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Relatorio inorganica experimental Pratica 5 e 7

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento de Química – DAQUI 
Disciplina: Química Inorgânica Experimental – LIQ53C 
Professora: Ana Cristina T. Cursino
Relatório do experimento
SÍNTESE DO CLORETO DE HEXAAMINONÍQUEL (II) E ANÁLISE ESPECTROFOTOMÉTRICA DE COMPLEXOS DE NÍQUEL; OBTENÇÃO DE TRIOXALATOCROMATO (III) DE POTÁSSIO E CIS-DIAAQUODIOXALATOCROMATO (III) DE POTÁSSIO 
 Alunos:
 Andrezza Ayuso
Ciliana Valleau
Diego Nodare
Juliana Engelmamm
Milene Almeida
Medianeira, 14 de Out. de 2016.
 RESUMO
Neste relatório vamos apresentar duas práticas, Síntese do Cloreto de Hexaaminoníquel (II) e a síntese do trioxalatocromato (III) de potássio. Os metais de transição possuem forte tendência a formar complexos com outros íons e/ou moléculas. Geralmente os complexos formados são coloridos, e muito mais estáveis do que os seus sais (ATKINS, 2001). O metal níquel é moderadamente abundante e produzido em grandes quantidades. Nos compostos simples, é predominantemente iônico e bivalente, existindo como Ni (I) na maioria de seus complexos. Já o Oxalato (C2O4)-2 tem a propriedade de formar sais insolúveis com diversos cátions que possuam carga (2+), e apresenta também certa facilidade em formar complexos. Geralmente aparece formando 2 ligações com o mesmo cátion, como por exemplo, no K3[Cr (C2O4)3] – trioxalatocromato (III) de potássio.
A formação de complexos a partir de [Ni (H2O)6]2+ ocorre através de reações de substituição das moléculas de água por outros ligantes que podem ser moléculas neutras como NH3, etilenodiamina entre outros, ou, ânions como Cl-, OH- entre outros.
Observamos que o complexo trioxalatocromato de potássio (III) é um composto com uma grande estabilidade, devido ao ligante íon oxalato C2O42- ser bidentado. 
INTRODUÇÃO
O níquel é um elemento químico do grupo 8 (metais de transição) que pertence ao quarto período da tabela periódica. O elemento níquel pode ser encontrado nos estados de oxidação de (-I) a (+IV), mas sua química é denominada pelo Ni(+II). Os íons Ni, [Ni(H2O)6]2+ são verdes e estáveis em solução e em muitos compostos simples. O Ni(+II) também forma muitos complexos. Os elementos nos estados de oxidação mais elevados são instáveis (Tabela Periódica).
. Para a formação do cloreto de hexaminoniquel (II) há a substituição do ligante aquo pelo ligante amônio, o complexo permanece octaédrico.
O cromo ou crômio é um elemento químico do grupo 6 (metais de transição) que pertence ao quarto período da tabela periódica. A configuração eletrônica do Cr no estado fundamental é d5s1, com orbitais semipreenchidos estáveis (.Tabela Periódica).
Analisando a configuração eletrônica do Cr pressupõe-se que forme compostos onde o metal se encontra nos estados de oxidação entre (+I) e (+VI), e o ser encontrados nesses estados de oxidação, além formarem compostos nos quais o metal se encontra em alguns estados de oxidação inferiores, como no caso de complexos bipiridina e carbonila (Tabela Periódica).
No caso do Cr, os íons nos estados (+II), (+III) e (+VI) são mais importantes. O Cr(+II) é redutor, o Cr(+III) é o mais estável e importante e o Cr(+VI) é fortemente oxidante (Tabela Periódica).
Grande parte da química inorgânica sintética, inclusive a química de coordenação dos metais e a química organometálica, envolve a conversão de moléculas, por exemplo, pela substituição de um ligante por outro (Shriver & Atkins, 2008, p. 622).
Nas formações de estruturas estendidas, segundo (Shriver & Atkins, 2008, p. 623), podem-se obter materiais por dois métodos principais, dentre eles o primeiro é a quebra de uma ou mais estruturas contínuas ou das chamadas redes estendidas, seguida pela difusão lenta de íons e a cristalização de uma nova estrutura, e a segunda é a conexão de unidades estruturais poliédricas em solução e a deposição do sólido recém formado.
