Preto, Tucanos...
9 ‚ 10 Gansos, Lagartos, Tatus...
11 ‚ 12 Gaviões, corujas, mochos, gambás...
14 ‚ 16 Emas, Pelicanos, veados...
18 ‚ 20 Avestruzes, crocodilos, leões, Zebras...
 No entanto, estas são medidas aproximadas e com o passar do tempo e com a
prática você mesmo poderá efetuar as comparações de medidas de cada
espécime á ser trabalhado.
PRINCIPAIS MISTURAS QUE PODERÃO SER UTILIZADAS PELO
PROFISSIONAL DE TAXIDERMIA
Pastas anti-sépticas e líquidos mumificantes
Receita (1)
 Sabão branco (210 gramas), Arsênico branco (60 gramas), raspa de casca de
limão em pó (40 gramas), Querosene (50 milímetros), Creolina (40 gramas), Água
destilada. Para iniciar a preparação desta pasta, primeiramente é necessário
dissolver o sabão em água destilada quente e após este processo, adicionar o
arsênico juntamente com a raspa de casca de limão em pó. Esta pasta deverá
ficar em repouso e após o seu esfriamento deverá então ser acrescentadas a
querosene com creolina. Esta pasta poderá ser aplicada na pele interna do animal
com pincel. (Cuidado esta pasta possui elevada toxidade).
Receita (2)
 Arsênico (1000 gramas), Creme tártaro (125 gramas), Sabão branco (1000
gramas, Naftalina (125 gramas, Álcool 96 (100 mili litros), Água destilada (500
mililitros). Para iniciar a preparação desta pasta, primeiramente é necessário
dissolver o sabão e a Naftalina em água destilada quente, após retirado do fogo
acrescente o Arsênico, Creme tártaro e o Álcool. Esta pasta poderá s er aplicada
na pele interna do animal com pincel.
8
Receita (3)
 Arsênico branco (300 gramas), Naftalina em pó (50 gramas), Sabão branco (400
gramas), Água destilada (800 mililitros). Para iniciar a preparação desta pasta,
primeiramente é necessário dissol ver o sabão e a Naftalina em água destilada
quente, após retirado do fogo acrescente o Arsênico branco. Esta pasta poderá
ser aplicada na pele interna do animal com pincel.
Receita (4)
Sabão branco (300 gramas), Água destilada (600 mililitros), alcânfora (70
gramas). Para iniciar a preparação desta pasta, primeiramente é necessário
dissolver o sabão em água destilada quente, após retirado do fogo acrescente a
alcânfora.
Receita (5)
Cloro de Zinco (15 gramas), arsênico branco (25 gramas), Nitrato de potás sio (5
gramas), Álcool metílico (200 mililitros), Glicerina (300 mililitros), Água destilada (1
litro). Para iniciar a preparação desta pasta, primeiramente é necessário dissolver
o Cloro de Zinco e o arsênico branco em água destilada, após este processo,
coloque para ferver durante aproximadamente 2 minutos, depois de retirado do
fogo acrescente o Nitrato de potássio, Álcool metílico e a Glicerina.
Receita (6)
Arsênico 150 gramas, Sabão de Marselha (150 gramas), Carbonato de Potássio
(50 gramas), Alcânfora (75 gramas), Água destilada (200 mililitros). Esta mistura é
ideal para animais que possuem zonas expostas e de pouca pelagem como
morcegos, por exemplo. Nesta mistura não é necessário ferver a água, bastando
apenas misturar os ingredientes.
Receita (7)
 Água destilada (500 mililitros). Álcool 100 ( mililitros). Nesta mistura não é
necessário ferver a água, bastando apenas misturar os ingredientes. Esta mistura
realiza ótimos resultados em aves em geral além de ser muito fácil de ser
preparada.
Receita (8)
Creolina (20 gramas), Água destilada (200 mililitros). Basta apenas misturar os
ingredientes. Esta mistura possue a vantagem de ser muito fácil sua preparação,
além de poder ser injetada em regiões do corpo onde ainda restam tecidos que
não puderam ser retirados na preparação do espécime. Outra alternativa é utilizar
esta receita misturada com Naftalina dissolvida em Álcool e mesclada com sabão.
9
Receita (9)
Arsênico branco (250 gramas), sal tártaro (50 gramas), alcânfora (25 gramas),
Sabão branco (250 gramas), Água destilada. Para a preparação desta mistura é
necessário derreter o sabão em uma pequena quantidade de água destilada em
fogo lento. Uma vez que o sabão estiver totalmente fundido acrescente o sal
tártaro e o arsênico. Muito cuidado com a Alcânfora (pois é extremamente volátil),
coloque-a somente após a mistura haver resfriado totalmente. Esta pasta poderá
ser aplicada na pele interna do animal com pincel. (Cuidado esta pasta possui
elevada toxidade).
Receita (10)
Formol (1 litro), Água destilada (1 litro), Arsênico branco (100 gramas), Alcânfora
moída (25 gramas), Álcool (50 mililitros). Com um frasco de boca larga despeje o
formol com Água destilada e o Álcool nas quantidades indicadas. Após ter
realizado este procedimento acrescente n este frasco a Alcânfora moída e por
último o arsênico branco. Atenção: Esta receita é de elevada toxidade, pois o
arsênico é um potente veneno e muito perigoso, sua ingestão ou inalação
prolongada pode levar á morte. Lembre -se de realizar tal preparação em ambiente
extremamente ventilado e guarde o restante que sobrar em um lugar alto longe de
crianças e preferencialmente com um grande rótulo de perigo. Esta receita é
altamente recomendada para injeções e sua conservação é indefinida.
Receita (11)
 Álcool (100 mililitros), Formol (5 mililitros),Glicerina (2 mililitros), Água destilada
(300 mililitros). Basta misturar os ingredientes sem necessidade de fervuras. Esta
receita líquida também é ideal para aplicações de injeções em pequenas aves e
sua toxidade é baixa.
OUTRAS RECEITAS
Para evitar a ação nociva de insetos sobre o animal taxidermizado.
Receita (1)
 Álcool 40 (560 mililitros), Alcânfora (150 gramas), Sabão (65 gramas), azeite de
coco (65 gramas). Esta é uma receita inofensiva e prepara -se através de infusão
destas substâncias em um frasco durante aproximadamente 8 dias (tendo que ser
agitada diariamente). No final bastará apenas efetuar uma filtração, para obter
apenas o líquido que é ideal para aplicações de injeções.
10
Receita (2)
 Álcool 40 (800 mililitros), Alcânfora (25 gramas). Esta receita não necessita de
fervuras, bastando apenas sua mistura em um borrifador. Esta fórmula é muito
utilizada para borrifar a parte externa da pele do exemplar em preparação
taxidérmica.
