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Energia Potencial (Ep) É a energia associada à força de atração exercida por um campo gravitacional sobre a massa m de um corpo ou um sistema, situada em um nível h em relação a um nível de referência. Usando o sistema internacional, a energia potencial é calculada por: Nos balanços energéticos, normalmente é usada a energia específica ou energia mássica, ou seja, a razão entre a energia e a massa do corpo. Nesses casos: Energia Potencial (Ep) Usando o sistema de engenharia, em que a força e a massa são usadas como unidades de base, a expressão para a energia potencial fica: Exercício 1: Um corpo está situado a 50,0 m de altura em um local onde g = 9,60 m/s2. Calcule a sua energia potencial específica, no SI e no sistema MKKfS. Energia Cinética (Ec) É a energia associada à velocidade (u) de um corpo ou de um sistema em relação a um ponto de referência. Usando o SI, a energia cinética é calculada por: A energia cinética específica por unidade de massa será dada por: Energia Cinética (Ec) Usando o sistema de engenharia, analogamente à energia potencial, encontra-se: Exercício: Um dado fluido escoa em uma tubulação na velocidade de 20,0 m/s. Calcule a sua energia cinética específica no SI e no sistema MKKfS. Energia de pressão (Epr) O produto pV (pressão x volume) é um termo presente nos balanços de energia em sistemas abertos, e é também conhecido como energia de pressão. Este produto também aparece no conhecida lei dos gases ideais (pV = nRT). Usando o SI, vem: Energia de pressão (Epr) No caso de usar o sistema de engenharia, obtem-se: Exercício 3: Qual a energia de pressão específica de um fluido (ρ = 800 kg/m3) armazenados à pressão absoluta de 400 kPa, expressa no SI e no sistema MKKfS? Energia Térmica ou Calor (Q) Diferentemente das três formas de energia anteriores, a energia térmica não está associada com a massa de um sistema ou de um corpo, ou seja, ela não aumenta ou diminui de acordo com a massa do sistema, uma vez que não pode ser armazenada. Ela é uma forma de energia que só existe quando é transferida de um corpo para outro ou de uma sistema para a vizinhança devido, unicamente, à diferença de temperaturas existentes entre eles.unicamente, à diferença de temperaturas existentes entre eles. Capacidade térmica a pressão constante, Cp é: Energia Térmica ou Calor (Q) O termo capacidade térmica específica é empregado para designar a capacidade térmica dividida pela massa da susbstância, com o símbolo cp: Muitas vezes, a capacidade térmica é difinida em função da quantidade de matéria ao invés da massa; nesses casos, ela é chamada de capacidade térmica molar com o símbolo cm,p. Sistema Um sistema é qualquer parte de matéria ou de um equipamento escolhido arbitrariamente para que se possa analisar o problema. -Reator químico; -Coluna de destilação; -Bomba de transferência de líquidos; -Compressor de ar; -Uma quantidade arbitrária de uma substância:-Uma quantidade arbitrária de uma substância: Ex.: 1 m³ de vapor d’água à pressão de 200 kPa e temperatura de 500 K. Pode ser definido como: -Fechado (não transferência de massa); -Aberto (quando a massa e/ou a energia cruzam os limites do sistema. -Isolado (não transferência de massa nem de energia). Propriedades ou Variáveis de um Sistema A propriedade é um atributo ou uma característica de um sistema, podem ser divididas em: -Extensiva: dependem do tamanho do sistema. Ex.: massa, volume, quantidade de matéria. -Intensiva: independe do tamanho do sistema. Ex.: massa específica, volume específico, temperatura e pressão. Estado de um Sistema O estado é definido como um conjunto de propriedades que caracterizam o sistema, é não depende da forma, da posição no campo gravitacional e da velocidade do sistema. Pode ser definido pelas propriedades intensivas: -Composição mássica ou molar;-Composição mássica ou molar; -Fase ou estado de agregação da matéria (sólido, líquido ou gasoso); -Forma (no caso de sólidos); -Temperatura e pressão. Estado de um Sistema Teorema das fases (J. Willard Gibbs, 1875). F + V = C + 2 Em que:Em que: F é o número de fases presentes no sistema; V é o número de variáveis (ou propriedades intensivas). C é o número de componentes presentes no sistema. Estado de um Sistema Exemplo: Especifique o número de graus de liberdade dos sequintes sistemas de equilíbrio: a) Uma mistura de água líquida e vapor d’água; b) Água líquida pura em equilíbrio com vapor d’água e nitrogênio.b) Água líquida pura em equilíbrio com vapor d’água e nitrogênio. Solução: a. C = 1 (água), F = 2 (líquido e vapor) - V = 1 + 2 – 2 = 1 b. C = 2 (água e N2), F = 2 (líquido e vapor) – V = 2 + 2 – 2 = 2 Energia interna (E) Do ponto de vista microscópico, a energia interna de um sistema é simplesmente a soma de todas as diferentes formas de energia possuídas pelas moléculas das substâncias que compõem o sistema. Tais como: -Energia molecular; -Energia química; -Energia atômica.-Energia atômica. Em sistemas macroscópico, não se consegue quantificar a energia interna de uma forma absoluta (utilização um estado de referência). A energia interna e calculada a partir de outras propriedades que possam ser medidas, pressão, temperatura, volume específico, composição, etc. Energia interna (E) A energia interna e uma função de estado e, portanto, é uma diferencial exata. Ex.: Para a energia interna específica e (por unidade de massa) ou a energia interna molar Em (por unidade de quantidade de matéria) de uma substância pura em termos de temperatura absoluta e do volume específico, temos:volume específico, temos: Energia interna (E) Tomando a diferencial total em Em e e, encontra-se: Por definição, as capacidades térmicas, específicas e molar, a volume constante são dadas por: Energia interna (E) Para a maioria das aplicações práticas da engenharia, os termos (∂Em/∂T)T e (∂e/∂T)T são tão pequenos que podem ser desprezados. Nesses caso, as equações podem ser reescritas como: Energia interna (E) Integrando as equações 7 e 8, entre o estado inicial (1) e o estado final (2), encontra-se: Se no caso do estado (1) ser o estado de referência, então temos: Entalpia(H) Além da energia interna, existem outras funções termodinâmicas que são usadas comumente nos problemas industriais. Uma delas e a entalpia. A entalpia é definida, explicitamente, para qualquer sistema, pela expressão matemática: H = entalpia do sistema; E = energia interna do sistema; P = pressão absoluta do sistema; V = volume do sistema. Entalpia(H) Usando-se a entalpia específica, ou a entalpia molar, a equação 13 será reescrita como: Ocorrendo uma modificação infinitesimal no sistema, as equações 14 e 15 podem ser escritas na forma diferencial como: Entalpia(H) Uma vez que todos os termos da equação são funções de estado, as equações 16 e 17 são facilmente integráveis, obtendo as equações aplicáveis sempre que ocorrer uma alteração finita: Para substâncias puras, a entalpia pode ser descritas por duas das três variáveis. Entalpia(H) Por definição, as capacidades térmicas, específicas e molar, à pressão constante são dadas por: Logo: Entalpia(H) Como os termos e são praticamente nulos para os líquidos e desprezíveis para gases a pressões moderadas, vem: Exemplo – Cálculo da energia interna de um gás A entalpia molar do gás metano a 600 K e 101,325 kPa é de 14,054 MJ/kmol, baseada nas condições de referência: 273,15 K e 101,325 kPa. Se o volume molar do metano, nas mesmas condições de temperatura e pressão, é 49,236 m³/kmol, calcule: a. A energia interna molar do metano nas mesmas condições; b. A taxa em que a entalpia é transportada por uma corrente de gás metano a 600 K e 101,325 kPa, cuja vazão molar é 200,0kmol/h. Exemplo – Cálculo da energia interna de um gás Solução: Exemplo – Cálculo do trabalho de expansão de um gás Certa massa de um gás com comportamento ideal