No método de síntese direta o aquecimento é envolvido, segundo (Shriver & Atkins, 2008, p. 623), normalmente, pode-se obter um óxido complexo pelo aquecimento de uma mistura de todos os óxidos dos vários metais presentes; alternativamente podem ser usados compostos simples que se decompõem para formar óxidos, em vez de usar o próprio óxido.
Segundo (Shriver & Atkins, 2008, p. 622), para o método em solução tem-se que estruturas formadas a partir de espécies poliédricas podem ser obtidas por reações de condensação em solução.
Segundo a teoria do campo cristalino um ligante que da origem a uma transição de alta energia é chamado de um ligante de campo forte, enquanto que aquele que origina uma transição de baixa energia é chamado de um ligante de campo fraco (Shriver & Atkins, 2008, p. 483). 
A configuração do estado fundamental de um complexo reflete os valores relativos do parâmetro de desdobramento do campo ligante e a energia de emparelhamento; para espécies 3dn com n de 4 a 7, os complexos de spin alto e spin baixo ocorrem para os casos de campo fraco e campo forte, respectivamente (Shriver & Atkins, 2008, p. 484) 
OBJETIVOS
Preparação do cloreto de hexaaminoniquel (II), preparação de soluções deste composto e dos cloretos de hexaaquoníquel (II), tetraaquaetilenodiaminoníquel (II), diaquabis(etilenodiamino) níquel (II), e tris(etilenodiamino) níquel (II).
Obter os valores aproximados de Δo dos complexos através de espectroscopia eletrônica e compará-los.
Além da sintetização de cis-diaquadioxalatocromato(III) de potássio di-hidratado e trioxalatocromato(III) de potássio tri-hidratado.
MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS
Síntese do cloreto de hexaaminoníquel (II)
Balança semianalítica; balões volumétricos de 50 mL; béquer de 50 mL; béquer de 100 mL; bomba de vácuo ou trompa de vácuo; cubetas de quartzo; espectrofotômetro UV-Visivel; espátula; frasco para guardar produto de síntese; proveta de 10 mL; 
Bastão de vidro; balões volumétricos de 50 mL; béquer de 50 Ml; erlenmeyer de 250 mL; funil de buchner de 50 ml; kitassato de 125mL; conecções para filtração a pressão reduzida; proveta de 10 mL; proveta de 100mL; vidro relógio; amônia concentrada; cloreto de amônio; cloretro de níquel(ll) hexaidratado; etilenodiamina; água destilada; etanol absoluto; éter etílico.
Obtenção de trioxalatocromato (lll) de potássio e cis- diaquodioxalatocromato (lll) de potássio
Bacia plástica; béquer grande para banho de gelo; balança semianalítica; bomba de vácuo ou trompa de vácuo; cubetas de quartzo para obtenção de espectros eletrônicos; espetrofotômetro UV-Visível; espátula; frasco para guardar produto de síntese; balão volumétrico de 50 mL; bastão de vidro; béquer de 50 mL; chapa de aquecimento com agitação;conta- gotas; ou pipeta de Pasteur; funil de buchner de 50 mL para filtração a pressão reduzida; kitassato de 125 mL; proveta de 10 mL; vidro de relógio; dicromato de potássio; ácido diidratado; oxalato de potássio; monoidratado; água destilada; álcool etílico. 
 
3.2 PROCEDIMETO EXPERIMENTAL
 
Síntese do cloreto de hexaaminoníquel (II)
Primeira parte em um erlenmeyer de 250 ML dissolveu-se 2,510 g de NiCl2.6H2O em 5 mL de água em seguida na capela, acrescentou-se 60 mL de solução concentrada NH3; adicionou-se 5,003 g de NH4Cl ao erlenmeyer e agitou-se vigorosamente por alguns minutos; filtrou-se o precipitado obtido em funil de vidro com placa de porcelana sinterizada sob pressão reduzida; lavou-se o sólido obtido com 15 mL de álcool etílico, e em seguida com 15 mL de éter etílico e foi colocado para secar ao ar.
