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Resumo Seminários Integrados em Segurança Pública Aulas 01 a 10

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AULA 1 – O CICLO SINAES.
Introdução.
Nesse primeiro momento, conheceremos a estrutura do SINAES, compreendendo os métodos avaliativos existentes, os órgãos responsáveis e as etapas burocráticas que fazem parte de todo o processo.
Entendendo o SINAES.
O SINAES (sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) analisa as instituições, os cursos e o desempenho dos estudantes. O processo de avaliação leva em consideração aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, gestão da instituição e corpo docente. O SINAES reúne informações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e das avaliações institucionais e dos cursos. As informações obtidas são utilizadas para orientação institucional de estabelecimentos de ensino superior e para embasar políticas públicas. Os dados também são úteis para a sociedade, especialmente aos estudantes, como referência quanto às condições de cursos e instituições.
Se vale do Índice Geral de Cursos (IGC), Conceito Preliminar de Curso (CPC) e Nota do ENADE
O que compõe o SINAES?
Comissão Própria de Avaliação – CPA; Avaliação in loco dos cursos – IES; e, ENADE.
Componentes principais do SINAES.
O SINAES é formado por três componentes principais:
Nos processos regulatórios, para a IES ou para o curso, são levados em conta os referenciais de qualidade IGC (Índice Geral de Cursos) e o CPC (Conceito Preliminar de Curso).
A regulação do ensino superior brasileiro possui o seguinte quadro normativo:
• Lei do SINAES (Lei n.º 10.861/04).
• Constituição da República (Arts. 205 a 214).
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei n.º 9.394/96).
• Plano Nacional de Educação 2001-2010 (Lei n.º 10.172/01).
• Decreto n.º 5.773/06.
• Portaria Normativa n.º 40/07. Republicada pela Portaria 23 de 01/12/2010.
IGC – Índice Geral de Cursos da Instituição.
Indicador de qualidade construído com base em uma média ponderada das notas dos cursos de Graduação e Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) das Instituições. Assim, sintetiza em um único instrumento a qualidade de cada uma.
Divulgado anualmente, o resultado final do IGC é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).
O IGC é atribuído por IES, informado todo ano e leva em conta as notas dos cursos que foram submetidos ao ENADE (CPC), dos últimos três anos.
Nota: Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias.
CPC – Conceito Preliminar de Curso.
O CPC é um indicador prévio da situação dos cursos. O conceito é composto por:
Coleta de informações.
O CPC é um indicador prévio da situação dos cursos. O conceito é composto por: 
AUTOAVALIAÇÃO: As instituições realizam a autoavaliação continuamente e publicam o relatório anual com os resultados, ações realizadas, potencialidades e fragilidades de cada uma das dez dimensões avaliadas pelo MEC. 
O relatório da autoavaliação deve conter a identificação dos meios e recursos necessários para a realização de melhorias, assim como uma avaliação dos acertos e equívocos do próprio processo de avaliação. Este relatório é um instrumento que compõe o processo de avaliação.
Saiba Mais: Conheça a PORTARIA Nº 2.051, de 9/7/2004, que regulamenta os procedimentos de avaliação. http://meclegis.mec.gov.br/documento/view/id/32. 
Conheça a CPA da Estácio através do portal www.estacio.br.
Censo e cadastro: Anualmente, o Inep realiza a coleta de dados sobre a educação superior que irá compor o CADASTRO das IES.
 Por meio de um questionário eletrônico, as IES respondem sobre sua estrutura e cursos. Durante o período de preenchimento do questionário, os pesquisadores institucionais podem fazer, a qualquer momento, alterações ou inclusões necessárias nos dados de suas respectivas instituições. Após esse período, o sistema é fechado para alterações e os dados são colocados à disposição das IES (Instituições de Ensino Superior), sob a forma de relatório, para que haja a consulta, validação ou correção das informações prestadas.
Saiba Mais: As informações são levantadas (CENSO + CONCEITOS das IES) e disponibilizadas para acesso público ao Cadastro das IES e seus respectivos cursos na página do E-Mec - http://emec.mec.gov.br. 
Essas informações serão matéria de análise por parte das comissões de avaliação, nos processos internos e externos de avaliação institucional.
ENADE.
O que é?
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). 
Para que serve?
Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências e avaliar a qualidade das Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil.
Por que devemos estimular os alunos?
O resultado passará a fazer parte do currículo pessoal do estudante, bem como dos resultados da Universidade. O Enade é componente curricular obrigatório. Sem ele, o aluno não cola grau e não recebe o diploma.
Quais os benefícios para o aluno?
Valorização do certificado da Estácio no mercado de trabalho (à medida que os cursos forem bem avaliados pelo Enade).
Quem deve fazer o exame?
Todos os alunos concluintes do 2º semestre do ano em questão e do 1º semestre do ano seguinte serão selecionados para realizar o Exame.
Quais são os instrumentos?
• A prova.
• O questionário socioeconômico do estudante (respondido em período anterior a data da prova através da página do INEP). Após a responder ao questionário o aluno visualiza o local de prova.
Como a prova é composta?
A prova é composta de 40 questões no total, sendo 10 questões da parte de formação geral e 30 da parte de conhecimento específico da área, contendo as duas partes questões discursivas e de múltipla escolha. Prova de Conhecimento específico da área vale 75% da nota.
Quando acontece? 
Em regra, acontece ao final do mês de novembro, domingo, às 13h.
CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS E INSTRUMENTOS DE DESENHO.
Na geometria, uma construção com régua e compasso é o desenho geométrico de figuras usando apenas uma régua e um compasso ideais, isto é:
Uma régua que seja capaz de construir um segmento de reta tão longo quanto se queira, contendo dois pontos dados, em particular, a régua não é graduada, posto que não é usada para medições.
Um compasso que possa ser usado para construir circunferência, arcos de uma circunferência ou para marcar um segmento em uma reta com comprimento igual ao de um outro segmento dado, isto é, comparar comprimentos.
Como foi dito na introdução desta aula, hoje usamos outros instrumentos apenas por uma questão de ordem prática, podendo a régua ser graduada, em geral, centímetros e milímetros (régua escolar) e o compasso com extensores, tira linhas – para o uso de tinta, duas pontas secas ou uma seca e uma de grafite, de qualquer modo, as duas pontas devem estar sempre no mesmo nível.    
Como vimos na introdução desta aula, hoje trabalhamos com outros instrumentos. São eles:
Par de esquadros com ou sem graduação – o par é composto de dois tipos de esquadro: o de 45º e o de 60º. Eles são utilizados no traçado de paralelas e perpendiculares. Também é possível traçar ângulos através da combinação dos  esquadros.
Transferidor - instrumento usado para medir e marcar ângulos, em geral, na unidade trigonométrica grau (transferidor escolar) com seus  respectivos elementos. Nas construções geométricas não é necessário, mas em alguns enunciados de problemas, sem ilustração, pode ser utilizado para construir um dado do problema.
Borracha macia, devendo estar sempre muito limpa.
Lápis ou lapiseira de grafites, são constituídos por uma mina feita de uma mistura de grafite, argila e outros produtos, protegida por um revestimento em madeira (lápis) ou pelo corpo da lapiseira. A mistura com mais ou menos argila é mais «dura» ou mais «macia».
Saiba Mais: Em geral, no ambiente escolar, usamos os lápis:  nº 1 (mina B)  indicado para desenho à mão livre, por se tratar de um lápis com mina macia; nº 3 (mina H), pela «dureza» da sua mina, é um lápis indicado para traçadosrigorosos, como por exemplo as nossas construções geométricas. O nº 2 (mina HB) é um lápis com uma mina de dureza média. Existem outras classificações de minas, sendo que as para lapiseira diferem, também, na espessura indicada em milímetros, conforme o corpo da lapiseira.
AULA 2 – FORMAÇÃO GERAL – GRUPO DE TEMAS.
Arte, Cultura e Filosofia.
Para iniciarmos nossa aula, vamos a um questionamento:
Por que é preciso entender um pouco de arte, cultura e filosofia?
Cultura.
Vejamos os conceitos básicos de cultura:
• É toda forma de intervenção humana na natureza;
• Transmitida de geração a geração, nas diferentes sociedades;
• Criação exclusiva dos seres humanos;
• Múltipla e variável, no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade.
A cultura se desenvolveu da possibilidade da comunicação oral e de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o aparato biológico humano.
Ajuda a entender os comportamentos sociais. 
Então, que tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura.
Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida, e o faz não através das pressões de ordem material, mas de acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o único possível. 
A cultura, portanto, constitui a utilidade, serve de lente através da qual o homem vê o mundo e interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. 
Pode ser entendida como uma ferramenta que ajuda a compreender os comportamentos sociais.
Embora nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário ter um conhecimento mínimo para operar dentro do mesmo.
