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ARTIGO ACADÊMICO DE CAPITAL DE GIRO - CONCEITO: A - 2018.

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CAPITAL DE GIRO COMO PILAR DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS NO MUNDO DO EMPREENDEDORISMO
 Rogério Barcelos Francisco¹ 
 Claudia Márcia Pereira Loureiro²
 RESUMO
Esta pesquisa idealiza ratificar o quão o capital de giro, um dos fatores mais contundentes, para impulsionar as empresas para insolvência, e posteriormente, uma possível falência, em caso da falta do capital de giro, ou a insuficiência do mesmo, objetiva mostrar a responsabilidade do capital de giro em equilíbrio financeiro, e sua importância como ferramenta financeira e analise da mortalidade das MPEs por influencia da falta de administração do capital de giro, tal como identificar a necessidade do capital de giro (NCG) para as MPEs. Justifica-se que as empresas devem estar adaptadas e preparadas de maneira que seu desempenho financeiro, econômico e operacional, seja afetado o mínimo possível, sendo assim deve se manter o capital de giro equilibrado, a fim de suprir suas necessidades. 
 Palavras-chave: Capital de giro. Insolvência. Falência.
INTRODUÇÃO
Este artigo vem investigar a importância do capital de giro nas PMEs, (Micro e Pequenas Empresas) que apesar de existirem vários fatores contundentes a fim de impulsionar as empresas para insolvência e posteriormente, uma possível falência dentre todos os fatores, o mais comum, vem a ser a falta do capital de giro, ou a insuficiência do mesmo. Tal fator é tãorelevante que se pode dizer que capital de giro, é como se fosse o oxigênio de uma empresa, que assim como no homem, esta anomalia acaba levando a morte.[1: Rogério Barcelos Francisco concluinte do curso de Bacharel em Administração da Universidade Estácio de Sá.² Cláudia Márcia Pereira Loureiro orientadora do artigo da Universidade Estácio de Sá.]
Segundo a ADEMPE (1997, p. 130), onde foi feita uma analogia sobre o termo, o Capital de Giro de uma empresa é: como a rotação do motor de um carro. Quanto mais giros tiver o motor, mais potência tem. Quanto menos giros tiver o motor, menos potência tem. Ou seja: quanto mais capital (dinheiro) girar a empresa, mais potência tem. Quanto menos capital (dinheiro) girar a empresa, menos potência tem.
Segundo Assaf Neto; Silva (2017, p.1) “O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais investidos”, como uma ferramenta de maior importância para o setor industrial. Uma empresa pode entrar em insolvência mesmo tendo lucro e permanecer em solvência ainda não o tendo, devido à capacidade da Necessidade de Capital de Giro (NCG), não esta em conformidade com suas despesas do período médio, como mão de obra, fornecedores, impostos, pagamentos e outras despesas correntes.
Neste artigo, será avaliado o quão é importante ter o montante do Capital de Giro na medida para suprir as despesas cíclicas de uma empresa. Devido às alterações que ocorrem na economia, as empresas devem estar adaptadas e preparadas de maneira que seu desempenho financeiro, econômico e operacional, seja afetado ao mínimo possível. 
REFERENCIAL TEÓRICO – Conceito
Conforme Assaf Neto; Silva (2017, p.2) “O termo capital de giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa, geralmente identificado como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no prazo máximo de um ano”. Os elementos de giro são identificados como ativo circulante e passivo circulante (Figura 1)
Figura1: Classificação das transações que envolvem caixa por atividades
Fonte: ANJOS, C. Revista de Contabilidade e Finanças, vol.12 no. 25, 2001.
Conforme Hong Yuh Ching (2010, p. 40) “As atividades de financiamento têm a ver com a maneira como a empresa irá se financiar como resultado das suas atividades operacionais e de investimentos”; as atividades operacionais são aquelas resultantes das operações da empresa em um horizonte de curto prazo, assim como as atividades de investimento são as resultantes das suas opções de estratégia em longo prazo. Segundo Assaf Neto; Silva (2017, p.15) “Toda empresa precisa buscar um nível satisfatório de capital de giro de maneira a garantir a sustentação de sua atividade operacional” (Figura 2).
 
Fonte: Neto; Silva (2017, p.3).
Uma das definições mais aceitas no mundo de hoje, é dada pelo autor estudioso Hisrich (2004), empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. 
O empreendedorismo é considerado hoje um fenômeno global, dada a sua força e crescimento nas relações internacionais e formação profissional. Firmando-se no pensamento dos autores Peter Drucker e Idalberto Chiavenato, os quais defendem o empreendedorismo como atividade de enorme importância nas economias locais e mundiais. 
