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Prof. Luiza Martins Faria Disciplina: Fisioterapia em UTI “Conceitos Ventilatório” Desmame - o processo de transição da ventilação mecânica para a ventilação espontânea Interrupção – desconexão: à transição da ventilação artificial para a respiração espontânea antes de 24h Consenso Brasileiro Ventilação Mecânica - 2000. DESMAME Aproximadamente 20 % dos pacientes ventilados necessitam desmame gradual; 20 % dos pacientes irão falhar na primeira tentativa de respiração espontânea; O Desmame corresponde a mais de 40 % do tempo total de ventilação; Esteban, A. e cols – Clin. Pulm. Med. 1996 ; 3 (2) : 91 – 100 III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecanica – 2006 – Goldwasser, R. e cols EXTUBAÇÃO ACIDENTAL = 20% Insucesso EXTUBAÇÕES PROGRAMADAS = 13 à 19% Insucesso Epstein et al. Chest 1997; 112:186 -192. DESMAME Como identificar o paciente que não necessita mais do ventilador? Como reduzir o suporte ventilatório para resgatar a autonomia ventilatória e ao mesmo tempo não precipitar fadiga muscular? Qual o momento certo de se retirar o suporte ventilatório? Epstein SK, 1995 Fernandez R, 2003 Extubação precoce - risco de reintubação ( mortalidade) Extubação tardia - aumenta a chance de complicações da VM DESMAME Definindo Estratégicas para Desmame: Causa revertida Necessidade de PEEP baixa entre 5-8 cmH2O PaO2 > 60mmHg com FIO2 < 0,4 PaO2/FiO2 > 200mmHg pH > 7,25 Nível de consciência adequado Paciente capaz de iniciar esforços inspiratórios DESMAME Estabilidade hemodinâmica (com ou sem DVA) Sem ou mínimos agentes sedativos (IDS) Balanço hídrico zerado ou negativo nas últimas 24h Relação F esp/VC esp < 105 resp.l.min Aferição da P.insp. Máx. ; VC e VM Análise da eficácia da tosse Adiar extubação: programação de transporte para exames ou cirurgia com anestesias nas próximas 24h Teste de patência (Vce < Vci em mais de 10%) IWI = (Cstat × SaO2) ÷ relação FR/VT DESMAME SIMV+PS CPAP PSV Tubo T Recomendação: Avaliar e identificar diariamente o paciente com vistas à possibilidade de descontinuar a ventilação. Diminuir o tempo de VM e menor custo SIM AVALIAÇÃO DIÁRIA NÃO TRE SUCESSO FALHA MANTER EM NEBULIZAÇÃO SUPORTE VENTILATÓRIO ADEQUADO DETERMINAR CAUSA DA DEPENDÊNCIA DA VM REVERSÃO DAS POSSIVEIS CAUSAS NÃO SIM ↓50% do suporte ventilatório SIM NÃO MACINTYRE NR. Chest 2007;132:1049-1056 MACINTYRE NR et al. Chest 2005; 128:3937-3954. Desmame Desmame Sinais de intolerância ao Teste de Respiração Espontânea Frequência Respiratória > 35 rpm Saturação arterial de O2 < 90% Frequência cardíaca > 140 bpm Pressão arterial sistólica > 180 mmHg ou < 90 mmHg Sinais e sintomas Agitação, sudorese, alteração do nível de consciência DESMAME Sucessso de desmame: Sucesso no TRE, ainda conectado ao ventilador. Sucesso de extubação: Extubação, após TRE, sem reintubação nas próximas 48h. Causas mais comuns de RE-IOT: Extubação sem critério, retenção de secreção pulmonar e edema de glote. DESMAME A falha deve ser documentada com o seu respectivo diagnóstico funcional. Retornando a ventilação : avaliar e documentar a mecânica respiratória. Medidas devem ser adotadas para a correção da falha. Repetir o TRE após 24h. Paciente com desmame prolongado Definições de desmame: Simples: sucesso no primeiro TRE Difícil: quando o paciente falha no primeiro TER e necessita de até três TER ou até sete dias pós o primeiro TRE Prolongado: quando o paciente falha em mais de três TER consecutivas ou com necessidade > 7 dias de desmame após o primeiro TRE Longo Prazo: falha de todo o processo de retirada (considerar tratamento fútil e paliativo) Recomendações: Identificar causas de falha; Avaliar a possibilidade de DNM do paciente crítico; Avaliar distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base; Controle adequado da Diabetes, hipotiroidismo, insuficiência suprarrenal; Reavaliação da Doença de base e comorbidades; Paciente com desmame prolongado Paciente com desmame prolongado Se possível transferir o pcte. Para uma Unidade Especializada em Retirada da VM; Indicar TQT nos que falharam repetidamente em TER a aprtir do décimo dia, TRE diariamente com aumento progressivo do tmepo de uso da peça T, com repouso noturno em A/C (se falha visar repouso). VNI na retirada da VM Definição Ventilação não invasiva A capacidade de fornecer ou aumentar a ventilação sem o uso de via aérea artificial www.inspirar.com.br Modos de Ventilação CPAP BIPAP = PSV + PEEP IPAP – Pressão positiva inspiratória EPAP – Pressão positiva expiratória PSV PI – pressão inspiratória PEEP – pressão positiva expiratória final Ventilação Não-Invasiva VNI: Máscaras e Ventiladores Suplementação de O2 Reinalação de CO2 Monitorização VNI: Máscaras e Ventiladores VNI: Máscaras e Ventiladores VNI- Indicações Hipoxemia Hipercapnia Alterações na Mec. Respiratória VT < 5 ml/Kg CV < 25 ml/Kg VEF1 < 10 ml/Kg FR > 35 ipm Pimax < -25 cmH20 Pemax <+25 cmH20 VM > 10 l/min VVM < 2 x VM Asma DPOC EAP SARA PAC Pós- operatório Broncoscopia Pós- extubação VNI: Quando começar? VNI- Indicações Hipoxemia Hipercapnia Alterações na Mec. Respiratória VT < 5 ml/Kg CV < 25 ml/Kg VEF1 < 10 ml/Kg FR > 35 ipm Pimax < -25 cmH20 Pemax <+25 cmH20 VM > 10 l/min VVM < 2 x VM Asma DPOC EAP SARA PAC Pós- extubação VNI - Descontinuidade QUANDO FINALIZAR ? Hess;2013 Após duas horas de VNI: A troca gasosa e a dispneia melhoram após duas horas? O objetivo da VNI foi alcançado? Será que o paciente tolera a remoção da máscara durante pelo menos 30 minutos? O paciente tolera a VNI e está confortável? A SpO2 > 92% e FiO2 < 60%? O paciente está hemodinamicamete estável? O paciente está estável com IPAP ≤ 15 cmH2O? Pacientes submetidos ao TRE TRE bem sucedido Desmame bem sucedido após 48h Falha no TRE IResp VNI Facilitadora VNI Preventiva VNI Curativa Recomendado: DPOC PaCO2 > 45 mmHg Recomendado: pctes com fatores de risco para falência resp. Sem evidência de benefício, exceto em pcts. cirúrgicos Utilização da VNI no Desmame VNI preventiva- Fatores de risco para falência respiratória Hipercapnia após extubação (>45 mmHg) Insuficiência cardíaca Tosse ineficaz Secreções copiosas Mais de uma falência consecutiva no desmame Mais de uma comorbidade Obstrução das vias aéreas superiores Idade maior que 65 anos Falência cardíaca como causa da intubação APACHE > 12 no dia da extubação Pacientes com mais de 72h de VMI Utilização da VNI no Desmame MONITORIZAÇÃO NA VNI VC FR SpO2 PA FC . O2: para manter SpO2> 90-92% ou PaO2> 60mmHg; Cuidado com retenção de CO2. Gaso arterial após 30-60 minutos. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica;2013 1 Monitorização 2 Posicionamento 3 Seleção da interface 4 Seleção da modalidade 5 Necessidade de Oxigênio?6 Montagem do circuito 7 Começar com pressões baixas 8 Aumentar gradativamente a pressão 9 Monitorização- VC, F, SpO2 10 Sucesso? Insucesso? UTILIZAÇÃO DA VNI Noninvasive ventilation. Am JRespir Crit Care Méd 2001; 163: 540-577 Complicações da VMNI Necrose Facial Distensão Abdominal Broncoaspiração Hipoxemia Ressecamento nasal, oral e de conjuntiva Barotrauma TMR Avaliação - Força Muscular Ventilatória TMR Discussão Parâmetros Modalidades Estado clínico Protocolos Iniciativa desmame Equipe multiprofissional
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