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CASOS CONCRETOS DC IV

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Direito Civil IV 
 
 
Professor: Léa Feitosa 
Aluno: João Paulo Nascimento Araújo 
Matrícula: 201601218151 
 
CASO CONCRETO 01 
 
Caso Concreto 
 
Antônio celebrou contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel com 
Ricardo, em 02 de fevereiro de 2016, tendo por objeto seu apartamento situado no 
bairro do Recreio, no Rio de Janeiro, no valor de R$ 800.000,00. A escritura não foi 
registrada no respectivo Cartório de Registro de Imóveis. Diante da inadimplência 
desde o ano de 2014, o condomínio ajuíza a Ação de Cobrança (referente às cotas 
condominiais em atraso), em face do promitente vendedor, que alega ilegitimidade 
passiva. Sustenta Ricardo (promitente vendedor) que a promessa de compra e venda 
já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento da cota condominial ao 
promitente comprador, e que a propriedade do bem imóvel fora transferida no ano de 
2016 para Antônio. 
 
 
INDAGA-SE: 
 
a) A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem qual natureza 
jurídica? 
 
R. tem obrigação jurídica propter rem ou seja, a obrigação o segue, seja qual for o 
título translativo. A transmissão é automática independente específica do 
transmitente, e o adquirente do direito real não pode recusar-se a assumi-la 
 
b) No Código Civil Brasileiro há algum dispositivo legal acerca da responsabilidade 
pelo pagamento das cotas condominiais que possa ser utilizado pelo condomínio, na 
respectiva ação ajuizada? Explique a sua resposta com a devida fundamentação. 
 
R. Sim, no Art.1.245, transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do 
título translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1º Enquanto não se registra o título translativo o alienante continua a ser havido 
como dono do im​óvel. 
 
c) Na hipótese narrada, pode-se afirmar que houve transferência da propriedade do 
bem imóvel, mediante o contrato celebrado entre Antônio e Ricardo?Explique sua 
resposta com a devida fundamentação. 
 
R. Não uma vez que não houve o registro no cartório de imóveis 
 
 
Questão objetiva 
 
Sobre as obrigações propter rem é correto afirmar que: 
 
a. São obrigações que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em 
função da existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da obrigação 
propter rem. 
b. Renúncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem. 
c. Ocorrendo a transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta 
estará automaticamente extinta. 
d. São obrigações de natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade 
acompanha sempre o direito real, como é o caso do IPTU e da taxa de condomínio. 
e. Para a caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu titular 
à época do fato gerador. 
 
 
CASO CONCRETO 02 
 
Caso Concreto 
 
Mariana emprestou a título gratuito o seu apartamento para Sandra, sem fixar prazo 
para devolução. Durante o tempo em que esteve no imóvel, Sandra fez todos os 
reparos necessários, além de ter construído um cômodo a mais para um de seus 
filhos morar com ela. Após 10 anos, Mariana solicitou de volta a casa, mas Sandra 
recusou-se a devolver, alegando que não teria outro lugar para ir e que, após 10 anos 
de utilização mansa, pacífica e sem oposição, já teria tempo suficiente para usucapir 
o bem. Considerando as informações acima, responda JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE: 
 
Qual a classificação da posse de Sandra, antes de Mariana pedir o imóvel de volta? 
(justa/injusta; boa-fé/má-fé; originária/derivada; direta/indireta) 
 
R. Justa - Não ocorreu de forma violenta, precária ou clandestina 
Boa fé - É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que 
impede a aquisição da coisa.; 
Derivada - Decorreu do relacionamento entre pessoas; 
Direta: Recebeu o poder de fato sobre uma coisa corpórea, através de um vínculo 
jurídico obrigacional ou real. 
 
 
Questão objetiva 
 
No que diz respeito à posse é correto afirmar: 
 
(a) Para que haja composse é necessário que todos os compossuidores tenham 
ciência da posse dos demais; 
(b) O possuidor direto pode exercitar a repulsa legítima à invasão de sua esfera 
possessória por parte do possuidor indireto, ainda que não mais vigente o título 
jurígeno autorizador do desdobramento da posse; 
(c) Não se caracteriza a posse violenta quando alguém se apossa de propriedade 
onde não encontrou ninguém e depois tão-somente impede o dono de nela reentrar; 
(d) A companheira tem justo título na posse de bens comuns do casal, quando do 
falecimento do companheiro. 
 
CASO CONCRETO 03 
 
 
Caso Concreto 
 
Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser 
proprietário de determinado imóvel, desde 2012. Porém, deixa de instruir a inicial com 
a escritura pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta 
contestação na qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora 
transmitida com a morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 
1998 com justo título e animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de 
usucapião, requerendo a improcedência do pedido com o reconhecimento da 
prescrição aquisitiva, invocando, alternativamente, o direito de retenção por 
benfeitorias úteis, e protestando por prova testemunhal. Em audiência de conciliação 
considerou o magistrado estar comprovada a matéria de direito, inexistindo matéria 
de fato a ser considerada. Denega a produção de provas testemunhal e profere 
sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes argumentos: a) que não 
cabe discussão acerca da posse ad usucapionem e que restou comprovado o 
domínio do autor; b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível a sua 
transmissão; c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de 
possuidor de má fé. Diante do caso concreto, pergunta-se: 
 
1. Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar sua 
defesa? 
 
R. Rodrigo tem direito ao uso capião ordinário 
 
Art. 1.242 - Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez ano. 
 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver 
sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório 
cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua 
moradia, ou realizado investimento de interesse social econômico. 
 
2. Sem discutir a questão da usucapião, terá Emerson direito à posse do bem? Por 
quê? 
 
R. Não, pois não possui nenhum documento que comprove a propriedade do bem. 
3. Como fica o direito de retenção por benfeitorias? 
 
R. Como trata-se de possuidor de má fé terá direito tão somente a indenização pelo 
valor das benfeitorias necessárias. não lhe sendo assegurado o direito de retenção. 
 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito á indenização das benfeitorias 
necessárias e úteis, bem como, quanto, ás voluptuárias, se não lhe forem pagas, a 
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercero direito de 
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 
4. E o direito aos frutos? 
 
R. O possuidor de má fé terá que indenizar o possuidor pelos frutos colhidos, só lhe 
assistindo o direito à indenização pelas despesas de custeio. 
 
Art. 1. O possuidor de boa-fé tem direito enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
 
Parágrafo único - Os frutos pendentes o tempo em que cessar a boa-fé devem ser 
resultados, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser 
também restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
 
Questão objetiva 1 
 
O possuidor de má fé: 
 
(a) Não tem direito à indenização independentemente do tipo de benfeitoria que tenha 
realizado no imóvel. 
(b) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis, mas só pode 
reter o imóvel em razão das necessárias. 
(c) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias, mas não tem direito de 
retenção do imóvel. 
(d) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis sem direito de 
retenção do imóvel. 
(e) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias com direito de retenção 
do imóvel. 
 
