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Biossegurança e Prevenção de Acidentes

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Biossegurança
	Relaciona-se com a biotética por causa do príncipio de proteção - para cuidar do outro precisamos nos cuidar antes. Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodolodias, equipamentos e disposituvis capazes de eliminar e minimizar riscos inerentes. O símbolo é um círculo com um "mais" dentro. 
	Risco sanitário.
	Riscos que estamos expostos: risco mecânico ou de acidentes (escorregar e cair em uma escada molhada, usar sapato fechado e com boa aderência, não usar salto), risco ergonômico (levantar peso, ritmo excessivo de trabalho, digitadores, trabalhar em pé), riscos físicos (exposição à radiação - raio-x e RM -) RISCO QUÍMICO, risco biológico (bactérias, fungos e parasitas).
	Risco biológico depende do quanto que esse patógeno do paciente é prejudicial para nós, da virulência do patógeno (exemplo: hepatite B é muito contagiosa e todos devem tomar vacina antes*), modo de transmissão (lidamos com muita secreção corporal, como suor e saliva, urina, etc.), disponibilidade à medidas profiláticas eficazes (no caso de acidentes precisamos ter os kits apropriados de fácil acesso), disponibilidade de tratamento eficaz e a endemicidade da doença (frequência).
	
	Tipos de barreira de proteção: individual e coletiva. 
Individuais (EPI): máscara que protege tanto médico como paciente (máscara úmida não protege o médico, para H1N1 e tuberculose - doenças respiratórias - usa-se máscara que dura 30 dias e protege mais), óculos, luvas de procedimento (não são estéreis, são apenas para a proteção do profissional e nunca substitui a lavagem de mãos) e luvas estéreis, guarda-pó, touca e cabelo usado preso, sapato fechado, pró-pé, avental para o isolamento respiratório e de gotículas (guarda-pó descartável), guarda-pó até o joelho e manga comprida. 
Coletiva (EPC): porta corta fogo, corrimão, extintor de incêndio. 
	
ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES E PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE
	
	Primeiro caso de hepatite B ocupacional há 50 anos e HIV em 1984 (enfermeira que se picou com agulha oca). Profissional vive um verdadeiro pânico (exemplo atual: ebola), é um desafio para a saúde ocupacional e para CCIH (comissão de controle de infecção hospital) e é um problema de saúde pública. 
	Começo da epidemia de HIV: classificação de grupos de risco que eram homossexuais masculinos, usuários de drogas injetáveis e profissionais de saúde (não existe mais essa classificação porque segrega e é preconceituosa). Hoje existe um comportamento de risco que é principalmente de idosos, viveu mudança de comportamento e não viveu uma época de campanhas. 
	As precauções universais e padrões: lavagem de mãos, uso de risco de material descartável (caixa amarela: descarpack), lidar com secreções com óculos de proteção e máscaras. 
	Casos de transmissão ocupacional do HIV nos EUA - 20 anos de vigilância: 57 casos documentados, 51 percutâneos e 24 em enfermeiros (42%). Brasil tem 1 caso documentado e 3 casos de possível transmissão. A maioria das pessoas que sofre acidente de trabalho estão na idade mais jovem, a grande maioria é da enfermagem ou técnicos de enfermagem e a grande maioria com alta jornada de trabalho e pouco tempo de profissão (início da carreira). 
	Injúrias percutâneas: descarte inadequado, manipulação de acessos venosos e heparinizados, durante o descarte de agulhas (não colocar a mão no descarpack), reencape de agulhas, movimento brusco do paciente, coleta de sangue em veias ou artérias, iniciando uma punção endovenosa, durante e após outras injeções. 
	Patógenos veiculados pelo sangue: 
HBC (hepatite B) - 6-40%
HCV (hepatite C)- 2-10% (principalmente sangue e esperma)
HIV - 0,3-0,5%
	
	Fatores de risco e proteção
	Fatores de risco: exposição envolvendo grande volume de sangue, injúria profunda, sangue visível no dispositivo, dispositivos retirados diretamente de veias ou artéias, paciente fonte em fase terminal da doença. 
	Fator de proteção: quimiofrofilaxia com AZT (proteção de cerca de 80%). 
	Primeiros passos: 
Pedir substituição na hora
Reportar chefia
Coletar sorologia do paciente e a própria
Tomar coquetel 
	Fluidos. Exemplo: HBV - todos os fluidos (inclusive líquido pleural, sinovial e pericárdico)
	Medidas profiláticas: 
	Pré exposição - Vacina hepatite B, precauções padrão (adesão), dispositivos seguros, estrutura organizacional, vigilância e notificação e educação permanente. 
	Pós exposição: Cuidados locais (como tirar luva e lavar as mãos), quimioprofilaxia antiretrovirais, imunoglobulina, disponibilidade de sorologias/HAART (retrovirais), profissionais treinados para dar assistência. 
	Quimioprofilaxia: AZT reduziu 81% nas primeiras horas depois do acidente, depois de 48h não adianta iniciar. Deve-se monitorar o acidentado, mudar sua rotina e acompanhar o processo. 
	Quando usar PEP? Medir riscos de transmissão e riscos de efeitos adversos (sono, rash cutâneo, etc.). Percepção do risco, esperar a sorologia do paciente, analisar a culpabilidade do acidentado, acesso ao atendimento, decisão personalizada e de especialistas e serviço disponibilizado 24h. 
	Desafios: 
Notificar - SESMT e CCIH, Recursos Humanos
Serviço para atendimento especializado
Bando de Dados (instituição, estado e país)
Controle de engenharia (piso, saída de emergência, acesso aos locais de descarte)
Segurança do trabalho 
Pesquisas no assunto
Feedback para trabalhadores (placa que informa, por exemplo, "estamos há 2 dias sem acidentes de trabalho") 
Dados como ferramenta para prevenção
	O custo de cada acidente ocupacional com material potencialmente contaminado sai caro para a instituição (cerca de 1,400 dólares por acidente) e esse valor pode ser encaminhado para proteção.
	
	Projeto "Redução de danos" que leva seringas novas para usuários de drogas injetáveis e recolhe seringas usadas. Ou que distribui água em festas rave para evitar desidratação. 
	
	Símbolos: 
Proteção obrigatória para os pés e mãos
Uso obrigatório de óculos 
Uso de macacão 
Risco biológico
Radiação
Locais de gás tóxico
Saídas de emergência
Mapas com simbologia de cores e tamanho. 
	Lembrar: Lavar as mãos sempre, antes e depois de examinar cada paciente. Ou usar álcool 70%. 
VÍDEO: Youtube: EBOLA CDC Enhanced Guideline for Wearing PPE. (Medscape)
* Hepatite (principalmente B) e tétano: obrigatória a vacinação.

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