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AlfaCon estatuto do desarmamento lei 10 826 03 disparo de arma de fogo posse ou porte ilegal de arma

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1
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Disparo de Arma de Fogo ..............................................................................................................................2
Comércio ilegal de arma de fogo..................................................................................................................2
Exercícios ...................................................................................................................................................3
2
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Disparo de Arma de Fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar 
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a 
ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática 
de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
(Esse paragrafo foi declarado inconstitucional pelo STF)
As condutas aqui é disparar arma de fogo ou acionar 
munição. É o chamado delito subsidiário expresso, pois o 
próprio tipo diz que responderá somente se não configurar 
crime mais grave, se ocorrer o crime mais grave responderá o 
agente pelo mais grave.
Somente pode ser cometido em lugar habitado ou adjacên-
cias ou em via pública ou direção a ela. Fora disso esse crime 
torna-se atípico. Exemplo: Local totalmente inabitado.
Esse crime admite a tentativa, mas que dificilmente possa 
ocorrer na prática.
Questões interessantes:
Disparo + lesão leve: Nesse caso responde pelo disparo, 
pois o crime é mais grave.
Disparo + lesão grave ou gravíssima (art. 129 § 1º e 2º): 
Responde pela lesão, pois o crime é mais grave.
Disparo + homicídio (art. 121) : Responde somente pelo 
homicídio pois o crime de homicídio é mais grave.
Disparo + perigo para a vida ou saúde de outrem (art. 132): 
Responde pelo disparo, pois ele é o mais grave.
 → Cuidado:
1) Segundo o STF o porte ilegal e o disparo de arma de fogo 
“constituem crimes de mera conduta que, embora reduzam o 
nível de segurança coletiva, não se equiparam aos crimes que 
acarretam lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade”
2) O DISPARO DE ARMA (art. 15) absorve o porte ilegal 
(art.14), pois além da objetividade jurídica ser a mesma, só 
pode disparar a arma quem a traz consigo.
 → Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, empres-
tar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma 
de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou regula-
mentar:
Estamos diante do uso restrito ou proibido. O uso dessas 
armas só podem ser efetuados por certos órgãos como é o 
exemplo da Polícia Federal. Devemos lembrar que a posse e o 
porte de arma de uso permitido constitui dois crimes distintos, 
já a posse ou o porte ilegal de uso restrito constitui um crime 
único previsto no art. 16.
Temos aqui vários verbos, como por exemplo possuir, 
deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,trans-
portar, ceder, emprestar, remeter, ocultar, todos esses verbos 
quando efetuados mais de um vez no mesmo contexto irão 
configurar crime único.
Fato importante é o objeto material do paragrafo único, 
que diz respeito também ao uso de calibre permitido e vai equi-
parar ao uso restrito. Certas condutas de uso permitido serão 
equiparadas ao art. 16.
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal 
de identificação de arma de fogo ou artefato;
Aqui tanto faz se é restrito ou permitido, o importante é 
estar com a numeração “raspada”. Existem alguns doutrinado-
res que fazem diferença entre uso restrito e proibido.
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a 
torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito 
ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro 
autoridade policial, perito ou juiz;
O agente pega uma arma de uso permitido e torna ela de 
uso restrito. Por exemplo, pega uma pistola calibre .380 e muda 
a arma para calibre 9 milímetro.
Entra aqui também quem modifica a arma para enganar 
a autoridade a fim de induzir a erro alterando calibre proibido 
para parecer ser de uso permitido.
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo 
ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com deter-
minação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma 
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, 
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou 
adolescente;
Aqui as condutas são dolosas e direcionadas a venda, 
entrega e fornecimento de arma, acessório ou explosivo a 
criança ou adolescente. Vale aqui a diferenciação para o ECA
(Estatuto da criança e do adolescente). Esse inciso V 
derrogou o art. 242 do ECA, que ficou restrito as armas 
brancas.
Assim, se for arma de fogo responde pelo estatuto do de-
sarmamento no art. 16 inciso V
Sendo arma branca responde pelo 242 do ECA:
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, 
de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou 
explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
Atenção:
As condutas previstas no art.242 do ECA também 
estão no art.16 da Lei N.º 10.826/2003. Em face do prin-
cípio da especialidade, haverá crime do art. 16. Dessa 
forma, somente a venda, a entrega ou o fornecimento de 
arma branca ou de arremesso a criança ou adolescente 
está prevista no art. 242 da Lei Nº. 8.069/90 (Estatuto da 
Criança e do Adolescente);
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, 
ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
Temos que ter cuidado na reciclagem da munição. Por 
exemplo, comete esse crime aquele que “usa” munição fora da 
validade de uso.