Questão objetiva 2 
 
Assinale a alternativa incorreta: 
(a) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação. 
(b) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para 
com 
outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções. 
(c) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, clandestina ou 
precária. 
(d) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta. 
 
 
CASO CONCRETO 04 
 
 
Caso Concreto 
 
Ana Paula vendeu a Sergio o seu apartamento, recebendo desde logo todo o preço 
ajustado, efetuando-se o registro da escritura no RJ. Como ainda não estava pronto o 
novo apartamento de Ana Paula, para o qual pretendia se mudar, Sergio permitiu que 
Ana Paula continuasse a morar no imóvel que lhe vendeu, por mais dois meses, 
pagando apenas as despesas de condomínio, IPTU, luz e gás. Em face do exposto, 
responda: 
 
a) Ana Paula continua sendo proprietária do imóvel que ocupa? 
 
R. Não, pois só é dono do imóvel quem compra através de escritura pública regitrada 
em cartório (R.G.I). 
 
b) Ana Paula continua sendo possuidora? Se positiva a resposta, a que título? 
 
R. Sim, na forma ficta. A título de possuidora direta. 
 
c) Sergio é possuidor do imóvel que adquiriu? 
 
R. Sim, possuidor indireto 
 
d) Se Ana Paula, ao término dos dois meses, não entregar o imóvel a Sergio, o que 
poderá este fazer? 
 
R. Poderá entrar com ação de reintegração da posse. 
 
Questão objetiva 
 
Dá-se o traditio brevi manu, quando: 
 
a. o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como própria. 
b. o sucessor universal continua a posse do antecessor. 
c. a posse puder ser continuada com a soma do tempo do atual possuidor com a 
posse de 
seus antecessores. 
d. o possuidor de um imóvel em nome próprio passa a possui-lo em nome alheio. 
e. se exerce a posse em razão de uma situação de dependência econômica ou de um 
vínculo de subordinação. 
 
CASO CONCRETO 05 
 
Caso Concreto 
 
Jonas, proprietário de terreno adquirido de Lauro por meio de escritura de compra e 
venda registrada em 2016, propõe ação reivindicatória em face de Geraldo, no mesmo 
ano, alegando que este ocupa o imóvel injustamente. Geraldo, em contestação, alega 
que, em 2014, comprou e pagou o preço do imóvel a Estevão, procurador em causa 
própria constituído por Lauro, obtendo deste um recibo de aquisição do bem, além do 
que tem conduta consentânea com a função social da propriedade. Pergunta-se: 
 
a) Quem é o atual proprietário do bem e sob qual fundamento? 
 
R. O atual proprietário dobem é Jonas, pois sua escritura foi devidamente registrada 
em cartório. Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do 
título translativo no registro de imóveis. 
 
b) Está correta a ação proposta por Jonas? Esclareça. 
 
R. Sim, pois o direito de reaver a coisa é uma das principais características do dereito 
de propriedade. 
 
c) Na hipótese, poderia Jonas ingressar com ação de reintegração de posse? 
Justifique. 
 
R. Não.pois se trata de propriedade ao invés de posse 
 
d) O que é função social da propriedade? Há previsão no direito brasileiro? 
 
R. é um conceito intrínseco á própria propriedade privada. não basta a tituliridade, o 
proprietário deve estar sensibilizado para com o dever social imposto pela própria 
Constituição. Função Social seria uma obrigação de quem realmente se considera 
cidadão 
 
Art. 186 da CF/88 - A função social é cumprida quando a propriedade rural atende 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigências estabelecidas em lei, aos 
seguintes requisitos: 
I - Aproveitamento racional e adequado 
II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação no meio 
ambiente; 
III - Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
 
 
Questão objetiva 
 
(DPE SE 2012) Com relação ao direito de propriedade, direito real por meio do qual o 
proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la do 
poder de quem injustamente a possua ou detenha, assinale a opção correta. 
 
a. A lei admite a intervenção na propriedade, por meio da desapropriação, sempre que 
o agente público entendê-la conveniente e necessária aos interesses da 
administração pública, tendo, nesse caso, o proprietário direito a justa indenização. 
b. Presume-se, até que se prove o contrário, que as construções ou plantações 
existentes na propriedade sejam feitas pelo proprietário e às suas expensas. 
Entretanto, aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio, ainda que tenha 
procedido de boafé, perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e 
construções. 
c. Caso o invasor de solo alheio esteja de boa-fé e a área invadida exceda a vigésima 
parte do solo invadido, o invasor poderá adquirir a propriedade da parte invadida, 
mas deverá responder por perdas e danos, abrangendo os limites dos danos tanto o 
valor que a invasão acrescer à construção quanto o da área perdida e o da 
desvalorização da área remanescente. 
d. Uma das formas de aquisição da propriedade de bens móveis ocorre por 
intermédio da usucapião: segundo o Código Civil brasileiro em vigor, aquele que 
possuir, de boa-fé, coisa alheia móvel como sua, de forma justa, pacífica, contínua e 
inconteste, durante cinco anos ininterruptos, adquirir-lhe-á a propriedade. 
e. A propriedade do solo abrange também a do espaço aéreo e subsolo 
correspondentes, incluindo-se as jazidas, minas e demais recursos minerais, bem 
como os potenciais de energia hidráulica, mas não os monumentos arqueológicos, os 
rios e lagos fronteiriços e os que banham mais de uma unidade federativa. 
 
CASO CONCRETO 06 
 
Caso Concreto 
 
Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno 
córrego. Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração 
permanente do curso natural das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do 
córrego.Júlio, curioso por natureza, procura seu escritório, conta-lhe os fatos e lhe 
pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode incorporar 
ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta. 
 
R. Trata a hipótese de álveo abandonado, uma vez que o curso das águas foi alterado 
pelo Poder Público. Portanto, pertencerá ao expropriante Júlio a fração de terra (meio 
do álveo) correspondente ao álveo abandonado (ou alveus derelictus), conforme art. 
1212, CC (vide AGRESP 431698/SP). 
 
Questão objetiva 
 
No sistema brasileiro: 
 
a. a propriedade móvel se adquire com o contrato de compra e venda; 
b. a propriedade imóvel se adquire no momento em que o bem é transferido ao comprador; 
c. tanto a propriedade móvel como a imóvel se adquire pela cláusula constituti; 
d. a propriedade móvel se adquire pela tradição e a imóvel pelo registro; 
e. a propriedade imóvel se adquire pela escritura pública de compra e venda. 
 