está armazenada em um cilindro dotado de um pistão que se move no interior do cilindro sem atrito. A 350 K, a massa de gás ocupa o volume de 0,04 m³ quando sobre o pistão está colocado um peso que exerce a pressão de 300 kPa. O cilindro é aquecido, fazendo com que o gás se expanda até alcançar o volume de 0,1 m³, mantendo-se a pressão de 300 kPa sobre o pistão. Calcule o trabalho feito pelo gás sobre o pistão. Patm = 100 kPa 300 kPa 0,04 m³ Patm = 100 kPa 300 kPa 0,1 m³ Exemplo – Cálculo do trabalho de expansão de um gás Solução: Como a pressão externa é constante e igual a p = 400 kPa, vem: Balanço Macroscópico De acordo com o princípio de conservação de energia, a energia é indestrutível, e a quantidade de energia total que entra em qualquer sistema deve ser exatamente igual à que sai do sistema mais qualquer acúmulo dentro do sistema. Quando energia é gerada ou consumida dentro do sistema (o que ocorre nos processos com reação química), ela deve ser considerada no balanço global. Neste caso, a equação fica: Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Será aplicado o balanço de energia a sistemas fechados (em batelada) e sem reação química entre os dois instantes de tempo que caracterizam o início e o fim do processo. Assim, podemos escrever: Como não ocorre reação química, vem: Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Para energias transferidas entre o sistema e a vizinhanças, vem: Usualmente por convenção é considerado positiva a energia térmica transferida das vizinhanças para o sistema e o trabalho é considerado positivo quando transferido do sistema para as vizinhanças. Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Para possíveis energias armazenadas no sistema, vem: Portanto, o balanço global do sistema, fica: Como em sistemas fechados, não ocorre variações de energias potenciais e cinéticas externas, somente variações de energia interna. A equação para este tipo de processo, fica: Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Considerações: a. A energia interna de um sistema depende, basicamente, da composição química, do estado de agregação da matéria e da temperatura dos materiais no sistema. b. Se o sistema é perfeitamente isolado ou se o sistema e as vizinhanças estão à mesma temperatura, então Q = 0 (adiabático). c. O trabalho feito sobre um sistema fechado ou por um sistema fechado é acompanhado pelo movimento das fronteiras do sistema contra uma força resistente. Se o sistema não tem partes móveis, então w = 0. d. Se um dado processo envolve energia potencial além da associada à altura em um campo gravitacional, como por exemplo, um campo elétrico (ou magnético) ou movimento contra uma força elástica, esses termos devem ser incluídos em EP. Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Um gás é contido em um cilindro dotado de um pistão que pode se mover sem atrito. Um peso colocado sobre o pistão garante um pressão total exercida sobre o gás de 200 kPa. Inicialmente, o gás ocupa o volume de 0,02 m³, quando calor na quantidade de 25 kJ é fornecido ao gás, aquecendo-o e fazendo-o expandir até o volume de 0,05 m³ à pressão constante (o peso é mantido sobre o pistão). Calcule: a. O trabalho exercido pelo gás sobre as vizinhanças; b. A variação de energia interna do sistema. 200 kPa 0,02 m³ 200 kPa 0,05 m³ Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Solução: Neste caso, o sistema é o gás contido no interior do cilindro. Serão considerados desprezíveis as variações de energia potencial do gás (devido ao movimento vertical do pistão) e de energia cinética entre o estado inicial e final do sistema. a. b. Como o sistema é estacionário (não se move a um nível de referência), vem: O calor é fornecido ao sistema, logo, é positivo, isto é, Q =25 kJ. Balanço de energia em sistemas fechados sem reação Solução: Neste caso, o sistema é o gás contido no interior do cilindro. Serão considerados desprezíveis as