RECEITA PARA LIMPAR PLUMAGENS
Muitas vezes o preparador se depara com plumagens cheias de sangue. Para
remover facilmente o sangue bastará limpar as plumagens com talco, no entanto
caso não surta resultados o preparador poderá optar por uma mistura de Água
destilada com sabão dissolvido.
PARA EVITAR A APARIÇÃO DE LARVAS DE MOSCA
Ácido cênico (30 gramas), Água destilada (1 Litro). Esta receita não necessita de
fervuras, bastando apenas sua mistura. Para utilização, basta impregnar um
pequeno chumaço de algodão e usá -lo como tampão no bico e no ânus do
exemplar taxidermizado.
PARA CONSERVAÇÃO DE CORPOS DE AVES QUE DEVERÃO SER
TRANSPORTADAS EM LONGAS DISTÂNCIAS (ENTRE 48 A 72 HORAS).
Receita (1)
 Nitrato de potássio (200 gramas), Água destilada (1000 mililitros). Esta receita é
ideal para aplicação de injeções. Aplica -se com uma seringa descartável no
abdômen do exemplar á ser transportado (10 á 20 mililitros), tórax (10 á 20
mililitros), cabeça (5 á 10 mililitros), extremidades (5 mililitros), massas musculares
em geral (10 á 15 mililitros). As quantidades aqui fornecidas foram calculadas para
animais de grandes tamanhos.Para exemplares menores, estas dosagens
deverão ser diminuídas proporcionalmente ao volume do corpo do animal. Para
animais menores que uma galinha, por exemplo, estas quantidades deverão ser
reduzidas em 50 %.
Receita (2)
 Borato de sódio (50 gramas), Formol (35 mililitros), Água destilada (915
mililitros). Esta receita é ideal para aplicação de injeções em aves que deverão
ser transportadas em longas distânc ias.
MISTURAS ANTI-SÉPTICAS EM PÓ
Existe atualmente disponível no mercado brasileiro uma enorme variedade de
misturas em pó anti-sépticas. No entanto, em sua grande maioria não são
11
recomendáveis para o uso na Taxidermia, pois infelizmente mantém a pele
enrijecida e não aderem suficientemente. E principalmente porquê são
extremamente prejudiciais para a saúde do profissional desta nobre área.
 A seguir você conhecerá algumas receitas em pó recomendadas para a
Taxidermia.
 Cal (200 gramas), Rapé (100 gramas).
 Sal Amoníaco em pó (30 gramas), Rapé (82 gramas).
 Cobalto em pó (30 gramas), Alumínio em pó (60 gramas).
 Alcânfora em pó (350 gramas), Canela em pó (250 gramas), Alumínio em
pó (400 gramas).
 Sal (150 gramas), Arsênico (30 gramas), Alumínio em pó (55 0 gramas).
Esta receita é de elevada toxidade!
Atenção
Todas as receitas fornecidas nesta apostila são utilizadas geralmente por
profissionais da área já com muita experiência e em sua grande maioria são
comercializadas em farmácias em quase todo o Bra sil. No entanto para pessoas
de pouca experiência ou nenhuma, recomendamos apenas o uso do formol, uma
vez que este conserva muito bem o exemplar taxidermizado (inclusive grandes
profissionais brasileiros optaram apenas pelo uso do formol). No entanto cas o
você queira fabricar sua própria receita conservante através de outras aqui
fornecidas, sempre procure se informar com o seu farmacêutico de confiança
sobre o nível de toxidade da mesma.
TRATAMENTO PRELIMINAR PARA A TAXIDERMIA DO
EXEMPLAR
Antes de tudo, o preparador deverá analisar o possível estado de deteriorização
que o animal possa apresentar e o profissional da área desde já deverá pensar em
uma maneira de como sanar este problema. (limpeza de pele ou plumagens, por
exemplo). Lembre-se antes de qualquer coisa que as leis brasileiras são muito
severas com animais silvestres e que o Ibama é o órgão responsável pela
inspeção de possíveis contraventores. A finalidade desta apostila não é a
obtenção de troféus de caças ilegais, mas sim de material de estudo.
 Em muitos casos, a morte de diversos animais poderá dever -se á causas
naturais ou até mesmo atropelamentos. Caso você descubra um caso de um
animal ferido, o mesmo não deverá ser utilizado para fins da Taxidermia, mas
encaminhado com a máxima urgência para zoológicos e outros estabelecimentos
que tenham disponibilidade e legitimidade por lei para cuidar deles.
 Desta maneira, você jamais poderá capturar animais para fins taxidérmicos, pois
esta ciência deverá apenas e somente aproveitar animais já mortos como material
de investigação e estudo. Inclusive podendo proporcionar material educativo e
didático. Por exemplo, o contato de pessoas com deficiência visual com animais
selvagens. Pois, de outra maneira eles jamais os teriam em seu alcance.
12
Recomendamos nos seus primeiros trabalhos utilizar aves domésticas como, por
exemplo, galináceos (galinhas), justamente pelo fato de que a Taxidermia requer a
prática manual e desta maneira você evitará pela inexperiência destruir es pécimes
importantes ou únicos. Primeiramente você deverá efetuar um acurado exame em
busca de feridas e imediatamente tampá -las com algodão para impedir que o
sangue acabe por manchar a plumagem ou a pelagem. Também é necessário
introduzir algodão impregnado de Álcool (ou outra sustância anti -séptica) na boca
ou bico, ouvidos, nariz e também no ânus, este procedimento é necessário em
todos os espécimes, principalmente em aves de rapina que costumam devolver
seus alimentos logo após sua morte.
 No caso de aves aquáticas é preciso limpar primeiramente o bico, bucho e
esôfago. Para a limpeza do bucho, você deverá abrir o bico e com uma pinça
extrair todos os alimentos que lá possa conter. Para os demais tipos de aves você
deverá proceder da seguinte forma: Suspenda a cabeça para baixo segurando -a
pelas extremidades e comprima seu peito com a palma de sua mão e continuando
a comprimir vá subindo em direção ao bico, porém com muito cuidado para não
desorientar as penas. Com este procedimento simples, você obri gará os alimentos
saírem pelo bico. E como já dissemos anteriormente é aconselhável tampar com
algodão os orifícios nasais e anais (para impedir a saída indesejada de
excrementos que poderão manchar a plumagem ou a pelagem).