Segundo o economista austríaco Joseph A. Schumpeter (2017), a figura do empreendedor está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico. Sendo assim é bem salutar que o empreendedor, tenha em seu saber, o quanto a empresa necessita do capital de giro, que valor seria adequado para manter as atividades operacionais e financeira, bom para encontrar a solução do valor do capital de giro, é preciso ter consciência de todas as despesas, produzida pelas atividades operacional e financeira da empresa, podendo esta à frente e se precaver de todos os problemas gerados pela falta ou insuficiência do capital de giro, aos compromissos junto aos fornecedores, com mão de obra, governo e outros usando o capital de giro, aos compromissos gerados antes das datas de recebimento com o fantasma da insolvência e até mesmo, uma possível falência. 
Conforme Assaf Neto; Silva (2017, p.2) “O termo capital de giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa, geralmente identificado como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no prazo máximo de um ano”. Segundo Gitman (2004, p. 510), os ativos circulantes, comumente denominados de capital de giro, “representam a proporção do investimento total da empresa que circula, de uma forma para outra, na condução normal das operações”. Essa idéia envolve a transição repetida de caixa para estoques para contas a receber e de volta para caixa.
2.1 A FERRAMENTA DE GESTÃO FINACEIRA CAPITAL DE GIRO
Usado como ferramenta, o capital de giro está efetivamente ligado ao sucesso das empresas, em uma espécie de provisão para preencher os espaços entre comprar e pagar, vender e receber, mantendo as atividades das empresas, funcionando com autonomia e propriedade, salvaguardado das dificuldades, geradas pelo período de não entradas de receitas derivadas das vendas de bens á prazo e saídas de montantes para cobrir obrigações com vencimento muitas vezes de trinta a sessenta dias, antes dos recebimentos.
 
 2.2 COMPOSIÇÃO
Assaf (2017, p. 3) descreve que o capital de giro ou capital circulante é representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificadas geralmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques. 
 Os elementos de giro são identificados como ativo circulante e passivo circulante, vide (Figura 2).
	O capital de giro (circulante) líquido- CCL- é mais diretamente obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Representa o volume de recursos de longo prazo (patrimônio líquido) que financia os ativos correntes (de curto prazo) (Figura 3).
	 CCL= Ativo Circulante – Passivo Circulante
Ou:
	 CCL= (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante) – Ativo Não Circulante
Fonte: Administração do capital de giro, 4. Ed, 2017, p.5.
Capital de giro líquido negativo, ocorre quando o passivo circulante é maior que o ativo circulante. Essa situação revela a situação de aperto e liquidez da empresa. No entanto, para a maioria das empresas a presença de CCL positivo é básica a seus negócios.
De acordocom Assaf (2017, p. 8) para uma boa administração do capital de giro envolve imprimir alta rotação (giro) ao circulante, tornando mais dinâmico seu fluxo de operações, proporcionando de forma favorável à empresa, menor necessidade de imobilização de capital no ativo circulante e consequente incentivo ao aumento da rentabilidade.
2.3 A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO
	Segundo Assaf (2017, p. 1) a participação do capital de giro é relevante para o desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais investidos, logo uma administração inadequada pode levar a uma situação de insolvência. Observa-se que o capital de giro é uma ferramenta fundamental para o equilíbrio financeiro de uma empresa (Figura 4).
Figura 4: Resultados da pesquisa com 2.000 empresas ativas/ inativas.
Fonte: Relatório SEBRAE, 2016.
Apesar de diferentes fatores influenciarem na sobrevivência das MPEs, observa-se que há uma diferença em mais de 15% nas empresas que administram o seu capital de giro, ou seja, têm um acompanhamento rigoroso receitas/despesas, sendo assim se mantêm sobreviventes (ativas). È um fator de tal relevância que acomete como um câncer sem dar alarde, quando é percebida a doença já está avançada. Isto pode acontecer quando o empreendedor tem baixa lucratividade, margens pequenas ou quando os sócios sem conhecimento e planejamento, acabam fazendo saques altos (retirada de valores do caixa) por acreditar que aquele montante (soma de capitais) fosse um produto do lucro e não um capital de reservas para cumprir as necessidades operacionais e financeiras de certo período com compras de insumos, contas a receber contas a pagar, e outros, devendo ter um prazo para toda esta sazonalidade (relativo à periodicidade, meses adequados para compra e venda de produtos) inativa em nenhum período.