Um novo paradigma: O Multiculturalismo.
Para Boaventura de Sousa Santos, em ambas as concepções (universalistas e relativistas) o conceito de dignidade humana está incompleto, uma vez que a noção esta atrelada a cada uma das pré-compreensões culturais. 
Assim, torna-se impossível estender à universalidade, noções de direitos humanos sem considerar a diversidade conceitual oriunda da multiplicidade cultural existente.
É preciso criar um novo paradigma comunicativo que propicie uma mediação e conciliação dos valores de cada cultura. Nos dizeres do autor: um diálogo intercultural.
Arte.
Desde que o mundo é mundo o ser humano constrói seus próprios objetos, suas coisas, como podemos ver nos exemplos abaixo:
A arte é uma forma criativa de como a humanidade expressa suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. 
Ela pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre tantas outras.
Mostra as ideias e situações através do ponto de vista do artista. 
Em algum momento já sentimos o efeito de uma obra de arte sobre nós, que pode ser:
Encanto;
Estranheza;
Encanto;
Repúdio;
Prazer;
Contemplação;
Bem-estar.
A arte também manifesta fatos, acontecimentos, expressa ideias e, nesse sentido, possui também a função formativa, ou seja, educativa.
O livro OS SERTÕES, escrito por Euclides da Cunha, conta a história da Guerra de Canudos, uma revolta ocorrida no interior da Bahia, entre 1896 e 1897, liderada por Antonio Conselheiro.
“Mulher com sombrinha” (1875) é uma das mais famosas obras do pintor francês impressionista Claude Monet. 
O que mais nos encanta neste quadro não são as jovens retratadas, mas o modo sutil pelo qual a luz e a brisa conservam-se na tela como que para sempre aos nossos olhos.
História da Arte.
Vamos, agora, fazer uma rápida viagem através da História da Arte, passando por suas fases.
Arte Pré-Histórica.
Consideramos como arte pré-histórica as manifestações que surgiram antes das primeiras civilizações, ou seja, antes da escrita.
Idade Antiga.
Período compreendido entre a invenção da escrita e a queda do Império Romano do Ocidente.
Arte Egípcia;
Arte Grega;
Arte Romana;
Arte Islâmica.
Idade Média.
Arte Românica.
Arte Gótica.
Idade Moderna.
Renascimento.
Barroco.
Idade Contemporânea.
Neoclassicismo.
Romantismo.
Realismo.
Impressionismo.
Expressionismo.
Cubismo.
Filosofia.
A Filosofia possui data e local de nascimento: final do séc. VII e início do séc VI a.C. nas colônias gregas da Ásia menor na cidade de Mileto – o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
Surge pela necessidade de um outro tipo de explicação para a ordem do mundo – explicação racional.
É um tipo de explicação para a ordem do mundo alternativa a visão atual da época.
Contribui para uma reflexão mais profunda sobre as questões do nosso tempo.
Explicação racional: É uma explicação coerente, justificada, por argumentos (lógicos e não contraditórios) – formando PENSAMENTOS, IDEIAS E CONCEITOS.
Atividade filosófica ou Proposta da filosofia: formação do Pensamento – crítico, justificado, sistemático.
Razões para filosofar. 
Luiz Sayão elenca três razões que dão importância ao ato de filosofar:
Detectarmos o nosso próprio sistema de valores;
Adquirimos capacidade crítica para filtrar o que nos é apresentado;
Entendermos nossa época, as tendências da sociedade e interpretar o mundo.
Ciência, Tecnologia e Inovação.
Há muito tempo, digamos assim; quando o bicho homem resolveu descer da árvore, ele iniciou uma jornada em busca do conhecimento para obter possíveis respostas a questões relacionadas aos problemas do seu dia-a-dia.
Algumas destas respostas eram construídas de forma mística, à medida que utilizavam a mitologia para explicá-las. 
Por que os dias se sucedem às noites?
Por que o fogo queima?
Quando o homem passou a questionar estas respostas e a buscar explicações mais plausíveis, por meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou-se a obter respostas mais realistas que, demonstradas, muitas vezes de forma ingênua, se aproximavam mais da realidade das pessoas e por isto, talvez, passaram a ser bem aceitas pela sociedade.
Podemos dizer que essa nova forma de pensar do homem foi que criou a possibilidade do surgimento da ideia de ciência e que sua tentativa de explicar os fenômenos, por meio da razão, foi o primeiro passo para se fazer ciência.
Ciência.
Ciência vem do latim scientia, "conhecimento" = qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. 
Em sentido estrito, ciência se refere ao sistema de adquirir conhecimento pesquisando, mas baseado no método científico, bem como ao corpo organizado de conhecimentos conseguidos através de tais pesquisas.
Tecnologia.
A tecnologia, enquanto domínio de uma técnica e o meio para um determinado fim ou uso, é o resultado de uma atividade essencialmente humana. Toda tecnologia, todo avanço tecnológico tem por finalidade a realização de desejos humanos.
Os avanços tecnológicos neste século XXI com mais impacto no dia a dia das pessoas estão relacionados à tecnologia da informação (celulares e computadores ultra rápidos e multimídias); à biotecnologia, sobretudo na área médica (instrumentos/máquinas de diagnósticos e tratamentos sofisticados); e às tecnologias industriais, com grandes mudanças nas relações de trabalho (nos setores de serviço, na indústria e na agricultura). 
Os avanços tecnológicos têm sido muitos nestes últimos tempos. O Wi-Fi revolucionou as comunicações sem fios. A marca foi licenciada originalmente pela Wi-Fi Alliance para descrever a tecnologia de redes sem fio embarcadas (WLAN) baseadas no padrão IEEE 802.11. 
O termo Wi-Fi foi escolhido como uma brincadeira com o termo "Hi-Fi" e pensa-se geralmente que é uma abreviatura para wireless fidelity, no entanto a Wi-Fi Alliance não reconhece isso. O padrão Wi-Fi opera em faixas de frequências que não necessitam de licença para instalação e/ou operação. 
Democracia.
Do grego demo = povo e cracia = governo, ou seja, governo do povo. 
Sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. 
Esta participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Na democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestação de suasopiniões. 
A Democracia é o sistema (regime) de organização social mais eficiente para se cultivar e se praticar a liberdade de ação e de expressão.
Embora tenha surgido na Grécia Antiga, a democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX. Até este século, grande parte dos países do mundo usavam sistemas políticos que colocavam o poder de decisão nas mãos dos governantes.
Já no século XX, a democracia passou a ser predominante no mundo.
Agora responda, no Brasil existe Democracia?
No Brasil, as pessoas podem escolher seus representantes (vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente) através do voto nas eleições. Existe liberdade de expressão e os direitos de manifestação são garantidos pela Constituição Brasileira de 1988.                                                  
Ética.
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. 
A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. 
Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. 
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. 
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética de trabalho, ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, a bioética etc.
Cidadania.
Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade.
A questão da exclusão e das minorias.
A exclusão social diz respeito à impossibilidade de acesso do indivíduo às mesmas condições de vida e de desenvolvimento pleno de suas potencialidades possibilitadas aos demais e pode ter como raiz uma série de causas, dentre a quais o fator econômico, social, racial, de gênero, ou outro qualquer, sobressair como um fator determinante causador de exclusão.
O que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade.
Atenção: Acabar com a exclusão social e com a discriminação às minorias significa garantir a todos o respeito aos seus direitos fundamentais e a eleição da dignidade da pessoa humana como farol iluminador de todas as relações no seio da sociedade plural.
Democracia hoje é vontade da maioria com respeito às minorias.
Minorias: não podem ser oprimidas pela maioria. Todos têm direitos. 
Diferenças.
O direito à diferença se revela nas diferenças individuais: crença, gênero, idade. Respeitar e dar espaço para estas diferenças se manifestarem é uma atitude democrática e desejável. O grau de desenvolvimento de uma democracia pode ser medido por este respeito.
Desigualdade e equidade Social.
Desigualdade Social.
É criada a partir das relações sociais.
Ricos têm direito à educação e saúde de qualidade, pobres não; a sinalização nas ruas é pensada apenas para quem “vê”.
Equidade Social.
Todos são iguais em direitos. Ex.: Direito de ir e vir.
Mas, tratar a todos, sem considerar suas necessidades específicas, gera a desigualdade.
Equidade: é a diferença dentro da igualdade. Sem equidade não existe democracia
Por fim, não há democracia sem direitos e deveres, sem direitos e deveres sem justiça.
Também é sempre oportuno lembrar que nem sempre o que é justo de direito e nem sempre o que é de direito está na lei. 
AULA 3 – FORMAÇÃO GERAL – GRUPO DE TEMAS II.
Ecologia.
Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem.
Se perguntarmos ao leigo o que é Ecologia, ele dirá que é estudar a natureza, não deixar que ela morra, evitar a contaminação dos rios e mares, a poluição do ar, as queimadas e assim por diante.  
