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Artigo Mídia Cidadania e Direitos Humanos Caroline Evangelista (1)

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� PAGE \* MERGEFORMAT �14�
Infracidadania: Uma investigação acerca do que o discurso midiático revela sobre esta esfera cidadã�
Caroline Evangelista PEREIRA�
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás
Resumo
Este estudo propõe um olhar para o discurso midiático com vistas a entender o processo de ressignificação da cidadania e a construção de categorias existenciais na sociedade que, muito longe de serem igualitárias, reafirmam as características de existências distintas, formas de pertencimento social marcados pelas diferenças e reafirmados por comportamentos e posses de segregação. Baseado nos conceitos de Cidadania, Subcidadania, Célebre-cidadania e Supercidadania trabalhados em estudos anteriores, este trabalho avança para a compreensão da visão social veiculada na mídia sobre pessoas com deficiência intelectual. A partir de uma leitura crítica do discurso do jornal impresso propõe a criação da categorização da Infracidadania, enfoque principal desta pesquisa. 
Palavras-chave: Infracidadania; Cidadania; Pirâmide da Cidadania Midiática; Deficiência Intelectual; 
Introdução
 O presente estudo objetiva lançar um olhar crítico sobre o discurso midiático no tocante a influência duma categorização de pessoas com deficiência intelectual. Estudando a Pirâmide da Cidadania Midiática (CIRINO E TUZZO, 2015, p. 13) com a classificação de cidadãos em grupos distintos, verifica-se que não estão contempladas as pessoas com esta característica. Diferentemente do trabalho que a mídia e a sociedade já fazem com relação às pessoas com deficiência física, o mesmo tratamento não é dado às pessoas com deficiência intelectual, fazendo com que sejam pessoas esquecidas socialmente, escondidas dos locais públicos, não contempladas nos discursos de inclusão. 
 Considerando que também são cidadãos com direitos e deveres assegurados na cidadania clássica, como a mídia apresenta essas pessoas e as classifica em seus discursos?
Inicialmente perpassaremos por cada um dos conceitos trabalhados na Pirâmide da Cidadania Midiática (composta por categorizações contidas em pesquisas anteriores, que trazem a ressignificação do termo cidadania e delineiam os conceitos de super, célebre e subcidadania, a partir, também, de uma releitura do que é exposto pela mídia brasileira até avançarmos para a criação de uma nova categoria definida como Infracidadão.
Cidadania, Célebre-cidadania, Supracidadania e Subcidadania
 A Cidadania, de acordo com Marshall (1967), é composta por três tipos de direitos: os civis, políticos e sociais, conquistados na Inglaterra nesta ordem. Pinsk compartilha desta definição:
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualmente perante a lei; é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranquila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos. (JAIME PINSKI, 2003, p. 32).
 José Murilo de Carvalho (2010), com um olhar direcionado à história da cidadania no Brasil, reforça que o cidadão pleno seria sim aquele que fosse titular dos três direitos e cidadãos incompletos seriam os que possuíssem apenas alguns destes direitos. Contudo, a construção de nossa cidadania foi invertida, sendo-nos garantidos primeiramente os direitos políticos e civis, e aos poucos estão sendo legalizados os direitos sociais. Estando a sociedade brasileira longe de atingir a plenitude de tais direitos. 
 Marshall também considera que a cidadania versa-se de “um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade. Todos aqueles que possuem status são iguais com respeito aos direitos e obrigações pertinentes ao status” (MARSHALL, 1967, p. 76).
 Esta reflexão, logicamente feita a sua época, adequa-se aos dias atuais, onde “ser membro integral das comunidades é um sonho desejado da população brasileira, pois isso prevê mais do que somente o tradicional direitos e deveres igualitários, prevê a inclusão e a participação” (CIRINO E TUZZO, 2015, p. 2).
 No que tange os meios de difusão de informação no processo elucidativo da Cidadania, Tuzzo (2014) afirma que a mídia desempenha um papel importante na construção daquilo que é ser cidadão, pois o que ela discursa ser cidadania é o que a sociedade compreenderá como verdadeiro.
