Feldspato

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Feldspato 
O feldspato é o grupo de minerais mais abundante nas rochas ígneas e metamórficas da crosta terrestre. Eles são compostos de silicatos de alumínio juntamente com potássio , sódio , cálcio e em algumas vezes bário. 
No Brasil a reserva medida é de 316 milhões de toneladas que encontram-se distribuídas entre os estados do Paraná (28,3%), Minas Gerais (13,3%), Paraíba (10,4%), Rio Grande do Norte (10,2%), Rio de Janeiro (10,2%), Bahia (8,9%), São Paulo (8,2%), Santa Catarina (6,2%) e Tocantins (4,3)%.
O feldspato é distribuído na superfície da Terra, e possui amplo emprego, sobretudo nas industrias de vidro e cerâmica, além de possuir evidente tendência de intensificação do aproveitamento. 
Ele encontra-se como uma estrutura tridimensional, contínua, e carregada negativamente, composta por tetraedros de silicatos (SiO4) e de aluminatos (AlO4) − os quais estão ligados pelos vértices – e carregada positivamente por cátions de potássio, sódio e/ou cálcio, os quais ocupam os interstícios da estrutura. Os feldspatos normalmente possuem um de cada quatro cátions de silício (Si4+) substituídos por cátions de alumínio (Al3+). Esse desequilíbrio de cargas encontrado é compensado pelo sódio ou pelos íons de potássio. 
Suas propriedades (fundente, fonte de alumina e álcalis ) e abundancia lhe asseguram posição destacada no cômputo dos naturais.
Algumas características encontradas no feldspato são:
Cor: branco róseo;
Traço: branco; 
Aspecto óptico: translúcido e transparente; 
Brilho: não-metálico, vítreo;
Dureza: 6,0 a 6,5 na escala Mohr; 
Peso específico: 2,5 a 2,8 g/cm3;
Sistema de cristalização: monoclínico (na presença de potássio, devido ao seu tamanho) ou triclínico (na presença de sódio e cálcio); 
Habito: cristal prismático ou compacto; 
Fratura: Desigual, estilhaçada, granulada;
Composição química: (Na. K) Al Si2O3, Ca Al2 SiO3, Ba AlSi2 O3;
Clivagem: perfeita em duas direções, formando ängulo de aproximadamente 90º.
 Processamento 
O feldspato normalmente é beneficiado pelo processo de flotação e separação magnética, utilizado para remover minerais acessórios como mica, granada, óxidos de ferro e quartzo. No caso de depósitos de pegmatitos e de areia feldspática, o quartzo é obtido como co-produto. Em algumas aplicações, a presença da sílica é vantajosa, no entanto, em outras precisam de um feldspato muito puro e moído. 
As operações de beneficiamento (britagem, moagem, flotação da mica e flotação do ferro) produzem uma mistura de feldspato e de quartzo com relativa pureza, que pode ser utilizada em diversos segmentos cerâmicos. Para ser vendida a segmentos mais exigentes, essa mistura, após ser filtrada e seca em fornos rotativos, deve passar por uma separação magnética de alta intensidade, para diminuir ainda mais os teores de ferro. Caso seja exigido um produto da mais alta pureza, o material, antes de ser filtrado e seco, deve passar por uma terceira flotação e, logo em seguida, sofre as operações de filtragem, secagem e de separação magnética.
Esquematicamente, suas aplicações podem ser assim resumidas: na indústria, vidros, cerâmicas, porcelana, esmaltação. Alguns exemplos na parte da indústria são:
Fabricação de vidros, principalmente com feldspatos potássicos, pois os mesmos reduzem a temperatura de fusão do quartzo e ajudam a controlar a viscosidade do mesmo;
Fabricação de cerâmicas, pois aumentam a resistência e a durabilidade das cerâmicas; 
Material de incorporação em tintas, plásticos e borrachas, utilizam-se feldspatos finamente moídos, e são utilizados graças à sua boa dispersibilidade, por serem quimicamente inertes, apresentarem pH estável, alta resistência à abrasão e congelamento e pelo seu índice de refração;
Produtos vidrados, como louça sanitária, louça de cozinha e porcelanas para aplicações elétricas, além de ser utilizados em eletrodos de soldadura, abrasivos ligeiros, produção de uretano, espuma de látex, agregados para construção, entre várias outras aplicações.