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HIV Vírus da imunodeficiência humana ! 1977 e 1978 - Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como aids, em 1982, quando se classificou a nova síndrome. ! 1980 - Primeiro caso no Brasil, em São Paulo - classificado em 1982. ! 1982 - adoção temporária do nome Doença dos 5 H, representando os homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (nome em inglês dado às profissionais do sexo). - Conhecimento do fator de possível transmissão por contato sexual, uso de drogas ou exposição a sangue e derivados. - Primeiro caso decorrente de transfusão sanguínea - Primeiro caso oficialmente diagnosticado no Brasil, em São Paulo. Histórico - Infecção por HIV ! 1983 - Primeira notificação de caso de aids em criança. Descreve-se o primeiro caso de possível transmissão heterossexual. Focaliza-se a origem viral da aids. Relatam-se casos em profissionais de saúde. No Brasil, primeiro caso de aids no sexo feminino. ! 1984 - Instituto Pasteur, na França, isola e caracteriza um retrovírus como o causador da aids Início da disputa, entre os grupos do médico americano Robert Gallo e do francês Luc Montagnier, pela primazia da descoberta do HIV. Histórico - Infecção por HIV ! 1985 - O primeiro teste anti-HIV é disponibilizado para diagnóstico. - Caracterização dos comportamentos de risco no lugar de grupo de risco. - Descoberta que a aids é a fase final da doença, causada por um retrovírus, agora denominado HIV - Primeiro caso de transmissão vertical ! 1986 – É criado o Programa Nacional de DST e AIDS pelo Ministério da Saúde ! 1987 - Início da utilização do AZT (zidovudina), primeiro medicamento que reduz a multiplicação do HIV. Histórico - Infecção por HIV ! 1988, 1989, 1990 Histórico - Infecção por HIV ! 1991 - Inicia-se o processo para a aquisição e distribuição gratuita de antirretrovirais Lançamento do medicamento didanosina ! 1993 - Brasil passa a produzir o AZT Histórico - Infecção por HIV ! 1997 - Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes com HIV em terapia com antirretroviral, com a realização de exames de carga viral e contagem de células CD4 ! 2017 - Sai o primeiro registro para comercialização, em farmácia, do autoteste para o HIV Histórico - Infecção por HIV ! 2017 - Medicamento para prevenção é incorporado ao SUS Tenofovir + Emtricitabina um único comprimido antes da exposição ao vírus, em pessoas não infectadas pelo HIV e que mantêm relações de risco com maior frequência A OMS recomenda, desde 2012, a oferta de PrEP para casais sorodiferentes; gays; homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo; e pessoas transgêneros (travestis e transexuais), consideradas populações-chave. Boletim Epidemiológico de Aids demonstra taxas de prevalência de HIV: • na população geral é de 0,4% • nas mulheres profissionais de sexo é de 4,9%. • Entre pessoas que usam drogas (exceto álcool e maconha) é de 5,9% • entre gays e homens que fazem sexo com outros homens - 10,5% ESTATÍSTICAS MUNDIAIS SOBRE HIV 36,7 1,8 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Pessoas com HIV Novas infecções Mortes por HIV N úm er o em m ilh oe s d ad os 2 01 6 34,5 17,8 2,1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Adultos Mulheres Crianças Pe ss oa s co m H IV e m m ilh oe s - 2 01 6 76,1 35 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Pessoas infectadas com HIV Mortes por HIV N úm er o em m ilh õe s - a té 2 01 6 Dados desde o início da epidemia ESTATÍSTICAS MUNDIAIS SOBRE HIV 28.159 70.970 " Estimativas sobre HIV e AIDS para o Brasil (2015) " 830.000 pessoas vivendo com HIV " 44.000 novas infecções pelo HIV; " O número de mortes relacionadas à AIDS no Brasil -15.000 " Um relatório da