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CC3 Civil IV

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Universidade Estácio de Sá
Campus Nova Friburgo - Rj
Direito Civil IV - Reais
Semana 3
Aluno: Diogo de Sales Maturana
Matrícula: 201501285467
Questão discursiva:
1-	Primeiramente, se constata que Marcelo não tem legitimidade para mover ação reivindicatória, tendo em vista que não é o proprietário por carecer de escritura pública devidamente registrada junto ao RI, portanto não se comprova o domínio do autor. Elucida-nos o artigo 1.227 do código civil a respeito do tema deixando claro a forma de aquisição dos direitos reais, tendo em vista que quem move ações reivindicatórias deverá ser o proprietário da coisa reivindicada. 
	Em relação a alegação de que não cabe discussão no que se diz a posse ad usucapionem engana-se o magistrado, pois pelos fatos a posse transmitida a Rodrigo por sua mãe está munida de animus domini, elemento essencial da espécie de posse supracitada, onde se adota a teoria subjetiva de Savigny, pois se comportam em relação à coisa com o objetivo, a intenção de adquirir a coisa, também demostrada através do justo título. Modo pelo qual se alcança a propriedade por meio do instituto do usucapião.
	No que diz respeito a transmissão da posse, autoriza-a o artigo 1.206 do código civil, de forma que se transfere com as mesmas características com que foi adquirida, sendo a posse de Rodrigo uma posse derivada.
	Por fim, caso a ação de Marcelo prospere, após a citação válida Rodrigo será constituído de má-fé, porém como a ação será julgada improcedente por falta de elementos constitutivos, retroagirá até a data da citação e os frutos pertencerão a Rodrigo, possuidor de boa-fé.
2- Analisando o caso concreto fica claro que que tem direito a posse do bem, é de Rodrigo, possuidor de boa-fé com justo título, sua posse derivada de sua mãe se prolongou pelo tempo, está presente o animus domini, ou seja, Rodrigo se comporta em relação a coisa como se dono fosse manifestando domínio sobre a coisa. Em contraste, no outro polo, temos Marcelo equivocadamente movendo ação reivindicatória sem nem mesmo ter registro de escritura junto ao RI, ou seja, sem ser proprietário, cabendo apenas a extinção do processo sem julgamento do mérito. Então podemos concluir que todos os aspectos do caso concreto são favoráveis para que Rodrigo tenha o direito à posse.
3- Bem claro está que pela deficiência do registro de escritura junto ao RI, e pela errônea propositura de ação reivindicatória, resta concluído que após o indeferimento da mencionada ação, mesmo após a citação válida, e Rodrigo ser reputado temporariamente como de má-fé até o fim da ação, caberá a ele todas as benfeitorias, pois ele continuará na posse do bem e desfrutando de eventuais melhoramentos.
4- No decorrer dos trâmites processuais quando se der a citação válida, Rodrigo será constituído possuidor de má-fé temporariamente, e de acordo com o artigo 1214 do CC ele terá direito aos frutos percebidos enquanto durar a boa-fé, porém como não prosperará a pretensão de Marcelo, pois que este não é o proprietário o indeferimento da ação fará com que Rodrigo retorne ao estado de possuidor de boa-fé retroagindo até o dia da citação válida, momento em que foi constituído de má-fé.

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