3. A MORTALIDADE DAS MPEs POR INFLUÊNCIA DA FALTA DE ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
	O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministra tio (prestação de serviço), portanto, administração é uma ação de prestar um serviço. Atualmente, administração não é somente relacionado ao governo ou a condução de uma empresa, e sim todas as atividades que envolvem planejamento, organização, direção e controle.
 
[...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação. (CHIAVENATO, 1997, p.12).
 No planejamento estratégico a tomada de decisão eficiente, pretende atingir seus objetivos, delegando responsabilidades entre os colaboradores, motivando-os a fim de obter o sucesso, esperado por todos, por conseguinte, gestores e colaboradores estarão dentro da mesma sinergia, onde todos estarão com uma performance acima de seus limites individuais, pois é sábio dizer, que o sucesso, é sempre no sentindo plural, nunca no singular, o que significa que o mais humilde dos colaboradores, é quão importante, quanto o mais nobre gestor, desde que estejam todos na mesma sintonia, em busca dos mesmos objetivos, uma vez sabendo que nenhuma empresa anda, sem os seus devidos crescimentos, que são desenvolvidos por muita ação, pro atividade e quociente emocional equilibrado.
 Segundo os resultados da pesquisa de campo com 2000 empresas do SEBRAE, vide (Figura 5) pode-se observar que a falta de administração do capital de giro está entre um dos três motivos mais alegados pelos empreendedores para que a empresa deixasse de funcionar, correspondendo a 25% do conjunto de fatores. Em uma pesquisa mais recente, realizada pela mesma entidade em 2004 observa-se que o capital de giro continua entre os principais fatores para a mortalidade das MPEs correspondendo ao primeiro lugar no ranking, um percentual de 42% (Tabela 1).
Chiavenato (2008 p. 15) “Nos novos negócios, a mortalidade prematura é elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam”. Sabendo-se disto, se faz fundamental a administração desta ferramenta financeira. 
Figura 5: Motivos alegados pelos empreendedores para que a empresa deixasse de funcionar
Fonte: SEBRAE, 2016.
Tabela 1: Causas das dificuldades e razões para o fechamento das empresas
Fonte: SEBRAE, 2004.
Braga (1989) chama a atenção para a importância da administração do capital de giro, uma vez que envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas especialmente para a salvaguarda da liquidez da empresa, afetando também a sua rentabilidade. O autor destaca que, as concordatas e falências constituem o encerramento natural para as soluções inadequadas dos problemas de gestão de capital de giro. Quando as empresas tornam-se insolventes devido ao excesso de imobilizações, é motivada pela ausência de planejamento de expansão da empresa, que não levaram em conta as necessidades adicionais de recursos para financiar o giro das operações. Entre tanto, mesmo a empresa tendo um ótimo lucro, obtendo um bom capital de giro, os problemas não vão, embora, caso as empresas percebam a necessidade de uma expansão exagerada, sem projetos e planejamento, e começam a fazer altíssimas compras de insumos, e muitas vezes com um prazo de recebimento, muito elástico, entrando em um overtrading, que seriam todas essas operações comerciais, sem recursos financeiros suficientes, por conta de todo este aparato de malfeitos, o empreendedor acaba por ir consumindo todo o capital de giro, mês a mês, até que o mesmo venha a findar, acarretando possivelmente uma falência direta, sobrepondo a insolvência que geralmente vem antes da falência.
4. COMO CALCULAR A NECESSIDADE DO CAPITAL DO GIRO (NCG) PARA SE AFASTAR DA LIQUIDEZ E PERMANECER NA ATIVA.
Conforme ANJO, C. descreve em seu artigo o NCG é um indicador importante para a gestão financeira da empresa, já que é responsável por demonstrar a necessidade ou não de adquirir capital de giro de fontes externas, bem como o seu valor. A fórmula para seu cálculo dependerá basicamente do momento em que a empresa se encontra, podendo ser feita de maneira a pensar no balanço patrimonial ou no ciclo financeiro, vide (Figura 2).
O jeito mais simples de calcular a NCG ainda é utilizando o balanço patrimonial, de maneira semelhante ao que acontece com o cálculo do capital de giro em si. Deve-se considerar o valor das contas a receber (são os valores que serão pagos pelos clientes referentes a compras parceladas) e das contas a pagar (já as contas a pagar dizem respeito às contas que serão pagas aos fornecedores, normalmente com prazo menor do que as que serão recebidas), estoque, os valores em caixa e no banco (além de empréstimos, se houver).