13
Alguns profissionais utilizam gesso para impedir a saída de sangue e outros
líquidos. Porém este procedimento é altamente desaconselhável, uma vez que o
gesso adere facilmente aos pelos ou á plumagem do animal, ficando desta forma
posteriormente praticamente impossível sua limpeza pod endo assim prejudicar a
integridade do exemplar. Após estes procedimentos, você poderá realizar
algumas observações e anotar tudo o que depois possa facilitar a perfeita
armação de sua peça, dando -lhe assim uma maior aparência de vida. Por
exemplo: Você poderá anotar a cor dos olhos, do bico (no caso de pássaros) e
das patas, bem como as medidas gerais do corpo. Pode ser também muito útil
realizar pesquisas em livros ou na Internet as atitudes mais comuns do animal em
vida, a posição do corpo quando o exem plar se encontrava em repouso e a
disposição (no caso de aves) das asas sobre o corpo. Recomendamos também o
uso de fotografias do animal á ser taxidermizado em vida (de preferência vários
indivíduos da mesma espécie), para facilitar o trabalho e obter mel hores
resultados de realismo.
 Você deverá ter muito cuidado na hora de mexer com as plumagens da região
anal (a cauda), uma vez que é extremamente difícil devolvê -las ao seu estado
natural. Também não recomendamos começar a trabalhar com uma ave ou outr o
animal que tenham morrido á mais de 4 horas, há não ser que tenham sido
congeladas logo após a morte, neste caso recomendamos a Taxidermia em até
uma semana. Quanto ao tempo de decomposição é muito variável de espécie
para espécie e com distintas vari ações do ambiente que morreu.
 Mas avaliando as diversas situações em um modo geral, poderia se estabelecer
um limite entre 24 a 36 horas antes que a peça fique totalmente inutilizada para a
Taxidermia. Uma ótima maneira de saber se uma ave está ou não e m condições
de ser destinada para a taxidermia seria lhe arrancando suavemente uma pena de
seu abdômen. Se esta pena sair muito facilmente jogue -o fora, pois infelizmente
esta é irrecuperável. No entanto esta maneira de avaliação preliminar poderá
variar muito de espécie para espécie, pois na maioria dos casos o formol poderá
restabelecer a resistência da pele e esta poderá segurar com muita resistência as
penas da ave. No caso de outros animais como mamíferos, por exemplo, é muito
complicado averiguar ou efetuar uma avaliação preliminar. No entanto caso o
exemplar cheire mal e seu corpo esteja extremamente enrijecido com toda a
certeza não servirá para fins taxidérmicos.
A LIMPEZA DO ESPÉCIME
Primeiramente retire os tampões de algodão que você coloco u com o auxílio de
uma pinça, com algodão embebecido em álcool umedeça as manchas de sangue
que restaram no espécime (enquanto limpe, atente para o fato de sua mão no
processo de limpeza sempre seguir a direção da plumagem ou dos pelos) até que
as mesmas desapareçam totalmente. Muitas vezes é necessário contar com a
ajuda de uma agulha para dissolver os coágulos de sangue. Esta operação se
repetirá com todas as manchas que repousam sobre o espécime. Este tipo de
limpeza, também é muito útil na remoção de possíveis manchas de barro, líquidos
abdominaise excrementos, sempre utilizando algodões umedecidos em álcool ou
14
água. Não é recomendável a utilização de sabões ou detergentes os quais
costumam arruinar os pelos ou as plumagens.
EXTRAÇÃO DA PELE
Antes de iniciar o processo de extração da pele, recomendamos repousar o
animal sobre uma folha de papel e contornar com o auxílio de um lápis o contorno
de seu corpo para com que desta forma, você possa tomar com mais facilidade
todas as medidas do espécime pa ra com isso mais tarde poder obter maior
perfeição na hora da montagem. Não se esqueça de forrar a mesa com jornais
velhos para efeito de higiene. Uma vez que você já tomou todas as medidas do
animal, o coloque a cabeça do espécime apoiada sobre o ombro ( no caso de
pássaros e com o seu dedo vá descobrindo pouco á pouco a pele do animal na
região peitoral separando assim, os pelos ou a plumagem.
 Com o auxílio de um bisturi ou uma faca bem afiada, realize a incisão (corte),
começando na região do colo (c intura) até a metade do abdômen. Tome muito
cuidado de cortar apenas a pele, portanto o corte não poderá ser profundo. Veja a
figura abaixo:
Após este processo, com a ajuda dos dedos, bisturi ou faca, vá separando com
cuidado a pele do corpo do anima l. Faça isso com muita atenção para não romper
ou rasgar a pele, pois na Taxidermia é apenas ela que nos interessa. Á medida
que vai separando a pele do corpo, você poderá também ir umedecendo -a (por
dentro) com álcool para impedir que a mesma grude na car ne e ao mesmo tempo
exercendo já aí, um efeito de conservação.
 Continue separando a pele dos músculos e durante este processo procure
descobrir onde estão as articulações das patas superiores (no caso de mamíferos
e répteis) ou asas (no caso dos pássaros) e pescoço. Uma vez descobertas as
articulações elas deverão ser cortadas com muito cuidado com uma tesoura (no
caso de aves) ou uma serra no caso de mamíferos de portes medianos.
 Após estes cortes continue separando a pele dos músculos até chegar nas
patas. Estas deverão ser tomadas entre os dedos do preparador (parte exterior) e
empurradas para cima no intuito de descobrir as articulações do fêmur com a tíbia
e fíbula, as quais deverão ser cortadas por igual. Prossiga a separação da pele até
chegar próximo as glândulas uropiginas situada próxima ao ânus do animal (no
caso de aves). É justamente nesta parte que deverá ser efetuado o último corte
separando assim de vez a pele do restante dos músculos. Tome cuidado durante
15
este processo para não prejudica r a plumagem e principalmente com a glândula
uropigina para com que ela não derrame seu conteúdo. Lembre -se de sempre não
cortar a cauda de mamíferos ou de aves uma vez que estas se conservam muito
bem e com uma injeção de formol mais tarde se tornam secas . Agora que você
separou a pele do restante do corpo, verifique se não restou algum pedaço de
carne grudado em sua superfície, caso tenha sobrado, procure remover com muito
cuidado e limpe toda a pela interna com álcool para que sua superfície fique clara
e muito limpa. Para realizar a limpeza das patas, vá afrouxando a pele até chegar
na articulação da tíbia com o tarso. Com o auxílio de um bisturi ou uma faca
separe a carne que sobrou na extremidade, mas muito cuidado para não cortar a
pata, pois o restante dela deverá ficar junto á pele.
 Também é necessário extrair os tendões, os quais ocupam a região do tarso -
metatarso, com a finalidade de evitar a tão indesejada decomposição e também
deixar um espaço livre por onde mais tarde passarão os arames que d arão
sustentação ao animal taxidermizado. Para retirá -los por completo bastará uma
pequenina incisão (corte) na sola dos pés.
