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AD1.2014.1.Gabarito Turismo e Sociedade

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO A DISTANCIA – AD1 
Período - 2014 
Disciplina: Turismo e Sociedade 
Coordenadoras: Andreia P. de Macedo e Teresa Cristina de Miranda Mendonça 
 
 
QUESTAO ÚNICA – Aulas de 1 a 5 
O termo sociologia, como descrito em aula, é de origem latina e grega e foi criada por 
Auguste Comte, fundador do Positivismo, uma corrente de pensamento considerada como a 
primeira forma de pensamento social. Esta corrente, de forma direta ou indireta, contribuiu 
para a construção das demais teorias soiológicas. A partir da afirmativa, responda as duas 
questões abaixo: 
 O que é o Positivismo e qual é a sua importância para a construção do pensamento 
sociológico? 
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. 
Um dos principais idealizadores do positivismo foi o pensador Augusto Comte. Esta 
escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do 
XX, período em que chegou ao Brasil. 
O termo Positivismo, derivado do latim positum (“posto”, “o que está posto adiante”), 
designa o que se observa ou experimenta e refere-se à Filosofia baseada na experiência 
como a única verdadeira fonte de saber real. Assim, o Positivismo fundamenta-se na 
ciência e na organização técnica e industrial da sociedade moderna, e considera a 
comprovação pelo método científico o único caminho válido para se atingir o 
conhecimento. Ou seja, o positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é 
a única forma de conhecimento verdadeiro. 
De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi 
comprovada através de métodos científicos válidos. 
Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou 
qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da 
humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos. Ou seja, em um momento 
histórico a ciência já não parecia mais uma forma particular de saber, mas a única capaz 
de explicar a vida, abolir e suplantar as crenças religiosas e até mesmo as discussões 
éticas. Supunha-se que, utilizando-se adequadamente os métodos de investigação, a 
verdade se descortinaria diante dos cientistas, quaisquer que fossem suas opiniões 
pessoais, seus valores sobre o bem e o mal, o certo e o errado. 
A contribuição para a Sociologia se refere a ser considerada como a primeira corrente 
teórica sistematizada de pensamento sociológico, o Positivismo definiu precisamente seu 
objeto de análise, estabeleceu conceitos e formulou uma metodologia de investigação. 
Além disso, o Positivismo, ao definir a especificidade do estudo científico da sociedade, 
conseguiu distinguir-se de outras ciências estabelecendo um espaço próprio à ciência da 
sociedade. Assim surgiu a Sociologia que, ao longo do século XX, deu grandes 
contribuições à análise dos diversos grupos sociais, e firmou-se como disciplina que 
explica a sociedade e seu funcionamento. 
 