Mas, a questão ambiental também constitui uma área de atuação desta ciência, já que a mesma possui seus princípios e preceitos, que vão muito além da degradação provocada pelo homem no ambiente.
Educação Ambiental.
É no contexto dito anteriormente que surge a Educação Ambiental. Ela objetiva o contato direto entre o homem e o meio, o resgate e a conscientização de que o meio é relevante à sobrevivência, à saúde, ao bem-estar do indivíduo; o desenvolvimento do sentido ético-social diante das diferentes problemáticas ambientais, a orientação do ser humano em relação ao ambiente e o exercício de cidadania, na busca de melhorias na qualidade de vida.
Biodiversidade.
A biodiversidade é definida pela Convenção sobre a Diversidade Biológica como “a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte: isso inclui a diversidade no interior das espécies, entre as espécies e entre espécies e ecossistemas”.
Então, vejamos:
Biodiversidade é o estudo da variedade de espécies de organismos vivos encontrados nos diversos ecossistemas do planeta.
A Biodiversidade está vinculada tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa dessas categorias.
O termo Biodiversidade foi originado em 1980 por Thomas Lovejoy e desde 1986 a nomenclatura tem sido usada no que se refere à diversidade da natureza viva.
Biodiversidade brasileira.
Abaixo, seguem algumas informações sobre a Biodiversidade brasileira:
O Brasil detém o maior número de espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o segundo de anfíbios, o terceiro de aves e o quinto de répteis. 
Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem o primeiro lugar em biodiversidade vegetal. 
Nenhum outro país tem registrado tantas variedades de orquídeas e palmeiras catalogadas.
Os números impressionam, mas, segundo estimativas aceitas pelo Ministério do Meio Ambiente o MMA, eles podem representar apenas 10% da vida no país. 
Como várias regiões ainda são muito pouco estudadas pelos cientistas, os números da biodiversidade brasileira tornam-se maiores na medida em que aumenta o conhecimento.
Sustentabilidade.
Uma consciência ecológica de preservação do planeta, por parte de todos os habitantes do planeta Terra, faz-se necessária.
Mude o mundo! Pequenas ações individuais são a maior força transformadora que se conhece. Ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos de consumo é a melhor (e talvez única) maneira de se mudar o mundo. Economize água, luz, recicle seu lixo, faça a sua parte e ajude a construir um futuro para todos.
Sustentabilidade é a saída!
A qualidade de vida das gerações futuras está comprometida!
Multiculturalismo.
Vive-se atualmente o contexto do mundo globalizado, a era da informação.  
Dentro desta realidade tem-se que o mundo é multicultural. 
Mas o que, afinal, vem a ser multiculturalismo?
Partituras Notas Áudio
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca,Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
Globalização.
A Globalização não é um fenômeno novo. É só lembrarmos das Grandes Navegações realizadas por portugueses e espanhóis e veremos que até mesmo a descoberta do Brasil já faz parte de um processo de integração global. Só que naquela época não se utilizava este termo.
No final da década de 80 o termo começa a ser utilizado mundialização da economia, intercâmbio cultural, interdependência social e política a nível mundial.
Veja, abaixo, algumas das características da Globalização:
Mundialização da economia;
Fragmentação das atividades produtivas nos diferentes territórios e continentes;
Desconcentração do aparelho estatal;
Expansão de um direito paralelo ao estado;
Expansão de um direito paralelo ao estado;
Desterritorialização e reogarnização do espaço de produção.
Processo de integração dos países.
A integração dos países gerou:
• Liberalização econômica.
• Revolução nos transportes.
• Revolução nas telecomunicações.
• Popularização da Internet.
• Homogeneização cultural.
• Processo contraditório economicamente.
Consequentemente:
Redução dos postos de trabalho com a automação;
Empresas vão para outros países. Ex.: Saipen transfere escritórios da Itália para a Croácia.
Extinção de profissões. Ex: extenógrafo, datilógrafo.
DESEMPREGO.
Críticas à globalização.
As três pessoas mais ricas do mundo têm ativos superiores ao PIB (Produto Interno Bruto) somado dos 48 países mais pobres.
Só os países ditos desenvolvidos, têm capacidades tecnológicas e os recursos necessários para realizar investimentos tecnológicos e cooperam entre si, a fim de solucionar vários problemas que lhes vão surgindo.
Á medida que, fruto da globalização, o mundo passa de uma economia agrícola a uma industrial e desta para uma de informação, as limitações e falhas dos mercados explicam cada vez mais o aumento do desemprego, e os mercados mostram-se incapazes de poder administrar os seus recursos eficientemente.
Internet: Ferramenta de globalização.
A internet é um sistema de dimensões gigantescas, que abrange todo o mundo e que tem potencialidades surpreendentes. 
O esquema, a seguir, mostra a origem da Internet:
Ano de 1962. Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.
Americanos criam rede de comunicação militar forte o bastante para resistir a um ataque nuclear.
Rede funciona mesmo com a destruição de um ou mais máquinas.
Vejamos, agora, as vantagens e as desvantagens no uso da Internet:
Vantagens:
Suporta milhões de documentos, recursos, bases de dados e uma variedade de métodos de comunicação;
Se bem aproveitada, é oportunidade para melhorar a educação e a comunicação dos últimos tempos;
De fácil acesso a qualquer ponto do planeta;
Desenvolvimento da ciência e tecnologia;
Divulgação de descobertas e trocas de informações importantes a nível científico;
De fácil utilização;
Divulgação de notícias e acontecimentos importantes à humanidade;
Alertas e pedidos de ajuda internacionais;
Fácil acesso à cultura;
Disponibilidade de todo o tipo de informação.
Desvantagens:
Má utilização das informações;
Utilização do desenvolvimento tecnológico e científico para a pirataria;
Redes de pedofilia;
Organização de grupos terroristas;
Perca de privacidade;
Perca do diálogo verbal (troca de ideias e informações) entre as pessoas.
Cuidado com a Internet!
Nem tudo que é veiculado na Internet pode ser encarado como verdade. Existem diversas informações, sejam elas de cunho pessoal ou até mesmo educativo, que são distorcidas e publicadas por pessoas leigas e/ou mal intencionadas. 
Observe a charge abaixo que demonstra uma das distorções que a Internet pode possibilitar:
Geopolítica.
É uma área da Geografia que tem como objetivo fazer a interpretação dos fatos da atualidade (blocos econômicos, globalização, conflitos árabes-israelenses) e do desenvolvimento político dos países usando como parâmetros principais as informações geográficas. 
Ela visa também compreender e explicar os conflitos internacionais da atualidade e as principais questões políticas.
Políticas públicas.
São diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público que se apresenta através dos programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou não, com a participação de entes públicos ou privados, para garantir um direito de cidadania.
As nossas cidades são uma malha política. A água que bebemos, o ar que respiramos, a segurança de nossas ruas, a dignidade de nossos pobres, a saúde de nossos velhos, a educação de nossos jovens e a esperança para nossos grupos minoritários tudo está em estreita ligação com as decisões políticas tomadas na Prefeitura, na Capital do Estado ou no Distrito Federal. Karl Deutsch, Política e governo.
Falta de política de planejamento urbano.
A falta de um planejamento urbano, de políticas públicas voltadas a uma ordenação do crescimento das cidades, ocasiona diversos problemas sociais e ambientais, como podemos ver nas ilustrações abaixo:
Violência, Segurança e Defesa.
Desenvolvimento sustentável.
Desenvolver o mundo em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência).
Será que dá para fazer isso? 
Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?
Para isso existem Conferências, como a Eco 92 e a Rio+20. Porém, com o passar dos anos, os problemas ambientais aumentam e soluções, medidas, não saem do papel.
Os seis aspectos prioritários do desenvolvimento sustentável:
A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc).
A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver).
A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal).
A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc). 
A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios).
A efetivação dos programas educativos. 
AULA 4 – FORMAÇÃO – GRUPO DE TEMAS.
Identidade de gênero e identidade sexual.
A identidade de gênero, é um constructo constituído por vários componentes estruturados em diferentes épocas e por várias influências.
ATENÇÃO: Identidade sexual representa o conjunto de características sexuais que diferenciam cada pessoa das demais e que se expressam pelas preferências sexuais, sentimentos ou atitudes em relação ao sexo. É o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a pessoa ao longo da vida. Nem sempre está de acordo com o sexo biológico ou com a genitália da pessoa.
Gênero.
Para Grossi (2005), gênero é uma construção cultural, processado na educação formal e informal de homens e mulheres, contrariamente do senso comum, que compreende que biologicamente o sexo, por si só, determina os comportamentos masculinos e femininos.
Algumas pessoas confundem os termos gênero (Maneira que as diferenças entre mulheres e homens assumem nas sociedades, no transcorrer da história) e sexo (Diferenças anátomo-fisiológicas existentes entre os homens e as mulheres).
