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Mitos e Dúvidas sobre Amamentação

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Mitos e Dúvidas sobre Amamentação
Muitas mães e gestantes não tem informações suficientes sobre o assunto, e muitas vezes, por essa razão deixam de amamentar seus bebês da forma correta ou simplesmente não amamentam pelo tempo necessário. Nesse artigo vamos esclarecer alguns mitos e dúvidas comuns referentes à amamentação
- Cerveja preta, canjica, canja, água inglesa aumentam a quantidade de produção de leite materno?
Absolutamente não! É importante que a mãe consuma quantidade suficiente de líquidos, preferencialmente água e mantenha uma dieta equilibrada. O consumo de bebidas alcoólicas é absolutamente proibido.
- O que é amamentação exclusiva?
Amamentação exclusiva é quando é oferecido para o bebê somente o leite materno como fonte de comida e  bebida. E não são utilizados mamadeiras, bicos e chupetas.
- Por quanto tempo devo manter a amamentação exclusiva?
O tempo mínimo de amamentação exclusiva é de 6 meses. Este período foi estabelecido através de pesquisas e estudos com mães e bebês. Após os 6 meses de vida do bebê inicia-se a introdução de outros alimentos como: sucos, frutas amassadas e papinhas de legumes.
- O colostro não é o mesmo que o leite, então posso desprezar o colostro?
Não despreze o colostro. O colostro é rico em substâncias imunológicas e proteínas, sendo uma vacina natural para o bebê, além de ser nutritiva.
- O  meu leite pode não ser forte o suficiente?
Não! O leite da mãe é na verdade adequado às necessidades do bebê. O leite fraco existe apenas em situações extremas como no caso de desnutrição profunda da mãe.
– O que é aleitamento de livre demanda?
O aleitamento de livre demanda consiste simplesmente em oferecer o peito ao bebê quando o mesmo demonstrar a necessidade, de modo geral isso acontece de 3 em 3 horas, mas se o intervalo entre as ofertas for um intervalo de tempo menor não significa que o leite não está sendo bom o suficiente. Pode significar por exemplo que a capacidade gástrica (espaço no estômago) do bebê ainda é muito pequena para mamar leite suficiente para 3 horas de intervalo.
- Quando está muito quente posso dar água na chuquinha para o bebê?
Não é necessário dar água para o bebê. É especialmente proibido o uso de mamadeiras. No caso de administração de medicamentos  esses devem ser oferecidos para o bebê através de um copinho descartável de café ou uma colher. O uso de bicos de silicone, chupetas , mamadeiras e chuquinhas prejudicam a longo prazo o desenvolvimento dentário da criança e a curto prazo fazem com que o bebê perca o interesse no bico do peito da mãe e assim pare de mamar.
-  Se o bebe arrotar no peito da mãe o leite seca?
Não há nenhum problema em o bebê arrotar no seu peito. O leite não secará por conta disso. A razão mais comum para o leite secar é a falta de estímulo, que consiste no simples ato de sucção pelo bebê.
-  O bico do meu peito é para dentro, logo não posso amamentar?
Todas as mulheres saudáveis podem amamentar, independente do tipo do bico do peito. Muitas mulheres acreditam que a sucção é feita através do bico do peito. Mas, essa informação é errada. O que estimula a saída do leite é quando o bebê suga a aréola do seio e então o leite sai através do bico do peito. Não há nenhum problema se o bico é plano, saliente ou invertido (para dentro), como também não há nenhuma correlação no tamanho do seio.
-  Se o bico do peito está rachado ou machucado, ou tenho o leite empedrado devo parar de amamentar?
Não, rachaduras e machucados no bico do peito decorrentes da amamentação não são prejudiciais ao bebê. Uma maneira prática de evitar rachaduras e futuros machucados no bico do peito é esvaziar um pouco o peito antes do bebê começar a mamar, isso ajuda a pega correta pelo bebê. Como regra geral não suspenda a amamentação exclusiva até que o seu bebê tenha completado 6 meses de vida.