Preparou-se uma solução do [Ni(NH3)6]CL2, dissolveu-se 0,585g desta substância em 10 mL de solução concentrada de NH3, em seguida transferiu-se esta solução para um balão volumétrico de 50 ML e completou-se o volume com água destilada; o branco da solução foi feito por apenas um grupo (grupo da Natalia); segunda parte obtenção de [Ni(H2O)4en2]2+; [Ni(H2O)2en2]2+ e [Nien3]2+; preparou-se em um balão volumétrico 50 mL de solução aquosa contendo 3,573 g NiCl2.6H2O; preparou-se em um balão volumétrico 50 mL de uma solução aquosa de etilediamina contendo 1mL desta substância; adicionou-se a quatro béqueres de 50 mL,25,20 e 10 mL de água ; rotulou-se os com números de 1,2,3,4; adicionou-se a cada um dos béqueres 5 mL da solução de NiCl2.6H2O em seguida adicionou-se aos béqueres 2,3 e 4 respectivamente 5,10 e 15 ml da solução de etilediamina; obteve-se os espectros eletrônicos das soluções 1,2,3,4e 5.
Obtenção de trioxalatocromato(lll) de potássio e cis-diaquodioxalatocromato (lll) de potássio
 Primeira parte; síntese de cis-diaquodioxalatocromato(lll) de potássio di-hidratado; pesou-se 1g de K2Cr2O7 e transferiu-se para um bequer de 50 mL ;Pesou-se 3g de H2C2O4.2H2O e transferiu-se para o mesmo béquer ;com um bastão de vidro foi misturado os dois sólidos de modo que se obteve um pó homogêneo ; adicionou-se uma gota de água destilada no meio da mistura e foi coberto o béquer com um vidro relógio em seguida aguardou-se alguns minutos; depois de alguns minutos adicionou-se 10 mL de etanol e foi agitado com um bastão de vidro até adquirir um pó; em seguida se filtrou a mistura sob pressão reduzida, lavou-se com etanol e foi deixado secar ao ar.
Segunda parte; síntese de trioxalato de potássio tri-hidratado; pesou-se 2,501g de H2C2O4.2H2O e transferiu-se para um béquer de 50 ml em seguida adicionou-se 5 mL de água e foi feita a mistura com um bastão de vidro ; adicionou-se lentamente, 9 g deK2Cr2O7 e foi agitada a mistura com um bastão de vidro; assim que terminou a evolução de gases foi adicionado 1,1 g de K2C2O4.H2O em seguida foi aquecida a mistura mantendo-se em ebulição por 1 a 5 minutos tomou-se o cuidado para não evaporar todo o solvente. Em seguida esfriou-se a mistura ate temperatura ambiente e adicionou-se 5 mL de etanol; esfriou-se em banho de gelo com constante agitação e filtrou-se o sólido obtido sob pressão reduzida lavou-se três vezes com 5 ml de uma mistura etanol/agua e finalmente com 10 mL de etanol e deixou-se secar ao ar.
Terceira parte; preparou-se 50 ml de uma solução de K{cis-[Cr(C2O4)2H2O]}.2H2O; preparou-se uma solução de K3[Cr(C2O4)3]3H2O em seguida se obteve os espetros eletrônicos das duas substâncias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
SÍNTESE DO CLORETO DE HEXAAMINONÍQUEL (II)
 O níquel é um metal dúctil, branco e frequentemente utilizado em placas de aço, para fornecer resistência à corrosão. Em solução aquosa, seu estado de oxidação é 2+ sua estrutura é octaédrica d8 dividida em campo forte e campo fraco, sendo pouco comuns as reações de Ni2+ para Ni3+.
	A formação de complexos a partir de [Ni(H2O)6]2+ ocorre através de reações de substituição das moléculas de água por outros ligantes que podem ser moléculas neutras como NH3, etilenodiamina entre outros.
	O cloreto de níquel(II) hexahidratado NiCl2.6H2O, possui coloração verde, e ao adicionarmos 60 mL de solução de amônia concentrada, o arranjo d8 do campo octaédrico torna-se fraco, devido ao complexo adquirir a configuração paramagnética com dois elétrons desemparelhados, tornando a solução azul marinho. 