Desigualdades de gênero.
As desigualdades de gênero foram construídas historicamente, em decorrência de um modelo de sociedade, marcadamente Patriarcal. Na contraposição dessa organização social, nasce o Feminismo, tendo características de um movimento social e político, com objetivo de igualdade dos sexos.
Sociedade Patriarcal:
Modelo baseado em uma forte organização sexual hierárquica, partindo do domínio masculinona esfera familiar, transposta para a esfera pública.
Questões de gênero.
“Quando começamos a refletir sobre as relações entre mulheres e homens nos damos conta que quase que espontaneamente nossas sociedades atribuem mais poder, maior valor, maior força organizativa, maior força política aos homens e deixam as mulheres em segundo plano”. Ivone Gebara.
Para combater essa diferenciação, existe o feminismo. Mas é importante entendermos:
O feminismo não é o contrário de machismo.
. Feminismo: propõe que homens e mulheres são iguais em direitos e liberdade. É uma teoria elaborada por mulheres que tomaram consciência das discriminações que sofrem apenas por serem mulheres e se uniram para tentar mudar essa realidade.
. Machismo: consiste na discriminação baseada na crença de que os homens são superiores às mulheres.
A mulher no mercado de trabalho:
. As mulheres constituem 70% dos mais pobres no mundo, nos últimos 20 anos, o número de mulheres que vive abaixo da linha de pobreza cresceu 50%;
. No Brasil, de todas as pessoas que recebem o salário mínimo, 53% são mulheres; o preço da hora de trabalho de uma mulher chega, em média, a custar 14,3% a menos do que aquela paga a um homem; 
. As mulheres representam a maioria dos trabalhadores em tempo parcial e do setor informal e têm uma taxa de desemprego maior que o setor masculino.
Viver em igualdade.
Novas relações mundiais implicam numa nova compreensão do lugar do ser humano – mulheres e homens – no conjunto das instituições sociais e nos ecossistemas. 
Entretanto, sabemos bem, que um novo mundo de relações não acontece de uma hora para outra. Ele vai se preparando lentamente ao longo de séculos de História até que passa a ter maior visibilidade e passa a integrar os novos comportamentos sociais.
Pelo trabalho o homem se relaciona, com o mundo físico e com o mundo cultural de todos os homens.
A existência humana seria garantida, aqui, pelo trabalho, em que pese o fato de muitos homens trabalharem e não conseguirem garantir sua subsistência, enquanto outros tantos, não trabalham e esbanjam existência.
As diversas relações de trabalho ao longo da história.
Segundo Mozart Victor Russomano temos: "regime da escravidão, regime da servidão, regime das corporações, regime das manufaturas e, finalmente o regime do salariato" (1984: 105). Vamos ver, cada um deles, a seguir:
. Escravidão na Antiguidade;
. Servidão na Idade Média;
. Regime das corporações;
. Regime das manufaturas idade moderna;
. Regime salariato.
Redes Sociais.
. Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos.
. O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós possa ser considerado principal ou central, nem representante dos demais.
. Não há um “chefe”, o que há é uma vontade coletiva de realizar determinado objetivo. (Withaker, 1998).
Redes Sociais na Web.
Redes Sociais na web são as páginas/canais que propiciam a interação entre pessoas de diferentes regiões, oferecendo diversos recursos para que a mesma aconteça.
O conceito de responsabilidade social aplicado à gestão dos negócios se traduz como um compromisso ético voltado para a criação de valores para todos os públicos com os quais a empresa se relaciona: clientes, funcionários, fornecedores, comunidade, acionistas, governo, meio ambiente.” (ETHOS. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social) 
A Responsabilidade social tem a ver com a consciência social e o dever cívico, dando-lhe o caráter coletivo e que por isso a Responsabilidade social busca estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva.
Vejamos, abaixo, dificuldades que envolvem a responsabilidade social efetiva:
• Acompanhamento e avaliação da sociedade organizada em relação às ações sociais realizadas pelas empresas;
• Identificação de problemas sociais realmente prioritários pelos interessados;
• Mensuração do retorno dos projetos sociais em termos de bem-estar social para as comunidades;
• Uso de metodologias eficiente.
Homossexuais – indivíduos que têm orientação sexual e afetiva por pessoas do mesmo sexo. 
Gays – indivíduos que, além de se relacionarem afetiva e sexualmente com o mesmo sexo, têm estilo de vida de acordo com essa preferência, vivendo sua sexualidade abertamente. 
Bissexuais – relacionam-se com qualquer dos sexos. Alguns assumem publicamente, outros não. 
Lésbicas – homossexuais femininas. 
Transgêneros – engloba travestis e transexuais. É homem no sentido fisiológico, mas se relaciona com o mundo como mulher. 
O Transexuais – pessoas que não aceitam o sexo que ostentam anatomicamente, sendo o fato psicológico predominante (geralmente fazem cirurgia de mudança de sexo).
AULA 5 – SEGURANÇA PÚBLICA: UMA REFLEXÃO.
Introdução
Caso lhe perguntassem o que você entende como importante para a formação do profissional de Segurança Pública, certamente, teríamos uma série de resposta, contudo, precisamos de definições científicas e, por isso, nesta aula, iremos claro que sem esgotar a assunto, apontar temas que perpassam o universo da Segurança Pública que ainda são pouco difundidos e, por isso, geram discussões e polêmicas. Desta forma, propomos uma reflexão o sobre esse complexo e multifacetado mundo que envolve todos nós, pois segurança é dever do Estado, mas do povo também.
Segurança Pública: uma reflexão geral.
A preocupação com a segurança não é um elemento contemporâneo, pois se desenvolve de forma mais ou menos intensa no decorrer da nossa história. 
A construção de espaços voltados para a proteção e trocas comerciais é uma tônica na história do desenvolvimento das sociedades.
O homem primitivo reunia-se em pequenos grupos que se mobilizavam para obter os meios de sua subsistência, vivendo basicamente da caça e da coleta e tendo em sua comuna os seus mecanismos de defesa.
Vamos entender melhor?
Como eles dependiam de elementos naturais eram nômades e saiam em busca de seus alimentos onde eles estivessem. 
O fogo, um elemento já conhecido, quando passa a ser dominado pelo homem serve também como uma ferramenta para a segurança coletiva. 
Os embriões das nossas atuais cidades, geralmente fortificações, são um marco da Idade Média e, posteriormente, essas influências são levadas para as colônias do “Novo Mundo”.
A segurança pública nos centros urbanos.
Hoje podemos considerar que os centros urbanos são o cenário complexo e diverso onde as forças de segurança trabalham de forma mais intensa. 
Claro que não podemos desconsiderar as pequenas cidades e as áreas rurais, contudo, podemos relacionar a maior parte das ocorrências policiais e as manifestações da violência aos grandes e centros urbanos.
O espaço urbano, “composto pela paisagem e a vida que o anima” (Santos, 1997), é o locus prioritário de ação dos profissionais elencados no artigo 144 da Constituição Federal.
Art.144  A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Segurança Pública é um processo, ou seja, uma sequência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade, que compartilha uma visão focada em componentes preventivos, repressivos e judiciais, saúde e sociais. É um processo sistêmico, pela necessidade de integração de um conjunto de conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir a mesma visão, compromissos e objetivos. 
Fonte: Wikipédia
E quanto à guarda municipal, também não é um órgão de segurança pública?
Sim, por isso não devemos negligenciar o seu papel , cuja criação é fundamentada pelo Parágrafo8º e, hoje, suas funções vão além da proteção de bens, serviços e instalações.
Devemos considerar que a Segurança Pública não pode, nem deve ser pautada principalmente em ações repressivas e voltadas para a vigilância. 
Seus atos devem estar integrados em um corpo que abarque ações preventivas voltadas para a defesa dos direitos.
É neste contexto complexo que o operador de Segurança Pública desenvolve o seu trabalho, mesmo não sendo um especialista em Ciências Humanas.
Atenção: Como não pretendemos esgotar as discussões sobre o tema, deixamos o espaço para a reflexão rumo a mudanças internas e externas que podem ser favoráveis ao melhor desempenho funcional do operador de Segurança Pública.
Sociedade.
Em uma abordagem sociológica, a sociedade é vista como "associação amistosa com outros“.
Mas o que isso quer dizer?
Que ela é composta por um conjunto de pessoas que compartilham:
• propósitos, 
• gostos, 
• preocupações e 
• costumes.
Essas pessoas interagem entre si constituindo uma comunidade, que possui uma cultura. 
Definida por Denys Cuche (2002, p.10-11) como:
“modos de vida e de pensamentos”, ou seja, algo dinâmico e, por tal fato, suscetível a mudanças que afetam a todos, incluindo os operadores da Segurança Pública.