- O bebê pode mamar no peito de outra pessoa que seja conhecida ou da mesma família?
Não, nunca, jamais o seu bebê deve mamar no peito de outra pessoa.E jamais amamente um bebê que não seja seu! O que pode acontecer é você ser doadora ou usuária de um banco de leite materno estabelecido dentro de um hospital, onde o leite das mães doadoras são pausterizados, examinados e armazenados de modo correto.
O ato de amamentar é algo muito importante e a falta de orientação durante a gestação fazem com que esse assunto tão sério se torne ainda mais complexo. Ler e conversar com a equipe médica de pré-natal é de suma importância. Tire todas as suas dúvidas com os profissionais da área de saúde que estejam ao seu alcance: nutricionistas, médicos, enfermeiros e psicólogos. Os benefícios e vantagens do aleitamento materno vão além do que muitos podem imaginar.
Composição do leite materno
Bom, hoje vamos falar sobre amamentação. Todos já sabemos que o leite materno oferece ao recém nascido um alimento completo. Suas características bioquímicas variam de mãe para mãe, durante o dia, durante as diferentes fases da amamentação e até mesmo durante a mesma mamada.
1.Colostro: secretado no pós parto imediato até cerca de uma semana, caracteriza-se por um fluído amarelado e espesso, rico em proteínas e com menor teor de lactose e gorduras que o leite maduro, tem cerca de 67 kcal para cada 100 ml e um volume de 2 a 20ml por mamada. Rico em vitaminas A e E, carotenóides e imunoglobulinas confere proteção contra vírus e bactérias para o bebê e permite que ele libre o mecônio, suas primeiras fezes. Possui ainda fator bífido, responsável pelo crescimento da microbita intestinal e pela presença de Lactobacillus bifidus.
2.Leite de Transição: do 7º ao 14º dia de puerpério, apresenta aumento de volume e estabilização de sua composição.
3.Leite maduro: sua composição varia durante as fases da lacatação e contem, além das vitaminas A,D e B6, cálcio, ferro e zinco.
Mães de recém nascidos pré termo (<37 sem) contém mais proteínas e lipídios e menos lactose, além de teores mais elevados de lactoferrina e IgA.
Em relação aos nutrientes do leite materno, as proteínas classificam-se em caseína e proteínas do soro, sintetizados pela glândula mamária e albumina, enzimas e hormônios provenientes do plasma. Não há evidências de que a composição corporal ou os hábitos alimentares maternos influenciem na concentração de proteínas do leite humano, mesmo em mulheres desnutridas.
A principal fonte de energia do leite materno são as gorduras, principalmente Triglicerídeos (98%). Nesse caso, o tipo de lipídeo consumido pela mãe e seu estoque de gordura corporal,  influenciam diretamente a composição de ácidos graxos do leite materno, exceto a de colesterol.
O principal carboidrato é a lactose (aprox. 70g por litro). Ela é fundamental na absorção de minerais como cálcio e  ferro e sua concentração parece não sofrer influência da dieta materna.
Os minerais presentes no leite (Ca, Fe, Zn, Cu, etc) são altamente biodisponíves se comparados ao leite de vaca ou a fórmulas infantis. Sua concentração não é afetada pela alimentação da mãe. Já as vitaminas (A,D,E,K,C e complexo B) têm sua concentração influencida diretamente pela dieta materna, daí a importância de uma alimentação variada e balanceada.
Enfim, não há dúvidas de que o leite materno é o alimento ideal para o recém nascido, exclusivo até o 6º mês e complementado até 2 anos. Todo profissional de saúde têm por obrigação estimular a prática da amamentação para todas as mulheres e o nutricionista em especial, pois dentre as suas funções está a de fornecer informações adequadas sobre a forma correta de manter a saúde nos diferentes estágios da vida.