 O cloreto de hexaaminoníquel(II) é solúvel em solução de amônia aquosa e insolúvel a amônia concentrada. A adição de 5,003 g de cloreto de amônio à solução com a agitação magnética, teve por objetivo deslocar o equilíbrio das forças, para assim, facilitar a entrada da amônia no complexo, ou seja, há uma maior disponibilização de NH3 no meio, podendo ser observado pela equação:
NH4Cl NH4++ Cl-
	A formação do cloreto de hexaaminoníquel(II) se dá através da reação de substituição do ligante aqua pelo ligante amino, tornando o complexo mais estável e de coloração azul violeta. A reação pode ser escrita como:
NiCl2.6H2O(s)+ 6NH3(aq) [Ni(NH3)6]Cl2(s) + 6H2O(l)	
	A estrutura do íon complexo cloreto de hexaaminoníquel (II) está representada abaixo:
Figura 2: Estrutura do íon complexo cloreto de hexaaminoníquel(II)
	
Este complexo decompõe-se pelo aquecimento liberando NH3(g), transformando-se em um sólido de cor verde. O mesmo acontece com sua solução aquosa, que muda de azul-violeta para verde com o aquecimento. 
	O complexo sintetizado foi lavado com álcool etílico e éter etílico para a remoção de impurezas solúveis, visto que ambas as soluções são polares e não solubilizam o composto sintetizado. Outro objetivo é em relação à volatilidade das soluções adicionadas na qual auxiliam na secagem mais rápida do composto sintetizado.
	Após a secagem, o valor de complexo pesado foi de 14,9197g.
	O valor do vidro-relógio previamente pesado foi de 13,2542 g, subtraindo do valor acima obtemos 1,6655 g de Cloreto de hexaaminoníquel(II). 
	Calculo do rendimento:
NiCl2.6H2O (s)+ 6NH3(aq)	 [Ni(NH3)6]Cl2(s)+ 6H2O(l)
	NiCl2.6H2O = 237,57 g/mol 
1 mol NiCl2.6H2O 237,57g NiCl2.6H2O 
		 x 2,510g NiCl2.6H2O 
		 x = 0,01056 mols de NiCl2.6H2O
 1 mol NiCl2.6H2O 1 mol [Ni(NH3)6]Cl2
0,01056 mols NiCl2.6H2O x
		x=0,01056 mols de[Ni(NH3)6]Cl2
	[Ni(NH3)6]Cl2 = 231,57 g
1 mol [Ni(NH3)6]Cl2 231,57 g [Ni(NH3)6]Cl2
0,01056 mols [Ni(NH3)6]Cl2 x
		x = 2,4454 g de [Ni(NH3)6]Cl2
	A massa de complexo obtida foi 2.222g, portanto temos:
 2,4454g [Ni(NH3)6]Cl2 100%
 2.222g [Ni(NH3)6]Cl2 x
		x = 90,86% 
	Portanto, o rendimento obtido na síntese do Cloreto de hexaaminoníquel (II) foi de 90,86%. 
	O preparo da solução branco teve por objetivo a análise da banda de absorção do complexo sintetizado de coloração azul, o que nos remete que o arranjo d8 possui dois elétrons desemparelhados.
	A cor dos complexos depende do o, da força do campo ligante, do estado de oxidação do íon central e da geometria do complexo.	
	As cores das substâncias estão relacionadas com as luzes visíveis que absorvem, ou seja, a cor de uma substância será a cor complementar aquela da radiação absorvida. 
4.2 OBTENÇÃO DE [Ni(H2O)4en]2+, [Ni(H2O)2en2]2+, [Nien3]2+ E OS ESPECTROS ELETRÔNICOS DAS SOLUÇÕES
 
 Figura3: Obtenção de Ni(H2O)4en]2+, [Ni(H2O)2en2]2+, [Nien3]2+. Fonte: Própria.
 Quando adicionou-se ao primeiro béquer a água e solução de cloreto de níquel(II) hexahidratado, a solução obteve a coloração verde característica de muitos sais hidratados de níquel. Ao analisar o espectro notamos que a banda de absorção máxima é posterior a 650 nm, isso significa que a água é um ligante de campo fraco.
	Quando adicionou-se ao segundo béquer a água e a solução de 5 mL de NiCl2.6H2O e 5 mL de etilenodiamina, a intensidade do campo ligante en (etilenodiamina) é maior do ligante aqua tendo assim, um aumento no o e alteração na coloração da solução que passa a ser azul esverdeada com uma banda de absorção máxima de aproximadamente 670 nm. A reação pode ser escrita como:
	[Ni(H2O)6]2+(aq) + en(aq) → [Ni(H2O)4(en)]2+(aq) + 2H2O(l)
Série espectroquímica (força do campo ligante):
 Figura 4: série espectroquímica.