 A operação de limpeza das asas é semelhante ao processo utilizado nas patas.
 Primeiramente você deverá separar o úmero do cúbi to-rádio, cortando assim a
articulação. Este procedimento deverá ser realizado com cuidado, despregando
assim as penas mais fortes que se encontram firmemente ligadas ao osso. No
entanto não recomendamos este processo, pois até mesmo os profissionais mais
experientes não retiram os ossos das asas, apenas aplicam uma injeção de formol
para a mumificação e secagem das mesmas.
 Posteriormente no processo de extração, faltará apenas realizar a remoção da
cabeça, (muitos profissionais não retiram a cabeça, apen as aplicam injeção de
formol). Inicialmente se começa por segurar com uma mão a extremidade do bico
ou do focinho e com a outra mão vá puxando vagarosamente a pele tomando o
devido cuidado para com que a mesma não se rompa até chegar nos ossos do
crânio. Continue este procedimento até chegar à órbita ocular (olhos). Corte a
membrana que se encontra ao redor da órbita ocular com muito cuidado para não
cortar as pálpebras nem os globos oculares, os quais deverão também ser
retirados com cuidado para não rompe r nervos ou vasos sangüíneos. Uma vez
realizado estes procedimentos e que você tenha conseguido arrastar a pele até a
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órbita ocular, limpe o crânio com algodão umedecido em álcool, retire as partes
carnosas da mandíbula e os olhos. Procurando ao máximo de ixar os ossos
perfeitamente limpos. Veja a figura abaixo:
Para retirar cérebro você poderá cortar um pedaço da garganta e introduzir uma
tesoura de bico longo ou um arame com algodão umedecido em álcool até que o
mesmo chegue no cérebro, movendo e gi rando sua mão o preparador conseguirá
remover boa parte deste conteúdo no interior do crânio do espécime. Após este
procedimento coloque algodões umedecidos em formol nos ouvidos e bico (ou
boca) do animal como medida de prevenção e empurre com os dedos. L embre-se
que o formol é um produto muito forte, não se esqueça de sempre usar luvas
cirúrgicas ou de procedimento. Após tendo feito tudo isto coloque a pele em seu
lugar de origem. Caso você ache que tenha sobrado algo no interior do crânio
(fragmentos de cérebro, por exemplo), não se preocupe, pois mais tarde você
poderá injetar formol na cabeça. Recomendamos seriamente a utilização do
formol apenas ao término do trabalho (depois da armação), uma vez que o cheiro
é extremamente desagradável e irrita os olh os do preparador.
PREPARAÇÃO DA ARMAÇÃO DO ESPÉCIME (ARAMAÇÃO)
A armação do corpo deverá ser realizada com arame galvanizado, não
recomendamos a compra de arames em fardo, uma vez que estes costumam se
oxidar rapidamente. Nunca se esqueça que a grossu ra do arame deverá ser
proporcional ao tamanho do animal que será taxidermizado. Corte os arames que
servirão as patas, á cauda e o peito. Os arames que serão destinados ás asas
deverão obrigatoriamente possuir uma largura proporcional ao tamanho delas,
pois depois de fixados não deverão sair. Após cortados os arames, seus extremos
deverão coincidir com o centro que irá se dobrar. Esta explicação teórica poderá
lhe parecer difícil, porém na prática você verá que não têm segredo algum, em
caso de dúvidas basta olhar as figuras deste tópico.
 Posteriormente separa-se a quantidade necessária de algodão ou estopa
sintética que mais tarde irá forrar o interior do animal, lembre -se de separar a
quantidade baseada na mesma proporção da massa corporal do animal q uando
em vida. Introduza através do ânus do espécime o arame até com que o mesmo
chegue ao crânio, force com cuidado para atravessá -lo. O arame deverá
ultrapassar o crânio em no máximo 4 Cm. Pegue uma pata e vagarosamente
force a entrada do arame atravé s da sola, fazendo com que o mesmo passe pela
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articulação da tíbia com o tarso. Exerça pressão com muito cuidado para não
romper a pele ou que o arame acabe atravessando a pata para o lado de fora.
 Com o auxílio de um arame mais fino ou de uma linha, pro cure unir o arame com
o osso da pata e coloque nesta região algodão com formol (opcional), tratando
assim de deixar na mesma forma que o animal tinha em vida. Faz -se o mesmo
com a outra pata.
Nas asas o arame deverá ser
introduzido em suaparte inferior, mais especificamente na articulação do cúbito -
rádio com o carpo. Chegando assim até o seu extremo, mas com o devido cuidado
para com que o arame não sobressaia para a parte de fora e fique visível. Os
arames fixados por dentro das patas e das asa s deverão chegar ao centro do
animal, porém os húmeros deverão ficar separados á uma distância segura um do
outro. Após este procedimento procure unir na parte central os arames das asas e
das patas, conforme a figura acima e abaixo.
A continuação do trabalho de aramação deverá sempre ser levada em conta que
o arame jamais poderá tocar na pele do espécime á ser taxidermizado. Nesta
etapa você deverá obrigatoriamente ter cuidado em proporcionar ao anima uma
forma natural, levando em conta que mais ta rde a pele vai ressecar. Após
cumprida esta etapa, você deverá forrar o animal com algodão (pouco
recomendado devido á sua capacidade de rápido envelhecimento), ou estopa
sintética em volta da armação de arame, tomando a precaução de colocar á exata
quantia de volume corporal que o animal tinha em vida, lembre -se que á etapa de
forragem é muito importante, pois é justamente ela que dará o formato corporal.
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Como já dissemos
anteriormente ao invés de você escolher uma de nossas receitas e ter o tra balho
de juntar tantos ingredientes, você poderá optar apenas em aplicar algumas
injeções de formol ao término da montagem, principalmente nas zonas que
possuem características de conservar restos carnosos (tais como língua, crânio,
patas e asas, este último no caso de aves). Esta forma de trabalho com aplicação
de injeções facilita e muito as tarefas do preparador e em muitos casos poderá
proporcionar-lhe melhores resultados. Dentro de certos limites, existem nas
técnicas, umas séries de variantes pratic adas na Taxidermia, entre as quais
po
der
á
opt
ar
o
pre
par
ad
or
de
ac
ord
o
co
m
a
su
a conveniência e experiência.
19
.
