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atividade de neuro sobre o artigo" AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE LURIA E OS PRINCÍPIOS DE REABILITAÇÃO"

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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Phaloma Rodrigues Araújo (201610751)
Data: 20/06/2018
ATIVIDADE 1
ARTIGO “AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE LURIA E OS PRINCÍPIOS DE REABILITAÇÃO” CONFERÊNCIA
Como Luria inicia seu processo de avaliação de um paciente?
O primeiro passo é fazer uma lista de possíveis defeitos em cada tarefa completando todas as seis esferas mentais (avaliação qualitativa). 
O examinador coloca o sinal mais (+) ou menos (-) para cada item da lista. Resultando em:
1) um padrão neuropsicológico de desordens cognitivas para cada paciente examinado; 
2) um típico padrão neuropsicológico de desordens cognitivas para cada grupo estudado de pacientes;
3) uma dinâmica de padrões pós-tratamento, ou seja, o desaparecimento de alguns sintomas (dinâmicas positivas) ou o aparecimento de novos (dinâmicas negativas). 
O segundo passo é avaliar quantitativamente a magnitude de cada sintoma e a severidade do distúrbio em cada área funcional. Avaliando, também, o resultado resumido dos distúrbios cognitivos em um dado paciente para compor um exame completo de cada esfera funcional.
Explique o conceito de síndrome
Síndrome é obrigatoriamente uma constelação de sintomas, causadas por um certo déficit primário (fator psicológico). Há sintomas primários, secundários e terciários (compensatórios) definidos dentro de uma síndrome.
- Sintoma Primário é o distúrbio da função mental, imediatamente associada a lesão de uma determinada área do cérebro conectada com o distúrbio de um fator particular.
 