 Entretanto, a mídia pode comprometer a compreensão social acerca do que é cidadania, ressignificando sua noção. Textualmente a autora afirma que:
A mídia apresenta o conceito de cidadania como algo em busca, o ideal de quem ainda não é cidadão e precisa chegar a essa categoria existencial. Não encontramos a palavra subcidadania nos discursos midiáticos, o que poderia nos levar num primeiro momento a compreender que a mídia não considera a subcidadania. Mas isso seria um erro, porque na verdade a mídia trabalha frequentemente com subcidadania em seus discursos e não com cidadania. Na verdade fala-se a palavra cidadania, mas sempre no sentido de que falta, de um objetivo a ser alcançado. Os conceitos de cidadania são, na verdade, conceitos da subcidadania. O discurso é feito para o subcidadão, sob o título de “busca pela cidadania”, a subcidadania encontrou um sinônimo capaz de não chocar os pertencentes a esta categoria. (TUZZO, 2014, p. 176).
Ainda:
O discurso da mídia é um reforço de que a busca por direitos e a defesa de direitos é um exercício de cidadania (...) Na verdade, fala-se a palavra cidadania, mas sempre no sentido de tudo que falta, de um objeto a ser alcançado. Os conceitos de cidadania são, na verdade, conceitos de subcidadania. (TUZZO, 2014, p. 21)
 Jésse de Souza (2003) traz a definição da subcidadania como “a condição do indivíduo subjugado pela dinâmica específica da ideologia espontânea do capitalismo, a partir de suas instituições fundamentais: mercado competitivo e Estado nacional centralizado”.
 Assim sendo, até então, pode-se compreender que a cidadania exprimida pela mídia brasileira, trata-se na realidade da subcidadania, encontrando-se o subcidadão como aquele que nem cidadão pode ser considerado, pois “o cidadão é aquele que está na sociedade de forma economicamente privilegiada e pode pagar pela cidadania, comprando saúde, educação, segurança, lazer, por exemplo, ou seja, a cidadania é comprada, é privada, disponível e acessível para quem pode pagar por ela, Assim, cidadania tem a ver com o privado e a busca da cidadania tem a ver com o que é público. Cidadania é a plenitude de existência do rico e a busca constante do pobre” (TUZZO, 2014, p. 177)
 Paiva e Sodré (2013) corroboram com esta significação afirmando que o consumo recria o cidadão contemporâneo, visto que o poder de compra é simbólico, transmitindo a ideia de que só consome quem tem dinheiro e, consequentemente, o consumidor faz parte da cadeia de desenvolvimento social e emprego. Hodiernamente, consumir é a prerrogativa de se ser identificado como cidadão. 
 Esta relação de consumo e poder teve seu início com a elite, mas se ramificou para as classes sociais mais baixas, tendo a mídia como interlocutora do processo de inter-relação entre cidadão e sociedade. “É possível enxergar a dualidade referente ao consumo, pois este é necessário para a vida no sentido de consumir alimentos, bens, experiências, etc., mas torna-se prejudicial ao ser considerado consumismo, um consumo exagerado, em que não existe a linha separativa entre desejos e necessidades, todas as coisas desejadas tornam-se necessárias. Base de umgrande mercado de luxo, beleza, supérfluos e outros itens que vivem da cultura consumista, considerado por Bauman (2008, p. 41) como ‘um atributo da sociedade’” (CIRINO E TUZZO, 2015, p. 6).
 Bauman (2008) considera que as próprias pessoas que participam dessa sociedade de consumidores acabam por tornarem-se mercadorias. Os indivíduos são produtos que tentam se adequar para, além de consumir o que se está nas vitrines, também estar nos holofotes, pelo simples desejo de se sentir incluso no sistema. Intencionando esta ideia Tondato (2011, p. 154) afirma que vivemos “em um tempo de identidades múltiplas, em um ambiente dominado pela mídia, em que o próprio homem se transforma em mercadoria como estratégia de inserção”.