 
CASO CONCRETO 07 
 
Caso Concreto 
 
Gustavo e Rodolfo dissolveram em 2012 sua união homoafetiva em que conviveram 
desde 2000. Gustavo voltou para a casa dos seus pais e Rodolfo permaneceu no 
apartamento em que viviam e que adquiriam de forma onerosa durante a união. Como 
a dissolução da união foi litigiosa, Gustavo decidiu deixar todas as contas relativas 
ao imóvel para Rodolfo pagar, tais como, o IPTU e as taxas condominiais, já que não 
mais iria morar no bem. Após 4 anos morando com os seus pais, Gustavo decide 
contratar você como advogado(a), para postular o seu direito à metade do 
apartamento, eis que comprou o bem em co-propriedade com Rodolfo e até o 
momento não tinham partilhado o referido imóvel. Pergunta-se: Gustavo conseguirá 
obter em Juízo o seu direito à metade (meação) do apartamento? Fundamente sua 
resposta. 
 
R. Gustavo não consiguirar obter em juizo a metade do imovel que na forma do art 
1240-A já ocorreu o usucapião familiar ressalva-se o fato que o Rodolfo teve arcar 
com todas as dispesas do lar conjugal sozinho durante todo esse periodo. ( STJ 498, 
499 E 500 ) 
 
 
Questão objetiva 
 
Por 10 anos, sem interrupção nem oposição, Fábio possuiu, como seu, bem imóvel 
no qual estabeleceu sua moradia habitual, podendo: 
 
A. depois de mais cinco anos requerer ao juiz que declare adquirida a propriedade do bem, 
independentemente de justo título e boa-fé. 
B. requerer ao juiz que constitua desde logo, em seu favor, a propriedade do bem, somente 
se possuir justo título e boa-fé. 
C. depois de mais cinco anos requerer ao juiz que constitua, em seu favor, a propriedade do 
bem, desde que possua justo título e boa-fé. 
D. requerer ao juiz que declare desde logo adquirida a propriedade do bem, 
independentemente de justo título e boa-fé. 
E. requerer ao juiz que constitua em seu favor, a partir do trânsito em julgado da sentença, 
a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé. 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 08 
 
Caso Concreto 
 
Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Honda em 
janeiro de 2006, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando 
contínua e ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2016 Adriano foi 
parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo tendo este afirmado que como 
já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por 
usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião 
por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta. 
 
O Código Civil entende no Art. 1.262 CC, entende como possível a usucapião de coisa 
móvel que se tenha posse por 5 anos ininterruptos, espécie de usucapião 
extraordinário. Se tratando de coisa furtada, a lei nada fala em relação a isso, a 
jurisprudência tem entendido, uma vez que o adquirente de boa-fé usucapir desde 
que não tenha relação com o furtador. Porém há decisões contrárias ao usucapião de 
automóveis no STJ, que entende não ser possível adquirir por usucapião veículo 
roubado. No caso concreto, o adquirente sabia da procedência do bem, já que é um 
contumaz receptador de veículos roubados e adulterou o mesmo afim de esconder 
sua verdadeira situação, dessa forma agiu de má fé e não poderia adquirir de forma 
ordinária o bem por usucapião. Portando mesmo com a jurisprudência entendendo 
que de boa fé seria possível a aquisição, devido a forma como foi adquirida o bem, 
nem assim seria possível a usucapião 
 
 
Questão objetiva 1 
 
Sobre a aquisição e perda da propriedade, analise as afirmações abaixo: 
I - A usucapião é forma de aquisição de propriedade. 
II - A usucapião no direito brasileiro, quanto aos bens imóveis poderá ser, entre 
outras 
espécies, ordinária, extraordinária, urbana e rural. 
III - A aquisição da propriedade por especificação somente é aplicável aos bens 
móveis. 
 
Quais são corretas? 
a) Apenas I e II. 
b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. 
d) Apenas II. 
e) Todas as alternativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 09 
 
Caso Concreto 
 
Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de 
diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às 
etiquetas, após costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da 
adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta. 
 
R. A adjunção é a r eunião de duas coisas, que pertencem a diferentes donos em um 
só todo, pois cada uma dessas coisas formam uma parte distinta e reconhecível. 
Portanto, é possível afirmar que houve adjunção na hipótese anterior, conforme art. 
1274 do Código Civil. 
 
Questão objetiva 1 
 
Sobre as causas de perda da propriedade, pode-se afirmar que: 
 
a. O abandono que dá origem à res derelicta não autoriza a perda da propriedade móvel ou 
imóvel. 
b. A desapropriação é forma de perda da propriedade e só pode ter fundamento 
necessidade e interesse público. 
c. A renúncia à propriedade é considerada negócio jurídico bilateral pelo qual o titular 
expressa a vontade de excluir a coisa de seu patrimônio, gerando efeitos independente do 
registro do ato renunciativo, ainda que o bem seja imóvel. 
d. A desapropriação indireta não pode ser considerada forma de esbulho possessório, uma 
vez que o Poder Público não se sujeita aos interditos. 
e. Não há direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa móvel ou imóvel extinta 
estará a respectiva propriedade. 
 
Questão objetiva 2 
 
Sobre a desapropriação é correto afirmar que: 
 
a. A desapropriação é uma das formas de perda voluntária do domínio para atender 
necessidade ou utilidade pública ou interesse social. 
b. Todos os bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem ser objeto de 
desapropriação. No entanto, os direitos de personalidade não são passíveis de 
desapropriação. 
c. O desapropriado não terá direito de preferência caso a Administração Pública desista de 
dar finalidade pública prevista no ato desapropriatório. 
d. Utilidade pública possui a conotação de urgência, algo indispensável para suprir 
carências. Necessidade é a qualidade do que acrescenta, dá funcionalidade, mas não se 
revela imprescindível.e. O apossamento administrativo é considerada prática lícita e admitida pelo ordenamento 
brasileiro 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 10 
 
Caso Concreto 
 
Antenor dos Anjos, proprietário de uma casa localizada no Bairro de Piedade, 
construiu uma janela a menos de metro e meio do imóvel de Soraia. Dois anos 
depois, Soraia construiu um muro, observando o Código de Posturas Municipais e as 
regras da legislação civil, reduzindo, entretanto, a circulação de ar e a claridade na 
residência de Antenor, que inconformado, promoveu uma Ação Demolitória. Analise a 
situação narrada, com base na legislação civil brasileira, e aponte a quem assiste 
razão e fundamente a sua reposta. 
 
