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Embriologia resumo formação da face

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Embriologia- Morfogênese da face e formação das cavidades nasal e oral
Embriologia- Morfogênese da face e formação das cavidades nasal e oral
A face inicia sua formação na quarta semana e a completa na 10ª semana. Desenvolve-se a partir do processo frontonasal, dos processos maxilares e dos processos mandibulares. Esse desenvolvimento está na dependência de centros organizadores encontrados no encéfalo anterior (prosencéfalo) e no rombencéfalo.
No início da formação da boca primitiva, estomódeo ou estomodeu, a porção cefálica está fechada pela membrana faríngea. Com a indução do folheto ectodérmico ocorre a formação de uma depressão pelo endoderma, que é o agente indutor. Posteriormente quando houver a degeneração da membrana faríngea ocorrerá entrada do líquido amniótico para o tubo digestivo em formação. Na porção cefálica do intestino primitivo anterior forma-se uma cavidade em forma de funil dando origem à faringe. Em suas paredes desenvolvem-se os arcos branquiais ou faríngeos e em seu assoalho formam-se a língua e a tireoide.
A denominação arcos faríngeos é mais usual para mamíferos em especial humanos enquanto que o termo arcos branquiais é usada para qualquer grupo animal inclusive humano.
As Estruturas faciais derivam primariamente dos arcos faríngeos. O Primeiro Arco faríngeo dá origem ao lábio inferior e ao osso mandibular. A cavidade oral é formada pela ruptura da membrana orofaríngea.
Estomodeo e processo frontonasal 
 
• Limites do estomodeo: proeminência cefálica (anterior), emi nência cardíaca 
(posterior) e membrana bucofaríngea (teto). 
 
• Membrana buc ofaríngea: rompe-se ao final da 3ª SVIU e desaparece 
durante a 4ª SVIU. 
 