 Com referência ao célebre-cidadão, em conformidade com Figueiredo e Tuzzo (2011), considera-se que a imagem tida sobre estes pela sociedade é a de cidadãos plenos, isso explica o fato de não se resumirem a celebridades, nem tampouco somente a cidadãos, mas célebres-cidadãos. Um sujeito que ascendeu por alguma característica célebre, deixou de ser “alguém”, para ser “o” alguém, e que é tratado acima dos demais pela mídia.
 As autoras examinam que ‘pessoas se tornam ícones e personalidades por serem e terem o que a grande maioria das pessoas buscam, ambicionam e anseiam durante suas vidas” (FIGUEIREDO E TUZZO, 2011, p. 114)
 Fechando as conceituações, o supercidadão está categorizado aos que estão acima da lei e da ordem, “pois além de tudo o que um cidadão comum possui, este pode ultrapassar todas as barreiras impostas pelas convenções que eles mesmos costumar estabelecer. Devido ao controle dos principais monopólios de fala, poder, finanças, e outros, eles não são tratados como os sub ou cidadãos, têm uma forma própria de lidar com o sistema. Seriam os principais responsáveis pela manutenção direta da desigualdade, afinal, é a categoria que mais se beneficia dessa situação” (CIRINO E TUZZO, 2015, p. 12)
Pirâmide da Cidadania Midiática
 A estrutura da Pirâmide da Cidadania Midiática sintetizada por Cirino e Tuzzo (2015), traz, conforme a Figura 1, as quatro categorias anteriormente elucidadas, designando-as por meio de uma leitura crítica da mídia: subcidadão – o cidadão que não tem acesso, participação, tampouco recursos financeiros para comprar tudo isso -, cidadão – seja devido à informação ou recursos financeiros, possui poder suficiente para conseguir acesso e participação, consumir e ser considerado de bom desempenho -, célebre-cidadão – misto de celebridade com cidadão, geralmente atribuído a pessoas que eram cidadãos ou subcidadãos e ultrapassaram os limites tornando-se referência em alguma área esportiva, artística, cultural ou honrosa a partir das exposições midiáticas – e o supercidadão – acima da lei, faz o sistema trabalhar para si próprio, não sendo sujeitado ao mesmo tipo de justiça que todos os outros indivíduos da sociedade. Consoantes aos autores ‘a grande revolta dos sub é ver os super transgredindo todo o sistema para benefício próprio, enquanto os sub são massacrados pelo sistema, seja pela burocracia ou pelo seu regime voltado à punição, ao invés da educação” (CIRINO E TUZZO, 2015, p. 13).
 Os elaboradores da estrutura em questão supõem que a pirâmide começa a partir do subcidadão, seguindo de acordo com o nível de acesso e participação dos indivíduos dentro da sociedade com base na visão que a mídia lança acerca de sua cidadania.
 Aqui, as motivações seguem no mesmo sentido, contudo sugerem que há ainda uma categorização antecessora à subcidadania, sendo esta a infracidadania, o que amplia a estrutura da primeira representação da Pirâmide da Cidadania Midiática, conforme mostra a Figura 2.
Os Infracidadãos
 O conceito de infracidadania emerge do conceito de infrahumanidade advindo da psicologia, como o indivíduo “que se situa abaixo do nível atribuído ao ser humano” e, ainda, aquilo “que não oferece condições dignas para a vida humana” (infra-humano in Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2016).
 Ao significar a subcidadania, a mídia propõe a sua condição de existência a partir do indivíduo que não é um cidadão, mas que está em busca desta cidadania. Porém, existem aqueles que não estão inseridos nesta busca, por não poderem realizá-la e, assim, não entram nem mesmo na categorização de subcidadãos, são estes os infracidadãos. 