O agente de segurança pública.
Em nossa história contemporânea, o período de 31 de março de 1964 a 15 de janeiro de 1985 (regime militar), documentado por Camilo Tavares como "Um dia que durou 21 anos", demonstrou como as forças de segurança voltadas para a defesa dos interesses do Estado, promoveram uma diáspora que nos levou a uma criação imaginária de que existe uma sociedade “civil” e outra “militar” ou “policial”. 
Fato que nos leva ao seguinte questionamento:
O agente de segurança pública não é também um cidadão?
A reposta é sim! O policial é, antes de tudo, um cidadão, e na cidadania deve nutrir sua razão de ser. Irmana-se, assim, a todos os membros da comunidade em direitos e deveres. 
Sua condição de cidadania é, portanto, condição primeira, tornando-se curiosa qualquer reflexão fundada sobre suposta dualidade ou antagonismo entre uma “sociedade civil” e outra “sociedade policial”. 
Essa afirmação é plenamente válida mesmo quando se trata da Polícia Militar, que é um serviço público realizado na perspectiva de uma sociedade única, da qual todos os segmentos estatais são derivados. Portanto não há, igualmente, uma “sociedade civil” e outra “sociedade militar”. 
Ricardo Balestreri (1998, p. 07).
A real função dos operadores de segurança pública.
A “lógica” da Guerra Fria, aliada aos “anos de chumbo”, no Brasil, é que se encarregou de solidificar esses equívocos, tentando transformar a polícia, de um serviço à cidadania, em ferramenta para enfrentamento do “inimigo interno”. 
Mesmo após o encerramento desses anos de paranoia, sequelas ideológicas persistem indevidamente, obstaculizando, em algumas áreas, a elucidação da real função policial. 
Devido a esse contexto que é considerado por Rolim (2007) como a consolidação de uma subcultura policial, é que devemos refletir para encarar a necessidade de aprofundar-se em uma série de conhecimentos para melhor abordar temas cotidianos que permeiam as ações dos operadores da Segurança Pública dentro e fora de suas instituições.
Vivemos em um Estado Democrático de Direito, certo?
É por isso, que não podemos esquecer que desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU 1948), os direitos sociais foram reconhecidos e, imputados a todo cidadão de forma igualitária sem distinção de raça, religião, credo político, idade ou sexo. 
Alguns autores consideram que, no caso brasileiro, a concepção de direitos sociais teve uma incorporação tardia, fundamentada na Constituição Federal de 1988 que, em parte, buscava uma resposta aos 20 anos de governos militares.
Saiba Mais: De acordo com o Art. 6º da Constituição, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010).
Direitos Humanos.
No âmbito da Segurança Pública, muitos temas que são de grande relevância social foram relegados ao segundo plano e, por isso, devem ser discutidos para que possamos refletir sobre o papel do operador de Segurança Pública.
Podemos iniciar por um tema que sempre gera polêmica. 
Os Direitos Humanos são hoje ainda considerados como uma ferramenta de defesa de bandidos, contudo, as discussões sobre o tema costumam ser superficiais e, por isso, forma-se uma opinião pautada no senso comum e, na maioria dos casos, pouco sedimentada no discurso científico.
Atenção: Como profissionais de Segurança Pública não podemos esquecer que não estamos acima da lei e devemos atuar na garantia dos Direitos Humanos e, consequentemente, garantias constitucionais e direitos fundamentais do cidadão. 
Você sabia...
Que a década de 1970 é considerada um marco para o movimento de mulheres em nosso país?
Ela seguiu uma tendência internacional, tendo como uma de suas vertentes o movimento feminista e a luta pela busca de melhorias para a população como um todo em termos de qualidade de vida e trabalho. 
Desde 1975 (ano de realização da I Conferência Mundial da Mulher, promovida pela ONU), a luta pelos direitos femininos vem se ampliando e as discussões adentram os níveis que reconhecem as especificidades da condição da mulher acolhe propostas voltadas para o enfrentamento e a busca da superação de privações e opressões direcionadas a elas.
Esses são fatos positivos, pois devemos considerar que nossa sociedade é pautada em um modelo patriarcal.
Neste contexto, é importante entender mecanismos como: 
. Os Conselhos dos Direitos da Mulher;
. As Delegacias Especializadas;
. O atendimento às vítimas de Violência de cunho Sexual e Doméstica; 
. Consequentemente, refletir sobre a Lei Federal nº 11.340 de 07 de agosto de 2006, conhecida com Lei Maria da Penha.
Tráfico de seres humanos.
Certamente a atuação do operador de segurança vai enveredar por crimes relacionados ao tráfico de seres humanos que a ONU, por meio do Protocolo de Palermo (2003), define como:
O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.
Crimes de ódio.
Atualmente, temos um sensível aumento dos chamados crimes de ódio, que buscam atingir grupos sociais com características específicas, ou seja, estamos diante de uma categoria de violência direcionada, onde as vítimas são elencadas pelos agressores segundo seus preconceitos e, por tal fato, as vítimas podem estar inseridas em grupos dos mais variados, contudo, esses crimes afetam com maior frequência, as chamadas minorias sociais, vistas como um conjunto de indivíduos que no decorrer da história e socialmente foram afetados por notória discriminação.
O Guia de Direitos aponta como crimes de ódio os que incluem:
• racismo;
• homofobia;
• xenofobia;
• etnocentrismo;
• intolerância religiosa; e
• preconceito com deficientes.
Concorda que temos que buscar a resposta para o que leva um cidadão a cometer esse tipo de crime?
Mas você deve estar se perguntando....como?
Trabalhar aplicando a lei significa ter que conhecer o crime de tortura, todo arcabouço legal em termos nacionais e internacionais que abordam as crianças e os adolescentes, os portadores de necessidades especiais, os grupos LGBT dentre outros.
No caso dos grupos LGBT é importante conhecer os programas e as discussões voltados para a promoção da cidadania e os Direitos Humanos rumo ao combate à violência e à discriminação homofóbica.
O papel da guarda municipal.
Fazer valer as garantiasconstitucionais e os direitos fundamentais do cidadão hoje se torna um campo mais amplo devido ao crescimento das Guardas Municipais, um fenômeno recente, e por tal fato, rever conceitos e legislação que amparam a atuação da Guarda Municipal pode clarificar uma série de dúvidas pertinentes ao tema.
Ao falarmos sobre o Estado Democrático de Direito sempre teremos questionamentos sobre a abordagem policial, a fundada suspeita, até mesmo por um viés crítico, visando trabalhar com atitudes suspeitas em detrimento da eleição de uma figura ou grupo suspeito com o intuito, e aplicar os desdobramentos do poder de polícia e suas fases.
A fiscalização de cargas ilegais.
Vivemos em um país onde o transporte rodoviário é predominante e, por isso, torna-se importante conhecer os mecanismos de policiamento e fiscalização de cargas ilegais, sendo que esse papel não cabe somente à Polícia Rodoviária Federal. 
Diante de um ciclo incompleto de polícia é importante buscar, ou ao menos refletir, sobre a integração entre os órgãos de Segurança Pública visando melhoria nas ações de Preservação de Local de Crime, Perícia Técnica e a investigação de Polícia Judiciária e, assim, fortalecer garantias constitucionais e direitos fundamentais do cidadão.
As manifestações.
Em um momento de ebulição de manifestações fundamentadas na mobilização social, sendo encarados como potenciais motivos para o surgimento de conflitos nas cidades e, também, nas áreas rurais, é importante rever e aprofundar:
• os conceitos que permeiam o uso da força pelo encarregado de aplicação da lei;
• o uso de arma de fogo e de equipamentos próprios do profissional de Segurança Pública;
• bem como a resolução de questões e casos concretos sobre esses temas sem descartar os modelos de uso da força.
Terrorismo.
Não podemos esquecer do terrorismo (Um fenômeno cuja história nos remete pelo menos a Grécia Antiga, que ganhou maior ênfase após o 11 de setembro de 2001), principalmente devido a características culturais do Brasil que não nos levam a ter grande preocupação com o tema, contudo, e principalmente com os grandes eventos já ocorridos do país e muitos que ainda virão, tona-se necessário maior atenção.
Diante do exposto cabe aqui reafirmar que, nesta disciplina, pretende-se perpassar vários temas, contudo, sem a pretensão de esgotar os assuntos que são extremamente dinâmicos. 
Mais que construir verdades devemos refletir sobre como o conteúdo que será apresentado pode ser aproveitado para construirmos uma Segurança Pública cada vez melhor.
AULA 6 – O TERRORISMO E SUAS FASES.
Introdução:
O terrorismo não é um fenômeno contemporâneo, porém, ganhou mais ênfase após o 11 de setembro de 2001. Devido a características culturais do brasileiro, que não nos levam a ter grande preocupação como o tema, podemos reverter esse quadro, principalmente devido aos grandes eventos já ocorridos do país e muitos que ainda virão.