R. De acordo com o Novo Código Civil no artigo 1301 não podem ser colocadas 
janelas, eirados, terraços ou varandas com uma distância menor de 1 metro e meio do 
seu vizinho que foi exatamente o que fez Antenor. No artigo 1302 do mesmo Código 
Civil caso se trate de vãos ou abertura para luz sem importar a sua quantidade, 
abertura e disposição, o vizinho pode em qualquer tempo levantar edificação ou 
contramuro mesmo que a claridade do outro seja vedada com este tipo de construção 
executada. 
 
Questão objetiva 1 
 
(TJPE 2013) O direito de superfície é concedido a outrem pelo: 
a. proprietário, por escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis, 
sempre outorgando àquele o direito de executar obras no subsolo. 
b. proprietário, em decorrência de contrato de locação e de comodato, quando 
autorizadas construções ou plantações, devendo o instrumento ser registrado no 
Cartório de Registro de Imóveis. 
c. proprietário ou possuidor, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em 
terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública 
devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis. 
d. proprietário, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do 
concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente 
registrada no Cartório de Registro de Imóveis. 
e. proprietário, por escritura pública ou escrito particular, conferindo àquele o direito 
de construir ou de plantar em terreno do concedente, por prazo determinado ou 
indeterminado, e independentemente do registro no Cartório de Registro de Imóvei 
 
 
CASO CONCRETO 11 
 
Caso Concreto 
 
Selma, proprietária de uma unidade localizado no Condomínio do Edifício Vivendas 
do Sol, localizado no Recreio dos Bandeirantes, resolveu ocupar parte da área térrea 
contínua a sua área de serviço; a utilização já perdura por mais de 5 (cinco) anos. A 
área, que é utilizada por Selma, pertence a área comum do condomínio edilício. Na 
qualidade de proprietária do imóvel, ela recentemente construiu um muro no local, 
impedindo que os demais condôminos e os respectivos funcionários do condomínio 
tenham acesso à área em questão. O síndico do condomínio, a pedido dos demais 
condôminos, (decisão em Assembleia) ingressa com uma Ação Judicial objetivando a 
demolição do muro construído. Ao tomar conhecimento do fato Selma, 
imediatamente, ingressa com uma Ação Judicial para ver reconhecida a usucapião da 
respectiva área. INDAGA-SE: 
 
A - Diante do caso narrado, a legislação brasileira e/ou a jurisprudência prevê á 
possibilidade jurídica de Selma ter a sua pretensão judicial julgada procedente? 
Explique a sua resposta com a devida fundamentação jurídica 
 
Certas áreas do condomínio não podem ser usucapidas. Inteligência dos arts. 1314 e 
1324 do CC. 
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela 
exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, 
defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la. 
Art. 1.324. O condômino que administrar sem oposição dos outros presume-se 
representante comum. 
 
Ademais, na utilização deve ser analisado o art. 1335: 
Art. 1.335. São direitos do condômino: 
I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades; 
II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto 
que não exclua a utilização dos demais compossuidores; 
III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando 
quite. 
 
 
B - A legislação brasileira permite que o condômino pode utilizar-se de área comum 
do Condomínio com exclusividade impedindo o uso dos demais? Há exceções 
previstas na legislação vigente? Explique as indagações com as respectivas 
respostas fundamentadas. 
 
Mas se utilizar com exclusividade, arca com os custos: 
Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um 
condômino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve. 
 
 
Questão objetiva 1 
 
(PC GO 2008) Na tutela dos direitos reais, distingue-se a proteção à posse daquela 
conferida especificamente ao domínio. Entretanto, admite o ordenamento jurídico 
brasileiro a tutela daquela com fundamento neste. Assim, considerando-se a disputa 
da posse com base no domínio, é CORRETO no direito brasileiro: 
a. Não se deve julgar a posse em favor daquele a quem evidentemente não pertencer o 
domínio, em razão de dispositivo expresso de lei. 
b. Não provado o domínio por qualquer das partes, não há que se aplicar, em caráter 
absoluto, o favor do domínio evidente. 
c. A ação em que o autor pleiteia a posse fundada no domínio tem natureza possessória em 
razão do pedido. 
d. O pleito de posse fundado no domínio tem natureza petitória em razão da causa de 
pedir, além do pedido. 
 
 
Questão objetiva 2 
 
(TJAL 2008) Silvana, Teresa e Sandra adquiriram uma casa em região praiana com o 
objetivo de lá se hospedarem em finais de semana, férias e feriados, exceto no 
período de março a agosto, em que nenhuma das três utilizará a casa. Diante dessa 
situação, assinale a opção correta. 
 
a. Se ficar acordado que Silvana passará as férias de janeiro na casa, não é preciso 
autorização das demais condôminas para que ela empreste a casa a uma amiga naquele 
período. 
b. Considerando que nenhuma das três utilize a casa no período de março a agosto, se 
Teresa resolver alugá-la temporariamente a uma clínica de estética, cujo imóvel esteja em 
reforma, nada obstará esse comportamento, desde que o lucro obtido seja repartido entre 
as três condôminas. 
c. A situação descrita na situação hipotética é exemplo de elisão do princípio da 
exclusividade que se dirige ao domínio, dado o estado de indivisão do bem entre as três 
condôminas. 
d. Se Silvana possuir o maior quinhão, terá preferência legal na administração do 
imóvel. e. Caso Sandra contraia dívida em proveito do condomínio durante sua estada 
no imóvel, só ela ficará obrigada ao pagamento diante do terceiro. 
 
CASO CONCRETO 12 
 
Caso Concreto 
 
Aqua Service Serviços Ltda., em ação de cobrança em que é ré Sônia, pleiteia o 
pagamento de despesas realizadas na prestação de serviços de captação, tratamento 
e distribuição de água, esgoto, limpeza das ruas, pavimentação, paisagismo, 
segurança e demais despesas de conservação do complexo habitacional do qual a ré 
faz parte. Alega, como fundamento do pedido, que tais despesas devem ser rateadas 
por todosaqueles que se beneficiam dos serviços oferecidos. Em contestação, a ré 
sustenta que jamais celebrou contrato com a autora, motivo pelo qual não se vê 
obrigada a pagar qualquer contraprestação. Aduz não existir condomínio algum no 
complexo habitacional em que reside, constituído de lotes autônomos, razão pela 
qual não se pode falar em despesas condominiais. Indaga-se: 
 
a) Pode-se afirmar que há, na hipótese, um condomínio? Em caso positivo, de que 
natureza? 
 
Pode sim, tanto de forma direta ou indireta, mesmo não havendo a constituição por 
instrumento legal da formação do condomínio, mas, por todos terem usufruído dos 
serviços prestados de forma tácita, configura o condomínio na forma material por 
esse usufruto e todos terem se beneficiado dos serviços no complexo habitacional. 
 
b) Há obrigação de rateio de despesas? Justifique. 
 