Através do calculo do tanabe-sugano, podemos observar o valor do desdobramento, como o Ni possui nox+2, utilizaremos o diagrama para íons d8(Obs. Diagrama segue em anexo juntamente com os calculos realizados).
 Observando a figura dos espectros eletrônicos e o diagrama vê-se que as substancias apresentam três bandas, duas no visível e uma no UV.
	As transições ocorridas foram
	3A2 3T2– Banda no visível;
	3A2 3T1 – Banda no visível;
	3A 2 3T1 – Banda no UV;
 
Razão das energias de transição dos elétrons: E1/E2 =26178/14925=1,75.
Escolhendo D0/B = 18, obtivemos E1/B = 29, E2/B= 17.Substituindo nas equações:
E1/E2= 1,70.
 B’=26178/29= 902,7 cm-1. 890 cm-1.
B’=14925/17= 878 cm-1.
D=18B=18X890 = o =16020 cm-1
	Quando adicionamos aos 3 béqueres 15 mL de água, 5 mL de NiCl2.6H2O e 10 mL de en (etilenodiamina), ocorreu a seguinte reação:
	[Ni(H2O)4(en)]2+(aq) + en(aq) → [Ni(H2O)2(en)2]2+(aq) + 2H2O(l)
	 A solução possui o dobro de etilenodiamina comparando com a solução do béquer 2, o que gerou um aumento no o e diminuição no comprimento de onda, pois o en é um ligante de campo forte, o que pode ser observado no espectro pois a solução possui coloração azul com uma banda de absorção máxima de aproximadamente 617nm.
Cálculo do tanabe-sugano - podemos observar o valor de seu desdobramento:
Razão das energias de transição dos elétrons: E1/E2 =26178/16207=1,61.
Escolhendo D0/B = 21, obtivemos E1/B = 30, E2/B= 19. Substituindo nas equações:
E1/E2= 1,58.
 B’=26178/30= 872,6 cm-1. 862,8 cm-1.
B’=16207/19= 853 cm-1.
D=21B=21X862,8 = o= 18119cm-1
No 4 béquer, que possuía 10 mL de água, 5 mL de NiCl2.6H2O e 15 mL de en (etilenodiamina), observamos a seguinte reação:
	[Ni(H2O)2(en)2]2+(aq) + en(aq) → [Ni(en)3]2+(aq) + 2H2O(l)
	Se analisarmos a configuração do campo octaédrico [Ni(H2O)6]2+ com a do [Ni(en)3]2+ percebemos que a organização do campo octaédrico é paramagnética e com dois elétrons desemparelhados entretanto, o que difere entre as duas soluções é o tamanho do o que para a solução tris(etilenodiamino) níquel(II) é bem maior.
Cálculo do tanabe-sugano - podemos observar o valor de seu desdobramento:
Razão das energias de transição dos elétrons: E1/E2 =28490/17637=1,61.
Escolhendo D0/B = 21, obtivemos E1/B = 30, E2/B= 19. Substituindo nas equações:
E1/E2= 1,58.
 B’=28490/30= 949,6cm-1. 938,8 cm-1.
B’=17637/19= 928,2 cm-1.
D=21B=21X862,8 = o= 19715cm-1
 O resultado do aumento do o está associado a grande quantidade en faz a solução de [Ni(en)3]2+ tenha a maior força de campo ligante comparada as outras soluções, devido a isso, possui o menor comprimento de onda aproximadamente 567 nm com coloração visível violeta.
Espectros utilizados:
Figura 5 - Espectros eletrônicos das soluções preparadas
4.3 SÍNTESE DE CIS-DIAQUADIOXALATOCROMATO (III) DI-HIDRATADO
	Foi necessário fazer a mistura dos dois sais no estado sólido, pois o composto formado deveria ser isômero cis. Se esta mistura fosse feita em estado aquoso, o composto formado seria isômero trans, que não era o objetivo. A energia de ativação para formação do isômero cis é maior que a do isômero trans, assim ocorreu uma maior liberação de energia na formação do complexo cis que é um produto termodinâmico mais estável. 