Contexto histórico:
Os registros históricos sobre o terrorismo remontam a Grécia Antiga e, já no século XIX, nos atos considerados terroristas, inocentes que não tinha envolvimento nos conflitos eram poupados. 
No entanto, nos últimos dois séculos, enquanto os Estados foram ficando cada vez mais burocratizados, a morte de apenas um líder político não causava as mudanças políticas desejadas, de modo que os terroristas passaram a usar métodos mais indiretos de causar ansiedade e perda de confiança no governo.
No ano de 1972, a temática do terrorismo entrou em pauta, pela primeira vez, das discussões da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
A ONU define terrorismo como:
Atos criminosos pretendidos ou calculados para provocar um estado de terror no público em geral, em um grupo de pessoas ou em indivíduos para fins políticos são injustificáveis em qualquer circunstância, independentemente das considerações de ordem política, filosófica, ideológica, racial, étnica, religiosa ou de qualquer outra natureza que possam ser invocadas para justificá-los.  
Características dos atos.
André Luís Woloszyn (2006), ao abordar autores europeus sobre o tema, aponta quatro características básicas dos atos terroristas:
Natureza indiscriminada;
Imprevisibilidade e arbitrariedade;
Crueldade e destrutividade;
Caráter amoral.
Com o sentido diferente do aplicado para caracterizar o regime de terror que vivia a França, na segunda metade do século XVII, o terrorismo do século XX fica caracterizado pelo uso de instrumentos tecnológicos como armas automáticas e explosivos acionados remotamente por meios elétricos e eletrônicos.
Tais instrumentos foram usados por grupos que permeavam o universo da extrema direita até as esquerdas mais radicais e promoveram mais mobilidade e letalidade aos atos.
Os atos terroristas possuem uma estreita relação com questões políticas, sendo planejando quanto ao uso da força é da violência.
Tipos de terrorismo:
Segundo André Luís Woloszyn (2006), pode ser...
De cunho internacional:
Quando suas articulações ultrapassam as fronteiras de um país, como no caso dos atentados de 11 de Setembro de 2001;
De cunho doméstico: 
Quando os atos são praticados intrafronteira, por nacionais contra os seus próprios compatriotas;
De Estado:
Quando os atos são praticados com um patrocínio ou controle de um Estado.
Segundo Melo Neto (2002), o terrorismo é tipificado como...
De guerra: 
Quanto tem o objetivo de desgastar o inimigo;
Político: 
Quando visa à derrubada ou fragmentação de um regime;
Cultural: 
Quando culturas ou etnias fragilizadas são perseguidas;
Religioso: 
Quando os alvos são seitas ou grupos contras os quais há intolerância. 
Ações típicas.
Sequestros, explosões de bombas, assassinatos, dentre outros.
Não podemos esquecer os ataques via internet para destruir arquivos específicos ou sites de agências internacionais, bem como obter informações restritas, sem contar com o uso das armas biológicas que podem gerar uma contaminação em massa.
Proteção nos grandes eventos.
As décadas de 1970 e 1980 apontam o crescimento do terrorismo e, na década de 1990, emerge uma nova modalidade conhecida como terrorismo de massa, fortemente vinculado a fatores políticos e religiosos associados ao fanatismo.
Muitas nações do planeta têm uma preocupação e empenho quanto à questão do combate ao terrorismo.
No Brasil, até por questões de um nível de ameaças não acentuado, temos que avançar diante da questão, pois desde a década de 1990 temos sediado grandes eventos como:
Cimeira 1999;
Rio 92;
Jogos Panamericanos e Parapanamericanos Rio 2007;
Rio + 20 2012;
Copa das Confederações 2013;
Jornada Mundial da Juventude 2013;
Copa do Mundo 2014;
Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016.
Munich Massacre:
Voltamos aos Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, na Alemanha, quando 11 atletas da equipe olímpica de Israel tornaram-se reféns do grupo terrorista palestino conhecido como Setembro Negro.
Tornou-se notório, neste caso, o despreparo das forças policiais alemãs para solucionar o problema, pois a tentativa de libertação dos reféns teve como vitimas fatais todos os atletas, 5 terroristas e 1 agente da polícia alemã.
Em respostas às falhas ocorridas, durante o resgate dos reféns, onde a situação fugiu do controle, o governo alemão fundou o GSG 9, unidade policial contra-terrorista, um exemplo mundial no combate ao terrorismo, visando o melhor preparo para ações semelhantes no futuro.
O último ato associado a um evento esportivo ocorreu durante a edição de 2013 da Maratona de Boston. 
Mesmo com todo o cuidado com a ameaça externa, neste caso, o “inimigo” era doméstico.
E no caso brasileiro?
Quais fatores deveríamos considerar diante da gama de eventos que ocorrem e que ocorrerão no Brasil?
Quais são os nossos pontos fortes e fracos para lidar como ocorrências desse tipo?
Até pouco tempo atrás eram considerados como pontos fortes, para a realização de grandes eventos no Brasil, principalmente no que se refere à esfera esportiva, a experiência e os testes já feitos no campo da segurança orgânica.
A motivaçãoda população para a realização da Copa do Mundo no Brasil, sofreu mudanças apontadas pelo grau das manifestações que tomaram conta das ruas, mas, mesmo assim, a motivação da população, em torno de um evento esportivo, pode ser empregada como meio de mobilização nacional diante de uma eventual ameaça terrorista.
Como ponto forte, no que se refere à Copa do Mundo de 2014, podemos citar a experiência em eventos esportivos internacionais, pois o país promove grandes eventos esportivos, que lhe permite reunir experiência sobre o seu planejamento e execução.
Exemplo: 
Temos os Jogos Panamericanos que ocorreram no Rio de Janeiro, em 2007, entretanto, as fragilidades são bem mais amplas que os fatores positivos.
As autoridades governamentais consideram baixa a percepção de risco quanto a atos terroristas no Brasil. Como são os responsáveis pela formulação de políticas e estratégias que delineiam arcabouço com que o evento será tratado, sua influência pode refletir em muitas questões, incluindo a segurança, pois acabam por expor as vulnerabilidades dos organizadores dos eventos.
Exemplo:
Um caso clássico consta nas palavras do então Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo que, em 10 de maio de 2011, afirmou que não haverá a criação de uma unidade específica para combater o terrorismo no Brasil, pois, em seu entendimento, “o Brasil não está sujeito a práticas terroristas”.
Por que devemos atentar para a questão do terrorismo nesses momentos?
Temos que considerar que grandes eventos são cobertos pela mídia local e internacional e, por isso, podem ser uma boa fonte para o marketing das ações terroristas.
Visão geral e atual da América Latina.
O Brasil possui aproximadamente 17,5 mil km de fronteiras terrestres, com limites com 10 paises, ou seja, 27% do território estão em área de fronteira.
Em suma, a extensão e a permeabilidade das fronteiras brasileiras facilitam a entrada ilegal de estrangeiros no país, e ainda, o tráfico de armas, explosivos, e material radioativo, produtos que podem ser empregados em um eventual atentado terrorista.
Visando mitigar o problema, o Governo Federal, em agosto de 2010, aprovou uma lei que confere às Forças Armadas o poder de polícia nas áreas de fronteira.
Como estabelecer medidas para impedir a entrada e a permanência ilegal de estrangeiros no país?
Em um país com população miscigenada, torna-se fácil que alguém se passe por cidadão brasileiro, fato que nos leva a ter o passaporte muito valorizado, no mercado paralelo dos falsificadores, em cunho internacional.
Claro que para resolver este problema depende de ações governamentais e, a mais recente, foi a criação de um novo modelo de passaporte que possui, como principal mecanismo de segurança, um chip armazenando os dados pessoais e as , seguindo o modelo de identidade anunciada em 2010, o RIC.
Facilidade para a obtenção de dinheiro:
Membros de uma organização terrorista teriam meios, tanto de forma lícita quanto ilícita, para a obtenção de dinheiro sem chamar a atenção dos órgãos que fiscalizam a movimentação financeira no Brasil.
Cabe ressaltar que muitas ações terroristas possuem baixo custo em relação ao potencial dano que podem provocar e, por tal fato, transações financeiras para tais fins podem ocorrer por meio legal sem levantar suspeitas.
Aquisição de armas poderosas:
Temos problemas estruturais possibilitando que fuzis, granadas, explosivos e outros dispositivos militares cheguem às mãos de criminosos por meio de desvios ocorridos nos próprios quartéis.
Quanto à aquisição de armas de fogo destinadas ao uso restrito das forças armadas ou polícias militares, pode se afirmar ser isto relativamente fácil no Brasil. 
Não podemos desconsiderar a possibilidade de interações entre grupos terroristas e facções criminosas, pois como fora mencionado temos fronteiras extensas e permeáveis.