 Vale dizer que as contas a receber são os valores que serão pagos pelos clientes referentes a compras parceladas; já as contas a pagar dizem respeito às contas que serão pagas aos fornecedores, normalmente com prazo menor do que as que serão recebidas. 
 Estoques, dívidas de terceiros para com a empresa de curto prazo, caixa e depósitos bancários, por exemplo, constituem o Ativo Circulante – bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro rapidamente. Empréstimos, títulos a pagar, salários de sua equipe e impostos, por exemplo, constituem o Passivo Circulante.
NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas
Partindo do princípio dos elementos de giro identificados como ativo circulante e passivo circulante, vide (Figura 2). Dessa forma, a necessidade de capital de giro pode ser calculada pela seguinte fórmula:
NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a pagar
Se o valor da NCG for negativo, isso não significa que ela não precisa de capital de giro, e sim que ela precisa buscar fontes externas, já que as contas a pagar são mais caras do que as contas a receber. Outra análise benéfica para a necessidade de capital de giro diz respeitoao ciclo financeiro, ou seja, como ocorrem as vendas por parte da empresa. Isso é especialmente importante quando consideramos o fato de que muitas empresas vendem a prazo. Ao vender a prazo, a empresa está financiando essa dívida do cliente até receber o valor devido. Se, aliado a isso, a empresa tiver que pagar os fornecedores em um prazo menor do que aquele que recebe dos clientes, então a NCG é ainda maior para que a empresa sustente suas operações.
Aqui a NCG levam em conta os prazos médios de recebimento e prazos médios de pagamentos, tendo como resultado o número de dias que falta para o negócio necessitar de mais capital de giro. Assim, a NCG fica calculada da seguinte forma:
NCG = Prazos Médios de Recebimento – Prazos Médios de Pagamento
	É de suma importância o empreendedor saber calcular a necessidade de capital de giro, porém isso não será o bastante se não souber reconhecer as necessidades que a empresa apresenta. As perguntas que devem ser respondidas neste sentido da NCG são: “Quando eu terei que captar mais dinheiro?” ou “Quando o meu capital de giro atual acabará?”, isto ajudará para a conquista de uma gestão financeira de sucesso.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O estudo teve como objetivo analisar o quão o capital de giro é responsável pelo equilíbrio financeiro das MPEs. Como parte do objetivo era verificar a importância da ferramenta capital de giro para as atividades financeiras das MPEs. Foi verificada que esta ferramenta financeira é relevante para o desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais investidos, logo uma administração inadequada pode levar a uma situação de insolvência. 
Constatou-se através de tabelas e gráficos retirados de pesquisas realizadas pelo SEBRAE, que um dos fatores alegados pelos empreendedores causadores da mortalidade das MPEs tanto no ano 2000, quanto mais recentemente em 2004, é a falta de administração do capital de giro, chegando a se tornar o primeiro lugar no ranking correspondendo a 42% do percentual do conjunto de fatores, logo se nota o quão é importante à administração do mesmo, conforme Braga (1989) chama a atenção para a importância da administração do capital de giro, uma vez que envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas especialmente para a salvaguarda da liquidez da empresa, o que afeta também a sua rentabilidade. Sendo assim deve-se manter seu capital de giro equilibrado, a fim de suprir suas necessidades operacionais e garantir a estabilidade e expansão no mercado, evitando a insolvência, e se distanciando cada vez mais de uma possível falência. Hong Yuh Ching (2010, p. 25) cita que uma gestão efetiva do capital de giro tem levado muitas empresas a conseguir reduções significativas nos custos financeiros e aumentos significativos nos fluxos de caixa. 
Identificou-se que o NCG é um importante indicador de gestão financeira, já que é responsável por demonstrar a necessidade ou não de adquirir capital de giro de fontes externas, bem como o seu valor, por isso é fundamental calcular seu montante, a fim de identificar a situação real em que a empresa se encontra, levando em consideração balanço patrimonial ou no ciclo financeiro, o que também não é o suficiente se o empreendedor não souber reconhecer as outras necessidades de sua empresa. Sendo- assim este estudo contribui no auxílio do crescimento das MPEs, onde orienta como se deve usar a ferramenta fundamental para sua sobrevivência no mercado financeiro.
