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SINOPSE * Assunto: Enzimas. * Pré-requisito: Conceitos básicos de bioquímica. * Objetivo: Descrever as principais características das enzimas. * Bibliografia: 1 – STRYER. Bioquímica. 2 – LEHNINGER. Princípios de Bioquímica. 3 – VOET. Bioquímica. 4 – ALBERTS. Biologia Molecular da Célula. ENZIMAS Paulo Roberto Queiroz Dr. Biologia Animal http://www.ewart.org.uk/science/patterns/spit.gif https://www.dnadirect.com/img/content_images/reports/genesToEnzymes.gif De onde vem as enzimas???? O que são??? São catalisadores biológicos de natureza protéica. O mundo das reações químicas... • A + B C • Sem catalisador... • ...pode levar muito tempo... • A + B C • Com catalisador... • ...rapidinho... http://www.usp.br/agen/bols/2000/Image241.gif http://www.daltontiepolo.com/desenhos_a/correndo_01_web.jpg A + B E C • Com enzima... • ...vai mais rápido ainda... Fonte: Sônia Lopes Enzimas e contexto biológico... As enzimas permitem que os processos biológicos se desenvolvam rapidamente dinâmica celular. http://www2.ufp.pt/~pedros/bq/tudo.gif Estímulo resposta rápida. ...sem isso a vida fica comprometida. PROPRIEDADES DAS ENZIMAS 1 – Altas taxas de reação = Aceleram as reações na ordem de 106 a 1017 vezes. 2 – Reações em condições brandas = reações ocorrem a temperatura ambiente, pressão atmosférica e pH neutro. 3 – Especificidade de reação = as enzimas reconhecem substratos específicos. glicose + ATP hexoquinase glicose-6-fosfato 4 – Capacidade de regulação = sofrem regulações por outras substâncias. PFK1 e PFK2 controle da glicólise. 1 – As enzimas não alteram os equilíbrios das reações. A enzima acelera a velocidade da reação mas não altera o equilíbrio de uma reação. A + B AB C (A + B) + E ES A + B Substrato E enzima Fonte: Schringeour E + S (substrato) ES (estado de transição) E + P (produto) 2 – As enzimas aceleram reações estabilizando estados de transição. A + B AB C (A + B) + E ES A + B Substrato E enzima Fonte: Schringeour E + S (substrato) ES (estado de transição) E + P (produto) ESTEREOESPECIFICIDADE = Reconhecimento e ligação a centros geométricos específicos. L-aminoácidos; D-açúcares. ESPECIFICIDADE QUÍMICA = As enzimas são seletivas no reconhecimento de grupos químicos. Substrato Enzima Complexo ES Encaixe http://student.biology.arizona.edu/honors2003/group15/Pictures/Enzymes1.jpg http://www.ufrgs.br/alimentus/pao/imagens/enzima01.gif Como funcionam???? CENTROS ATIVOS DAS ENZIMAS É a região da enzima que se liga aos substratos e que contêm os resíduos de aminoácidos responsáveis pela síntese e quebra de ligações químicas. Grupamentos catalíticos = AA’s que fazem a catálise enzimática. http://lhs.lps.org/staff/sputnam/Biology/U4Metabolism/enzyme.gif CARACTERÍSTICAS DOS CENTROS ATIVOS 1 – Ocupa uma parte pequena do volume total da proteína. 2 – Corresponde a uma entidade tridimensional. 3 – Os substratos ficam ligados por ligações fracas. 4 – São depressões ou fendas na superfície da proteína. 5 – A especificidade de ligação depende do arranjo dos átomos no centro ativo. Modelo chave e fechadura (Emil Fischer - 1890) Modelo induced fit (Daneil E. Koshland – 1958) Estrutura tridimensional complementar aos substratos. Reconhecimento dinâmico. Fonte: Stryer. Fonte: Stryer. CLASSES DE ENZIMAS 1 – Oxidorredutases = catalisa reações de óxidorredução. Ex: desidrogenases, oxidases, peroxidases, entre outras. 2 – Transferases = catalisa reações de transferência de grupos. Ex: quinases; 3 – Hidrolases = catalisa reações de hidrólise. Transfere grupos para a água. Ex: pirofosfatases; 4 – Liases = produz reações de eliminação ou gera - quebra duplas ligações. Ex: sintase; 5 – Isomerases = catalisa reações de isomerização (reordenação de grupos dentro da molécula) Ex: racemases; 6 – Ligases = catalisa as reações de união de substratos. Ex: sintetases. 1 – Todos os processos bioquímicos estão sob controle genético; Princípios básicos que envolvem as enzimas... Fonte: Griffith. Princípios básicos que envolvem as enzimas... 