 Para Tuzzo, “no sentido ideal, a cidadania representa muito mais do que nascer, mas, sobretudo, significa o existir socialmente” (TUZZO, 2013, p. 7), entretanto os infracidadãos são tratados como se não existissem por esta mídia que ressignifica termos e conceitos que são aderidos como reais pela sociedade. 
 Carvalho (2010) utiliza o termo estadania para designar a dependência do Estado pelos cidadãos. A estadania é firmada quando o Estado não arca com suas responsabilidades de segurança, saúde, moradia, transporte, lazer e educação. Se os subcidadãos que não podem pagar por estes que deveriam ser seus direitos, dependem do Estado para tê-los, muito mais esta dependência está avigorada entre os infracidadãos e o Estado.
Inúmeras pessoas são cotidianamente excluídas da participação da vida social devido a sua impossibilidade de chegar aos padrões de consumo e desempenho exigidos dos indivíduos dentro do sistema social.
 Mas quem seriam estas pessoas excluídas? Quem seriam os infracidadãos?
Metodologia e Análise Midiática 
 Para pesquisar os sujeitos da Infracidadania pautados pela mídia, tomamos, a partir de uma análise crítica do discurso, 25 reportagens, conteúdo totalizante de notícias encontradas quando pesquisada a tag deficiência, entre 1º de janeiro a 31 de maio de 2016, veiculadas no Jornal impresso O Popular. A escolha de “O Popular” se deu por tratar-se do jornal impresso com maior circulação dentro do estado de Goiás, possibilitando o estudo de uma fração midiática relevante que auxilia na busca do objeto estudado. Dentre todas as mídias, o jornal impresso foi escolhido por ser o veículo de comunicação que embasa o conteúdo noticioso utilizado pelas emissoras radiofônicas e televisivas e pela web, como avalia Tuzzo.
A função do jornal impresso não se limita aos leitores de jornal, mas balizam outros veículos e são consumidos por protagonistas sociais que se inter-relacionam com públicos diversos, atuando em uma esfera de construção da opinião pública. O jornal impresso também se apresenta como uma mídia interligada com as mídias eletrônicas, seja pela colocação de seu conteúdo na internet, seja pelo que apresenta na construção dos discursos recriados nessa plataforma. Além disso, com a necessidade de interatividade aflorada pela era digital, a internet se apresenta como um canal de discussão e interpretação dos assuntos do jornal impresso. Sobre isso, os jornalistas da televisão e do rádio possuem papel fundamental ao publicizarem as capas e os conteúdos de jornal impresso para os públicos da TV ou do rádio. Estes públicos podem não ser leitores de jornal impresso e por isso terão conhecimento das informações somente a partir de recortes e interpretações feitas por jornalistas-leitores. (TUZZO, 2016, p. 56)
 A opção pela Análise do Discurso Crítica (ADC) dá-se ao fato desta opor-se a uma análise mecânica, da coleta objetiva de dados, da visão simplória das palavras e suas compreensões imediatas, da apreensão apática ou meramente da junção de conteúdo, pois a leitura crítica não prevê uma pesquisa em si mesma, mas uma interpretação da sociedade. A ADC conta com apercepção do pesquisador para interpretar o que os dados podem não revelar num processo superficial de pesquisa.
 Resende (2006, p. 35) explica que a “ADC considera a organização da vida social em torno de práticas, ações habituais da sociedadeinstitucionalizada, traduzidas em ações materiais, em modos habituais de ação historicamente situados”, possibilitando assim perceber discursos aparentemente comuns na estrutura midiática, mas que reforçam a posse simbólica, dentro de uma narrativa de onipotência. 
 As 25 reportagens foram fragmentadas em oito categorias, sendo: Violência; Datas Comemorativas; Legislação; Agenda-setting; Aparente; Valor-notícia; Infra-infracidadania e Exclusão da Totalidade.