É importante salientar que o capital de giro, é imprescindível para todas as modalidades de empresas, seja micro, pequena, média ou até mesmo grande. Pois sem capital de giro, assim como nome já diz, é impossível o giro de mercadorias e de dinheiro, se o prazo de recebimento, é sempre muito superior ao prazo de pagamento, é como se tivesse um vão entre dinheiro á receber e obrigação á pagar, que variam de empresa para empresa, forçando seus gestores em atitude desesperada, procurar tomar emprestado, capital de giro de terceiros, o que poderia ser a salvação, se não fosse o alto índice de taxas de juros, muitas vezes acelerando ainda mais rápido á chegada da insolvência, com véspera de falência, tornando todas as nossas esperanças, em um fracasso total. Sendo produto de investigação as MPEs, através de recentes estudos do SEBRAE, que em 2017, constatou-se que as MPEs, equivalem á 98,5 da economia do Brasil, com a geração de renda de 70% dos brasileiros, e com participação de mais de um quarto do PIB (Produto Interno Bruto) 27%, ou seja, representa á maior partes das empresas estabelecidas no Brasil. 
Mesmo com os números apresentados, não podemos esquecer que o Brasil está em crise, e que as MPEs, (Micro e Pequenas Empresas), apesar de predominar a economia brasileira, em termo de competitividade, são as mais frágeis, seja no âmbito de gestão, financeiro e operacional, sem falar na concorrência acirrada, devido ao grande número de empresas abertas no mercado brasileiro, e a falta de capital de giro, e sem garantias de bens, para negociar capita de terceiros para a administração das mesmas.
Corroborando com as mortalidades das MPEs, antes mesmo de completar o seu segundo ano de vida, ampliando ainda mais a crise instaurada no Brasil, contribuindo por dezenas de milhares de demissões de empregados, que segundo o IBGE, só nesse primeiro trimestre de 2018, subiu para 13,1% á taxa de desocupação, com treze milhões e setecentos mil pessoas, fora dos postos de trabalho, ocasionando o caos econômico, desconstruindo os setores primordiais, como saúde, educação e segurança, deixando os brasileiros cada vez mais sem nenhuma esperança, aumentando em alta proporção á fuga dos nossos para outros países e ao mesmo tempo, culminando, na não entrada de estrangeiros para fazer grandes investimentos, atravancando, cada vez mais, a vida dos brasileiros e por consequência uma enorme queda na economia do Brasil. Decorrente das mortalidades das MPEs, atribuída pela maior crise econômica e politica, nunca vista antes na história do nosso Brasil, alavancando cada vez mais a pobreza, acarretando na subtração do empreendedorismo, e enfraquecendo a economia em um todo.
Para pesquisas futuras, sugiro um estudo comparativo entre o sucesso (sobrevivência) e insolvência (mortalidade) das MPEs.
6. REFERÊNCIAS
ANJOS, C. Necessidade de capital de giro: entenda este indicador. Gestão Zen. Disponível em: <https://asseinfo.com.br/blog/ncg-necessidade-de-capital-de-giro/>. Acesso em: 01 de Agosto 2017.
ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A.T. Administração do capital de giro. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de Metodologia: Um guia para iniciação cientifica. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1889.
BRAGA, R.; MARQUES, J. A. C. Avaliação da Liquidez das Empresas da Análise Da Demonstração de Fluxos de Caixa. Contabilidade e Finanças, São Paulo, v.12, n.25, Jan./Abr. 2001 Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rcf/v12n25/v12n25a01.pdf>. Acesso em: 01 agosto 2017.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica: 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1996.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Abordagens prescritivas e normativas da administração. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor. 4. ed. São Paulo: Manole, 2003.
CHING, Y. H. Gestão de Caixa e do Capital de Giro. Curitiba: Juruá, 2010.
DEGEN, R. J. O Empreendedor: Fundamentos da iniciativa empresarial. 4 ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.
DRUCKER, P. F. Inovação e Espírito Empreendedor. Práticas e princípios. 7. ed. São Paulo: Malferrari, 2008.
GITMAN, L. Princípiosde Administração Financeira. 10. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2004.
HISRICH, R; PETERS, M; SHEPHERD, D. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
SEBRAE. Taxa de Sobrevivências das Empresas no Brasil, relatório. 2011. Disponível em: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Sobrevivencia_das_empresas_no_Brasil_2011.pdf>. Acesso em: 01 agosto 2017.
SEBRAE. Sobrevivência das Empresas no Brasil, relatório. 2016. Disponível em:<https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relatorio-apresentacao-2016.pdf>. Acesso em: 01 agosto 2017.
SHUMPETER, A. J. Capitalismo, socialismo e democracia. São Paulo: Unesp, 2017.
SOUZA RAMOS, A. C. Socorro: Tenho uma empresa! – COMO ORGANIZAR E DIRIGIR UMA EMPRESA. São Paulo: ADEMPE, 1997.

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