2 – Os processos bioquímicos se desdobram em reações sucessivas; http://www.dbio.uevora.pt/jaraujo/biocel/imagens/bioceloa6.jpg 3 – Cada reação bioquímica está sob o controle de um gene diferente; Fonte: Griffith. external internal 4 – Uma mutação em um gene resulta na alteração de uma única reação bioquímica. X http://www.dbio.uevora.pt/jaraujo/biocel/imagens/bioceloa6.jpg Fonte: Schringeour MODELO DE MICHAELIS-MENTEN * A velocidade de catálise (V) varia com [S]. * Se V = Vmax/2 KM = concentração de substrato na qual a velocidade de reação é a metade de seu valor máximo. * Menor KM maior afinidade da enzima pelo seu substrato. * Hexoquinase KM/ Glicoquinase KM. 1 – É a concentração de substrato na qual 50 % dos centros ativos estão ocupados. 2 – Mede o grau da afinidade entre enzima e substrato. Maior KM menor a afinidade da enzima pelo substrato; Menor KM maior a afinidade da enzima pelo substrato. Importância do KM KM Fonte: Schringeour MODELO ALOSTÉRICO * Enzimas reguladas por modificações não-covalentes. * A ligação do substrato ao centro ativo pode afetar as propriedades de outros centros ativos na enzima. * A ligação ao substrato torna-se cooperativa. * São sensíveis a reguladores do metabolismo, pois ao se ligarem a determinados metabólitos celulares sua atividade sofre grandes alterações. FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO ENZIMÁTICA - Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até se atingir a temperatura ótima; a partir dela, a atividade volta a diminuir, por desnaturação da molécula. FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO ENZIMÁTICA - pH: Idem à temperatura; existe um pH ótimo, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Um dos principais mecanismos de controle da atividade enzimática em sistema biológicos. 1 – Inibição irreversível = Ligação muito forte entre inibidor e enzima. O inibidor não se dissocia da enzima. Pode ser uma ligação covalente. Ex: Ação do gás Sarin = atentado no metrô de Tókio. Ligação muito forte do inibidor com a acetilcolinesterase. 2 – Inibição reversível = Dissociação rápida do complexo enzima-inibidor. A – Inibição competitiva A enzima liga-se ao substrato ou ao inibidor. O inibidor impede a ligação do substrato ao centro ativo. Sítio único de ligação para inibidor e substrato. Pode ser anulada aumentando-se a [S]. Obs. Um inibidor competitivo diminui a velocidade de catálise pela redução da proporção de moléculas da enzima ligadas ao substrato. B – Inibição não-competitiva Inibidor e substrato ligam-se, ao mesmo tempo, na molécula da enzima. Sítios de ligação específicos para inibidor e substrato. Não pode ser anulada pelo aumento da [S]. Obs. Um inibidor não competitivo diminui o número de moléculas de enzima disponíveis para a catálise. Cinética da inibiçãocompetitiva e não-competitiva 1 - Inibição competitiva A intercessão 1/V x 1/[S] não varia. A Vmax não é alterada por um inibidor competitivo. 2 - Inibição não competitiva A Vmax é diminuída. O KM não é afetado por esse tipo de inibição. Eliminação de etanol http://www.med.unibs.it/~marchesi/ethanol.gif Álcool desidrogenase Acetaldeído desidrogenase Eliminação de radicais livresEliminação de radicais livres http://themedicalbiochemistrypage.org/tyrosinesynthesis.jpg X Enzimas e disfunções metabólicas http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/images/ency/fullsize/2962.jpg A figura acima representa a atividade das enzimas I, II e III. Com base nessa figura, julgue os itens a seguir. 1) A figura permite concluir que a enzima II sofre renaturação em pH 1 ou em pH 11. 2) As enzimas I e III atuam sobre o mesmo substrato. 3) Se a concentração das três enzimas for duplicada, a velocidade da reação também será duplicada. 4) Os gráficos representativos da velocidade de uma reação enzimática, em função da temperatura, são iguais aos apresentados na figura acima. 5) A regulação da velocidade das reações enzimáticas nas células pode ser feita, em parte, por meio de variações nas concentrações intracelulares. Perito Criminal Federal E E C E C
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