 Em “Violência” vemos as reportagens com os seguintes títulos: “Suspeitos de matar vigia de carros são presos” e “Suspeito de estuprar mulher com deficiência mental é preso no interior de Goiás”. Ambas estariam na cadeia de notícias sobre violência do jornal, tratando-se as personagens principais dos acontecimentos de pessoas com deficiência intelectual ou não.
 Na categoria “Datas Comemorativas”, duas reportagens estão presentes com as seguintes titulações: “Goiânia sedia 1º Encontro Goiano de Autismo” e “Inclusão do autista”. A primeira matéria foi publicada próximo ao acontecimento do evento, no intuito de divulga-lo e a segunda, na data em que se celebra nacionalmente o Dia do Autista.
 Em “Legislação” conta-se com a presença de sete conteúdos noticiosos, entre reportagens e artigos. Quatro destas estão relacionadas ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigor no primeiro mês deste ano. São estas: “Estatuto da Pessoa com Deficiência entre em vigor; veja regras” e três artigos intitulados “Estatuto da Pessoa com Deficiência”; “Direito e Justiça” e “Cidadania e Deficiência”. Duas reportagens estão vinculadas ao mercado de trabalho: “Trabalhadores carecem de mais visibilidade” e “Mercado de trabalho: Há vagas, falta acessibilidade”. “Multa para quem estaciona em vagas reservadas aumenta em 140%” como o título já diz, trata a respeito de um reajuste no valor da multa para pessoas que descumprem a lei de trânsito e o artigo “Sobre inclusão” fala a respeito da obrigação que as instituições educacionais têm em estarem preparadas para acolher alunos com deficiência. 
 “Agenda-setting” conta duas reportagens que trazem o relato de bebês nascidos com microcefalia no estado de Goiás em janeiro, época em que o assunto contava com grande repercussão na mídia brasileira.
 A categoria “Aparente” traz o artigo de uma psicóloga e mãe de uma criança com autismo, publicado também na data dedicada à memoração da pessoa com esta deficiência, podendo caber na categoria “Datas Comemorativas”. No entanto, o conteúdo esteve presente no jornal pela profissional ter uma relação próxima com um autista e se utilizar do espaço para discutir o assunto.
 Em “Valor-notícia” é encontrada uma extensa reportagem contendo as vivências experenciadas por mães de crianças microcéfalas já no mês de maio, quando a mídia não concedia o mesmo espaço para o assunto Microcefalia.
 “Infra-infracidadania” traz uma reportagem sobre um ensaio fotográfico que uma neta fez com o avô que sofre Alzheimer, uma doença cognitiva, intitulada “Fotógrafa retoma contato com avô idoso, portador de deficiência cognitiva, por meio de trabalho”. Apesar de, num primeiro momento, a reportagem em questão ter-se enquadrado na categoria “Aparente”, inquietações nos moveram no sentido de pensar que o sujeito da reportagem além de portar uma deficiência intelectual é, também, um idoso, o que nos motivou a questionarmos se o reforço de infracidadão seria duplo nesse caso, o que gerou o termo “Infra-infracidadania”.
 A última categoria, denominada por “Exclusão da Totalidade”, exibe oito conteúdos noticiosos, entre reportagens e artigos. Seis reportagens estão vinculadas às inscrições para o Exame nacional do Ensino Médio (ENEM), ás inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) e aos Jogos Paralímpicos que, assim como os Jogos Olímpicos, acontecem no segundo semestre de 2016 no Brasil. Estas reportagens mencionam a pessoa com deficiência intelectual no que diz respeito às inscrições e atendimentos especializados que têm direito. Outras duas reportagens, denominadas “Em cena, a inclusão” e “Inclusão”, tratam a respeito de um espetáculo, ocorrido em fevereiro, que discutiu a acessibilidade a partir do ponto de vista das artes cênicas. Ambas falam da pessoa com deficiência, mas não especifica qual deficiência, o que acaba excluindo a pessoa com deficiência intelectual, que não é minuciosamente citada. Esta especificação ocorre nas seis primeiras reportagens, entretanto, o que se verifica na leitura crítica dos textos é um reconhecimento das pessoas deficientes físicas como incluídas socialmente e já tendo direitos aos estudos, trabalho e lazer, mas as pessoas com deficiência intelectual não fazem parte desse olhar integrador não sendo privilegiadas nem para o trabalho, nem para os estudos e tampouco para o lazer, não havendo formas claras de pertencimento aos grupos sociais. 