Há sim a obrigação do rateio por todos terem se beneficiado dos serviços, e pelos 
serviços terem sido prestado a todos os moradores sem que fosse feita a 
individualização dos serviço, e viável o pleito do rateio. 
 
 
Questão objetiva 
 
Em relação ao condomínio edilício, assinale a alternativa correta. 
 
a. O condômino pode dar à sua fração ideal destinação outra que não a destinação do 
condomínio, por sua condição de proprietário. 
b. O proprietário ou titular de direito à aquisição de unidade poderá fazer obra que modifique 
a fachada do prédio, na dependência de obtenção de aquiescência de um terço dos votos 
dos condôminos. 
c. A participação e voto nas deliberações dos condôminos nas assembleias nunca 
dependem de estarem quites quanto ao pagamento dos encargos a que estão sujeitos. 
d. As despesas originadas pelo condomínio edilício, a serem suportadas pelos 
condôminos, não devem ser consideradas relações de consumo, não se aplicando, 
portanto, as regras do Código de Defesa do Consumidor. 
 
 
 
CASO CONCRETO 13 
 
 
Caso Concreto 
 
Júlio, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de 
Plínio Santoro, tendo em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o 
réu requer a extinção do feito sem julgamento do mérito, sob o argumento de que não 
há a necessidade do provimento jurisdicional para extinguir usufruto por morte do 
usufrutuário. Pergunta-se: 
 
a) Como se extingue o usufruto? 
 
R:O usufruto se encerra com a morte 
 
b) Há fundamento jurídico na manifestação do réu? Justifique sob a ótica legal e 
posicionamento jurisprudencial. 
 
R:O entendimento é de que independe de ação para sua baixa diretamente junto ao 
Registro de Imóveis. 
 
Questão objetiva 1 
 
(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta: 
 
a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste 
obtida reverte em seu favor. 
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado. 
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo determinado. 
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmo instituto. 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 14 
 
 
Caso Concreto 
 
Otávio prometeu comprar, de Augusto, um imóvel não loteado em 50 prestações de 
R$ 3.000,00 (três mil reais) e quitou a obrigação em 26 de março de 2015. Diante da 
recusa do promitente vendedor em outorgar voluntariamente a escritura definitiva, 
viu-se na contingência de ajuizar ação de adjudicação compulsória em face de 
Augusto que, citado, alega não estar obrigado a fazer a escritura, pois o 
compromisso não se encontra devidamente registrado nos termos do artigo 1.418, do 
Código Civil, e não é esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal. Indaga-se: 
 
a) O promitente comprador do imóvel tem direito real? Justifique. 
 
R. Na forma do art 1.417 cc como não houve registro no registro geral de imovel 
inexiste direito real sobre coisa alheia. 
 
b) Está correta a afirmação de Augusto de que há necessidade de registro do negócio 
jurídico para fins de ação de adjudicação compulsória? Esclareça. 
R. O Posicionamento de Augusto não está correto póis não se deve interpretar o art 
1.418 cc em sua literalidade as relações obrigacionais são pautadas pela boa-fé 
objetiva e tendo Otavio cumprido todas as exisgencias do contrato poderá exigir 
atravez de ação adjuticação compusoria a celebração da escritura definitiva em 
respeito ao posicionamento jurisprudencial unânime das sumulas 413 STF e 239 do 
STJ. 
 
Questão objetiva 
 
(IAPJM Advogado 2010) Quanto aos efeitos dos direitos reais de garantia, assinale a 
opção correta. 
 
a. No direito brasileiro, vigora a regra de que o crédito real prefere ao pessoal, salvo 
se este gozar de privilégio. 
b. O credor de uma segunda hipoteca efetuada sobre determinado imóvel perderá a 
garantia do bem hipotecado. 
c. Ainda que não convencionado, o pagamento parcial de uma dívida importará a liberação 
de garantia na proporção do pagamento efetuado. 
d. Os herdeiros do devedor pignoratício poderão remir parcialmente o penhor, na proporção 
de seus quinhões. 
e. O credor tem o direito de penhorar o imóvel afetado ao pagamento da dívida de quem 
quer que o detenha. 
 
 
CASO CONCRETO 15 
 
Caso Concreto 
 
Caio e Alessandra, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, firmaram 
contrato de mútuo junto à Instituição Financeira IF para investimento em clínica 
médica da qual são os únicos sócios. Deram como garantia hipotecária o único 
imóvel que tinham, que residiam com sua família. Após o vencimento do contrato, o 
casal não pagou o valor acordado. Nesse caso, é possível que Caio e Alessandra 
percam o imóvel pela excussão da hipoteca, mesmo sendo bem de família? 
JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE. 
 
Sim, em decorrência do art. 3º, V, da Lei 8.009/90. Nesse caso, ainda que o 
empréstimo tenha sido feito à clínica médica, é certo que os únicos sócios são Caio e 
Alessandra, pelo que denota-se que o empréstimo foi revertido em benefício da 
família, justificando a aplicação do art. 3º, V, Lei 8.009/90. Nesse sentido: 
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPENHORABILIDADE DE BEM 
DE FAMÍLIA. ART. 3º, V, da Lei 8.009/90. BEM DOS SÓCIOS DE EMPRESA. HIPOTECA 
DE CONTRATO DA EMPRESA. BENEFICIÁRIOS PRÓPRIOS. NÃO CONFIGURAÇÃO. 
1. Acerca do art. 3º, V, da Lei 8.009/90, esta Corte tem entendido que ele se aplica aos 
casos em que os devedores constituidores da hipoteca deram o bem como garantia 
da própria dívida, constituindo-se nos próprios beneficiários. 
2. Não se pode presumir que o mútuo tenha sido concedido em benefício da família. 
3. Agravo regimental não improvido. 
 
Questão objetiva 1 
 
O negócio jurídico pelo qual o devedor entrega ao credor bem móvel como garantia 
de cumprimento de sua obrigação é denominado: 
 
a) caução 
b) penhor 
c) hipoteca 
d) antricrese 
e) garantia fiduciária 
 
Questão objetiva 2 
 
(OAB SP 2008) A anticrese constitui: 
 
a. Modo de aquisição da propriedade imóvel. 
b. Direito real de garantia. 
c. Direito do promitente comprador. 
d. Direito ao uso de bem móvel de propriedade do devedor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 16 
 
Questão objetivas 
 
 
1- (TJRS 2012) Considere as assertivas abaixo. 
 
I. A servidão não se constitui se o dono do prédio dominante é proprietário em 
condomínio do prédio serviente. 
II. O prazomínimo para o possuidor de um terreno urbano de 400 m2 , com intenção 
de dono, sem justo título, sobre o qual construiu uma casa que serve de sua 
residência, usucapi-lo, é de 10 (dez) anos. 
III. O condômino pode pedir, para uso próprio, a retomada do imóvel comum locado, 
mesmo sem a concordância dos demais condôminos. 
 
