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ENGENHARIA MECÂNICA Engenharia Mecânica Relatório Acadêmico Processos de Usinagem TRABALHO I – Tipos de Avarias e Desgastes Gustavo de Souza Ehlert Professor André Amaral Bassani Santo Ângelo Junho/2018 Introdução É de praxe que o uso continuo das ferramentas na usinagem, acaba gerando desgaste e até danificando o inserto. Isto é proveniente de diversos fatores como o próprio esforço mecânico e também devido a sua temperatura de trabalho ser em temperaturas elevadas na grande maioria das vezes. Para evitar que a ferramenta entre em colapso e acabe inutilizando as outras arestas do incerto, precisamos estipular limites para o desgaste da mesma, isto até mesmo para reduzir os danos que começam a aparecer cada vez mais com o aumento do desgaste/avaria na ferramenta. Avarias nas ferramentas de corte Avarias geralmente ocorrem quando utilizamos insertos de materiais muito duros, porem frágeis, onde o atrito da peça com o inserto em vc mais baixas acaba quebrando partes do inserto, muitas vezes prejudicando a integridade do inserto. Lascamento Ocorrem principalmente qunado o gume e o raio do inserto são muito pequenos, e são causados pela ultrapassagem do limite de resistência do material em alguns lugares devido a vibrações, variações microestruturais na peça e até a queda do gume postiço. A consequência mais relevante nestes casos é a variação significativa no acabamento da peça. Trincas As trincas podem ser de origem térmica e mecânica. Elas ocorrem devido a carregamentos térmicos, cíclicos e aos impactos de entrada e saída da ferramenta na peça, devido a uma superfície muito rugosa. Aparecem com relativa frequência em materiais de metal duro, ou seja, a formação e propagação das trincas estão diretamente relacionadas com a tenacidade do material, pois além da nucleação é preciso energia suficiente para romper às barreiras que impedem sua propagação ao longo do material. Com isso devemos manter um cuidado especial na seleção dos materiais sujeitos a condições de corte desfavoráveis, pois o tamanho de grão influencia decisivamente no mecanismo. As regiões de contorno de grão formam barreiras naturais à propagação das trincas. Por isso, materiais com tamanho de grão refinado tendem a ter maior tenacidade e suportar melhor os carregamentos cíclicos durante a usinagem. 2.3 Quebra Todos os tipos de desgastes e avarias podem acabar quebrando a peça, porem as vezes pode ocorrer de a peça quebrar do nada devido a alguns fatores, como por exemplo a utilização de um material com pouca tenacidade operando com uma força excessiva, parada repentina do movimento de corte e até mesmo entupimento dos canais de expulsão de cavaco. A quebra do inserto além de trazer vários danos a ferramenta se a máquina não parar imediatamente ainda acaba por danificar a superfície da peça. Desgastes da ferramenta As avarias são desgastes normais devido ao uso da ferramenta, é um fator normal que pode ser mensurado através da “vida útil” da ferramenta, porém existem alguns fatores que agravam essa situação, estes serão detalhados abaixo. Desgaste frontal Aparece na superfície da folga da ferramenta devido ao constante contato da peça com a ferramenta, e o desgaste normal, comum em todo processo devido ao uso do inserto. Quando muito avançado esse desgaste pode alterar a geometria da ponta da peça influenciando diretamente no acabamento da superfície e inclusive tirar da tolerância mínima a rugosidade da peça. Aumenta de acordo com o aumento da Velocidade de Corte 3.2 Desgaste de cratera Ocorre na superfície de saída da ferramenta, causada pelo atrito do cavaco com a superfície do inserto, este desgaste gera uma pequena cratera na superfície do inserto, este desgaste pode acarretar a quebra da ferramenta no momento em que encontrar o desgaste frontal. Deformação plástica A deformação plástica ocorre quando a velocidade de corte e muito alta e o fluido refrigerante não dá conta, ou até mesmo devido a falta do fluido de corte, o que acaba por superaquecer o inserto causando deficiências no controle do cavaco e prejudica o acabamento da peça, tendo inclusive a chance de quebrar a ferramenta. Curva de vida da ferramenta A ferramenta quando usada continuamente terá desgaste e depois de um tempo deverá ser substituída, mas para isso precisamos mensurar o tempo de vida de um inserto para que não quebre e acabe sendo perdida as outras arestas disponíveis no mesmo. Com isso as próprias fabricantes muitas vezes delimitam a vida útil do inserto através de uma referência, como por exemplo: número de peças fritas, número de horas de serviço, entre outros modos de se relacionar o tempo de vida da ferramenta antes dela precisar ser substituída.
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