Comércio ilegal de arma de fogo
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,o-
cultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulte-
rar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em 
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AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou 
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou in-
dustrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de 
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusi-
ve o exercido em residência.
O sujeito ativo aqui é o comerciando seja ele legal ou ilegal. 
Imagina o comerciante que tem autorização para certa arma e 
vende calibre não permitido para ele. Isso engloba também o 
vendedor ilegal.
Imagine a seguinte situação hipotética: “A” tem uma arma 
e vende essa arma, responde ele por esse crime:
Resposta: Não! Porque se for praticado de forma eventual 
não existe o art.17, podendo responder pelo porte de uso per-
mitido (art. 14) ou mesmo de uso restrito ou proibido (art. 16).
Vale lembrar que o artigo pede que o comercial seja de 
forma habitual e NÃO eventual.
 → Tráfico internacional de arma de fogo
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do ter-
ritório nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou 
munição, sem autorização da autoridade competente:
Considerações: No crime de comércio ilegal de arma de 
fogo (art. 17) e tráfico internacional de arma de fogo (art. 18) a 
pena será aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou 
munição forem de uso proibido ou restrito. Esses crimes, assim 
como o crime de Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso 
restrito (art. 16) são insuscetíveis de liberdade provisória.
As condutas que são importar ou exportar, assim, esse 
crime é de competência da justiça federal. Importar ou 
exportar arma de fogo prevalece sobre o crime de contrabando 
ou descaminho do código penal, pois a norma penal especial 
prevalece sobre a geral, princípio da especialidade.
Assim, se “A” vai ao Paraguai e trás de lá arma ilegal não 
responderá pelo contrabando ou descaminho, bem como o 
agente público que facilita a entrada de arma ilegal não respon-
derá pela facilitação do contrabando e sim por tráfico interna-
cional de arma de fogo nos dois casos mencionados.
Temos o aumento de pena nos artigos 17 e 18 caso a arma 
de fogo, acessório forem de uso restrito ou proibido, aqui au-
mentasse da metade.
Por fim temos nos artigos 16, 17 e 18 a vedação da liberda-
de provisória. Contudo, segundo o STF essa vedação é incons-
titucional.
Aqui, o Juiz deve analisar o caso concreto. Além da incons-
titucionalidade a inafiançabilidade prevista nos artigos 14 e 15, 
parágrafos únicos.
No STF a maioria dos ministros considerou que o disposi-
tivo (art. 21) viola os princípios da presunção de inocência e do 
devido processo legal (ampla defesa e contraditório.
O artigo 35 da lei também não existe mais no mundo 
jurídico segundo o STF, perdendo, para todos os fins seus 
efeitos legais.
Exercícios
01. Servidor público alfandegário que, em serviço de fisca-
lização fronteiriça, permitir a determinado indivíduo 
penalmente imputável adentrar o território nacional 
trazendo consigo, sem autorização do órgão competen-
te e sem o devido desembaraço, pistola de calibre 380 
de fabricação estrangeira deverá responder pela prática 
do crime de facilitação de contrabando, com infração 
do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do 
Estatuto do Desarmamento.
Certo ( ) Errado ( )
02. De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui 
circunstância qualificadora do crime de posse ou porte 
de arma de fogo ou munição o fato de ser o agente reinci-
dente em crimes previstos nesse estatuto.
Certo ( ) Errado ( )
03. A posse de arma de brinquedo ou a utilização de 
qualquer outro instrumento simulador de arma de fogo 
configura, segundo expressamente previsto na norma de 
regência, crime de porte de arma.
Certo ( ) Errado ( )
04. O proprietário de comércio de médio porte localizado 
em violento bairro da periferia da cidade que possua 
arma regularmente registrada encontra-se autorizado a 
portá-la livremente, desde que no interior do estabeleci-
mento, caso seja o responsável legal pela empresa.
Certo ( ) Errado ( )
05. Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordado 
por policiais militares quando trafegava em sua moto, 
tendo sido encontradas com ele duas armas de uso 
restrito e munições, e atestada, em exame pericial, a 
impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa 
situação hipotética, resta caracterizado o delito de porte 
de arma de uso restrito, devendo Tobias responder por 
crime único.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - ERRADO
02 - ERRADO
03 - ERRADO
04 - ERRADO
05 - CERTO
Anotações:
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