 Uma vez finalizado o trabalho da armação de arame e do enchimento de estopa,
procede-se a costura do corte. Para com que a costure fique bem feita, o
preparador terá que costurar de dentro para fora de modo que a costura jamais
apareça, procure utilizar sempre linhas de coloração semelhante á do animal á ser
taxidermizado, juntando as bordas de pele com as mãos, tomando o devido
cuidado para com que não estiquem ou rasguem, pois caso isso aconteça o
preparador poderá perder todo o seu trabalho. Lembre -se que para efetuar este
tipo de costura não há segredo algum. É uma costura simples como qualquer
outra, porém obedecendo a seqüência de dent ro para fora, deste modo a costura
ficará na parte interna do animal, não aparecendo pelo lado de fora. Geralmente
as penas ou os pelos acabam por recobrir algum fragmento que por ventura sobre
da costura.
A MONTAGEM
Para arrumar as penas ou os pelos no intuito de deixá-los com seus aspectos
naturais, bastará você os alisar com suas mãos seguindo a direção natural de
crescimento dos mesmos. Nesta hora a melhor ferramenta existente no mundo é
sua própria mão! Outra técnica também bastante recomendável seri a alisar da
cabeça em direção á cauda, repetir várias vezes este procedimento até que você
perceba que o espécime tomou uma forma aceitável dentro dos padrões
biológicos.
 Agora o próximo passo é devolver as extremidades para sua forma original. Para
isto você deverá preparar uma madeira furada (poderá ser um galho ou uma
prancha comum de madeira) e fixar o espécime através dos arames que sobraram
de suas patas conforme você poderá ver na figura abaixo.
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 No caso de pássaros as asas poderão permanecer a bertas ou fechadas, Tudo irá
depender de como você entortará o arame após o espécime ser fixado na tábua,
tome muito cuidado com á cauda, pois á mesma costuma ser muito rebelde e
justamente por este fato é que recomendamos que a estrutura interna de arames
comece á ser introduzida através do ânus. Caso você opte por uma cauda aberta
e vistosa bastará entortar o arame em seu interior. Mas tudo isto é muito teórico,
pois o que lhe valerá mesma será á prática...Ela é insubstituível...
 Atente também para o fa to que a boca de mamíferos e o bico dos pássaros
costumam ser muito rebeldes, caso deseje que os mesmos permaneçam fechados
para com que desta forma não apareça que a língua foi cortada, bastará você
enrolar um pedaço de barbante em volta do bico ou da boc a enquanto o animal
seca. Após a secagem (geralmente 3 dias em média), bastará você retirar o
barbante. Veja a figura abaixo.
Caso você note que o animal taxidermizado esteja desfalcado de penas ou pêlos
não é necessário se desesperar, pois bastará re alizar uma pintura nestas partes
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com tintas comuns como têmperas ou á óleos, para isto bastará você escolher
uma tinta que mais se aproxime em coloração da parte á ser aplicada.
Agora que você já abriu, limpou por dentro, aramou, forrou, costurou, e mon tou
na base o seu animal, ele está finalmente pronto para as injeções de formol ou de
uma das receitas aqui mencionadas. Lembre -se de na hora de fixar o animal na
tábua separar devidamente os seus dedos como em vida. Uma boa opção seria
colá-los com super-bonder, desta forma você evitará que os dedos voltem á se
encontrar quando o animal estiver seco, pois se isso acontecer você não
conseguirá mais separá-los. No caso de pássaros ou outros animais aquáticos
que apresentem membranas interdigitais como patos, por exemplo, bastará
recortar um plástico (como tampa de margarina) e inserir conforme a figura abaixo.
RESTAURAÇÃO
 É muito comum em uma coleção alguns exemplares estarem danificados.
 Principalmente se fazemos referências á coleções que venham se formando há
várias décadas e estejam expostas á constantes manipulações ou remoções
devidas á reformas de prédios entre outras ações que ponham em perigo a
integridade dos espécimes.
 Em mais de uma ocasião por desconhecimento das técnicas de reparação ou
restauração, muitos exemplares foram incinerados ou simplesmente jogados no
lixo. E justamente nestes fatos é que se encontra á perda científica, uma vez que
muitos exemplares são de difícil reposição. É importante neste caso salientar que
a Taxidermia trabalha com exemplares que já foram vivos, para repor uma peça
perdida por negligência, o taxidermista poderá levar uma vida inteira para á
reencontrar. Este fato poderá ser ainda mais agravante se o exemplar era uma
peça única (de um animal extinto).
 As reparações em aves são muito mais difíceis que em mamíferos, ao passo que
suas plumas são extremamente difíceis de serem dissimuladas ou repostas. As
rupturas com o passar das décadas são constantes devido a o fato que suas peles
se desidratam ou adotam uma aparência enrugada e quebradiça.
 Para proceder á reparação, pegue um arame fino e introduza na pena que caiu,
em seguida adicione cola branca escolar comum no arame sobressalente da pena
e introduza novamente no espécime, com muito cuidado para nã o manchar a
plumagem restante. No entanto caso a pena perdida tenha sido extraviada uma
boa opção é um passeio no zoológico, afinal nesta localidade é muito comum
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encontrar penas no chão de aves cativas. Peça ao responsável se não poderia lhe
dar aquela pena que mais se aproximou de seu exemplar. Caso a pena não seja
tão semelhante uma outra opção seria pintá -la de uma cor semelhante. No
entanto caso á parte caída em questão seja uma pata, repita o procedimento da
pena, pegue um arame pontudo e de medida conveniente, e o introduza na pata,
passe cola em sua base superior e o introduza no corpo do espécime. Terminada
estas operações o seu exemplar poderá finalmente retornar á sala de exposições,
no entanto seja qual for sua finalidade atente para o fato de que com quantas mais
manipulações serem feitas mais futuramente restaurações serão realizadas e mais
ainda seu exemplar perderá a naturalidade, portanto evite desde o princípiomanipulações.
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CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS COLEÇÕES
Preferencialmente os exemplares deverão ser mantidos em vitrines ou armários
com naftalina, salvos da umidade, do pó e da luz solar. Deverão ser realizadas
periodicamente desinfecções (limpeza, principalmente do pó). As coleções
deverão ter cuidados contínuos e metódicos. Caso a lgum exemplar apresente um
estado duvidoso deverá ser imediatamente isolado do conjunto de observação,
evitando desta forma com que o mesmo contamine o resto (através de bactérias).
 Nunca se esqueça que o seu esforço de conservação destes espécimes é uma
garantia de entretenimento e observação de futuras gerações de cientistas ou
apaixonados por esta nobre área da Biologia.
EXIBIÇÕES DE MUSEUS DE CIÊNCIAS NATURAIS
 Para um elevado nível didático, as exibições de um museu contam com uma
ambientação fundamental, inclusive com a própria preparação das posições dos
animais expostos.