Unaids revela que o número de infecções com o vírus aumentou 11% no Brasil entre 2005 e 2013, indo na contramão da média global, que apresenta queda. HIV ! É um retrovírus, membro da subfamília Lentiviridae ! Não é oncogênico. ! Infecta células do sistema imune ! Genoma constituído de RNA ! a progressão da doença é similar em homens e mulheres Genoma: pequeno com 9.300 pb nove genes (gag, pol, env, tat, rev, nef, vif, vpu e vpr) 1. Genes Estruturais o Gag (p7, p9, p17, p24): proteínas do “core” (nucleocapsídeo) o Pol (Transcriptase reversa, integrase e polimerase) o Env (gp120/41): proteínas do envelope 2. Genes Não-estruturais (reguladores) o tat, rev o nef o vif, vpu e vpr HIV - Genoma que regulam a expressão viral e são importantes na patogenia in vivo. HIV - Genoma HIV HIV – infecção ! CD4 presente em linfócitos T. ! Quimiocinas CCR5 CXCR4 Para infecção o vírus interage: HIV – infecção e ciclo de replicação HIV – infecção e ciclo de replicação HIV - estágios Infecção Primária ! Ocorre replicação viral e viremia ! A síndrome aguda do HIV ocorre em 50 a 70% dos casos cerca de 3 a 6 semanas após a infecção primária ! quadro típico de infecção viral aguda c/ intensidade e duração variáveis ! quadro clínico: febre, cefaléia, mialgia, náuseas, vômitos, diarréia, dor de garganta, anorexia, linfadenopatia, rash cutâneo, podendo haver sintomas neurológicos com meningite ou neuropatia periférica. ! Nesta fase há uma importante viremia, com redução gradual à medida que o paciente desenvolve uma resposta imune ao HIV HIV – Estágios da infecção Latência clínica ! Alta taxa de replicação viral, com aparecimento de sintomas ou a doença, podendo perdurar por 10 anos. ! O paciente permanece assintomático enquanto vai havendo, lentamente, replicação viral e queda da imunidade, com redução das taxas de linfócitos T CD4+ HIV – Estágios da infecção Doença sintomática precoce ! há redução dos linfócitos T CD4+ para níveis menores que 500/mm3 ! surgem afecções atribuídas a infecções oportunistas menores (que não são suficientes para indicar uma anormalidade da imunidade celular e caracterizar um distúrbio que define a AIDS e efeitos diretos da infecção crônica pelo HIV) ! A linfadenopatia generalizada persistente é definida pela presença de linfonodos hipertrofiados (>1cm) ! Outras manifestações da doença sintomática inicial são: febre, emagrecimento, diarréia, monilíase oral, leucoplasia pilosa, úlceras aftosas, herpes-zoster, trombocitopenia, herpes-simples recorrente, condiloma acuminado, doença inflamatória pélvica, displasia e carcinoma de colo uterino in situ HIV – Estágios da infecção Fase avançada da doença ! os pacientes com infecção por HIV evoluem para a AIDS. ! contagem de CD4+ menor que 200 por mm3 de sangue ! presença de doença oportunistas associadas à de AIDS HIV – Estágios da infecção Fase avançada da doença Doenças oportunistas ! Diarreia crônica há mais de 30 dias, com perda de peso ! Pneumonia; ! Tuberculose; ! Neurotoxoplasmose; ! Neurocriptococose; ! Citomegalovirose; ! Pneumocistose. HIV – Estágios da infecção Fase avançada da doença Doenças oportunistas ! Candidiase ! Sarcoma de Kaposi HIV – Estágios da infecção HIV – Estágios da infecçãoTransmissão O risco varia com: ! Tipo de exposição ! Quantidade de sangue envolvida ! Quantidade de vírus no sangue do doente no momento da exposição 1. Horizontal – relação sexual 2. Vertical – parto, amamentação 3. Parenteral – transfusão, uso seringas contaminadas 4. Ocupacional Resposta imunológica " A resposta imunológica humoral contra vários antígenos virais é vigorosa. " A maioria das proteínas do HIV é imunogênica " glicoproteínas do envelope, gp120 e gp41, e a proteína do capsídeo, a p24. " IgM IgG " IgM não