 E o artigo, com o título “Acessibilidade universal”, textualiza acerca das condições e direitos da pessoa com deficiência, citando as pessoas com deficiência física, auditiva e visual, mas esquecendo-se da pessoa com deficiência intelectual, atribuindo-a a “uma deficiência qualquer”. Tratam-se de totalidades que não incluem a pessoa com deficiência intelectual, mas que, ao contrário, excluem-nas. 
Análise da relação entre a Pessoa com Deficiência Intelectual e a Infracidadania
 Todos os 25 conteúdos noticiosos encontrados e analisados falaram a respeito da pessoa com deficiência intelectual por motivos convenientes atrelados a datas e eventos específicos, aparências, valor de noticiabilidade-mercadológica e etc. Se estas motivações não existissem, o jornal não teria mencionado a pessoa com deficiência intelectual, o que nos leva a ponderar que a mídia trata este público como se simplesmente não existisse, não utilizando sequer termos travestidos para designá-las, o que, como vimos, ocorre no caso dos subcidadãos, enquadrados na retórica da mídia como “cidadãos”. Logo, a pessoa com deficiência intelectual, retrata a infracidadania, concepção reforçada por esta mídia que conceitua significados, neste caso, especificamente, a partir da sua negação, do silenciamento a respeito deste grupo humano-existencial, o que repercute em suas relações sociais.
 Solomon Asch fala a respeito desta conformidade social ao afirmar que “as pessoas, em sua maioria, amoldam-se ao que pensam ser a tendência de pensamento da maioria das pessoas que as rodeiam” (ASCH, 1951) Tais pensamentos são elencados pela hipótese do Agenda Setting que “pensa a ação dos meios não como formadores de opinião, causadores de efeitos diretos, mas como alteradores da estrutura cognitiva das pessoas. É o modo de cada indivíduo conhecer o mundo que é modificado a partir da ação dos meios de comunicação de massa – ação essa que passa a ser compreendida como um ‘agendamento’, isto é, a colocação de temas e assuntos na sociedade. (ARAÚJO, p. 129) Por conseguinte, estes assuntos são os geradores do que chamamos opinião pública, conceituada por Elizabeth Noelle-Neumann como “	a opinião que pode ser expressa em público sem risco de sanções, e sobre o qual pode apoiar-se a ação levada empúblico” (NOELLE-NEUMANN, 1991, p. 182). Noelle-Neumann destacava a onipresença da mídia como eficiente modificadora e formadora de opinião a respeito da realidade.
 Neste sentido, cabe uma observação pertinente relacionada a uma das matérias da categoria “Violência” com o título “Suspeitos de matar vigia de carros são presos”. Na linha fina, breve linha de texto usada sobre ou logo abaixo do título para destacar informações da matéria, lê-se “Vítima era conhecida na região e tinha deficiência mental”, questionamo-nos a respeito da necessidade da informação de que a vítima se tratava de uma pessoa com deficiência intelectual, visto que mesmo que não setratasse de alguém nessa condição a notícia estaria ali, ocupando exatamente aquele mesmo espaço. Seria o intuito de a mídia usar dessa informação para espetacularizar o caso, como pontuou Sodré, através da comunicação grotesca alimentada por mercadologias? 
“O fabuloso, o aberrante, o macabro, o demente – enfim, tudo que à primeira vista se localiza numa ordem inacessível à “normalidade” humana – encaixam-se na estrutura do grotesco (...). O conceito pode ser estendido à esfera da cultura de massa: o miserável, o estropiado, são grotescos em face da sofisticação da sociedade de consumo, especialmente quando são apresentados como espetáculo” (MUNIZ, Sodré. 1985, p. 38 e 39). 
