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Planctologia - resumo geral

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Resumo – Planctologia 2018.1
- A planctologia é o estudo dos organismos que ficam suspensos no meio ambiente líquido, sendo arrastados passivamente pelos movimentos desse meio líquido. Ou seja, sua mobilidade é limitada ou nula. A origem do nome Plâncton vem do grego plankton que significa errante, que vaga, flutuante. Os organismos do plâncton são representados por microalgas, microcrustáceos, bactérias, fungos, larvas de diversos metazoários, gametas, ovos de peixes etc. (fitoplâncton, micoplâncton, zooplâncton, ictioplâncton, etc) sendo uma comunidade muito diversificada. Estes organismos constituem a base da cadeia trófica dos ambientes aquáticos e funcionam como elo na transferência de massa e energia para níveis tróficos superiores.
- Os organismos vegetais que fazem parte do plâncton são chamados fitoplâncton e os organismos animais são chamados zooplâncton. Os principais grupos componentes do fitoplâncton são as algas verdes, diatomáceas, dinoflagelados e cianobactérias. Os principais grupos do zooplâncton são rotíferos, cladóceros, copépodes e protozoários, podendo estar presentes também cnidários, artrópodes, insetos, larvas etc. 
- Os organismos plânctonicos podem ser classificados por sua: Composição Qualitativa, Tamanho, Habitat, Profundidade de Distribuição (Vertical), Duração da vida Planctônica e Metabolismo.
- Composição Qualitativa
Viroplâncton: vírus
Bacterioplâncton: bactérias
Micoplâncton: fungos
Fitoplâncton: microalgas
Protozooplâncton: protozoários
Zooplâncton: microcrustáceos, micromoluscos e outros metazoários
Ictioplâncton: ovos e larvas de peixes
- Tamanho
Ultraplâncton (< 5µm) 
Nanoplâncton (5-60 µm) 
Microplâncton (60-500 µm) 
Mesoplâncton (0,5-1 mm) 
Macroplâncton (1-10 mm) 
Megaplâncton (>10 mm)
- Habitat
Haliplâncton: marinhos (oceânicos, neríticos, estuarinos...)
Limnoplâncton: águas continentais.
- Plâncton Marinho
Estuarino: possui grande diversidade.
Nerítico: Capturado nas dimensões da costa, predominam animais que vivem apenas uma parte do ciclo de vida no plâncton (meroplâncton). 
Oceânico, capturado em alto mar, predominam organismos que vivem só no plâncton (holoplâncton).
- Profundidade de Distribuição Vertical
Plêuston - animais e vegetais cujas deslocações fundamentalmente asseguradas pelo vento. 
Nêuston - animais e vegetais que vivem na camada superficial (1° cm) da água.
Epipelágico: vivem nos primeiros 300 m da coluna de água durante o período diurno. 
Mesopelágico: vivem em profundidades entre 1000 e 300 m, durante o período diurno.
Batipelágico: vivem entre 3000/4000 m e 1000 m durante o período diurno. 
Abissopelágico: Vivem entre 4000 – 6000m.
Hadopelágico: Vivem entre 6000 – 11000 m.
Epibentônico: próximo do fundo ou temporariamente em contacto com o fundo.
- Duração da vida Planctônica
Podem ser Holoplâncton que possui todo o seu ciclo de vida como planctônicos e também podem ser do tipo Meroplanctônicos que são os organismos que vivem temporariamente no plâncton, como os ovos e larvas de peixes.
- Metabolismo, nutrição e estrutura celular
Autotróficos: obtêm elementos que precisam a partir de compostos inorgânicos, sendo que a energia provém da luz ou oxidação química. Podem ser do tipo fototróficos ou Quimitróficos (fitoplâncton)
Heterotróficos: necessitam de matéria orgânica já elaborada (zooplâncton)
Auxotróficos: tipo de heterotrofia onde os organismos requerem porções mínimas de compostos orgânicos essenciais (vitaminas e cofatores)
Mixotróficos: são tanto autotróficos como heterotróficos
Fagotróficos: incorporam partículas sólidas por fagocitose
Saprotróficos: comedores de detritos
- Quanto à estrutura celular, podem ser: Eucariontes – estrutura celular compartimentalizada, com um núcleo que abriga o material genético; e procariontes – estrutura celular não compartimentalizada, sem núcleo abrigando o material genético.
Planejamento amostral, fracionamento, triagem e enumeração do fitoplâncton
- Para realizar uma pesquisa com o plâncton de determinado lugar é necessário realizar um planejamento amostral, com seleção dos pontos de coleta, coleta piloto e escolha dos métodos de amostragem (qualitativo- com rede quando o objetivo é amostrar diversidade - e/ou quantitativo – quando o interesse é determinar a quantidade coletada ou filtrada).
- As coletas devem ser realizadas utilizando materiais que estejam de acordo com o objetivo do estudo e o organismo com o qual se vai trabalhar. Por exemplo, se o objetivo do trabalho for coletar plâncton em várias profundidades, como em estudos de migração vertical, o ideal é realizar a coleta com garrafas de Van Dorn. Mas, se o objetivo for taxonomia e diversidade do plâncton em um único compartimento, usa-se rede com malha correspondente ao tamanho do organismo planctônico.
- Após coletado, o plâncton deve ser fixado (podendo ser corado ou não), triado, contado e identificado. No caso do fitoplâncton, pode ser fixado com formol, ou fixado e corado com lugol. O zooplâncton é fixado com formol e corado com corante rosa-de-bengala. 
- A contagem do plâncton é realizada em câmaras, placas ou membranas filtrantes, podendo ser mensurados o peso úmido ou peso seco, o volume celular ou a clorofila por meio de espectofotometria ou fluosrescência.
- De forma geral, são necessárias pelo menos 3 subamostagens de 1,0 mL para realizar a contagem e identificação do plâncton em câmaras de Sedwick-Rafter, sob microscópio óptico, até que não apareça novos táxons. Amostras com baixa densidade de organismos são contadas na sua totalidade.
Ecologia do fitoplâncton e adaptações à vida planctônica
- O fitoplâncton contribui com pelo menos 50% da produção primária do planeta. As microalgas componentes do fitoplâncton, são frequentemente estudadas por suas toxinas, bloons e florações, que são produtos do metabolismo secundário. 
- As algas são seres autotróficos que necessitam, basicamente, de luz e nutrientes para realizarem a fotossíntese. A deficiência em algum desses fatores limitantes impossibilita o crescimento ou ciclo de vida desses organismos. 
- Adaptações do fitoplâncton: Os organismos fitoplanctônicos são adaptados para a vida em suspensão e para resistirem ao afundamento. A manutenção na água requer estratégias adaptativas na forma, tamanho, densidade, e composição química das espécies tais como:
Achatamento do corpo para aumento da superfície e maior flutuabilidade;
Prolongamento ou expansões corpóreas que ajudam a não afundar;
Orgãos com gás (flutuadores);
Gotículas de gordura e óleo que auxiliam na flutuação;
Tecidos gelatinosos com grande quantidades de água;
Esqueleto leve ou ausente;
Mucilagem;
Transparência para fugir de predadores;
Movimento ativo dos ramos, cerdas e cílios; 
contração do corpo, movimento dos sinos natatórios, etc.
Proteínas de baixo peso molecular que auxiliam na flutuabilidade e no deslocamento.
- O fitoplâncton é geralmente mais abundante nas camadas superficiais da coluna d’água, mas podem realizar migrações verticais diárias estimuladas pela luz, subindo para a superfície no final da tarde, afastando-se da superfície próximo da meia noite, e retornando à superfície com o amanhecer.

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