permite diferenciar uma infecção recente de uma infecção crônica, tendo em vista que a IgM pode reaparecer em outros momentos durante o curso da infecção (padrão de intermitência) " Aumento de avidez É permitida a utilização das seguintes metodologias, no teste da Etapa I: a) Ensaio imunoenzimático - ELISA; b) Ensaio imunoenzimático de micropartículas - MEIA; c) Ensaio imunológico com revelação quimioluminescente e suas derivações - EQL; d) Ensaio imunológico fluorescente ligado a enzima – ELFA; e) Ensaio imunológico quimioluminescente magnético – CMIA; f) Testes rápidos: imunocromatografia, aglutinação de partículas em látex g) Novas metodologias registradas na ANVISA e validadas pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Diagnóstico ELISA – quarta geração detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV. Teste Rápido - Diagnóstico da Infecção pelo HIV ! 1993 - os testes rápidos vêm sendo utilizados no Brasil ! A Portaria nº 151 de 14 de outubro de 2009 ! Permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos. - populações que moram em locais de difícil acesso, - gestantes que não fizeram o acompanhamento no pré-natal - em situações de acidentes no trab - parcceiros de pessoas infectadas Imunocromatográfico Teste Rápido - Diagnóstico da Infecção pelo HIV Amostras Y Y Ligam-se Y Ac monoclonal ligado ao corante Y Y Migrar pela membrana até a região do Ag na área teste Complexo Gp 41 Y Y Imunocromatográfico Teste Rápido - Diagnóstico da Infecção pelo HIV Diagnóstico por detecção direta do HIV " Testes de biologia molecular " importante quando a detecção de anticorpos não é possível. " infecção aguda em adultos " diagnóstico em crianças com idade inferior a 18 meses " diagnóstico precoce da infecção pelo HIV em crianças com exposição perinatal 2. Etapa II : teste 2 – complementar É permitida a utilização das seguintes metodologias no teste da Etapa II: a) Imunofluorescência indireta - IFI; b) Testes rápidos c) Imunoblot - IB; d) Imunoblot rápido - IBR; e) Western Blot - WB; - Amostra positiva: reatividade (bandas), em pelo menos duas das seguintes proteínas: p24; gp41; gp120/gp160; Diagnóstico Western blot Sequência de eventos na infeccão pelo HIV Sequência de eventos na infeccão pelo HIV Os fluxogramas estão baseados nesta classificação Sequência de eventos na infeccão pelo HIV Fluxograma de diagnóstico teste rápido Fluxograma de diagnóstico Com teste molecular Mais recomendado Fluxograma de diagnóstico Testes imunológicos Fatores que interferem no resultado dos exames gerar resultados falso positivo Vacina contra influenza A H1N1; Artrite reumatoide; Doenças autoimunes (lupus eritematoso sistêmico); Terapia com interferon em pacientes hemodialisados; Síndrome de Stevens-Johnson; Anticorpo antimicrossomal; Anticorpos HLA (classe I e II); Infecção viral aguda; Aquisição passiva de anticorpos anti-HIV (de mãe para filho); Tumores malignos; Outras retroviroses; Anticorpo antimúsculo liso. Medicamentos ! década de 1980 – surgimento dos medicamentos antirretrovirais – impedir a multiplicação do vírus; ! 1996 – Brasil distribui gratuitamente o coquetel antiaids ! atualmente existem diversos medicamentos divididos em 5 grupos Medicamentos Inibidores Nucleosídicos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: Zidovudina, Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Emtricitabina Inibidores Não Nucleosídicos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina. Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir e Saquinavir. Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. É a Enfuvirtida. Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. É o Raltegravir. Obrigada
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