A importância do Aleitamento Materno
O aleitamento materno é um processo que envolve três fatores: ambientais, fisiológicos e emocionais. É muito importante ter o conhecimento de que a produção de leite é determinada pela ação hormonal na gestação e é aumentada quando ocorre o aleitamento materno de forma adequada e  não de certas crenças populares que ouvimos no nosso dia-adia. Devemos deixar de acreditar nelas, pois para ter uma idéia, esta crença já sãotão fortes que até mesmo profissionais da saúde já estão influenciados.
Apesar de todas as campanhas que são mantidas anualmente, o desmame  continua precoce em nosso país, sendo que apenas 6% das crianças brasileiras são amamentadas exclusivamente até 2 meses de vida.
Mas quais são as vantagens para o bebê? Por quê devemos amamentar até pelo menos 6 meses de vida?
O aleitamento materno é completo porque contém vitaminas, minerais, gorduras, açucares e proteínas. Todos apropriados para o organismo do bebê;
Possui também, muitas substâncias nutritivas e de defesa, que não é encontrado no leite de vaca;
É adequado, completo, equilibrado, suficiente para seu bebê. Não existe leite fraco;
É feito especialmente para o estômago da criança, por isso apresenta mais fácil digestão.
Além do mais o leite materno é limpo, não apanha sujeira como a mamadeira, está pronto a qualquer hora e na temperatura certa, além de não ter nenhum custo finceiro.
Sem falar que o aleitamento materno também beneficia a família da criança, aumentando os laços entre a mãe e o bebê durante a amamentação, diminui o sangramento da mãe após o parto, faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, diminui o risco de câncer de mama e ovários, é econômico e prático.
Vamos entender melhor as etapas do leite materno:
Nos primeiros dias após os parto, o leite secretado é denominado colostro, que corresponde a um líquido amarelado e espesso, é essencial paa a alimentação do recém-nascido. Possui anticorpos e  leucócitos, além de contribuir no amadurecimento do aparelho gastrintestinal. Esta substância deve ser o primeiro tipo de alimento que a criança deve receber, pois a ingestão de outros tipos de leite podem acarretar em infecções e dificultar a digestão.
Após duas semanas, o leite que sai é chamado de maduro, é mais ralo que o leite de vaca, porém possui tudo o que o recém-nascido precisa. É dividido em leite do meio e fim. O primeiro apresenta cor acinzentado, é rico em proteínas, lactose, vitaminas, minerais e água, no início da mamada. O segundo, mais no final da mamada, possui cor mais branca, pois contém mais gorduras. Por isso para que nenhum dos dois leites sejam prejudicados, é importante que o tempo de mamada seja estipulado pelo bebê, ele deve parar de mamar quando quiser.
Para concluir, o leite materno é o alimento natural da criança. Nos seus primeiros meses de vida, é o leite que contém mais vantagens, além de passar afeto e amor a criança. A criança que está sendo amamentada no seio raramente adoece. É muito importante que o pai também se envolva com a criança, sendo igualmente orientado, motivado e estimulado, participando de outras tarefas com a criança.
“Siga os cuidados básico com seu corpo e retire o melhor da natureza para você e seu bebê”.
Como e quando desmamar seu bebê?
Desmamar um bebê parece muitas vezes algo muito simples, mas nem sempre é feito da maneira correta. Podemos classificar o desmame como um processo e descartar a idéia que se trata apenas de um ato isolado na vida da mãe e do seu bebê. Neste artigo iremos falar sobre esse processo de maneira simples e fácil.
Desmame
O desmame assim como o aleitamento materno é algo muito importante no desenvolvimento do bebê, e não fazê-lo da maneira correta pode acarretar prejuízos no seu crescimento. O aleitamento exclusivo  é indicado até os 6 meses de vida do bebê e garante que todas as suas necessidades nutricionais sejam supridas. Desde as calorias até os nutrientes como vitaminas e minerais, mas a partir dos 6 meses de vida somente o leite materno passa a não ser suficiente para o bebê. É nesse momento que devemos começar a introdução de novos alimentos na dieta do bebê e dar início o processo do desmame. Esse processo começa aos 6 meses de vida do bebê e pode ir até os 2 anos, variando de indivíduo para indivíduo. A vantagem do desmame feito da forma correta pode muitas vezes evitar o surgimento de futuros problemas alimentares
Introdução de novos alimentos
A introdução de novos alimentos deve ser algo gradativo e controlado. Não é indicado começar a introdução de todos os tipos de alimentos em um mesmo momento. De uma maneira geral iniciasse com o grupo dos vegetais.