	Quando à gota de água foi adicionada a mistura, ocorreu uma reação exotérmica com a redução do Cr+6 para Cr+3 com liberação de dióxido de carbono. O béquer foi coberto para armazenar o dióxido de carbono, assim obtemos o líquido de cor preta. O ácido oxálico H2C2O4.2H2O foi responsável pela redução do Cr+6 para Cr+3 o qual oxidou o ácido oxálico H2C2O4.2H2O a CO2, passando de C3+ para C4+. 	
	12H+ + K2Cr2O7 + H2C2O4.2H2O → 2Cr3+ + 2CO2 + 9H2O + 2K+
	Quando se adicionou etanol na solução, foi observada a formação de um material pastoso. Após a remoção do meio, foram adicionados 10 mL de etanol novamente para possibilitar a precipitação do complexo na cor preta. 
	O etanol foi utilizado neste processo por ser um solvente orgânico, este tem a propriedade de não solubilizar determinados compostos inorgânicos, como é o caso do precipitado obtido. Também, o etanol é uma sustância volátil, ou seja, facilita o processo de secagem. Alem disso o etanol é um solvente ambientalmente correto quando comparado à outros solventes orgânicos.
	Calculo do rendimento:
K2Cr2O7(s) + 7H2C2O4.2H2O(s) + CO2(g) → 2K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)2]}.2H2O(s) + 13H2O(l)
	K2Cr2O7 = 294 g/mol
1 mol de K2Cr2O7 294 g de K2Cr2O7
		x 1,000 g de K2Cr2O7
		x = 3,40.10-3 mols de K2Cr2O7
	H2C2O4.2H2O = 126 g/mol
1 mol de H2C2O4.2H2O 126 g de H2C2O4.2H2O
		 x 3,000 g de H2C2O4.2H2O
		 x = 0,0238 mols de H2C2O4.2H2O
	De acordo com a estequiometria da reação, temos que o reagente limitante será o dicromato de potássio e o reagente em excesso será o ácido oxálico. Portanto, temos:
1 mol de K2Cr2O7 2 mols de K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)​2]}.2H2O
3,40.10-3 mols de K2Cr2O7 x
	x = 6,8.10-3 mols de K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)​2]}.2H2O
	K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)​2]}.2H2O = 339 g/mol
1mol de K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)​2]}.2H2O 	 339g de K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)2]}.2H2O
6.8.10-3 mols	 	 x
	x = 2,305 g de K{cis[Cr(C2O4)2(H2O)​2]}.2H2O		
	A massa de complexo obtida foi de 1,710g, portanto, temos:
	2,305 g 100%
	1,710 g 		x
	x = 74,18 %
	Portanto, o rendimento obtido na síntese do cis-diaquadioxalatocromato(III) de potássio di-hidratado foi de 74,18%
	
4.4 SÍNTESE DE TRIOXALATOCROMATO DE POTÁSSIO (III) TRI-HIDRATADO 
 Quando misturamos o dicromato de potássio a mistura de ácido oxálico e água, ocorre uma reação altamente exotérmica, com liberação de gás carbônico na atmosfera, assim a solução obteve uma cor vinho.
	Nesta etapa, o ácido oxálico H2C2O4.2H2O reduziu o Cr+6 para Cr+3 o qual oxidou o ácido oxálico H2C2O4.2H2O a CO2, passando de C3+ para C4+.
	12H+ + K2Cr2O7 + H2C2O4.2H2O → 2Cr3+ + 2CO2 + 9H2O + 2K+
	Foi necessário a adição do sal de oxalato de potássio K2C2O4.H2O para garantir um excesso de oxalato na mistura, favorecendo assim a formação do complexo trioxalatocromato de potássio(III) tri-hidratado. Quando a mistura foi aquecida, ocorreu a troca dos ligantes aqua para os ligantes oxalatos, formando, portanto o complexo K3[Cr(C2O4)].3H2O. 
	A lavagem foi feita com a mistura de etanol e água, para garantir a retirada de todos os ligantes aqua que estavam presente no meio. Após, a mistura foi novamente lavada com apenas etanol, pois este é um solvente volátil e facilita a secagem do sólido obtido.
Figura 6: Solido obtido da síntese de trioxalatocromato de potássio tri-hidratado.