São frequentes as notícias veiculadas na mídia sobre o uso de explosivos, em sua maioria, obtidos em furtos contra pedreiras e mineradoras, em assaltos a caixas eletrônicos em vários estados do Brasil. Isso demonstra uma fragilidade, pois existe a facilidade para que agentes terroristas consigam esse tipo de material.
Mais uma preocupação provém da possibilidade do emprego de material radioativo com vista a aumentar o poder de destruição de bombas convencionais.
Segundo Maurício Pinto:
A Polícia Federal já identificou quadrilhas atuando no norte do Brasil com a extração clandestina e o comércio ilegal de minerais radioativos (entre eles o urânio) que estavam sendo remetidos ilegalmente para fora do país.
Plano de combate:
A implementação de um plano de combate ao terrorismo, no Brasil, ainda é confrontada com o fato de não existir a tipificação para esse “crime”, gerando assim uma condenação inadequada para pessoas ligadas à atividade.  
Quanto às ações terroristas pautadas no uso de explosivos temos que ter uma atenção especial, pois os órgãos de Segurança Pública brasileiros não são dotados de unidades exclusivamente voltadas para o atendimento a incidentes com bombas, mas por subdivisões de unidades de ações especiais com caráter complementar.
Cabe ressaltar que a nossa Constituição Federal é fundamentada no repúdio ao terrorismo, contudo, ainda não tivemos uma discussão ou engajamento para a tipificação do terrorismo.
Conclusão:
Temos que refletir como as ações dos profissionais, elencados no artigo 144, da Constituição Federal, para garantir a Segurança Pública, podem ser conflagradas principalmente no aspecto preventivo.
Diante do exposto, a preocupação que nos afeta é como esses órgãos vão agir e como será a interação e a integração de suas atividades diante da ameaça terrorista seja com ações preventivas ou de resposta a um ataque.
AULA 7 – A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
Introdução:
A violência não é um fenômeno contemporâneo, contudo, vem agravando-se nas últimas décadas e atingindo, de forma mais intensa, os grandes centros urbanos. Não podemos desconsiderar as questões de gênero e seus vínculos com violências específicas. 
Nesta aula, abordaremos a violência contra a mulher permeando os aspectos históricos de formação de nossa sociedade e os desdobramentos desse processo.
Para iniciar a nossa aula é fundamental entender alguns conceitos básicos.
Entender o que é violência e qual é o papel da mulher, segundo sua construção histórica, na sociedade brasileira. 
Diante destes esclarecimentos poderemos abordar as questões referentes à violência de gênero e alguns de seus desdobramentos.
Quando se fala em segurança, principalmente em segurança pública, não conseguimos desvincular o papel do operador de segurança diante de questões que envolvem a ocorrência de atos violentos.
E o que seria essa violência?
Segundo a Wikipédia:
Violência é um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação moral a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia, a integridade física ou a psicológica e até mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado.
No Novo Aurélio Século XXI, violência é definida segundo o seguinte verbete:
Violência. [Do lat. violentia] S.f. 1. Qualidade de violento. 2. Ato violento. 3. Ato de violentar. 4. Jur. Constrangimento físico ou moral; uso da força; coação.
E o papel da mulher:
Para falar sobre o papel da mulher, temos que nos remeter ao processo de construção social do Brasil.
Temos que considerar o período colonial, onde a mulher era tida como uma propriedade, equiparando–se, assim, aos escravos.
Diante de um contexto social onde as relações, segundo eram estabelecidas direta e prioritariamente entre os homens, a mulher sempre foi relegada ao papel secundário e tendo que se destacar como uma boa dona de casa e mãe. Contraditoriamente, a cultura e o conhecimento eram considerados dispensáveis às mulheres, fato esse que acaba por culminar no não questionamento sobre sua condição de submissão ao homem.
Essa condição marca, em nossa história, um processo lento nas conquistas femininas.
A mulher conseguiuo direito ao voto somente em 1932, até então a prerrogativa era apenas dos homens.
Outra vitória deu-se com a criação da lei do divórcio, representando para muitas mulheres sua “carta de alforria”, pois a partir daí, estavam livres para reescreverem sua história.
Também tivemos Carlota Queiroz despontando como a primeira parlamentar eleita em 1935.
Ou seja, o papel da mulher sempre esteve relegado ao segundo plano.
E enquanto submissa ao homem, seguia as regras que lhe eram impostas, sendo os problemas de cunho “doméstico” não externalizados, ou quando conhecidos eram considerados algo de foro íntimo no qual os “outros” não deveriam intervir. 
Assim surgem os ditados populares como “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, que acabam por consolidar a ideia de que a violência, em seu âmbito doméstico, é algo socialmente tolerado e aceitável.
Ao abordarmos cultura, definida por Cuche (2002, p.10-11) como “modos de vida e de pensamentos”, não podemos esquecer que essa construção social é levada para as instituições de Segurança Pública e replicadas. Por isso, os casos de violência doméstica são considerados como algo que não têm importância e que a intervenção do operador de Segurança Pública será inócua, ou seja, para mudar essa abordagem sobre a violência doméstica e contra a mulher se faz necessária uma mudança cultural que inclui a todos. Em suma, incluindo também os operadores da Segurança Pública.
Década de 1970:
Este período é considerado um marco para o movimento de mulheres, em nosso país, seguindo uma tendência internacional, tendo como uma de suas vertentes o movimento feminista e a luta pela busca de melhorias para a população como um todo em termos de qualidade de vida e trabalho.
Desde 1975, ano de realização da I Conferência Mundial da Mulher, promovida pela ONU, a luta por direitos vem se ampliando e as discussões adentram os níveis que reconhecem as especificidades da condição feminina e acolhe propostas voltadas para o enfrentamento e a busca da superação de privações e opressões direcionadas às mulheres.
Hoje elas já não são mais a minoria, pois segundo o IBGE (2010) a mulheres representam 51,3% do total da população brasileira e vem aumentando sua atuação em setores que antes eram vistos como prioritariamente masculinos como a Segurança Pública, mas esses avanços ainda não conseguiram reverter o quadro de violência que as assola.
Segundo o portal Vivendo a Adolescência essa violência se apresenta em várias vertentes:
Violência Física: 
Ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa;
Violência Institucional: 
Violência motivada por desigualdades (de gênero, étnicorraciais, econômicas etc.) Predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades;
Violência Intrafamiliar: 
Acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: 
Abuso físico; 
Abuso Sexual; 
Abuso Psicológico; 
Negligência; e, 
Abandono.
Violência moral: 
Ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher;
Violência Patrimonial: 
Ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores;
Violência psicológica: 
Ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal;
Violência Sexual: 
Ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.
Resultado da violência:
As mulheres que experimentam a violência sofrem uma série de problemas de saúde e sua capacidade de participar da vida púbica é diminuída.
Gera também, uma série de prejuízos às famílias, comunidades e está associada ao reforço de outros tipos de violência predominantes na sociedade.
Quais mecanismos o Estado aplicou para mitigar esse problema?
Podemos afirmar, com base no parágrafo 8º, do artigo 226, da Constituição Federal, que a importância da família é reconhecida e, por isso, ela deve ser protegida. Nossa constituição reafirma que:
“O Estado assegurara a assistência à  família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a  violência no âmbito de suas relações”.
Locais desses tipos de violência:
Na unidade doméstica;
No meio familiar;
No âmbito de qualquer relação íntima de afeto.
Padrão cíclico:
Cabe ressaltar que a violência doméstica é fundada em um padrão cíclico iniciado por um período notório de tensão que avança para um quadro de explosão por meio de reações desproporcionais e repentinas, tendo como desfecho as agressões físicas.
Após a consumação do ato de violência (1) chega-se em uma fase de manipulação afetiva denominada “lua de mel” (2) onde ocorre uma pseudocalmaria que, contraditoriamente, não significa que o ciclo da violência seja cessado, porque depois desse momento em diante ele pode tornar-se mais frequente, estruturando, assim, o denominado “ciclo de espiral ascendente de violência”.
Lei Maria da Penha:
A violência contra a mulher era enquadrado no rol das infrações de menor potencial ofensivo, com pena não superior a 2 anos, podendo ser cumulada com multa.
Geralmente efetuada por meio de doação de cestas básicas e não culminado na prisão do agressor, ou seja, a legislação vigente não previa processos de proteção à vítima.
Essa realidade jurídica foi alterada pela Lei 11.340/06 popularmente conhecida com Lei Maria da Penha. Maria da Penha Maia Fernandes.