Quais são corretas? 
 
a. Apenas I 
b. Apenas II 
c. Apenas III 
d. Apenas II e III 
e. I, II e III 
 
2- (TJRR 2006) A respeito dos direitos das coisas, assinale a opção correta. 
 
a. A preferência das hipotecas entre os vários credores hipotecários ocorre pela ordem 
cronológica do vencimento do título constitutivo, ou seja, paga-se integralmente ao credor 
hipotecário cujo título vença primeiro e, depois de satisfeito este, paga-se ao segundo 
credor ou ao terceiro, conforme a ordem cronológica do vencimento do título. 
b. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé de manter o 
poder fático sobre a coisa alheia, objetivando receber do retomante a indenização 
pelas benfeitorias necessárias e úteis nela realizadas. 
c. No usufruto, a propriedade é fracionada, pois, enquanto o usufrutuário retira proveito 
econômico da coisa, remanesce em poder do nu-proprietário o conteúdo do direito, ou seja, 
a faculdade de disposição da coisa em sua substância, podendo este alienar, instituir ônus 
real ou dar qualquer outra forma de disposição ao objeto. Assim, o usufrutuário tem a posse 
direta e justa do bem alheio, podendo desfrutar da coisa como se fosse própria, contudo 
sem alterar-lhe a substância. Na defesa da posse, o usufrutuário pode valer-se dos 
remédios possessórios contra terceiros, mas não contra o nuproprietário, que tem a posse 
indireta. 
d. A tolerância do poder público quanto à ocupação dos bens públicos de uso comum ou 
especial por particulares faz nascer, para estes, direito assegurável pelos interditos 
possessórios, transmudando-se a posse precária em permissão de uso. 
 
 
 
3- (CEDAE RJ 2012) O usufruto é disciplinado pelo Código Civil. Segundo o regime 
aplicado, leia as assertivas abaixo: 
 
I. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão 
produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste. 
II. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o 
usufruto, as contribuições do seguro. 
III. Se o usufrutuário fizer o seguro, ao mesmo caberá o direito dele 
resultante contra o segurador. 
IV. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do 
proprietário, será este obrigado a reconstruí-lo. 
V. Incumbem ao usufrutuário as despesas extraordinárias de conservação 
dos bens no mesmo estado em que os recebeu. 
 
A alternativa correta é: 
 
a. I e II são verdadeiras. 
b. I, II e III são verdadeiras 
c. I, IV e V são falsas 
d. IV e V são verdadeiras 
e. I, II e V são falsas 
 
4- (TJRJ 2012) Quanto à servidão, é correto afirmar: 
 
a. Constituída para certo fim, a servidão poderá ser ampliada para usos diferentes. 
b. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio 
serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou 
pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não 
prejudicar o prédio serviente. 
c. Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à 
servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la, sem direito à 
indenização pelo excesso. 
d. As servidões prediais têm como característica a divisibilidade, podendo ser instituídas em 
favor de parte ideal do prédio dominante e incidir sobre parte ideal do prédio serviente. 
 
5- (TRE MS 2013) A respeito dos direitos reais, assinale a opção correta. 
 
a. Aquele que, trabalhando em matéria-prima totalmente alheia, obtiver espécie nova a 
perderá para o dono do material utilizado, ainda que haja boa-fé. 
b. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a hipoteca firmada 
entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posteriormente à celebração da 
promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. 
c. O exercício do usufruto não pode ser transferido a título oneroso. 
d. É possível a estipulação de cláusula que proíba o proprietário de alienar o imóve 
hipotecado. 
e. Os encargos e tributos que incidirem sobre imóvel que esteja sob o regime de exercício 
do direito de superfície permanecerão a cargo do proprietário e não do superficiário. 
 
6- (MPE RR 2012) Assinale a opção correta com referência ao direito das coisas. 
 
a. A venda a non domino não constitui exemplo de propriedade aparente. 
b. A detenção irregular de bem público de uso comum do povo comporta indenização das 
benfeitorias. 
c. A coletividade desprovida de personalidade jurídica também pode ser possuidora. 
d. O constituto-possessório ocorre quando o possuidor possui em nome alheio e passa a 
possuir em nome próprio. 
e. É incabível a usucapião de bens pertencentes à sociedade de economia mista que 
explore atividade econômica. 
 
7- (TJPR 2011) Aponte se as assertivas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e 
assinale a única alternativa CORRETA: 
 
( F ) ​Ocorrendo turbação ou esbulho, o possuidor direto ou indireto tem o direito de ser 
mantido ou reintegrado na posse através dos interditos proibitórios. 
( V ) A ação de dano infecto é uma medida preventiva que o proprietário ou possuidor de 
um prédio pode propor contra o vizinho para assegurar segurança sossego e saúde aos 
moradores que o habitam. 
( V ) ​A lei civil consagra a usucapião extraordinária o prazo de 15 anos, sem interrupção e 
sem oposição para a usucapião extraordinária geral; são de 10 anos quando o possuidor 
estabelecer moradia habitual, ou nele realizar obras e serviços de caráter produtivo, 
denominando usucapião extraordinária de forma abreviada. 
( V ) O possuidor de área urbana com até 250 metros quadrados, que, por cinco anos 
ininterruptos e sem oposição, utilizar para guarnecer a sua família, poderá adquirir o 
domínio, desde que não seja proprietário de imóvel rural ou urbano. 
 
a. V,F,F,V. 
b. V,V,V,V. 
c. F,V,V,V . 
d. V,V,F,V. 
 
8- (TJMS 2012) A construtora Y adquire terreno urbano para fins de edificação de 
prédio de apartamentos. Assim, leva a efeito a incorporação imobiliária e toma 
financiamento junto ao Banco X, de modo a permitir a edificação. Institui em favor do 
Banco X dupla garantia, que consiste na hipoteca do terreno e na alienação fiduciária 
dos créditos. Todas as unidades autônomas, três anos depois, já são objeto de 
compromissos de compra e venda com os adquirentes dos apartamentos. Ocorre que 
a construtora não paga o financiamento e o banco é negligente no que tange ao 
exercício de seus direitos frente à cessão fiduciária dos créditos. Ao fim e ao cabo, o 
Banco X decide excutir a hipoteca, promovendo a penhora do terreno e da totalidade 
da edificação, em sede de execução de título extrajudicial que tem no polo passivo 
apenas a incorporadora. O edifício já está, a essa altura, pronto, tendo a posse sobre 
as unidades autônomas sido entregue aos promitentes compradores. Diante desses 
fatos, afirma-se: 
 
I. A excussão da hipoteca deverá afetartodas as unidades autônomas, que 
permanecem como garantia do débito, ante o princípio da indivisibilidade da garantia 
real. 
II. O incorporador tinha o dever jurídico ? portanto, cogente - de constituir patrimônio 
de afetação destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das 
unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes. 
III. A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior 
à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os 
adquirentes do imóvel, de modo que estes poderão desconstituir a penhora por meio 
de embargos de terceiro. 
IV. Somente com expressa anuência do agente financiador poderiam os promitentes 
compradores excluir suas unidades autônomas do âmbito da hipoteca, exceto se 
assumissem pessoalmente a parcela da dívida do incorporador, hipótese em que 
estaria configurada a sub-rogação legal. 
 