Calculo do rendimento:
K2Cr2O7(s) + 7H2C2O4.2H2O(aq) + 2K2C2O4.H2O(s) → 2K3[Cr(C2O4)3].3H2O(s) + 6CO2(g) + 17H2O(l)
	K2Cr2O7 = 294 g/mol
1 mol de K2Cr2O7 294 g de K2Cr2O7
		x 0,900g de K2Cr2O7
		x = 3, 0612.10-3 mols de K2Cr2O7
	H2C2O4.2H2O = 126 g/mol
1 mol de H2C2O4.2H2O 126 g de H2C2O4.2H2O
			 x 2,501 g de H2C2O4.2H2O
			 x = 0,0198 mols de H2C2O4.2H2O
	K2C2O4.H2O = 152 g/mol
1 mol de K2C2O4.H2O 152 g de K2C2O4.H2O
		x	 1,01g de K2C2O4.H2O
		x = 6,64.10-3 mols de K2C2O4.H2O
	De acordo com a estequiometria da reação, temos que o reagente limitante será o dicromato de potássio e o reagente em excesso será o ligante oxalato. Portanto, temos:
1 mol de K2Cr2O7 2 mols de K3[Cr(C2O4)3].3H2O
3,0612.10-3 mols de K2Cr2O7 x
	x = 6,12.10-3 mols de K3[Cr(C2O4)3].3H2O
	K3[Cr(C2O4)3].3H2O = 487 g/mol
1 mol de K3[Cr(C2O4)3].3H2O	 487 g de K3[Cr(C2O4)3].3H2O
6,12.10-3 mols	 	 x
	x = 2,980 g de K3[Cr(C2O4)3].3H2O
	A massa de complexo obtida foi de 3,206 g, portanto, temos:
	3,0279 g 100%
	3,206 g 		x
	x = 105.9 %
	
Portanto, o rendimento obtido na síntese do trioxalatocromato de potássio (III) tri-hidratado não foi mais do que o esperado, com valor de 105,9%, esse valor é devido a filtração a vácuo que não estava funcionando muito bem e o produto final ficou meio molhado ainda, obtendo um produto em excesso, mesmo depois de deixado alguns minutos em repouso para evaporação dos líquidos volateis, dessa forma e outros imprevisto ocorrido durante a prática afetou no resultado final.
4.5 OBTENÇÃO DOS ESPECTROS ELETRONICOS
Figura 6– Espectros eletrônicos das soluçõesde cis-diaquadioxalatocromato(III) de potássio di-hidratado e do trioxalatocromato de potássio(III) tri-hidratado
	Os diagramas de Tanabe-Sugano são diagramas de correlação que descrevem as energias dos estados eletrônicos dos complexos em função da força do campo ligante. É possível também, através desse diagrama, predizer um valor para o desdobramento do campo cristalino de um complexo de configuração d2, d3, d4, d5, d6, d7 e d8. 
	O metal cromo dos complexos possui nox +3, assim utilizamos o diagrama para íons d3 (Obs. Diagrama segue em anexo, juntamente com calculos realizados).
 Observando a figura dos espectros eletrônicos e o diagrama vê-se que as substancias apresentam três bandas, duas no visível e uma no UV.
	As transições ocorridas foram
	4A2g 4T2g – Banda no visível;
	4A2g 4T1g – Banda no visível;
	4A 2g 4T1g – Banda no UV;
	 Sabemos que a água é um ligante mais forte que o ligante oxalato, portanto, maior é a energia necessária para que ocorra a transição deste ligante. 
Calculo do Tanabe Sugano:
Podemos ver as transições eletrônicas esperadas para o complexo trioxalatocromato de potássio tri-hidratado e a força do campo ligante 
Razão das energias de transição dos elétrons: E1/E2 =26.316/17.544=1,5.
Escolhendo D0/B = 28, obtivemos E1/B = 39, E2/B= 26. Substituindo nas equações:
E1/E2= 1,5.
B’=26316/39= 674,7 cm-1. 674,7 cm-1.
B’=17544/26= 674,7 cm-1.
D=28 B=28X674,7= 18891 cm-1
Calculo do complexo cis-diaquodioxalatocromato(III) de potássio di-hidratado.