O nome é uma homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica cearense, que foi casada com o Professor universitário Marco Antônio Herredia Viveros. Em 1983, ele atentou contra a vida de sua esposa por meio de um tiro nas costas enquanto ela dormia. Tal fato a deixou paraplégica, contudo, meses depois, Viveros atentou novamente contra a vida de Maria da Penha ao empurrá-la da cadeira de rodas e tentar eletrocutá-la no chuveiro. Os mencionados fatos geraram uma luta judicial que durou 20 anos até seu agressor ser preso e, sua luta, justifica a homenagem e seu reconhecimento como um ícone da luta da violência contra a mulher.
E o que mudou com a Lei Maria da Penha?
Em termo de inovações podemos mencionar a criação dos Juizados de Violência Doméstica e familiar contra a mulher, que tornaram o processo de julgamento dos agressores mais céleres devido a sua competência mista que permite decisões no âmbito criminal, civil e de família concomitantemente.
A prisão dos agressores não pode ser mais substituída por multas ou prestação de serviços, pois agora o tema não é mais considerado crime de menor potencial ofensivo. 
Caso o agressor ameace as vítimas, testemunhas ou atrapalhe investigações sua prisão pode ser decretada imediatamente.
A vítima terá direito a proteção de seu patrimônio e nunca poderá entregar intimação judicial a seu agressor.
O agressor, segundo a Lei Maria da Penha, ainda pode:
Ser afastado do lar;
Ser proibido de aproximar-se da vítima;
Ser obrigado a pagar alimentação à vítima e aos filhos em comum.
Cabe ressaltar que o agressor é alguém que possui vínculos familiares ou de convivência doméstica, podendo ser, também, um vínculo já encerrado, ou seja, o agressor pode ser alguém com quem a vítima conviva temporariamente, esporadicamente ou eventualmente.
Estatísticas após a Lei Maria daPenha:
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em 2013, aponta que a Lei Maria da Penha não teve um impacto positivo para a diminuição das taxas de mortalidade das mulheres por agressão no Brasil.
“O levantamento revela que a proporção de feminicídios por 100 mil mulheres, em 2011 (5,43), superou o patamar visto em 2001 (5,41)”. 
Contudo, temos que relembrar que os movimentos feministas, no Brasil, foram iniciados na década de 1970, ou seja, temos pouco tempo, no contexto histórico, em relação aos séculos de patriarcalismo e machismo.
Atendimento especializado:
Quanto à tipificação da violência a lei atenta para a violência patrimonial, quando o agressor apropria-se ou destrói objetos pessoais ou de trabalho da vítima, bem como documentos e valores e a violência moral que ocorre quando a vítima é caluniada.
O atendimento aos casos de violência contra a mulher também deve ser especializado, pois como foi dito anteriormente, a cultura machista e paternalista também se manifesta nos órgãos de Segurança Pública. Por isso, as mulheres acabam por sofrer uma dupla violência, pois, no atendimento tanto pela polícia ostensiva quanto nas delegacias, acabam passando por constrangimento devido à cultura de que os problemas domésticos têm menos importância e são de foro íntimo.
As vítimas de violência, também contam com uma central de atendimento especializado, por meio no número 180, com atendentes capacitadas para prestar orientações para mulheres que foram ou estão sendo agredidas.
Os atendentes do 180 informam sobre os serviços de proteção à mulher existentes no país e os órgãos governamentais e da sociedade civil que cuidam de vítimas de agressões domésticas e familiares. 
Visando acabar com essas distorções foram criadas as Delegacias Especiais de Atendimento a Mulher (DEAM) que hoje já se encontram bem difundidas principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Quanto aos operadores de Segurança Pública temos que avançar no tema dentro do contexto da formação profissional.
Não podemos esquecer que durante a 1ª CONSEG emergiu, em uma de suas diretrizes, o anseio popular em...
“Criar mecanismos de combate e prevenção a todas as formas de preconceitos e discriminações e a impunidade de crimes por motivações preconceituosas, com os recortes em pessoas com deficiência, geracional, etnicorracial, orientação sexual e identidade de gênero”.
Por isso, é importante conhecermos mais antes de tecermos julgamentos.
Cabe ressaltar que a violência contra a mulher está associada, também, a outros fatores como o consumo de drogas e álcool e, por isso, temos que ter uma visão sistêmica do problema e considerar que somente o empenho das forças de Segurança Pública não é suficiente para solucionar o problema.
Referencias:
BAUMAN, Zigmunt. Confiança e medo na cidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
CAVALCANTI, Stela Valéria Soares de Farias. Violência doméstica contra a mulher no Brasil: análise da lei "Maria da Penha", n° 11.340-06. Salvador: JusPodivm, 2010. 306 p. 
HERMANN, Leda Maria. Maria da Penha lei com nome de mulher. Campinas: Servanda, 2007.
AULA 8 – OS CRIMES DE ÓDIO: UMA REFLEXÃO PARA OS OPERADORES DE SEGURANÇA.
Introdução:
Nesta aula, iremos falar sobre os chamados crimes de ódio e seus diversos tipos, analisando-os sob os aspectos legais, sociais e culturais, tanto em nossa realidade quanto em uma visão macro, mundial, já que você, em sua atuação como operador de Segurança, pode deparar-se com uma situação destas. Assim, você poderá agir adequadamente, nos limites da lei e mantendo o equilíbrio e a imparcialidade que o caso exige, sem ferir legalmente, contudo, as suscetibilidades de cada uma das particularidades envolvidas.
Reconhecimento:
Em algumas situações, pode ser difícil reconhecer uma ocorrência com esse tipo de violência (crimes de ódio), pois ela pode se manifestar através de agressões explícitas ou também através de uma discriminação "discreta".
Soma-se a isso o fato de que os crimes de ódio podem ocorrer em qualquer lugar e nas variadas situações, sendo comum haver agressões físicas, torturas, ameaças, intimidações, insultos, assassinatos, comentários preconceituosos, tratamento discriminatório ou preconceituoso, pagamento de salários menores, desprezo quanto às características físicas, diversos tipos de perseguição, bullying e outros.
Como consequências dos crimes de ódios para as vítimas, podemos destacar a baixa autoestima, a depressão e até o suicídio, em alguns casos mais graves.
Devemos lembrar que toda e qualquer forma de abuso ou de desrespeito, podendo ser elas sutis ou evidentes, devem ser sempre denunciadas e você, como operador de Segurança, deverá orientar a vítima de um crime deste tipo, sempre que solicitado.
Conceito e peculiaridades do crime de ódio:
O crime de ódio é considerado uma forma de violência, que é direcionada a um determinado grupo social, com características específicas.
Isto é, nele, o agressor escolhe suas vítimas, considerando os seus próprios preconceitos, agindo de forma violenta e hostil contra o que considera "errado", "imoral", "vergonhoso", "bizarro", uma "aberração", em sua limitada concepção.
Este agressor pode agir assim em relação a uma única pessoa ou a um determinado grupo delas e, apesar de poder ocorrer contra diversos tipos de grupos, é mais comum de acontecer contra as chamadas minorias sociais.
Mais do que um crime individual, o crime de ódio é um delito atentatório à dignidade da pessoa humana, levando a situações violentas e prejudiciais a toda a sociedade, capaz de alterar a paz social de determinado grupo e de suas relações. Pois causa danos não só à pessoa discriminada, mas, também, trazendo reflexos ao grupo a que elas pertencem. 
Desta forma, o crime de ódio pode ser considerado como um crime coletivo de extrema gravidade.
Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo 1º, que diz que:
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade."
O artigo 2º complementa esta conceituação, quando diz: 
"Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição."
Por conclusão, você poderá claramente perceber que, com ela, a igualdade entre todos os indivíduos foi prevista e assegurada e isto independentemente do grupo social a que o indivíduo pertença, bem como do seu modo de ser e de agir. Logo, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano deve receber um tratamento digno e imparcial em sua vida, na sociedade ou grupo social em que viva.  
As minorias sociais:
Com o que vimos até aqui, você já percebeu que certos grupos sociais sofrem mais frequentemente esse tipo de crime, o chamado crime de ódio, em virtude de suas características e particularidades.
As minorias sociais podem ser entendidas como o conjunto de pessoas que, sob os pontos de vista histórico e sociais, sofreram e sofrem uma notória discriminação, por parte da sociedade. 
Podemos citar, como exemplos, os indivíduos que sofrem racismo, xenofobia, homofobia, intolerância religiosa, intolerância cultural, preconceito de gênero, preconceito em virtude de uma deficiência, dentre outros. 
Já que o tema é muito extenso, para o nosso estudo, contudo, iremos nos ater aos crimes homofóbicos, raciais e xenofóbicos. Sendo assim, passaremos a pormenorizar, a seguir, cada um deles para o seu melhor entendimento.
Racismo:
Tem por base um conjunto de julgamentos pessoais preconceituosos, antecipadamente preconcebidos, que faz com que o agressor julgue uma pessoa de acordo com as suas características físicas, mas precisamente a cor da sua pele. 
Baseia-se em ideias, que alguns indivíduos ou grupos

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