 As tendências atuais da moderna Museologia procuram reproduzir cenários
naturais que representam os distintos ecossistemas, não basta apenas expor um
animal como se este fosse um reles troféu de caça, isso era muito comum de se
observar em museus em décadas passadas.
 É recomendável o uso de fotografias gigantes de ambientes naturais do
espécime que servirão de paisagem ao fundo. Importante também salientar que a
iluminação artificial proporciona uma atmosfera de suspense e naturalismo, uma
vez que não se pode contar com a luz solar, pois esta como já mencionamos
poderá deteriorar irremediavelmente os espécimes.
 Em resumo, uma exibição de Museu deverá contar com uma grande a cumulação
de objetos e isso justifica á necessidade de estudo, contemplação e acima de
tudo, a preservação da natureza.
PREPARAÇÃO DE PEIXES
Os cuidados na Taxidermia dos peixes deverão proceder já na hora da coleta.
 Muito cuidado na hora de colocá -lo no barco para com que sua pele não seja
cortada. Preferencialmente retire -o da água com o auxílio de um puçá, jamais
utilize instrumentos afiados. Procure não manuseá -lo muito, para com que suas
escamas e nadadeiras não sejam danificadas.
Jamais retire vísceras, brânquias, barbilhões ou escamas. Envolva o peixe em
toalha úmida, congelando-o o mais rápido possível. Não coloque nada sobre ele,
nem guarde com outro peixe na mesma toalha.
 Para um resultado ainda melhor, procure fotografá -lo logo após retirá-lo da água
em posição se possível lateral, procurando assim dar maior ênfase na coloração
dos ocelos e olhos. Lembre -se que a coloração típica de cada espécie é de suma
importância na fase de montagem e acabamento e que ficarão registrados para
sempre.
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 A Taxidermia feita em peixes deve seguir uma regra em relação ao tipo de peixe,
como por exemplo, peixes de escamas mais duras, poderá ser utilizado formol até
10%, mas em tubarões e outros peixes chamados vulgarmente de peixes de
couro, o preparador deverá usar formol na proporção de 1 para 25 partes de
formol, a fim de evitar que sua pele fique muito enrugada.
Para peixes com escamas grossas, o preparador deverá abri -lo pela
cloaca e cortar até perto das nadadeiras peitorais, feito isso, o próximo passo será
a retirada de suas vísceras e o máximo que puder de sua carne, depois o
espécime será mergulhado em formol já preparado com a concentração certa ou
também poderá ser usado o Bórax, que é um pó, extremamente utilizado pela
taxidermia. O enchimento poderá ser com algodão, palha, serragem, etc.
 Os olhos naturais do espécime deverá permanecer no lugar até o término da
taxidermia, após encerrado todo o processo, poderá ser substituído pelos olhos
artificiais, que poderão ser constituídos de olhos d e boneca, olhos feitos com
massa de biscuit, durepoxi,etc.
Para peixes cartilaginosos como
tubarões, estes poderão ser abertos do mesmo
modo de outros peixes, e sempre atente para o
fato que deverá ser retirado o máximo de carne
para que não ocorra nenhum enrugamento ou
decomposição, será necessário tomar cuidado
para não perfurar a pele do tubarão, no caso de
peixes com este porte, poderá ser confeccionada
uma armação de arame interna para que atue
como um suporte. Alguns peixes necessitam de
curtimento de pele, para isso poderá ser utilizado
alúmen de potássio, onde os mesmos poderão ser deixados para curtimento
durante aproximadamente 24 horas ou mais, como é o caso do tubarão chamado
vulgarmente pelos pescadores de enfermeira, pela sua característic a de pele
muito grossa.
PREPARAÇÃO DE RÉPTEIS
Antes de começar a preparação do animal, o taxidermista poderá tirar algumas
fotos do animal, uma vez que após o trabalho completado o espécime poderá
apresentar diversas descolorações em suas escamas, este procedimento também
é necessário para uma posterior recordação da cor original dos olhos.
 Muitas vezes o preparador poderá se deparar com um réptil venenoso, neste
caso, o primeiro passo será a retirada do veneno. É muito importante esvaziar
todas as bolsas que contenham veneno, estas estarão localizadas no maxilar
superior (por cima e atrás dos olhos), este caso é válido quando o animal em
questão é um representante dos ofídios (cobras). Algumas outras espécies
possuem veneno armazenado em depósitos gl andulares. Em qualquer um dos
casos aqui apresentados, o preparador deverá extraí -los após isto, lavar os
espécimes em água corrente abundante, para eliminar todo e qualquer vestígio de
veneno.
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 O animal após descongelado (se este for o caso), será posi cionado
preferencialmente de boca para cima em uma mesa. O próximo passo será uma
incisão no abdômen (corte) separando a pele da carne em ambos os lados do
corte. O preparador deverá introduzir ao fundo do espécime seus dedos no intuito
de descobrir as articulações das patas (no caso de lagartos, jacarés, crocodilos e
outros), a próxima etapa será a separação da cabeça com o resto do corpo
através da articulação occiptoatloidea (atenção tenha muito cuidado neste
procedimento, lembre-se que a cabeça deverá continuar ligada á pele, apenas o
que deverá ser cortado é o pescoço em seu interior). Agora, será cortado o
músculo caudal procurando deixar o mínimo possível de carne na cauda.
 Muita atenção procure atentar para o fato que o corpo inteiro terá de ser
removido da pele, a única coisa que deverá restar nesta, é a cabeça, os ossos das
patas (caso o réptil os tenha) e um pouco (mínimo possível) da carne da cauda.
 Caso após realizado estes procedimentos, você notar que o espécime perdeu um
pouco de sua coloração, não se preocupe, pois justamente por isso que você
retirou as fotos no início do processo, caso não as tenha retirado tudo bem, faça
uma pesquisa na Internet. No caso das patas se faz necessário desafundarlas e
limpar os ossos procurando ao máxim o que fiquem absolutamente sem carne.
 O preparador neste estágio poderá aplicar Bórax no interior dos ossos e da pele
para manter á umidade.
 Já na cabeça, todo o restante de carne que sobrou poderá ser facilmente retirado
pela parte de trás. O céreb ro e todo o restante do conteúdo craniano poderá ser
esvaziado através do orifício occipital, procurando assim sempre ao máximo
limpar toda e qualquer matéria orgânica que possa mais tarde se decompor e
arruinar o trabalho do preparador. Tenha também o cui dado de extrair os olhos e a
língua com muito cuidado para não danificar os dentes. Neste caso, também é
interessante a aplicação de Bórax sobre todos os orifícios com o auxílio de um
cotonete como ouvidos e nariz. O Bórax é muito recomendável no caso de
répteis, pois como já mencionamos
anteriormente, o mesmo costuma manter
a umidade ficando assim muito mais fácil
á separação da pele com a carne. Agora
que o preparador já separou a pele do
restante do corpo o exemplar estará
pronto para a próxima fase (a
montagem). Dependendo do profissional,
a forragem do corpo poderá ser
confeccionada com serragem, outros
preferem argila.No entanto assim como
no caso de aves, peixes e mamíferos o
mais aconselhável sempre serão os tipos
de estopas sintéticas (comumente
utilizado em lojas de confecções e
fábricas de ursos de pelúcia).