Razão das energias de transição dos elétrons: E1/E2=28490/17.730=1,60.
Escolhendo D0/B = 26, obtivemos E1/B = 35; E2/B= 22. Substituindo nas equações:
E1/E2= 1,59.
B’=28490/35= 814 cm-1. 810 cm-1.
B’=17730/22= 806 cm-1.
D=268 B=26X810= 21060 cm-1
Através desses cálculos podemos ver os valores dos desdobramentos do campo cristalino do trioxalatocromato de potássio tri-hidratado que foi de o= 18891 cm-1, já o o= 21060 cm-1 do cis-diaquodioxalatocromato (III) de potássio di-hidratado, podemos observar que o desdobramento do cis-diaquodioxalatocromato (III) é maior que o do trioxalatocromato devido o mesmo possuir mais ligante de campo forte que faz com que aumente o desdobramento do campo cristalino.
Questionário:
1. Desenhe a estrutura de cis-diaquodioxalatocromato (III).
2. Na segunda síntese a reação se processa em duas etapas. Balanceie a equação que descreve a primeira etapa:
12H+ + K2Cr2O7 + H2C2O4) → 2Cr+ + 2CO2 + 7H2O + 2K+
3. A segunda etapa da segunda síntese é a reação de íons cromo (III) com oxalato de potássio. Escreva a equação que descreve esta reação mostrando a estrutura do complexo formado. 
Cr+3 + 5CO2 + 3H2O + K+ + K2C2O4.2H2O → K3[Cr(C2O4)3].3H2O(s) + CO2(g) + 2H2O(l)
4. De acordo com os valores de ∆o qual dos ligantes é mais forte: água ou oxalato? Explique. 
	O ligante forte é o ligante aquo em relação ao oxalato. A água e o oxalato produzem diferentes valores de ∆o para um complexo octaédrico com um íon metálico. Pela Teoria do Campo Cristalino (TCC), se um ligante provoca maior desdobramento do campo cristalino que outro, ele é dito ligante de campo forte. Assim, concluímos que a água é um ligante de campo forte comparado com o oxalato, observado na série espectroquímica, na figura 4 deste relatório.
5. CONCLUSÕES
 Durante essas duas práticas realizadas, podemos obervar quais são os ligantes mais fortes e que os mesmo obedecem a série espectroquímica, na qual nos fornece a força do campo ligante e através dos complexos mais fortes verificamos que há um aumento em seu desdobramento do campo cristalino e que esses complexos são mais estáveis.No rendimento do trioxalatocromato (III) teve alguns erros devido aos produtos utilizados e equipamentos que afetaram na hora de adquirir o produto final, porém conseguimos obter o trioxalatocromato (III).Na síntese do diaquadioxalatocromato (III) os resultados obtidos foram satisfatório, na obtenção de Ni(H2O)4en]2+, [Ni(H2O)2en2]2+, [Nien3]2+ foi calculado seus desdobramentos, os resultados obtidos comprovam que quanto mais ligantes força tivermos, maior será o seu desdobramento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATIKINS, P, W; SHRIVER, D. F. Química Inorgânica. 3ª ed. Editora Bookman, Porto Alegre, 2003.
Cividatti, Luciana Natalia; Souza, Renato Cesar de; Síntese do trioxalatocromato (III) de potássio. Disponível em <http://pt.slideshare.net/cybelegomes/sntese-do-trioxalatocromato-iii-de-potssio>, Acesso em 09 de Out. de 2016.
LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concisa. 5º ed. Editora Edgard Blücher LTDA. São Paulo, 1931.
Niquel (Ni). Disponível em <http://www.tabelaperiodicacompleta.com/elemento-quimico/niquel>, Acesso em 09 de Out. de 2016.
Shriver, Duward F. [et al.], Química inorgânica ; Tradução: Faria, Roberto de Barros. 4. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008 pg.483, 484, 622, 623.
Transition Metals and Coordination Chemistry. Disponível em: <http://depts.washington.edu/chemcrs/bulkdisk/chem162C_spr09/notes_lecture_20_Ch_19.pdf>. Acesso em 08 de Out. de 2016.
UFMG. Química Inorgânica experimental. Disponível em: <http://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/apostila_inorg_exp.pdf>. Acesso em 08 de Out. de 2016.
Anexos: Diagramas

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