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Dependentes no Direito Previdenciário

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Direito Previdenciário
Carla Veloso
Aula 4
DEPENDENTE E QUALIDADE DE DEPENDENTE 
Os dependentes são denominados beneficiários indiretos do Regime Geral da Previdência Social. Fala-se em beneficiários indiretos pelo modo como adquirem o direito à proteção previdenciária. 
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o direito dos dependentes fica condicionado à existência da qualidade de segurado de quem dependem economicamente.
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DEPENDENTE E QUALIDADE DE DEPENDENTE 
art. 16 da Lei 8.213/91, representa classes. Essas classes formam a ordem de vocação previdenciária, visto que a existência de dependentes de qualquer das classes, do referido artigo, exclui do direito às prestações os das classes seguintes, senão vejamos:
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DEPENDENTE E QUALIDADE DE DEPENDENTE 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
 
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DEPENDENTE E QUALIDADE DE DEPENDENTE 
II - os pais;
 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
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Para a comprovação do vínculo de companheirismo e da dependência econômica, conforme o caso deve ser apresentado, no mínimo três dos documentos relacionados no art. 22, §3º do Decreto n. 3048/99.
Como exemplo dos documentos descritos no paragrafo acima teremos: I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposições testamentárias; 
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DEPENDENTE E QUALIDADE DE DEPENDENTE 
A dependência econômica do companheiro ou companheira é presumida legalmente. Os documentos referidos não dizem respeito à comprovação da dependência econômica, mas à comprovação do próprio vínculo de companheirismo com objetivo de constituir uma família . Assim como a esposa deve provar o casamento válido, presumindo-se a dependência econômica, a companheira provará a vida em comum, presumida, não obstante a mesma dependência.
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DEPENDENTE E QUALIDADE DE DEPENDENTE 
A perda da qualidade de dependente no caso do cônjuge se dá por separação judicial ou divórcio sem previsão de prestação de alimentos, ou enquanto a prestação não for determinada, bem como por anulação do casamento, óbito ou sentença judicial transitada em julgado, nos termos do §2º, do art. 17, da Lei nº 8.213/91. 
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PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE
Para companheiro ou companheira a perda da qualidade de dependente ocorre por cessação da união estável sem pagamento de pensão alimentícia ou enquanto ela não for determinada, para filho e irmão por completarem 21 anos ou se emanciparem, por cessação da invalidez ou por falecimento e para os pais, por falecimento.
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PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE
Sobre esse tema, cabe a leitura da Súmula 336 do C. STJ.STJ Súmula nº 336 - 25/04/2007 - DJ 07.05.2007Renúncia aos Alimentos da Mulher na Separação Judicial - Direito à Pensão Previdenciária por Morte do Ex-Marido A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
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PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
CARLA VELOSO
ATIVIDADE
ATIVIDADE
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente tem direito à pensão por morte?
R: Sim, desde que esteja garantida a prestação de alimentos.
Gabarito: Se garantida a prestação de alimentos, art. 17, da Lei nº 8.213/91. 
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ATIVIDADE 
O divórcio motiva a perda da qualidade de dependente do ex-cônjuge?
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ATIVIDADE
Resposta : Depende, caso a ex-cônjuge não queira ao se separar a prestação dos alimentos , mas posteriormente venha a depender dos alimentos para sua sobrevivência, poderá ela requerer logo após a morte do ex-cônjuge o benefício. Mesmo ele estando separado judicialmente, ela não perde, porém tem que comprovar que a mesma é dependente. Se no caso ele tem uma companheira, as duas terão direito a requerer o benefício igualmente, tendo em vista que as duas são dependentes financeiramente do de cujus , conforme preceitua o artigo 16 da lei 8213/1991, pois se encontram na mesma classe de dependentes.
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ATIVIDADE
Francisco, segurado do RGPS, faleceu quando seu filho Antônio, que era inválido, tinha 28 anos de idade. Neste caso, Antônio receberá pensão por morte? Justifique sua resposta.
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ATIVIDADE 
Sim, pois em casos de invalidez de filho, independente da idade deste, a pensão por morte deverá ser paga de forma vitalícia, desde que a invalidez tenha ocorrido antes dos 21 anos de idade.
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