variações de energia potencial do gás (devido ao movimento vertical do pistão) e de energia cinética entre o estado inicial e final do sistema. a. b. Como o sistema é estacionário (não se move a um nível de referência), vem: O calor é fornecido ao sistema, logo, é positivo, isto é, Q =25 kJ. Balanço de energia em sistemas abertos sem reação A figura abaixo representa um caso geral de processos em sistemas abertos. V1 u1 p1 z1 Q Trocador 1 V2 u2 p2 z2 we Q Trocadorde calor Turbina Δz 2 Balanço de energia em sistemas abertos sem reação No processo o fluido escoa através do sistema (determinado pela envoltória traçada) desde a seção 1 até a seção 2. Na seção 1 – entrada do sistema – o fluido com a vazão de m1 kg/s e vazão volumétrica V1 m³/s está a uma elevação z1 m, tem a velocidade média v1 m/s, o volume específico υ1 kg/m³, a pressão p1 Pa e a energia interna específica e1 J/kg. Similarmente, as condições do fluido na seção 2 (saída do sistema). Como o processo e físico sem reação química, a equação geral de balanço de energia fica: Balanço de energia em sistemas abertos sem reação Taxa de acúmulo de energia. O balanço de energia será aplicado entre dois instantes de tempo que caracterizam o início e o fim do processo (Δt). Portanto a equação fica: Considerando variações desprezíveis para energia cinética e potencial para o fluído dentro do sistema, a equação torna-se: Balanço de energia em sistemas abertos sem reação Taxa de energia transferida A energia transferida dos limites do sistema pode ser dividida em duas energias: a. As energias armazenadas e transportadas com a massa que entra e sai do sistema (Ec, Ep e E); b. As energias em trânsito, ou seja, as energias transferidas do sistema para a vizinhança e/ou da vizinhança para o sistema (W e Q). Balanço de energia em sistemas abertos sem reação Analisando a esquema anterior, pode se sugerir que a energia de trabalho W é apenas o trabalho realizado no eixo We na turbina. Porém, também o trabalho feito pelas vizinhanças, sobre o sistema (a introdução do fluido no sistema), e o trabalho do sistema sobre a vizinhanças (a saída do fluido do sistema), podemos designar este trabalho como trabalho de fluxo, trabalho pV ou energia de pressão. Então o trabalho de fluxo de entrada e saída do sistema fica: Balanço de energia em sistemas abertos sem reação Uma análise do sistema anterior mostra que a taxa de energia em trânsito, transferida para o sistema, inclui a taxa de calor Q, e a transferida da vizinhança para o sistema, inclui a taxa de We. Balanço de energia em sistemas abertos sem reação Substituindo todas as equações, obtem-se: Como, por definição H = E + pV ou (h = e + pv), temos: Balanço de energia em sistemas abertos sem reação Em processos com regime permanente, não há acumulo de energia no sistema, então a equação fica: Se houver mais de um componente entrando e saindo do sistema, a equação fica: Casos Especiais do Regime Permanente Quando as energias cinética e potencial são desprezíveis em relação aos demais termos: Quando, além do caso anterior, não há trabalho (We = 0): Quando as energias cinética e potencial são desprezíveis; We = 0 e Q = 0: Balanço de energia em um processo com um componente Água a 325 K e 300 kPa será transformada em vapor d’água a 670 K e 5,0 Mpa em uma caldeira. Calcule a taxa de calor a ser fornecida na caldeira para gerar 20.000 kg/h do vapor superaquecido. Solução: Água Vapor d’água Considerandodesprezíveis as energias cinética e potencial e como não há trabalho envolvido a equação que se aplica é a: Caldeira Água h1 = 217,3 kJ/kg Vapor d’água h2 = 3.186,2 kJ/kg Q Balanço de energia em um processo com um componente Como só tem um única entrada e uma única saída (mi = mj = 20.000 kg/h), vem: Se calcularmos a energia cinética o valor será de aproximadamente igual a 0,039 MW, desprezível em relação a variação de entalpia (16,5 MW). Balanço de energia em processo de