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Resposta à Acusação no Direito Penal

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OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL 
 Direito Penal 
 Geovane Moraes 
 
Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 1 
 
Conteúdo da Resposta a Acusação 
 
 Rito Comum Ordinário e Sumário. 
 
1ª) Argüição de preliminares. 
- Deve-se fazer o levantamento de todas as falhas técnicas, de natureza processual, que 
possam existir na peça de acusação, como a ausência de justa causa, a inépcia da peça 
acusatória, falta de interesse processual da ação, crime prescrito, fato atípico ou 
qualquer outro fator que possa motivar exceções ou gerar absolvição sumária, nos 
termos do art. 397 do CPP. 
- Na argüição de preliminares, não se deve entrar no mérito propriamente dito da defesa, 
mas apenas discutir questões formais ou técnicas. 
 
 
Momento PLGG (professorzinho lindo glub glub)... 
 Existe uma seqüência a ser seguida para a alegação das preliminares: 
 
 1. Art. 107 CP – Causas extintivas de punibilidade. 
 2 - Art. 109 CP – Prescrição. 
 3 - Art. 564 CPP – Nulidades – 
 4 - Art. 23 CP – Causas de justificação (excludentes da ilicitude do fato) 
 5 - Deve-se buscar todo e qualquer outro defeito que levaria a ocorrência rejeição liminar da 
peça acusatória. 
 
DICA 
 Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
 I - pela morte do agente; 
 II - pela anistia, graça ou indulto; 
 III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
 IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
 V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
 VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
 IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
 Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou 
circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da 
punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante 
da conexão. 
 
 
 Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que 
tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária 
interesse. 
 
 Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na 
apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. 
OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL 
 Direito Penal 
 Geovane Moraes 
 
Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 2 
 
 
 Momento TG – Taci Giaquinto 
 
 HC 147736 / SP 
 Relator(a) Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA 
 T6 - SEXTA TURMA 
 Data do Julgamento 21/06/2011 
 
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. 1. JULGAMENTO DA APELAÇÃO. 
INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEFENSOR PÚBLICO OU DATIVO DA SESSÃO DE JULGAMENTO. 
AUSÊNCIA. NULIDADE ABSOLUTA. RECONHECIMENTO. 2. SEGUNDO JULGAMENTO. OCORRÊNCIA 
DE REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE. 3. ORDEM CONCEDIDA. 1. A falta de 
intimação pessoal do defensor público ou dativo da sessão de julgamento do recurso de apelação, 
em sendo alegada no tempo oportuno, torna nulo o acórdão proferido, por cerceamento de 
defesa. 
 
 Momento RM – Renan Marques 
 
- A resposta a acusação, sempre que possível, deve tentar levar a uma absolvição sumária, 
devendo este pedido ser explicito na peça. 
 
 Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz 
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
 I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
 II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; 
 III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
 IV - extinta a punibilidade do agente. 
 
Rito do Tribunal do Júri (Art. 406 do CPP) 
 
- Todo o conteúdo da resposta a acusação do rito comum ordinário e sumário também 
pode ser utilizado no rito do tribunal do júri. 
- Entretanto existe uma diferenciação quanto aos pedidos que são feitos no rito do 
Tribunal do Júri, que podem ser: 
 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de 
autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. 
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova 
denúncia ou queixa se houver prova nova. 
 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
 I – provada a inexistência do fato 
 II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
 III – o fato não constituir infração penal; 
 IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL 
 Direito Penal 
 Geovane Moraes 
 
Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 3 
 
 Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de 
inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. 
 Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de 
crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o 
julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja 
 
1ª) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
 
 Neste caso utiliza-se por analogias as hipóteses de absolvição sumária constantes no Art. 397 do 
CPP, tendo em vista que NÃO existe um artigo específico que trate desta hipóteses de absolvição 
no rito do tribunal do júri. 
 