Está(ão) CORRETA(S): 
 
a. Apenas as assertivas I, II e IV. 
b. Apenas a assertiva III. 
c. Apenas as assertivas I e IV. 
d. Apenas as assertivas II e III. 
e. Apenas a assertiva II. 
 
9- (MP AP Analista 2012) Considere: 
 
I. Clotilde é possuidora de um terreno na cidade de Macapá por quinze anos, sem 
interrupção, nem oposição, não possuindo título e nem boafé. 
II. Vera Lúcia é possuidora de área de terra em zona rural com cem hectares, por 
cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e 
tendo nela sua moradia, não sendo proprietária de imóvel rural ou urbano. 
III. Tatiana exerce, por três anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre um apartamento de cem metros quadrados na cidade de 
Mazagão que utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com seu 
ex-cônjuge, Lindoval, que abandonou o lar, não sendo proprietária de outro imóvel 
urbano ou rural. 
 
De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, adquirirá o domínio integral dos 
respectivos imóveis aquelas indicadas APENAS em: 
 
a. I e III. 
b. II e III. 
c. I e II. 
d. I. 
e. III. 
 
10- (PC GO 2008) O direito brasileiro oferece ampla tutela para os direitos sobre as 
coisas, disciplinando, inclusive, intervenções entre prédios. Considerando-se que as 
servidões prediais são restrições à propriedade, constituídas em favor de um prédio 
sobre outro, é CORRETO afirmar: 
 
a. A servidão não pode ser instituída em favor de parte ideal do prédio dominante ou 
incidir sobre parte ideal do prédio serviente. 
b. A servidão não aparente pode ser estabelecida por meio de permissão de passagem 
sendo dispensável a transcrição no registro de imóveis. 
c. A servidão é obrigação do titular do domínio do imóvel serviente à prestação de fato 
negativo em favor do titular do imóvel dominante. 
d. Nas servidões prediais, em razão da necessária relação entre si, é essencial a 
contiguidade entre prédios dominante e serviente. 
 
11- (TCM BA 2011) Na hipoteca e no penhor é: 
 
a. Válida a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não 
for paga no vencimento, se o bem tiver o mesmo valor da dívida ou se o credor restituir a 
diferença do valor em dinheiro. 
b. Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for 
paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento. 
c. Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não 
for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em 
pagamento da dívida. 
d. Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida 
não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em 
pagamento. 
e. Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida 
não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa 
em pagamento da dívida. 
 
12- (MPE SP 2012) "X" edificou casa, em área urbana, na certeza de lhe pertencer a 
totalidade da área descrita junto à matrícula imobiliária. Constatou, porém, já 
concluída a construção, que por um erro na descrição das linhas limítrofes, a 
edificação invadiu uma vigésima parte do terreno de seu vizinho. Considerando isso, 
assinale a seguir a alternativa correta. 
 
a. "X" adquirirá a propriedade da área invadida, devendo pagar o décuplo do valor do 
terreno lindeiro e a desvalorização da área remanescente. 
b. Embora "X" estivesse de boa-fé, deverá demolir a parte da construção que invadiu o 
terreno alheio, ainda que com grave prejuízo para a edificação. 
c. Estando "X" de má-fé, adquire a propriedade da área invadida apenas se o valor da 
construção exceder o do terreno. 
d. Estando "X" de boa-fé, adquire a propriedade da parte do solo invadido e responde, 
por perdas e danos, correspondentes ao valor que a invasão acrescer à construção, 
mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente. 
e. A posse justa exercida por "X" e a boa-fé empreendida na construção serão suficientes 
para justificar pedido de usucapião da área invadida, o que deve ser requerido, porém, no 
lapso de 3 anos após a edificação. 
 
13- (TJPB 2011) Com base na jurisprudência do STJ e na doutrina, assinale a opção 
correta acerca dos institutos da posse e dos direitos reais. 
 
a. A confusão não extingue a hipoteca, pois a garantia pode incidir em bem próprio. b. Um 
particular que ocupar, de boa-fé, lotes localizados em terras públicas terá direito a 
indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, sob pena de retenção. 
c. O penhor convencional, que só pode decorrer de ato entre vivos, exige que as partes 
acordem sobre o valor e as condições de pagamento. 
d. O direito real de uso é instituído pelas mesmas modalidades do usufruto e, tal como este, 
pode ser cedido a título gratuito. 
e. A renúncia ao usufruto não alcança o direito real de habitação, que decorre de lei e 
se destina a proteger o cônjuge sobrevivente, mantendo-o no imóvel destinado à 
residência da família. 
 
14- (TJSE 2008) A respeito da propriedade e da posse, assinale a opção correta. 
 
a. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé ou o detentor de 
coisa imóvel de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando proteger a sua 
posse ou receber a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel. 
b. Se o proprietário, por meio de contrato verbal de comodato, permitir o uso gratuito 
de um imóvel por tempo indeterminado, o comodatário exerce legitimamente a posse 
e, sem a notificação necessária de que não mais tem interesse em manter o 
comodato, não há constituição em mora e, sem ela, também o proprietário não pode 
postular a reintegração de posse. 
c. O convalescimento da posse adquirida de forma violenta, clandestina ou precária é 
permitido pela cessação da violência ou da clandestinidade e pelo decurso de ano e dia. 
Cessado o vício, a posse torna-se justa e o possuidor passa a ser considerado de boa-fé, 
reconhecendo-se-lhe o direito de retenção, seja por acessões seja por benfeitorias 
necessárias, úteisou voluptuárias. 
d. A descoberta é um modo de aquisição originária da propriedade móvel, segundo a qual 
aquele que encontrar coisa alheia, sem dono ou abandonada torna-se seu depositário e, 
transcorridos três anos sem que o proprietário a reclame, a propriedade consolida-se na 
pessoa do possuidor. 
e. Adquire-se a propriedade por abandono de álveo quando houver acréscimo de terras às 
margens de um rio, provocado pelo desvio de águas ou afastamento dessas, descobrindo 
parte do álveo. 
 