O primeiro passo é oferecer sucos de fruta no horário do lanche. Assim que o bebê estiver adaptado com os sucos, de 1 à 2 semanas, o próximo passo é oferecer papas de frutas. Depois desses 2 passos que demoram um total aproximado de 1 mês já é possível introduzir preparações salgadas, exemplo: sopa de legumes.
A consistência dos alimentos também deverá ser observada, é sugerido: sopas batidas e frutas amassadas ou raspadas. É geralmente durante o desmame que podemos observar o surgimento de intolerâncias e alergias alimentares, por isso, deve-se ter atenção com o que é tolerado ou não pelo bebê.
Preparo das refeições
O preparo das refeições é simples, porém, deve ser observado que não é necessário o uso de sal, açúcar e tempero artificial. No caso das sopas é necessário apenas uma quantidade mínima de sal. O paladar do bebê não é o mesmo que do adulto, o que parece não muito apetitoso ou interessante para a mãe é tolerado muito bem pelo bebê. Já as papas de frutas dispensam a adição de qualquer tipo de açúcar, assim como os sucos e mamadeiras. Evite ao máximo os alimentos industrializados e/ou com corantes. Não é necessário exagerar na quantidade da porção a ser oferecida.
Quando oferecer as refeições
As refeições devem ser oferecidas entre as mamadas, que naturalmente terão sua freqüência diminuída, pois conforme o bebê for se adaptando com o consumo de novos alimentos menos ele irá “procurar” o peito da mãe. Logo, a quantidade de produção de leite irá gradativamente diminuir, dando espaço às refeições. É importante respeitar o ritmo de cada bebê.  A primeira mamada ao acordar e a última mamada antes de dormir geralmente são as últimas a serem substituídas por comida durante o processo do desmame, o que é uma vantagem para as mães que trabalham.
Observação
Esse artigo tem caráter apenas instrutivo e aplica-se a parte da população que é saudável, não substituindo consultas de nutricionistas e médicos. Ao ser observado qualquer acontecimento anormal deve-se consultar um profissional da área.
Alimentação complementar: Primeiras papinhas
Olá leitores e leitoras.
Hoje venho conversar a respeito da alimentação complementar, mas o que é alimentação complementar?
É a alimentação no período em que outros alimentos ou líquidos são oferecidos à criança, em adição ao leite materno. Atualmente recomenda-se que o aleitamento materno exclusivo (apenas o leite materno) deva ser oferecido até os seis meses, pois este oferece todos os nutrientes necessários para a criança. Posteriormente introduz novos alimentos iniciando uma nova fase na alimentação da criança.
Neste momento muitas dúvidas surgem como por exemplo qual alimento devo introduzir primeiro? O que pode fazer mal para o bebê? Quando a criança consegue mastigar? Vamos conversar um pouco a respeito das dúvidas e orientar a melhor maneira de introduzir os alimentos.
Primeiro lembre-se que o aleitamento materno não deve ser retirado. Deve haver complementação com outros alimentos e o leite do peito deve permanecer até os dois anos de idade.
A partir dos seis meses alimentos como os cereais, tubérculos, legumes  devem ser oferecidos gradualmente, cerca de três vezes ao dia e aumentar a frequência de acordo com os horários das refeições da família.