 Explique as unidades de análise eleitas como objeto da Sociologia nas perspectivas 
teóricas de Durkheim (fatos sociais), Weber (ação social) e Marx (modos de produção) 
e cite quais seriam as relações ou não-relações do Positivismo sobre as referidas 
perspectivas. 
A) Durkheim iniciou seus estudos sob a influência da tradição positivista, para a 
qual só importavam os fatos observáveis. Sua teoria sobre a investigação social 
parte de um postulado claramente positivista. No entanto, Para o Positivismo, do 
qual Durkheim é um dos herdeiros, a História é o processo universal de evolução 
da humanidade, cujos estágios o cientista poderá perceber e conhecer através do 
método comparativo, capaz de aproximar sociedades humanas de todos os tempos 
e lugares. Nessa perspectiva, a História particular de cada sociedade desaparece 
diluída nessa lei geral que os pensadores positivistas tentaram reconstruir. 
 Ou seja, apesar de sua herança positivista, Durkheim advertiu que, embora 
Comte e Spencer considerassem os fenômenos sociais como fatos naturais, 
a Sociologia da qual se ocupavam era de “conceitos” (ideias, abstrações) e 
não de “coisas”, isto é, realidades exteriores passíveis de observação, 
descrição e comparação. 
 A teoria sociológica do autor tem como base os fatos sociais que o autor os define 
como “as maneiras de agir, de pensar e de sentir que existem independentemente 
das consciências individuais, sendo, portanto, realidades exteriores aos indivíduos. 
Então, trata-se de uma definição que diz respeito às manifestações do indivíduo 
como ser coletivo.” Os fatos sociais totais possuem três características: coerção, 
exterioridade e generalidade. 
 B) A teoria sociológica weberiana está centrada na análise do indivíduo, mas deve 
ficar claro que é a ação social desempenhada por este indivíduo o objeto de 
estudos e investigação da Sociolgia, não confundindo desta forma com a análise 
psicológica, tendo em vista que o que está em jogo para a Sociologia é o sentido 
da ação que leva o indivíduo a agir considerando o outro, pois é a partir daí que o 
sociólogo apreende e desvenda as distintas formações sociais. 
 A análise socia de Weber, no entanto, não teve influência do pensamento 
positivista. A posição positivista era a de valorização apenas da lei da 
evolução, a generalização e a comparação entre as formações sociais, 
aspectos que quando enfatizados não permitem a observação da importância 
dos processos históricos para a explicação dos fenômenos sociais. Weber, 
devido a sua formação e menos influenciado pelo pensamento positivista, se opõe 
a este tipo de explicação para os fenômenos sociais e nasce desta oposição a 
teoria sociológica alemão, pois sua teoria vêm sempre acompanhados do contexto 
histórico e social que o mesmo vivenciou durante sua produção intelectual, a 
Alemanha. O contexto social alemão ao apresentar uma realidade distinta de 
países como a França e a Inglaterra favoreceu o surgimento de uma explicação 
sociológica influenciada por outras correntes filosóficas e apoiada na 
sistematização de outras ciências humanas como a História e a Antropologia. Do 
contraste entre essas duas formas de construção da explicação sociológica, 
podemos perceber que o pensamento alemão voltou-se para a diversidade.. 
Assim, observa-se, em quase todos os cientistas alemães que buscavam entender 
os fenômenos sociais, a facilidade em discernir diversidades, a preocupação com a 
História e o esforço interpretativo. 
Para Weber, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão dos diversos 
grupos sociais, pois, ao serem baseadas na coleta de documentos e no esforço de 
interpretação das fontes, permitiria o entendimento das diferenças sociais, que na 
visão weberiana é fundamental, tendo em vista que, para ele, o que deve ser 
explicado e entendido é a gênese e a formação das sociedades e não os estágios 
de evolução, como pregava o positivismo. Weber entende que na explicação dos 
grupos sociais deve ser respeitado o caráter específico de cada formação histórica 
e social. Assim, ele propôs uma análise sociológica guiada pelo método 
compreensivo, isto é, um esforço interpretaivo do passado e de sua repercussão 
nas características particuares das sociedades contemporâneas. 
C) Marx assistiu ao aumento do número de fábricas e da produção industrial, 
bem como às desigualdades sociais daí resultantes. Assim, ele buscou entender a 
organização e o funcionamento da sociedade capitalista, visando às possibilidades 
da construção de uma nova ordem social que fosse pautada na justiça, na 
igualdade e na liberdade. Então, Marx contribuiu para o desenvolvimento da 
Sociologia em sua vertente crítica, pois as consequências sociais das 
transformaçõesproduzidas pela moderna sociedade industrial foram decisivas para 
o surgimento da Sociologia. Dessa forma, Marx não propôs apenas um método 
para análise dos processos sociais, mas um projeto para a ação política. Esta 
linha, então não tem nenhuma relação com o positivismo. 
Marx analisou a forma como as sociedades se desenvol-veram ao longo da 
história, identificando alguns modos de produção cada qual representando fases do 
desenvolvimento da propriedade privada e da exploração do homem. No entanto, 
concentrou-se nas mudanças provocadas pelos tempos modernos, ligadas ao 
desenvolvimento do capitalismo, que é um siste-ma de produção que contrasta 
profundamente com os sistemas econômicos anteriores. A teoria do autor, então, 
considera que o modo de produção capitalista é o intercâmbio entre relações de 
produção e forças produtivas que se transformam em capital. Contudo, é somente 
por meio do trabalho que tal intercâmbio se concretiza. Igualmente, o modo de 
produção baseia-se nas relações sociais de produção de oposição entre duas 
classes: a capitalista e a trabalhadora, os proprietários e os não-proprietários dos 
meios de produção. Assim, para o autor, as relações entre os homens resultam das 
relações de oposição entre essas duas classes.

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