- Sintoma Secundário é o distúrbio da função mental, aparecendo como uma consequência sistêmica do sintoma primário (ou do déficit primário) em função das suas relações dentro do sistema. 
- Sintoma Terciário (compensatório) é uma mudança no trabalho de uma função mental, conectada com a reorganização do sistema que trabalha de forma patológica. 
Explique os principais comprometimentos encontrados nas lesões pré-motoras, pré-frontais, médio basais, occipitais, temporo-parieto-occipitais, parietais e temporais
-Lesões pré-motoras: A organização sinestésica fica comprometida pós-lesões da região pré-motora esquerda, provocando afasia motora eferente e perseveração nas esferas verbal e motora. Podendo causar afasias e agrafias motoras eferentes, apraxia dinâmica, afasia dinâmica, apatia no funcionamento cognitivo
-Lesões pré-frontais: O indivíduo apresenta nenhuma reclamação ativa, perda de atitude crítica frente aos próprios erros, comportamento dependente do ambiente, comprometimento da regulação voluntária do comportamento
-Lesões médio basais: Causa perda da espontaneidade, exaustão, atenção e atividade flutuante, defeitos de orientação no tempo e na situação, comprometimento da seletividade e micrografia.
-Lesões occipitais: Pode causar agnosia do objeto, agnosia simultânea, agnosia para cor, agnosia óptico espacial, hemi-negligência espacial esquerda, desenho, apraxia espacial e construtiva.
- Heminegligência é quando metade do corpo deixa de existir.
-A apraxia espacial e construtiva trata-se da capacidade de juntar/manipular estímulos físicos ou de realizar certos movimentos, de forma a organizá-los ou adaptá-los a determinado fim. 
-Lesões temporo-parieto-occipitais: Esta região localizada no hemisfério esquerdo compromete a síntese simultânea das palavras em estruturas gramaticais. O paciente com essa lesão, compreende bem palavras isoladas, mas o sistema inteiro de conexões de palavra fica profundamente comprometido (especialmente conexões quasi-espaciais como: em cima / embaixo, antes / depois e etc.)
-Lesões parietais: Causa, agnosia tátil, aesterognosia, agnosia digital, alexia tátil, afasia aferente motora
-Sig Agnosia neur psicop; amnésia perceptiva que consiste na incapacidade de reconhecer os objetos ou os símbolos usuais, sem perturbação das sensações em geral.
-Sig Alexia neur psicop; distúrbio de leitura que provoca dificuldade ou incapacidade de ler devido à percepção alterada de letras e palavras)
-Lesões temporais: Lesões nessa área, dificulta a identificação de fonemas e o entendimento e significado da palavra pronunciada. É importante enfatizar que em cada afasia, a fala está comprometida como um sistema, incluindo ambas as funções expressivas e impressivas, em cada forma da atividade verbal (fala oral, leitura, escrita, compreensão, nomeação, repetição e etc.). A síndrome da afasia acústico-mnésica inclui compreensão, problemas de nomeação e repetição, parafasias verbais e a fala, afasia sensorial (acústica-gnóstica), afasia acústico-mnésica, agnosia acústica e amusia.
Quais são as habilidades cognitivas que devem ser avaliadas?
A avaliação psicológica de Luria inclui:
Características gerais dos pacientes: 
Que consiste na atividade geral do cérebro, orientação no tempo e no espaço, atitude crítica e de autoconsciência e adequação do comportamento 
Atividade Motora:
Que consiste na coordenação recíproca, praxia digital, praxia dinâmica, praxia espacial, praxia construtiva, praxia oral, reações convencionais e desenho
Funções Gnósticas:
Que consiste na percepção acústica, reconhecimento do objeto, gnosia espacial, percepção cutânea-sinestésica, gnosia para rostos e percepção da cor.
Funções Verbais:
Que consiste na fala automática e na fala espontânea, nomeação, repetição, entendimento de palavras, entendimento de construções lógicas gramaticais, leitura e escrita.
Memorização, reprodução direta e com interferência:
10 Palavras isoladas, uma série de palavras, sentenças, estórias, série de imagens (Objetos Reais e Desenhos Abstratos) e uma série de movimentos.
Inteligência:
Que consiste na resolução de Cálculos, Solução de Problemas, Compreensão do Significado de Histórias Verbais, Entendimento de Estórias em Quadrinhos, Seleção de Analogias
Explique o sistema de unidade funcionais de Luria
Segundo Luria, o sistema nervoso central é subdividido em três unidades funcionais:
-A primeira unidade inclui o tronco cerebral, os gânglios da base e o sistema límbico. Proporciona um nível ótimo de ativação de outras estruturas cerebrais através de uma relação dupla recíproca com o córtex, ambas influenciando o tônus (condições de atividade) e regulando a própria experiência. 
- A segunda unidade inclui os lobos temporal, parietal e occipital do córtex. Sua função primaria é a recepção, análise, e armazenamento da informação. 
- A terceira unidade inclui o lobo frontal. Envolve a programação, regulação e controle das ações humanas.
Como as abordagens qualitativa e quantitativa devem atuar na neuropsicologia?
A avaliação quantitativa Serve para determinar as dinâmicas das mudanças do funcionamento cognitivo durante o follow-up neuropsicológico, e para medir a evolução dos procedimentos de reabilitação e compensação. Permite também, avaliar a magnitude de cada sintoma e a severidade do distúrbio em cada área funcional. 
A avaliação qualitativa Serve para ajudar na análise da síndrome para medidas psicométricas, permite fazer comparação de todos os sintomas observados no caso clínico, observar possíveis erros com maior precisão
Combinar a análise qualitativa com a quantitativa se torna muito importante na fase do desenvolvimento neuropsicológico.
Caracterize os princípios de reabilitação propostos por Luria
Luria formulou os principais princípios da reabilitação: a desinibição de funções temporariamente inibidas e a utilização de componentes preservados do sistema funcional comprometido.
O primeiro princípio indica, que distúrbios funcionais, aparentemente similares pós-lesão cerebral, podem ter naturezas diferentes: uma dissolução estável de uma função ou a sua inibição temporária. A inibição temporária é fortemente influenciada pela restauração espontânea. Dois últimos princípios compõe a reconstrução ativa do sistema funcional de Luria. Pode ocorrer através de uma reconstrução intrasistema e intersistema que se dá por uma utilização de componentes preservados ou reservados do mesmosistema funcional, substituindo o componente comprometido. Pode também ocorrer pela inclusão da atividade comprometida em um novo sistema funcional, pelo uso de algumas novas formas e jeitos de mediação, pela transferência da atividade de nível subcortical (involuntário) para um nível cortical (voluntário) ou pela substituição de operações sucessivas por operações simultâneas e vice-versa. Um bom exemplo de reconstrução intersistema é o uso do sistema visual (pisando nos pedaços de papéis no chão) como forma de ajudar paciente com Doença de Parkinson a andar.
Estabeleça a relação entre qualidade de vida e reabilitação neuropsicológica
A qualidade de vida está fortemente ligada a reabilitação do indivíduo, podendo refletir, na forma que o mesmo foi cuidado, no que diz respeito a sua saúde e seus aspectos funcionais. Analisar e observar o desenvolvimento de uma doença e/ou até mesmo a regressão, ou manifestação de circunstâncias sociais e a subjetividade interna, junto à autoavaliação e ao bem-estar psicológico fazem toda diferença para a busca do desenvolvimento da qualidade de vida. A Qualidade de vida, segundo Glossman, significa a percepção e avaliação do paciente sobre a doença e as consequências produzidas na vida do mesmo. 
A “ideal” qualidade de vida (se é que existe), parte da autossatisfação do paciente com aspectos mentais e físicos de sua vida e o resultado do programa de reabilitação. Desta forma, o grande problema que existe, é que a reabilitação do paciente, muitas vezes depende de um cuidador, que na maioria das vezes é alguém da família, isso pode ser bom ou ruim, a depender de como se estabelece essa relação entre ambos, e como o estresse do cuidador ou do paciente interfere negativamente no processo de reabilitação. 
Isso é relevante, ao passo que, para se atingir a qualidade de vida, faz-se necessário que haja interação familiar, bom relacionamento e manejo para lidar com situações estressantes, ou seja, se existir harmonia e equilíbrio entre o cuidador, o paciente, a doença e a reabilitação, de forma que, todos os aspectos sejam lidados de maneira consonante, a qualidade de vida, poderá ser atingida em nível significativo. Pois ambos os aspectos são complementares. Não existe reabilitação saudável em ambiente hostil, e não existe qualidade de vida sem interação, participação social, ambiente, cuidado, entre outros aspectos que ajudam a tornar a vida do reabilitado mais leve.

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