 No caso de serpentes, você poderá
utilizar um arame para realizar uma armação interna e papelões para garantir um
pleno sustentamento do espécime enquanto o mesmo seca veja a figura ao lad o.
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 No caso de lagartos, jacarés e crocodilos, também utilize a mesma técnica de
pássaros e mamíferos, faça uma armação de arames que ultrapassem as patas
dianteiras passando os mesmos através do fêmur. Confeccione outro arame
comprido o encaixando na cabeça até á outra ponta da cauda. Realize um
enchimento com um material de sua escolha e costure o exemplar. Coloque os
olhos de vidro e o prenda em uma prancha ou tábua através dos arames que lhe
restaram nas patas. Caso você não queira que o mesmo fique co m a boca aberta
poderá apenas amarrar um barbante antes da secagem, porém no caso de cobras
e outros répteis considerados perigosos sempre recomendaremos manter a boca
aberta para criar uma atmosfera de suspense. Veja a figura abaixo:
Para finalizar, como já mencionamos, você poderá
também realizar uma pintura sobre as partes que
descoloraram, dando assim um aspecto mais realístico
e original. O preparador também poderá optar por
colocar uma paisagem do ambiente que o animal vivia
ao fundo, como uma fotografia gigante.
PREPARAÇÃO DE CRUSTÁCEOS
 Após o preparador ter escolhido o animal á ser taxidermizado, para ser usado á
longo prazo o preparador poderá congelá -lo. Jamais os mantenha em álcool ou
formol, lembre-se que todo e qualquer líquido fixador costuma desbotar os
espécimes e deixam seus ligamentos rígidos, impossibilitando assim uma
posterior montagem. Muitas ferramentas poderão ser utilizadas na Taxidermia de
crustáceos, entre algumas delas poderemos citar: pinça de ranhura de ponta
rombuda reta, espátulas feitas de arame, estilete de lâmina ou bisturi, pinça de
ranhura de ponta fina. Primeiramente leve o animal em água corrente abundante,
a fim de retirar sujeiras incrustadas.
 Com a ponta do estilete ou do bisturi, introduza na re gião posterior da carapaça
do crustáceo e a retire com muito cuidado, pois as mesmas costumam ser muito
quebradiças. Com o auxílio de pinças e espátulas, vá limpando o interior da
carapaça retirando desta forma todo e qualquer material biológico propens o á
decomposição. Tenha também um especial cuidado com as peças bucais do
crustáceo. Após estes procedimentos leve -o novamente em água corrente
abundante. O próximo passo será mergulhar o espécime em formol 6% durante
24 horas. Após retirar o crustáceo d o formol (não haverá importância caso ainda
reste um pouco de carne uma vez que o formol mumificará o animal), monte o
mesmo sobre uma prancha ou pequena tábua de madeira para com que o mesmo
se pareça o mais natural possível. Deixe o espécime secar por ap roximadamente
60 horas. Posteriormente será montada e colada sua carapaça. Não se esqueça
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de aplicar uma camada de verniz para com que o exemplar possa oferecer maior
durabilidade. Recomendamos neste caso o uso do verniz vitral, disponível na
maioria das papelarias de nosso país.
CONSERVAÇÃO DE OVOS
 Para a preservação de ovos vários materiais poderão ser empregados, entre
tantos podemos destacar o arame, algo perfurante
como pequenos pregos ou alfinetes, agulhas,
seringas, água destilada e soda cáustic a. Para uma
perfeita preservação será necessário efetuar uma
pequena perfuração na parte central dos mesmos.
 A través deste orifício, deverá ser introduzido um
arame de modo que o mesmo possa retirar todo o
seu conteúdo. Posteriormente com o auxílio de u ma seringa de acordo com o
tamanho do ovo injete ar para facilitar sua preservação. Após este processo lave -o
bem com água abundante por dentro e por fora tomando o devido cuidado para
não o quebrar. Recomendamos a não utilização de ovos incubados, no enta nto
caso tenha que os utilizar, a perfuração deverá ser de maior diâmetro e através de
seu orifício deverá ser introduzida soda cáustica (Hidróxido de Sódio) em solução
concentrada, neste caso, ovo deverá ser mantido em repouso com tal solução por
algumas horas. Após realizados estes procedimentos, os ovos deverão ser
mantidos longe da luz solar para evitar sua descoloração original.
EXEMPLARES DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS
Em uma coleção científica (geralmente de laboratórios de Universidades), os
profissionais de Taxidermia têm por regra não respeitar a posição original do
animal em vida. Pois este modo facilita o estudo de um modo geral de anatomia,
coloração, tamanho e estudo da sistemática, e com o resultado pode -se classificar
de que espécie faz parte. Ve ja figura abaixo.
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OSTEOTÉCNICA
 A Osteotécnica é um ramo da Taxidermia muito utilizada na preparação de
esqueletos não utilizando assim a pele do animal. Dependendo da finalidade
desejada poderão ser empregadas diversas técnicas das quais podemos s eparar:
Química, biológica ou mecânica isoladamente ou até mesmo combinados entre si.
 Caso o preparador opte pelo processo químico este costuma ser mais agressivo,
no entanto é o mais rápido e eficiente, atuando através de produtos específicos
que agem retirando os tecidos moles e a gordura dos ossos. Neste caso o
taxidermista poderá optar com muito sucesso na fervura meticulosa do animal á
fim de que á carne e a gordura se desprendam dos ossos.
 Dentro do processo biológico o preparador poderá efetuar a maceração ou até
mesmo através da atuação de microorganismos que eliminam o material orgânico,
este processo sem dúvida é bem mais demorado, no entanto, pra fins científicos é
o mais adequado. Dentro desta prática, muitos taxidermistas optam por certos
tipos de Coleópteros carnívoros (besouros) que são encontrados praticamente em
qualquer parte do mundo, agindo desta forma como decompositores da carne
residual da carcaça de animais mortos e são muito recomendados para a limpeza
de esqueletos delicados ou outros espécimes que o preparador deseje ter o
esqueleto intacto.
 Com relação aos processos mecânicos, o preparador poderá optar pelo uso de
ferramentas que através delas elimina -se carne, músculos, órgãos etc.