No inicio da alimentação complementar recomenda-se que os alimentos sejam preparados especialmente para a criança, com pouco ou nenhuma adição de sal ou açúcar. Eles devem ser inicialmente semi-sólidos e macios, sob a forma de papa/ purê, devendo ser amassados e nunca peneirados ou liquidificado, pois ocorre perda de fibras dos alimentos. A consistência da dieta deve ser aumentada gradativamente, respeitando as habilidades da criança. A partir dos oito meses a criança pode receber os alimentos consumidos pela família, desde que amassados, picados, desfiados.  Aosdez meses a criança já deve estar recebendo alimentos granulosos e aos doze meses pode receber os mesmos alimentos consumidos pela família.
Deve-se oferecer a criança diferentes alimentos ao dia, alimentos coloridos com textura variada. Estimule o consumo de frutas frescas, legumes e verduras. Evite frituras, balas, salgadinhos, refrigerante, alimentos com conservantes e corantes artificiais. Interessante também é oferecer suco de fruta ou qualquer outro liquido em copinho e sem adição de açúcar, quando possível.
Lembre-se que a partir deste momento inicia a educação nutricional. Ofereça mais de uma vez aqueles alimentos que não foram bem aceitos. Repetindo o sabor a criança se acostuma cessando a rejeição.
Devemos ter muito cuidado com a higiene dos alimentos oferecidos para a criança. Atenção na qualidade dos ingredientes e os utensílios utilizado na manipulação pois, se houver contaminação por bactéria ou fungo pode desencadear diarréia. Nesta faixa etária a diarréias prejudica rapidamente o estado nutricional.
Em um próximo momento deixarei receitas de preparações para as mamães. Até breve.
Introdução alimentar precoce
Os cuidados com a criança ao longo do primeiro ano de vida são fundamentais, por ser uma fase em que ela se encontra muito vulnerável e dependente. Dentre as necessidades básicas para assegurar a sobrevivência e o crescimento adequado, a nutrição assume um papel importante.
Em vista disso, a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida constitui prática indispensável para a saúde e o desenvolvimento da criança, pois o leite humano oferece nutrientes os quais a criança necessita para iniciar uma vida saudável, representando alimento essencial durante esse período (lembrando: como alimento exclusivo!). A partir do sexto mês, apenas o leite materno pode não ser suficiente para suprir as necessidades nutricionais da criança, fazendo com que sua alimentação seja complementada com outras fontes alimentares para cobrir esse déficit.
O período de introdução progressiva da alimentação complementar deve ocorrer entre seis e doze meses de vida, já que essa etapa crítica conduz com frequência a problemas quando a criança não recebe uma dieta adequada. Oferecer à criança alimentos que não o leite materno antes dos quatro meses é em geral desnecessário, e pode deixar a criança mais vulnerável a diarréias, infecções e desnutrição, que podem levar ao comprometimento do crescimento e do desenvolvimento. Em compensação, a inicialização tardia da introdução de alimentos (após o sexto mês de vida) também pode trazer consequências indesejadas, tais como deficiência de crescimento.
Portanto, as inúmeras desvantagens da introdução precoce dos alimentos complementares são:
- Aumento do risco de alergia alimentar: Alguns alimentos são considerados especialmente alérgenos, como ovos, peixes, oleaginosas, frutas cítricas e leite de vaca, sendo este último responsável por 20% das alergias alimentares. O consumo precoce desses alimentos desencadeiam reações imunológicas, fazendo com que a criança desenvolva quadros alérgicos e de intolerância alimentar.
- Diarréia: Muito comum pelo consumo de alimentos muito ricos em amido, além do contato do organismo do bebê com bactérias presentes nos alimentos devido à contaminação destes durante a preparação.
- Outras doenças, como asma, pneumonia, e demais infecções: Causadas pelo contato do organismo da criança com proteínas diferentes daquelas encontradas no leite humano, e a diminuição da imunidade do bebê (pois o leite materno fornece anticorpos que protegem a criança).
- Deficiência de absorção de nutrientes: O excesso de amido e de vegetais dificultam a absorção de alguns nutrientes (como ferro e zinco, por exemplo), causando deficiência de crescimento e até mesmo desnutrição.