Considerações
 Os pensadores do grupo da escola frankfurtiana foram os primeiros a enxergar que, “em nosso século, a família e a escola, depois da religião, estão perdendo sua influência socializadora para as empresas de comunicação. O capitalismo rompeu os limites da economia e penetrou no campo da formação da consciência, convertendo os bens culturais em mercadoria.” (RÜDIGER, p. 139) E porque não dizer que, além dos bens culturais, os próprios indivíduos sociais estão englobados nesta conversão? Como já compartiu Bauman (2008) e Tondato (2011).
É a comunicação que estabelece o desejo por igualdade e a possibilidade de sua confirmação. Comunicação, nesse sentido, é um comportamento social que leva a uma mudança no Estado e a uma reformulação do direito. (SIGNATES E MORAES, 2016, p. 26-27)
 Esta comunicação, incalculavelmente amplificada pelo sistema midiático em parâmetros global, nacional e local, trata-se de um mecanismo em potencial para equiparar os indivíduos congruentes da pirâmide aqui apresentada, numa mesma linha de direitos e deveres, sem a permanência das regalias ou desprezo ao indivíduo que, pelo fato de sê-lo, faz jus à plena cidadania. Uma vez que “longe de ser tratada como uma noção definidora, produtora ou, no mínimo, viabilizadora da condição cidadã, a comunicação aparece como um meio, um instrumento, pelo qual a cidadania pode ser alcançada” (SIGNATES E MORAES, 2016, p. 6).
 A realidade social, bem como seus agentes, perpassa pelo discurso midiático, mais influente do que nunca. 
 Tuzzo (2014) trabalha com a noção de apropriação de discursos midiáticos ressignificados a partir das instâncias de sustentação social, denominando o processo de 4P´s. Para a pesquisadora a mídia ressignifica os valores sociais que serão compreendidos e apreendidos pela sociedade, por isso, o que é veiculado midiaticamente possui um poder de tornar-se real diante de um grande número de pessoas. Textualmente afirma que:
	Se refletirmos sobre os quatro pilares de sustentação da sociedade anteriormente legitimados, por ela definidos como 4Ps (pai, professor, político, padre/pastor) representantes simbólicos da família, escola, Estado e igreja, veremos que a própria Igreja se apropria hoje de canais de televisão para que a voz do padre/pastor seja legitimada pela estética televisiva de reconhecimento de valoração e passe a ser utilizada pela sociedade muito mais porque adveio da televisão do que dos templos religiosos e com isso transformam os seus interlocutores em celebridades midiáticas, com reconhecimento de voz. (TUZZO, 2014a, p. 164)
 Finalmente, ponderamos que, todo este apanhado de informações e considerações a respeito da relação da Pessoa com Deficiência Intelectual e a Infracidadania, perpassa não somente pela noção de cidadania, mas, adicional e paralelamente aos Direitos Humanos dos indivíduos.
Uma vez que: 
Os direitos de cidadania são aqueles estabelecidos pela ordem jurídica de um determinado Estado, os direitos do cidadão englobam direitos individuais, políticos e sociais, econômicos e culturais e, quando são efetivamente reconhecidos e garantidos, podemos falar em cidadania democrática em que pressupõe a participação ativa dos cidadãos nos processos decisórios da esfera pública. Os direitos humanos, por sua vez, são ditos naturais, independem de uma legislação específica para serem invocados e são universais, estão acima das fronteiras geopolíticas. (BENEVIDES, 2004)
Referências bibliográficas 
ASCH, Solomon. “Effects of group pressure upon the modification and distortion of judgements”. Groups, Leadership and Men. Pittsburg: Carnegie, 1951. HOHLFELDT, Antonio. Hipóteses Contemporâneas de Pesquisa em Comunicação. HOHLFELDT, Antonio (Orgs) Teorias da Comunicação: Conceitos, escolas e tendências, Petrópolis: Vozes, 2012 – 12ª edição.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias, tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2008.