compressão de ar Ar deverá ser comprimido das condições ambientes (pressão de100 kPa e temperatura de 300 K) para a pressão de descarga de 500 kPa e temperatura 600 K. Se a vazão mássica do ar é de 10000 kg/h e a tubulação de descarga do compressor é de 75 mm, calcule a potência fornecida pelo compressor. W Compressor We p1 = 100 kPa T1 = 300 K v1 = 0 m/s p2 = 500 kPa T2 = 600 K v2 = ? Balanço de energia em processo de compressão de ar Solução: O balanço será aplicado entre a sucção e a descarga do compressor. Assim, tem-se: Considerações: Q = 0, desprezível; v1 = 0 (ar está sendo succionado). Consultar tabela do livro I.5, para obter a entalpia específica e o volume específico do ar superaquecido nas condições de entrada e saída do compressor. (h1 = 300,3 kJ/kg, h2 = 607,4 kJ/kg, V2 = 0,3542 m³/kg). Balanço de energia em processo de compressão de ar Solução: Entrada Saída dint/ mm - 75 m / (kg.h-1) 10000 10000 Vesp / (m³.kg-1) - 0,3542 q = mV / (m³.s-1) - 0,9839q = mVesp. / (m³.s-1) - 0,9839 (A = πd2/4) / m2 - 4,42 x 10-3 (v = q/A / (m.s-1) - 222,7 (ec = v2/2) / (kJ.kg-1) - 24,8 h / (kJ.kg-1) 300,3 607,4 Balanço de energia em processo de compressão de ar Solução: (Trabalho é fornecido ao ar) Balanço de energia em uma turbina Uma turbina, acionada a vapor d’água, opera adiabaticamente com uma potência de 3000 kW. O vapor que aciona a turbina com uma velocidade de 60 m/s está disponível a 2,0 Mpa e 600 K e é descarregado saturado à pressão de 200 kPa e com uma velocidade de 300 m/s. Calcule a vazão mássica de vapor d’água através da turbina. W Turbina We p1 = 200 MPa T1 = 600 K v1 = 60 m/s p2 = 200 kPa v2 = 300 m/s Q = 0 Balanço de energia em uma turbina Solução: A equação que se aplica: We = 3000 kW (sinal positivo); h2 = 2706,2 kJ/kg (tabela G.2) e h1 = 3084,5 kJ/kg (tabela G.4) Δh = (2706,2 – 3084,5) kJ/kg = -378,3 kJ/kg Balanço de energia - válvula de expansão ou de estragulamento Água disponível a 1400 kPa e 450 K passa através de uma válvula de estrangulamento onde é mantida na saída a pressão constante de 140 kPa. Estime a temperatura na saída da válvula e a fração de água que se vaporiza. p1 = 1400 kPa T1 = 450 K ma p2 = 140 kPa T2 = ? ml e mv Balanço de energia - válvula de expansão ou de estragulamento Solução: Como na saída da válvula, parte da água se vaporiza, isto significa que na saída da válvula a água e o vapor d’água estão em equilíbrio e, portanto, estão saturados na pressão de 140 kPa. Logo, a temperatura na saída da válvula é 382,46 K = 109,31°C (tabela G.2). Cálculo da fração de água que se vaporiza. Balanço de energia - válvula de expansão ou de estragulamento Solução: Como na entrada da válvula existe água líquida, e na saída, água líquida e vapor d’água, temos: Sendo ,a fração de vapor d’água na saída, obtem-se: Nas tabelas G.2 e G.3, obtem-se: hl = 458,6 kJ/kg, hv = 2690,0 kJ/kg e ha = 749,2 kJ/kg. Balanço de energia - válvula de expansão ou de estragulamento Solução: Portanto: Processos envolvendo mudança de fase Processos: Aquecimento de mistura de líquidos Vaporização total – a composição da mistura no estado líquido e igual a da mistura no estado vapor. Vaporização parcial – a mistura formada de vapores terá composição diferente da mistura líquida original e o líquido remanescente terá outra composição. Processos envolvendo mudança de fase Destilação flash: Flash adiabático – não há o aquecimento da mistura. A mudança de fase ocorre por variação da pressão (câmara de expansão). p2 < p1 Líquido - L L + V Líquido p1 T1 p2 T2 Vapor - V T2 < T1 Processos envolvendo mudança de fase Destilação flash: Flash não adiabático –há o aquecimento da mistura. A mudança de fase ocorre por variação da temperatura. p2 < p1 Líquido - L L + V Líquido p1 T1 p2 T2 Vapor - V T2 > T1 Vapor d’água Processos envolvendo mudança de fase Para o calculo da entalpia específica da mistura, usaremos a equação abaixo, desprezando o efeito da mistura. Balanço de