Além disso, a introdução precoce de alimentos faz com que a criança passe a mamar menos, com consequente diminuição da produção de leite pela mãe, redução na duração do aleitamento materno, diminuição da eficácia da amamentação como meio contraceptivo e forte interferência no comportamento alimentar da criança.
Muitos são os benefícios da introdução da alimentação complementar no tempo certo. A partir dos 6 meses, deverão ser oferecidos alimentos inicialmente em forma de papa e especialmente preparados para a criança, com aumento progressivo da consistência até chegar a alimentação da família. A adoção de práticas alimentares adequadas nos primeiros anos de vida é de extrema importância, pois esse é o período em que os hábitos alimentares são estabelecidos e que continuarão ao longo da vida.
Principais complicações da amamentação
Hoje vamos falar sobre um dos assuntos que mais assustam as mães, principalmente àquelas de 1ª viagem: não poder ou não conseguir amamentar seu bebê. As  principais complicações encontradas durante a lactação têm sua origem no esvaziamento inadequado da mama, causado principalmente por má técnica de amamentação, mamadas pouco frequentes e em horários pré-determinados e uso de chupetas e complementos alimentares. Vamos aos exemplos mais comuns:
1. Ingurgitamento Mamário: caracterizado pelo acúmulo de leite e edema decorrentes da retenção e obstrução da drenagem do sistema linfático. Prevenção: amamentar sob livre demanda e iniciar a amamentação o mais cedo possível. Tratamento: ordenhar manualmente um pouco de leite antes da mamada, fazer massagens delicadas nas mamas, usar analgésicos ou anti inflamatórios sob orientação médica, usar suporte para as mamas todo o tempo, fazer compressas mornas para ajudar a liberar o leite após ou nos intervalos das mamadas.
2. Dor ou Traumas mamilares: recomenda-se iniciar a mamada pela mama menos afetada, ordenhar um pouco de leite antes da mamada, alternar diferentes posições e utilizar protetores de seios entre as mamadas para evitar o atrito com a roupa.
3. Mastite: processo inflamatório que pode ou não progredir para uma infecção bacteriana. Ocorre mais frequentemente na 2ª e 3ª semana após o parto. É fundamental nesse casos o esvaziamento adequado da mama através da amamentação, apesar da presença de bactérias no leite, ou pelo ordenhamento manual após as mamadas. Às vezes é necessário o uso de antibióticos. É recomendado o repouso da mãe e a utilização de compressas frias após as mamadas ou nos intervalos para aliviar os sintomas.
4. Baixa produção de leite: investigar se a mamentação está sendo efetiva, ou seja, se a criança está posicionada corretamente e se a mesma apresenta uma boa pega. Sugere-se que, aumente a frequência das mamadas, ofereça as duas mamas em cada mamada, alterne o seio várias vezes na mesma mamada e evite mamadeiras, chupetas e protetores de mamilo. Garantir uma dieta balanceada, boa ingestão hídrica e repouso são medidas que também ajudam.
Enfim, para todas essas complicações é necessário um apoio emocional à nutriz, uma vez que a amamentação está intimamente ligada a fatores psicossociais e todos os profissionais de saúde têm por obrigação promover e apoiar o aleitamento materno fornecendo informações precisas e apropriadas sobre a condução da lactação. Procure um nutricionista, ele terá as melhores medidas para você!
Intolerância à lactose ou Alergia a proteína do leite de vaca?
Vocês com certeza já ouviram falar sobre a intolerância à lactose, e provavelmente conhece alguém que tenha. Mas você já ouviu falar de alergia à proteína do leite de vaca? Descubra a diferença, e os cuidados necessários na hora da alimentação.
INTOLERÂNCIA À LACTOSE
A intolerância à lactose é a incapacidade do organismo digerir essa substância conhecida como o “açúcar do leite”,  com isso ocorre uma reação exacerbada do organismo quando entra em contato com a lactose.
