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APOL LITERATURA BRASILEIRA

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Questão 1/5 - Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“O início do século XIX autonomista e nacionalista constitui um desses períodos para a literatura brasileira, que havia três séculos vinha buscando um caminho seu entre a imitação e a invenção, entre a adequação e a revolta. É o momento em que a imprensa toma a si a tarefa de ‘europeizar’ o Brasil (e aqui Europa quer dizer não Portugal [...]), contribuindo de modo determinante para a formação de uma inteligência nacional”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p.157.
É no século XIX e com o romantismo que o processo de consolidação do sistema literário brasileiro articula-se. Para tanto, dois eventos históricos contribuíram para que essas condições se estabelecessem por definitivo na vida brasileira. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, são eles:
Nota: 20.0
	
	A
	A vinda da família real portuguesa (1808) e a Proclamação da Independência (1822).
Você acertou!
“O primeiro evento corresponde à vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808. Trata-se de um momento decisivo de nossa história, pois a transferência da família real implicou uma mudança significativa na relação Brasil-Portugal. Em 1810, D. João VI abre os portos brasileiros às nações amigas, principalmente Inglaterra, permitindo, assim, a inserção do mercado interno brasileiro no concerto das nações, quebrando o asfixiante pacto colonial. A até então colônia portuguesa é elevada, em 1815, ao estatuto de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Nessa sequência de medidas metropolitanas, as classes dirigentes brasileiras não só foram absorvidas pela nova forma de administração implantada no Brasil como acabaram desempenhando, comparativamente aos séculos anteriores, um papel muito mais ativo nos rumos do país.
[...] Um segundo evento histórico dinamiza ainda mais essa nova configuração pela qual passou o Brasil: a Proclamação da Independência, em 1822. A maior participação das classes dirigentes na administração do Brasil, as reconfigurações econômicas realizadas pelos novos rumos da política portuguesa e o progresso material implementado aqui permitiram, juntamente com alguns outros fatores históricos, o surgimento de uma consciência nacional na população brasileira. [...] O sentimento nacionalista, intensificado pelas grandes mudanças que a presença da corte portuguesa proporcionou, foi um vetor ideológico importante não só para a cruzada civilizatória nos trópicos, como também para que se forjasse uma literatura nacional. Foram esses dois eventos históricos, portanto, que possibilitaram a consolidação do sistema literário durante o romantismo”.
(Livro-base, p. 74-76).
	
	B
	A vinda da família real portuguesa (1808) e a Abolição da escravidão (1888).
	
	C
	A Proclamação da Independência (1822) e a Proclamação da República (1889).
	
	D
	A Proclamação da Independência (1822) e o início do Segundo Reinado (1840).
	
	E
	A vinda da família real portuguesa (1822) e a Proclamação da República (1889).
Questão 2/5 - Literatura Brasileira
Leia o poema de Gregório de Matos: 
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não por que hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido:
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Cia das Letras, 2010, p. 313
A poesia de Gregório de Matos alcançou a síntese das duas tendências centrais da poesia barroca em língua portuguesa: o conceptismo e o cultismo. O primeiro caracteriza-se pelo desenvolvimento silogístico de uma ideia-chave; e o segundo, pelo uso de figuras de linguagem que reforçam o plano da expressão. Tendo como referência os textos e comentários acima, assim como a videoaula e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia o poema de Gregório de Matos acima e depois assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as afirmativas falsas.
I. ( ) A organização formal do poema aponta para a dimensão cultista da estética barroca, pois há o uso deliberado de metáforas (“ovelha desgarrada”), antíteses (ofendido/lisonjeado), entre outros recursos expressivos.
II. ( ) O ato de contrição desenvolve-se segundo um raciocínio silogístico sobre o ato de pecar e o pedido de perdão. Daí a dimensão conceptista do poema.
III. ( ) Na segunda estrofe, o eu-lírico estabelece a relação de dependência entre pecado e perdão: o pecado que ofende Jesus é o mesmo pecado que permite o perdão solicitado pelo eu-lírico.
IV. ( ) A ironia e o jogo entre a necessidade do pecador existir para que haja a glória de Deus jamais poderia aparecer em um poema barroco. A contradição não faz parte dessa estética literária.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 20.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
Você acertou!
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o largo uso de figuras de linguagem (metáforas, antíteses) é característico do cultismo barroco; já o desenvolvimento silogístico é característico do conceptismo, que se apresenta na conformação da relação entre pecado e perdão. A afirmativa IV é falsa, pois podemos afirmar que, “no plano do desenvolvimento da ideia, o poema repousa sobre uma tensão muito forte. A relação entre pecado e perdão, pecador e Deus, constrói-se, num primeiro momento, como exercício de humildade do eu-lírico ao pedir absolvição de suas faltas; mas, logo na sequência, lido o poema na íntegra, surge um segundo significado, um bocado irônico, que enfatiza a dependência de Deus em relação ao pecado humano. Sem o pecador, não há a glória de Deus, pois essa glória repousa no gesto de absolvição, na recuperação da ovelha desgarrada. Estamos diante das contradições do mundo barroco. Essa tensão no plano da ideia do poema invade a forma literária: as antíteses, por exemplo, alimentam essa tensão entre pecado e perdão” (livro-base, p. 36-40).
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 3/5 - Literatura Brasileira
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
                       I 
“No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.”
...........................................................................
                       IV 
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;”
....................................
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa:
Nota: 20.0
	
	A
	é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema deGonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85)
	
	B
	é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas.
	
	C
	é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra.
	
	D
	é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três.
	
	E
	é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música.
Questão 4/5 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141. 
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
Nota: 20.0
	
	A
	Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
	
	B
	Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
	
	C
	Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
	
	D
	Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura de caráter e convenções nacionais.
	
	E
	Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Você acertou!
O caso de Euclides da Cunha (1866-1909) representa um marco dessa mudança de perspectiva. Engenheiro de formação, é enviado como correspondente jornalístico a Canudos em 1897, a fim de fazer a cobertura da reação das forças republicanas ao grupo liderado por Antônio Conselheiro. Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raça, meio e momento histórico seriam capazes de explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos ocorridos no sertão baiano, atinge, em Os sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos. [...]. Supera largamente uma perspectiva sociológica de gabinete, ou mesmo o puro ensaísmo, a fim de construir uma representação literariamente relevante e problematizar o aspecto da realidade a que se dirige” (Livro-base, p. 167,168).
Questão 5/5 - Literatura Brasileira
Leia o texto abaixo: 
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e, em consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992. 
Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a crítica da exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o talento da pintora, critica sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda europeia, julgando serem formas passageiras, que não teriam espaço nem continuidade no campo das artes visuais. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, esse texto e seu autor são, respectivamente:
Nota: 20.0
	
	A
	Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade
	
	B
	Manifesto Antropofágico - Oswald de Andrade
	
	C
	Canaã - Graça Aranha
	
	D
	Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis
	
	E
	Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato
Você acertou!
Em 1917, Anita Malfatti realiza em São Paulo uma exposição. A reação à mostra é comumente identificada como o principal antecedente da Semana: Monteiro Lobato redigiu, para o jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado “A propósito da exposição Malfatti”, mais conhecido como “Paranoia ou mistificação?”. Esse título foi publicado no livro Ideias de Jeca Tatu em 1920 (livro-base, p. 177).

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