energia em processos com mudança de fase (flash) Uma mistura líquida de benzeno (B) e tolueno (T) com teor em quantidade de matéria de benzeno de 60%, inicialmente a 30°C, é aquecida à pressão de 101,325 kPa até a temperatura de 92°C. A mistura é alimentada continuamente em um vaso, onde a mistura de vapor formada (yB = 72,2%) é separada da mistura líquida residual (xB = 51,0%). Calcule a quantidade de calor a ser transferido à mistura por um kmol de carga. Líquido – L xB = 51,0% Carga F 30°C zB = 60% 92°C Vapor – V yB = 72,2% Q Balanço de energia em processos com mudança de fase (flash) Solução: Base de Cálculo: F = 1,00 kmol Podemos determinar V e L por balanço de material total e de benzeno: Total: 1,00 = V + L B: 0,60 = 0,772V + 0,510L Resolvendo, encontra-se: V = 0,425 kmol e L = 0,575 kmol. Balanço de energia em processos com mudança de fase (flash) Solução: Base de Cálculo: F = 1,00 kmol Podemos determinar V e L por balanço de material total e de benzeno: Total: 1,00 = V + L B: 0,60 = 0,772V + 0,510L Resolvendo, encontra-se: V = 0,425 kmol e L = 0,575 kmol. Balanço de energia em processos com mudança de fase (flash) Solução: A solução fica mais fácil, se for utilizada a tabela I.6, disponível para o benzeno e o tolueno no apêndice I do livro. Partiremos da equação de balanço de energia: Balanço de energia em processos com mudança de fase (flash) Solução: Carga (L, 30°C) F / kmol M/ (kg/kmol) hF/ (kJ/kg) Hm,F/ (kJ/kmol) HF/ kJ Benzeno 0,6 78,11 -238,4 -18621,4 -11172,8 Tolueno 0,4 92,13 -208,8 -19236,7 -7694,7 Total 1,0 -18867,51,0 -18867,5 VAPOR (V, 92°C) V / kmol M/ (kg/kmol) hV/ (kJ/kg) Hm,V/ (kJ/kmol) HV/ kJ Benzeno 0,772 78,11 257,6 20121,1 14527,4 Tolueno 0,278 92,13 283,0 26072,8 7248,2 Total 1,000 21775,6 LÍQUIDO (L, 92°C) L / kmol M/ (kg/kmol) hL/ (kJ/kg) Hm,L/ (kJ/kmol) HL/ kj Benzeno 0,510 78,11 -126,7 -9896,5 -5047,2 Tolueno 0,490 92,13 -94,3 -8687,9 -4257,1 Total 1,000 -9304,3 Balanço de energia em processos com mudança de fase (flash) Solução: Balanço de energia em uma coluna de destilação 1 2 3 F R Refluxo D Destilado V A.R. Qc A.R. Água de resfriamento 4 F Carga R Resíduo C L V.A. Qr A.R. Água de resfriamento V.A. Vapor d’água Balanço: Balanço de energia em uma coluna de destilação Balanço Global (Envoltória 1) Total F = D + B Componente FzF = DxD + BxB Energia DhD + BhB – FhF = Qc + Qr Balanço na coluna (Envoltória 2) Total F + R + C = V + L Componente Fz + Rx + Cy = Vy + LxComponente FzF + RxR + Cyc = Vyv + LxL Energia VhV + LhL – FhF – RhR – ChC = 0 Balanço no sistema de topo (envoltória 3) Total V =R + D Componente VyV =RxR + DxD Energia RhR + DhD – VhV = Qc Balanço no refervedor (envoltória 4) Total L = B + C Componente LxL = BxB + Cyc Energia BhB + ChC – LhL = Qr A carga de uma coluna de destilação que opera a pressão atmosférica é de 1,0 Mg/h de uma mistura líquida de benzeno (xi =60%) – Tolueno disponível a 35°C. Antesde ser introduzida na torre, a carga é pré-aquecida pelo produto de fundo. O teor em quantidade de matéria de benzeno no destilado é 98,2% e está saturado a 81°C. A razão de refluxo é 3:1. O produto de fundo com teor em quantidade de matéria de benzeno de 3,2% sai da torre a 109°C, e é enviado para armazenamento a 50°C. O condensador utiliza água de Balanço de energia em uma coluna de destilação enviado para armazenamento a 50°C. O condensador utiliza água de resfriamento que entra a 30°C e sai a 50°C, e o refervedor usa vapor d’água disponível à pressão absoluta de 400,0 kPa. Calcule: a. Vazão mássica dos produtos de topo e de fundo; b. Carga térmica do condensador de topo; c. Carga térmica do refervedor; d. Carga térmica do pré-aquecedor de carga; e. Consumo (vazão mássica) de vapor d’água e de água de resfriamento. Solução: Ver livro – Introdução à Engenharia Química Balanço de energia em uma coluna de destilação Nilo Indio do Brasil Paginas 300 a 303.
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