Essa incapacidade de digerir a lactose se deve a ausência total ou parcial de uma enzima especializada nessa ação, a lactase, encontrada na parede do intestino delgado.
A ausência da lactase pode ter vários motivos, podendo ser desde um defeito na produção da enzima ou até uma deficiência do tipo adulto.  Estima-seque 70% da população mundial tenham um certo grau de deficiência da lactase, sendo que a concentração dessa enzima diminui muito a partir dos 5 anos de idade. Entretanto, nem todos são intolerantes à lactose, já que esse agravo depende também de fatores genéticos e nutricionais.
A intolerância à lactose  pode ainda ser secundária, ou seja, decorrente de algum problema na parede intestinal, como por exemplo, a diarréia infecciosa ou o uso prolongado de antibióticos e até mesmo a desnutrição. Vale ressaltar que a lactase é a primeira enzima da borda intestinal a ser afetada quando há algum dano.
Quando a lactose não é digerida no intestino delgado, ela chega intacta ao intestino grosso, onde é fermentada pelas bactérias presentes ali. Essa fermentação produz ácidos orgânicos e gases, que em grande parte são absorvidos. Porém, a parte não absorvida conduz ao surgimento dos sintomas.
Os sintomas mais comuns são desconforto abdominal,  e a  flatulência. A diarréia também é uma manifestação típica, entretanto só ocorre quando há uma grande quantidade de lactose no intestino.Com isso as bactérias não são capazes de fermentá-las totalmente, e assim, essa lactose integra atrai água até o intestino grosso. O grande volume de água faz com que o intestino aumente a intensidade de seus movimentos, causando a diarréia aquosa.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, mas é importante prestar atenção ao histórico alimentar e ao surgimento de sintomas. A demora no diagnóstico e consecutivamente no tratamento pode trazer consequências graves, principalmente nos recém-nascidos.
ALERGIA A PROTÉINA DO LEITE DE VACA (APLV)
A APLV é caracterizada pela reação do sistema imunológico quando o organismo entra em contato com a proteína do leite de vaca. Essa alergia ocorre principalmente nos três primeiros anos de vida, desaparecendo por volta dos quatro anos, e sendo ainda mais raro em adolescentes.
A maior causa que pode ser apontada é a inclusão muito precoce do leite de vaca e fórmulas infantis na alimentação da criança, em detrimento do leite materno. A imaturidade do aparelho disgestório e do sistema imune, comum nessa faixa etária, são fatores importantes para o desenvolvimento da APLV.
Entretanto, mesmo através do leite materno o recém-nascido pode entrar em contato com a proteína do leite de vaca. Portanto é extremamente importante as mães prestarem atenção na sua alimentação e no surgimento de sintomas no bebê. Os sintomas são vômitos, dor abdominal, diarréia, flatulência, presença de sangue nas fezes e dermatites (vermelhidão na pele, aparência de “pele grossa”), podendo desencadear outros processos alérgicos como asma e eczemas.
O surgimento desta doença se dá não só pela presença da proteína do leite de vaca, mas também pela permeabilidade da parede intestinal além do fator genético.
O diagnóstico deve ser criterioso, incluindo além de exames laboratoriais a retirada de todo e qualquer alimento que tenha a proteína do leite de vaca por um curto período, seguida pela reintrodução dos alimentos para observação de sintomas.
TRATAMENTO
O tratamento de ambas as doenças requer a retirada do leite de vaca, o que afeta diretamente o aporte de cálcio e prejudica a quantidade de proteínas da alimentação. É importante ressaltar que a retirada desses alimentos sem que haja uma substituição adequada, pode acarretar em consequências graves, principalmente para crianças e recém-nascidos.
O tratamento diverge um pouco quando a questão são os derivados e produtos que contém na sua formulação o soro de leite, por exemplo. No caso da intolerância à lactose, alguns derivados são bem aceitos, como os iogurtes por exemplo. Algumas medidas, como acrescentar achocolatado ao leite, pode amenizar os sintomas, além da opção de substituir por produtos que tenham um teor reduzido de lactose. Medidas como a prescrição de cápsulas de lactase, podem fazer parte do tratamento, de acordo com a conduta de cada profissional.