• Processo frontonas al: se forma por uma migração de células da crista neural, 
formando uma expansão frontal ao cérebro anterior.
Na 4ª semana já estão desenvolvidos os placóides do cristalino (placóides óticos) (originarão o cristalino dos olhos) e a fosseta ótica, os primórdios dos olhos e ouvidos do embrião.
A orelha é um órgão de grande complexidade que consiste em três compartimentos: Orelha externa, orelha média e orelha interna, cujas origens embrionárias são diferentes. Os precursores da orelha interna são os placoides óticos, espessamentos bilaterais do ectoderma superficial imediatamente adjacentes à porção média do mielencéfalo.
Os placoides óticos invaginam-se para formar a fosseta ótica que faz contato com a parede do
mielencéfalo. Após um curto período, as bordas da fosseta fecham-se, separando a vesícula ótica do ectoderma superficial. A cavidade da vesícula é preenchida por um fluido chamado endolinfa. Algumas células que se desprendem da parede ventromedial do epitélio ótico originarão, posteriormente, os gânglios sensoriais do nervo vestibulococlear (VIII).
Na quarta semana, os processos mandibulares fusionam-se. Entre os processos maxilares e os processos nasais laterais, há inicialmente uma fenda, o sulco nasolacrimal. Um espessamento ectodérmico em forma de bastão desenvolve-se no assoalho do sulco nasolacrimal e aprofunda-se no mesênquima. Esse cordão epitelial se canaliza no ducto nasolacrimal. O ducto nasolacrimal estende-se do canto medial do olho até a cavidade nasal e serve de dreno para o líquido lacrimal, por isso a coriza no choro.
Na 5ª semana estão desenvolvidas a saliência frontonasal, próxima ao estomodeu (boca primitiva), e as saliências nasal medial e nasal lateral, que futuramente darão origem ao nervo facial, que é responsável pelas expressões faciais.
Em cada lado do processo frontonasal, há um espessamento do ectoderma, os placoides nasais. Essa região do ectoderma corresponde à borda anterolateral da placa neural antes do seu fechamento. 
Os placoides nasais logo sofrem uma depressão, que resultarão nas fossas nasais, e o ectoderma derivará o epitélio olfatório. Em torno deles, o mesoderma eleva-se em forma de ferradura, resultando nos processos nasais medianos e laterais. Os processos nasais medianos possuem células da crista neural do cérebro anterior, e os processos nasais laterais, células da crista neural do cérebro médio.
Na 6ª e 7ª semanas já é possível a observação de um melhor posicionamento dos órgãos da face. Entre a sexta e a oitava semanas, os processos maxilares aumentam em tamanho e crescem para o plano mediano, aproximando os placoides do cristalino e os processos nasais medianos. Os processos maxilares fusionam-se com os processos mandibulares e com os processos nasais laterais e medianos
-Na saliência frontonasal ocorre a formação da testa, dorso e ápice do nariz. A região mandibular é responsável pelo desenvolvimento do queixo, lábio, bochecha e gengiva inferior;
-A região maxilar será também responsável pelo desenvolvimento do lábio, bochecha e gengiva superior;
-A região nasal medial será responsável pelo desenvolvimento do septo nasal, osso etmoide, palato superior e o lábio superior.
-A região nasal lateral será responsável pelas asas do nariz.
Na 8ª semana a face já está completamente formada. As orelhas já estão na posição correta (saliência mandibular + arcos faríngeos) e o nariz e lábio superior (saliência nasal medial + saliência maxilar).
As proeminências que formam a face são:
1-Frontonasal medial e lateral;
O processo frontonasal origina a testa e parte do dorso (a raiz) do nariz. Os processos nasais laterais formam as asas do nariz. A fusão dos processos nasais medianos resulta no restante do dorso e na ponta do nariz e no septo nasal.
2-Maxilar
Os processos maxilares formam a maxila, os ossos zigomáticos, a porção escamosa dos ossos temporais, as regiões superiores das bochechas e o lábio superior
3-Mandibular
Os processos mandibulares são responsáveis pela mandíbula, pela parte inferior das bochechas, pelo lábio inferior e pelo queixo.
4-Placóides nasais
-O Palato Primário origina do da fusão da Saliência Nasal Medial;
-O Palato Secundário, ou Definitivo, origina das cristas palatinas, que partem dos Processos Maxilares. Frontalmente, as Cristas Palatinas crescem primeiro em direção à Língua, mas depois se fundem com o Septo Nasal.
Uma má-formação bastante comum é a não união dos processos palatinos, originando a fenda palatina, que pode ser posteriormente corrigida cirurgicamente.
Um conjunto de defeitos graves da face, denominado holoprosencefalia, inclui ciclopia (fusão dos olhos pela ausência do septo nasal), presença de uma probóscide, ao invés do nariz, ou cebocefalia (somente uma narina).
Desenvolvimento da língua
A língua origina-se na parede ventral da orofaringe, na região dos quatro primeiros arcos branquiais. Na quarta semana de gestação, duas saliências do ectomesenquima aparecem no aspecto interno do primeiro arco branquial, formando as saliências linguais. Atrás e entre essas saliências, aparece uma eminência medial, denominada tubérculo ímpar.
As saliências linguais crescem e se fundem cobrindo o tubérculo ímpar, de modo a formar a mucosa dos dois terços anteriores da língua, cujo epitélio tem origem ectodérmica.
As porções centrais do segundo, terceiro e quarto arcos branquiais elevam-se juntamente para formar uma proeminência denominada cópula. O endoderma desses arcos branquiais e a cópula formam a superfície do terço posterior da língua. A língua é separada do assoalho da boca por um crescimento ectodérmico, que depois degenera formando o sulco lingual, à semelhança do sulco vestibular.
O epitélio da língua diferencia-se do endoderma, e o tecido conjuntivo, do mesênquima dos arcos branquiais. A maior parte da musculatura da língua deriva dos mioblastos que migram dos somitômeros. As papilas linguais circunvaladas e foliadas aparecem ao final da oitava semana. Mais tarde, surgem as papilas fungiformes e, da 10ª à 11ª semana, as papilas filiformes. Da 11ª à 13ªsemana, desenvolvem-se os corpúsculos gustativos.

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