15- (TRF 2a. Região 2009) Com referência à disciplina legal relativa à posse, assinale a 
opção correta: 
 
a. Havendo colheita antecipada, o possuidor deverá devolver os frutos colhidos no 
caso de ter cessado a boa-fé. 
b. No que tange à indenização pelos danos causados ao bem, faz diferença ser a posse de 
boa-fé ou de má-fé. 
c. Aquele que detiver a posse injustamente não poderá se utilizar dos interditos 
possessórios, mesmo em face de terceiros que não tenham posse. 
d. O dono da posse deve indenizar as benfeitorias necessárias pelo seu valor atual, mesmo 
ao possuidor de má-fé, sob pena de enriquecimento sem causa. 
e. O possuidor de boa-fé não responde pela perda da coisa, mas responde por sua 
deterioração, ainda que não lhe dê causa. 
 
16- (OAB 2011) Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, 
de comum acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela 
instalação de uma singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, 
por essa razão, o seu vizinho, Joaquim, solicitou-lhe que substituísse a cerca viva por 
um tapume que impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Félix 
negou-se a atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era 
adestrado e inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na 
situação narrada, é correto afirmar que Joaquim: 
 
a. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse na sua 
propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação, cabendo a Félix 
arcar com a outra parte das despesas. 
b. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse 
em sua propriedade, cabendo a Félix arcar integralmente com as despesas de 
instalação. 
c. Não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora instalada de 
comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as propriedades, cumprindo, 
pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o cachorro possa vir a lhe causar 
danos. 
d. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua 
propriedade, cabendo a Félix arcar com as despesas de instalação, deduzindo-se desse 
montante metade do valor, devidamente corrigido, correspondente à cerca viva inicialmente 
instalada por ambos os vizinhos. 
 
17- (TJRO 2011) Acerca do Direito das Coisas, avalie as assertivas abaixo: 
 
I. Os interditos possessórios previstos em nosso ordenamento são a Ação de Reintegração 
de Posse, a Ação de Manutenção de Posse, o Interdito Proibitório e a Ação Reinvidicatória. 
II. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância, mas quando o detentor 
exerce poderes de fato sobre a coisa é considerado possuidor para todos os fins. 
III. É de boa-fé a posse quando o possuidor, embora não ignore os vícios ou obstáculos que 
impedem a aquisição da coisa, está comprometido em sanar o vício ou remover os 
obstáculos em um prazo determinado. 
IV. O direito à indenização por benfeitorias necessárias é devido ao possuidor de 
má-fé. 
 
Está(ão) CORRETA(S): 
 
a. Apenas as assertivas I e IV. 
b. Apenas as assertivas II e III. 
c. Apenas a assertiva I. 
d. Apenas a assertiva IV. 
e. Todas as assertivas. 
 
18- (TJMA Titular de Serviços de Notas e Registros 2011) Assinale a alternativa 
correta: 
 
a. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel fungível que o devedor, 
com escopo de garantia, transfere ao credor. 
b. Nos condomínios edilícios, o condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito 
aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de dois por cento ao mês 
e multa de até um por cento sobre o débito. 
c. Aquele que por quinze anos, houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, sem 
interrupção, nem oposição, possuindo-o como seu, adquiri-lhe a propriedade, 
independentemente de título de boa fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por 
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
d. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, 
tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é 
violentamente repelido. 
 
 
 
 
19- (TJSE 2008) No que concerne aos direitos reais, assinale a opção correta. 
 
a. A garantia real, no direito civil, ocorre quando o devedor, ou alguém por ele, 
destina determinado bem do seu patrimônio para a garantia de uma dívida. Essa 
sujeição cria preferência, ou prelação, para o credor, que, na venda do bem, será o 
primeiro a receber, sem se sujeitar a concursos ou rateios. 
b. Um pai poderá garantir a dívida de um seu descendente, hipotecando os seus bens 
particulares, sem a autorização de seu cônjuge e dos demais herdeiros. . 
c. O direito de superfície é a concessão para se construir ou plantar em solo alheio. A 
constituição desse direito opera- se por contrato oneroso, durante a sua vigência, e o 
detentor da propriedade superficiária poderá modificar unilateralmente a destinação da 
utilização do terreno, quando essa não beneficiar a propriedade economicamente. 
d. O direito real de servidão de passagem exige, para o seu reconhecimento, o 
encravamento do imóvel dominante, consistente na ausência de saída pela via pública, 
fonte ou porto. É passível de proteção possessória e pode ser adquirido por usucapião, 
mesmo que a posse seja descontínua e não aparente. 
e. O penhor, por ser contrato real que só se aperfeiçoa com a tradição do bem, exige a 
transferência efetiva da posse pelo devedor ao credor do bem empenhado, qualquer que 
seja a espécie de penhor. 
 
20- (TJPI 2007) Acerca da posse e da propriedade, assinale a opção correta. 
 
a. Se os ramos de uma árvore, cujo tronco estiver na linha da divisa de duas propriedades, 
ultrapassarem a extrema de um dos prédios, o dono do prédio invadido deverá dar ciência 
ao seu confinante para que tome as providências necessárias para sanar o problema e, em 
caso de recusa ou omissão do vizinho, ele poderá cortar os ramos invasores, às expensas 
daquele. 
b. Para que a posse exercida sobre um bem seja considerada de boa-fé, exige-se que seja 
examinada a inexistência de vícios extrínsecos que a infirmem ou, caso existentes, que o 
possuidor os ignore ou que tenha tomado conhecimento do vício da posse, em data 
posterior à sua aquisição, ou mesmo que, por erro inescusável, ou ignorância grosseira, 
desconheça o vício ou obstáculo jurídico que lhe impeça a aquisição da coisa ou do direito 
possuído. 
c. A posse mantém o mesmocaráter de sua aquisição, podendo ser adquirida pelo próprio 
interessado, por seu procurador e pelo constituto possessório. Assim, se a aquisição foi 
violenta ou clandestina, esse vício se prende à posse enquanto ela durar, isto é, não 
convalesce, pois será sempre considerada posse injusta. 
d. A posse ininterrupta e incontestada pelo prazo de 15 anos gera a propriedade de um bem 
imóvel por meio da usucapião ordinária, independentemente de título e de boa-fé, quando o 
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua morada, ou nele houver realizado obras ou 
serviços de caráter produtivo. 
e. Se o possuidor houver adquirido a posse do bem imóvel por meio de comodato 
verbal, por prazo indeterminado, a notificação ou interpelação do comodatário para a 
restituição e desocupação do imóvel é suficiente para constituí-lo em mora. Se o 
comodatário não desocupar o imóvel no prazo que lhe foi concedido, sua recusa 
constitui esbulho à posse do comodante, reparável por meio da ação reintegratória.

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