Na APLV deve ser excluída TODOS os derivados e produtos como achocolatado, biscoitos doces, e todos os produtos que apresentem soro de leite, leite em pó e demais ingredientes oriundos do leite, inclusive da alimentação da mãe, no caso de amamentação. Portanto, é imprescindível que se leia os rótulos do alimentos, antes da compra.
Vale lembrar que em alguns casos ambos os agravos podem ser temporários, e que as informações contidas aqui têm caráter educativo, sendo que um médico e um nutricionista devem ser procurados para uma avaliação individual.
Amamentação adequada: Recomendações para a Nutriz
Muitas mulheres, ao darem à luz, sentem-se pressionadas, em grande parte pela sociedade, a eliminarem os quilos ganhos durante a gestação, imediatamente após o parto. Não sabem elas que após o nascimento, dá-se início a um período tão importante quanto a própria gestação, que é a amamentação. Você sabia que para produzir 1l de leite, são necessários 900 kcal e que 1/3 é disponibilizado dos depósitos maternos? E considerando-se a média de produção diária de 850ml, estima-se um acréscimo de 500kcal na dieta da mulher que está amamentando. Fora isso, há também uma maior necessidade de proteínas, vitaminas e minerais, e uma alimentação fracionada em 6x/dia, para garantir níveis glicêmicos constantes nesse intenso processo metabólico.
Diante do número cada vez maior de mulheres que fazem cirurgias de próteses de silicone, e também aquelas que se submetem a reduções mamária, vamos ver como isso influencia na prática da amamentação. Com relação à redução do tecido mamário e do tecido adiposo, alguns estudos mostram que mulheres que fizeram a mamoplastia apresentaram uma duração menor no tempo da amamentação, porém, se essa redução não for tão brusca, pode ser revertida, visto que há proliferação desses tecidos na gestação e na lactação. Já em relação às próteses de silicone, não há estudos conclusivos que contra indiquem a amamentação nesse casos.
Então, quais seriam as práticas alimentares maternas recomendada durante a lactação? Como saber se o seu melhor está sendo oferecido ao seu bebê através da amamentação, sem causar no entanto, maiores prejuízos para sua saúde e sua integridade física?
1. Ingerir 4 copos de ÁGUA /dia ou, se houver dificuldades, 2 copos de água + aumentar a ingestão de verduras, legumes e frutas. Lembrar que os 4 copos são verdadeiramente de água, e não de líquidos em geral, como sucos etc, cuja absorção de água pura é menor.
2. Não ingerir álcool, pois ele tem a capacidade de mudar o odor do leite materno, que gera uma recusa da criança e menor poder de sucção. A ingestão ocasional e em pequenas quantidades não é proibida, porém a mãe só deve amamentar após 2h de ingestão.
3. A produção de leite não é prejudicada nem melhorada pelos tipos de alimentos consumidos pela nutriz. Não se prenda a lendas e a boatos que são ditos por aí, informe-se corretamente.
4. Não ultrapassar o consumo diário de 3 xícaras de café/dia (100ml). Excessos de cafeína causam insônia e irritabilidade no bebê.
5. Ingerir peixe, 3x/semana, garante os níveis adequados de ômega 3 no leite materno, proporcionando substrato para o desenvolvimento do sistema nervoso e da retina do lactente. Um dos exemplos seria a sardinha, economicamente acessível e com resultados animadores.
6. Não fumar!! A nicotina provoca irritabilidade na criança e inibe a prolactina e consequentemente a produção do leite materno.
Bom, tenha a certeza que essas medidas irão tornar esse período importantíssimo para o desenvolvimento do seu bebê, em um período prazeroso e benéfico para ambas as partes, e sem dores ou traumas para a mãe. Consulte um nutricionista e obtenha uma plano alimentar individualizado e voltado para sua situação

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