2ª) IMPRONÚNCIA 
Será utilizada nas hipóteses do art. 414 do CPP. A impronúncia ocorre quando não há certeza 
quanto a prova da materialidade e os indícios suficientes de autoria. Ela é uma sentença que não 
resolve mérito, sendo chamada de sentença interlocutória própria e o processo fica em suspenso 
em face da ausência dos mencionados requisitos. 
 
3ª) DESCLASSIFICAÇÃO 
Será utilizada nas hipóteses do art. 419 do CPP. Ocorrerá a desclassificação no caso de não ser 
hipótese de julgamento pelo Tribunal do Júri, ou seja, no caso de não ser crime doloso contra a 
vida tentado ou consumado. 
 
Estrutura da Resposta a acusação. 
 
Endereçamento 
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE _______________________ ( Regra Geral) 
 
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA SECÇÃO 
JUDICIÁRIA DE _______________________(Crimes da Competência da Justiça Federal) 
 
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI 
DA COMARCA DE________________________ (Regra geral) 
 
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA 
SECÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________(Crimes da Competência da Justiça 
Federal) 
 
 Porém, se a comarca for a CAPITAL do Estado coloque: 
 
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE _______________________ CAPITAL DO ESTADO DE__________________ 
 
Processo número: 
OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL 
 Direito PenalGeovane Moraes 
 
Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 4 
 
 
Qualificação. 
 
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, já qualificado nos autos do processo às folhas ( ) 
_____________, por seu advogado e bastante procurador que a esta subscreve, conforme 
procuração em anexo, vem, muito respeitosamente a presença de Vossa Excelência, apresentar 
com fundamento nos artigos 396 e 396–A (OU Art. 406 CPP – No caso de Tribunal do Júri) do 
Código de Processo Penal (não colocar abreviatura) apresentar a sua (sem saltar linhas) 
RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
1. Dos Fatos 
 - O candidato deve externar os fatos de forma resumida. 
 - Os períodos devem ser sempre curtos, 5 ou 6 linhas. 
 - Recomenda-se primeiro narrar os fatos e depois argüir as preliminares no próximo ponto, 
tendo em vista que é melhor primeiro mencionar os fatos para depois se argüir eventuais 
defeitos decorrentes dos fatos. 
 
2. Das Preliminares 
 - Buscam-se falhas, defeitos que possam servir a defesa. NÃO se deve entrar no MÉRITO. 
 - Nas alegações da preliminares basta fazer um parágrafo apontando a preliminar, esta é 
uma indicação inicial de um erro, de um equívoco existente no processo. Ela é uma 
indicação de ordem técnica, devendo ser mencionado o fundamento legal. 
 
3. Do Mérito 
 - Deve-se alegar o que mais salta aos olhos. 
 - Sendo indicado nas preliminares um determinado instituto jurídico (ex: legitima defesa), 
deve-se discorrer sobre os requisitos e elementos deste instituto. 
DICAS 
Sempre quando for discutir o mérito deve-se discorrer sobre o instituto de direito penal já 
demonstrando que em cada elemento do instituto há o enquadramento deste no caso 
concreto. Faça períodos sempre curtos, no máximo de 5 ou 6 linhas. 
Deve-se explorar bem a tese principal. 
Entretanto vale ressaltar que no mérito também se deve mencionar as preliminares que já 
foram suscitadas, comentando-as de forma mais resumida do que a tese principal. 
 
4. Dos Pedidos 
 Pedido Principal = Absolvição Sumária. 
 (Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Diante de todo exposto, juntando nesta 
oportunidade o rol de testemunhas abaixo arroladas e identificadas, requer-se a Vossa 
Excelência que decrete a Absolvição Sumária do acusado, nos termos do Art. 397 do Código 
de Processo Penal - indicar o inciso correspondente ( Rito do Júri – peça também a 
absolvição sumária, mencionando também o Art. 397 do CPP) como medida de preservação 
da mais lídima justiça. 
 
 Pedido Subsidiário 
OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL 
 Direito Penal 
 Geovane Moraes 
 
Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 5 
 
 (Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Apenas por cautela, no caso de não ser acolhida a 
tese de absolvição sumária, requer que seja___________ 
 
Arrolamento e intimação das testemunhas.

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