 Manualmente. É claro que o preparador na hora da montagem irá se servir de
diversas grossuras de arames (conforme o espécime) para prender seus ossos,
 Alguns outros exemplares mais delicados poderão ser fixados apenas com cola.
 Veja as figuras abaixo:
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Para deixar os ossos
brilhantes bastará com que
o preparador os deixe
mergulhados em água
sanitária durante
aproximadamente 24 horas.
 Para com que fiquem ainda
mais reais, limpos e
conservados, você poderá
pintá-los com verniz vitral
disponível em muitas
papelarias.
PREPARAÇÃO DE ANFÍBIOS
Na Preparação de anfíbios os procedimentos
são os mesmos relatados para répteis, no
entanto o preparador terá que ter ainda mais
cuidado uma vez que a pele dos anfíbios são
extremamente frágeis.
30
TAXIDERMIA REVISADA
 Nesta foto podemos observar
que antes de tudo e mais nada, o
profissional realiza toda a
medição do exemplar á fim de
calcular sua massa corporal e
assim ter uma noção da
quantidade de arame e estopa á
ser utilizado.
Após os estudos preliminares
tem-se início á incisão (corte),
com o objetivo definido de
retirada de materiais biológicos
propensos á fácil decomposição.
Agora que o espécime está limpo
por dentro tem-se início á fase da
limpeza do crânio. Nesta foto já
foi dado á incisão (corte).
31
 Agora o taxidermista
com muito cuidado
afasta a pele do crânio
evitando assim com que
a mesma se rompa.
 Nesta fase já podemos observar que a pele foi
totalmente afastada e todo o interior inclusive os
olhos já podem ser visualizados.
 Nesta fase podemos notar que a tampa do
crânio foi cortada paracom que o taxidermista
com o auxílio de uma pequena espátula
possa retirar o cérebro e demais resíduos.
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 Neste passo, o taxidermista já
limpou o interior do crânio, retirou os
olhos originais e colou os olhos de
vidro.
Nesta foto podemos perceber
que a armação interna de arames
já foi montada.
1) Arame da pata direita.
2) Arame da pata esquerda.
3) Arame ligado á cabeça,
cauda e asas.
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 Após o espécime ter sido
limpo, aramado, enchido e
costurado, ele ficará com uma
aparência desconexa e
desconjuntada. Não se
preocupe, isso é normal, uma
vez que após ser fixado em
uma prancha ou tábua e
arrumado, voltará ao seu
posicionamento natural. Repare
que o preparador se preocupou
em deixar sobrando os arames
da pata para com que os
mesmos possam ser fixados.
 Agora que o exemplar foi fixado na
prancha ele finalmente está pronto
para as injeções de formol e levará
cerca de 3 dias para secar. O
preparador sempre deverá ter em
mente que antes das injeções o
exemplar deverá estar perfeitamente
pronto e formado, uma vez que
aplicadas às injeções o exemplar não
poderá mais ser mexido devido ao
forte cheiro emanado do formol.
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÇÃO DE ANIMAIS
SILVESTRES
(PRINCIPAIS PERGUNTAS E RESPOSTAS)
1. Caçar ou apanhar animais silvestres é crime? Qual a penalidade?
 Segundo o Art. 29 da Lei Nº 9.605/98: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar
espécies da fauna silvestre nativa ou em rota migratória sem a devida permissão,
licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
2. Mexer ou destruir ninhos é crime?
Sim, incorre no inciso I e II do mesmo artigo citado no número 1.
3. Alguém pode ser punido mesmo que não se configure o ato da venda de
um animal silvestre?
 Sim, pois de acordo com o inciso III do Art. 29 da Lei Nº 9.605/98 mesmo expor à
venda já configura crime.
4. Em uma feira na minha cidade observei vários artesanatos (brincos,
colares etc.) com penas e mesmo peles de animais, isto é proibido?
 Sim, a venda de produtos ou objetos oriundos da fauna sem autorização do
IBAMA constitui crime previsto no inciso III do Art. 29 da Lei Nº 9.605/98.
5. Sempre que vou à cidades praianas, nas lojas de artesanatos, observo
grandes quantidades de estrelas -do-mar sendo vendidas. Isto é permitido?
 Não, a venda destas estrelas incorre no mesmo crime citado na pergunta número
4.
6. Eu tenho um papagaio em minha casa, mas trato bem dele. Ele é de
estimação e não para o comércio. Isso é crime?
 Sim, o inciso III do Art. 29 da Lei Nº 9.605/98 considera a guarda, também como
crime. Com pena de detenção de seis meses a um ano além de mult a. No
entanto, segundo o § 3o do Decreto Nº 3.179/99 quando a pessoa que "possui" o
animal o entregar voluntariamente ao órgão ambiental competente, a autoridade
não deverá aplicar as sanções previstas. Neste caso, é facultado, também ao juiz
a não aplicação da pena. Ressalta-se, entretanto, que não oferecer resistência à
fiscalização não constitui entrega voluntária. A mesma só é assim considerada se
não demanda de uma atividade direta da fiscalização.
35
7. Existem circunstâncias que agravam a pena? Quais?
Sim, entre as mais comuns pode -se citar:
 Reincidência nos crimes de natureza ambiental;
 Ter cometido o crime visando vantagem pecuniária (obter dinheiro);
 Em unidades de conservação;
 Em domingos e feriados;
 À noite;
 Atingindo espécies ameaçadas listadas e m relatórios oficiais.
8. Em caso de tráfico ou guarda doméstica, de quanto é a multa?
Segundo o Art. 11 do Decreto Nº 3.179/99 o infrator será penalizado com a
seguinte multa:
 Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por unidade com acréscimo por
exemplar excedente de:
 I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista
oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do anexo I da
Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna
Selvagens em Perigo de Extinção - CITES; e:
 II - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécie constante da lista
oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do anexo II da CITES.
Obs: Os psitacídeos (papagaios, maritacas, periquitos e araras) brasileiros
culminam em uma multa de R$ 500,00 a R$ 5.000,00 de acordo com o grau
de ameaça da espécie.
9. Qual o destino da fauna apreendida?
 O Decreto Nº 3.179/99 recomenda que os animais apreendidos sejam
preferencialmente, após constatada sua adaptação às condições da vida silvestre,
libertados em seu habitat natural.
10. No caso da taxidermia, posso utilizar animais mortos que não foram
atropelados por mim?
Não! Toda e qualquer taxidermia deverá ser obtida uma permissão direta do
Ibama. (ressalvo caso de animais domésticos comuns como galináceos, cães,
gatos, porcos, patos, vacas, porcos, periquitos ou avestruz -africano).

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