CARVALHO, José Murilo de, 1939- Cidadania no Brasil: o longo caminho. José Murilo de Carvalho. – 16º ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
CIRINO, José Antônio Ferreira e TUZZO, Simone Antoniaci. Desigualdade Midiática: a cidadania através do consumo e desempenho. Goiânia, 2015.
DUARTE, Rodrigo. Indústria Cultural Hoje, São Paulo, Boitempo: 2008. 
FIGUEIREDO, Lívia Marques Ferrari de; TUZZO, Simone Antoniaci. Célebre Sociedade. Goiânia: Kelps, 2011. 
MARSHALL, T.H. Cidadania, Classe Social e Status, Rio de Janeiro, ZAHAR: 1967.
NOELLE-NEUMANN, Elizabeth. “La spirale du silence – une théorie de l’opinion publique”. Hermès, n° 4, Paris: Editions du CNRS, 1991, p.182. FERREIRA, Giovandro Marcus. As origens recentes: os meios de comunicação pelo viés do paradigma da sociedade de massa. HOHLFELDT, Antonio (Orgs) Teorias da Comunicação: Conceitos, escolas e tendências, Petrópolis: Vozes, 2012 – 12ª edição.
PINSKY, Jaime e PINSKY, Carla B. (Orgs.) História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.
RESENDE, Viviane de Melo e RAMALHO, Viviane. Análise do discurso crítica. São Paulo: Contexto, 2006.
RÜDIGER, Francisco. A Escola de Frankfurt. HOHLFELDT, Antonio (Orgs) Teorias da Comunicação: Conceitos, escolas e tendências, Petrópolis: Vozes, 2012 – 12ª edição. 
SIGNATES, Luiz e MORAES, Ângela. Cidadania Comunicacional: Teoria, epistemologia e pesquisa. Goiânia: Gráfica UFG, 2016.
SODRÉ, Muniz. A Comunicação do Grotesco: Um ensaio sobre a cultura de massa no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 1985.
SOUZA, Jessé. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica / Jessé Souza. - Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio De Janeiro: IUPERJ, 2012.
TONDATO, Marcia Perencin. Identidades múltiplas: meios de comunicação e a atribuição de sentido no âmbito do consumo. In: TEMER, Ana Carolina R. P. Mídia, Cidadania & Poder. Goiânia: FIC/UFG, 2011.
TUZZO, Simone Antoniaci. O lado sub da cidadania partir de uma leitura crítica da mídia. In: PAIVA, Raquel; TUZZO, Simone Antoniaci (Orgs.). Comunidade, mídia e cidade: possibilidades comunitárias na cidade hoje. Livro 2 da Coleção Rupturas Metodológicas para uma Leitura Crítica da Mídia. Goiânia: FIC/UFG, 2014a. p. 151-180.
______________________. Os Sentidos do Impresso, Goiânia: Gráfica UFG, 2016.
Material analisado:
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http://www.opopular.com.br/editorias/opiniao/estatuto-da-pessoa-com-defici%C3%AAncia-1.1027463
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http://www.opopular.com.br/editorias/vida-urbana/estudantes-t%C3%AAm-at%C3%A9-hoje-para-se-inscrever-no-prouni-1.1026397
http://www.opopular.com.br/editorias/opiniao/da-reda%C3%A7%C3%A3o-1.146392/acessibilidade-universal-1.1090031
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�Artigo desenvolvido para a disciplina de Seminário de Mídia, Cidadania e Direitos Humanos, pertencente á grade de disciplinas dos Programas de Pós-Graduação em Mídia e Cidadania e Mídia e Direitos Humanos da Universidade Federal de Goias (UFG).
�Mestranda em Comunicação, linha de pesquisa Mídia e Cidadania na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Graduada em Comunicação Social habilitação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GO). E-mail: � HYPERLINK "mailto:carol.cep@hotmail.com" �carol.cep@hotmail.com�

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