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AS TEORIAS URBANAS E O PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL MONTE MÓR

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
 DISCIPLINA: ​PLANEJAMENTO REGIONAL E URBANO 2 
Profas: Débora Cavalcanti 
Alunos: Iasmim Barbosa Ribeiro e Oliver Christian Bonfim Santos 
 
AS TEORIAS URBANAS E O PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL 
Roberto Luís Monte-Mór 
 
MONTE-MÓR, R. L. As teorias urbanas e o planejamento urbano no Brasil. In: DINIZ & 
CROCCO (eds.), ​Economia Regional e Urbana: contribuições teóricas recentes​ (pp. 
61-85). 
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. 
 
RESUMO 
 
O texto apresenta a cidade como uma centralidade do fato urbano e que vem se 
reafirmando como um local "multiescalar, fragmentado e mutável" sob o comando do 
capital. 
Para tal afirmação, Monte-Mór, passeia pela história recente do urbanismo, desde a 
Revolução Industrial até a chamada Revolução Cultural, para explicar as teorias de 
urbanismo, suas aplicações, erros, acertos e seus reflexos pertinentes sobre a atual ideia 
das “cidades mundiais e globais”. 
Com a base das grandes teorias do planejamento urbano, Monte-Mór também situa 
a formação do Brasil e sua produção do urbano-regional através dos processos políticos 
dentro e fora do Estado. 
 
Urbanismo científico e as teorias sociais da cidade 
 
A ideia de um urbanismo científico teve Início nas grandes metrópoles européias, 
também tendo seus modelos ideais implementadas nas colônias dos países com domínio 
em terras estrangeiras. 
O centralismo do poder do trabalhador industrial que provocou o crescimento dessas 
metrópoles. 
 
Principais exemplos de aplicação das teorias urbanas do século XIX: 
 
● Ildefons Cerdà - Caso de Barcelona 
○ Infraestrutura sanitárias 
○ Sistema Viário 
○ Desenho de quarteirão integrados ao espaço urbano em praças internas 
 
● Barão George-Eugène Haussmann - Paris 
○ Plano regulador para metrópole moderna 
○ Racionalidade urbanística 
○ Arrondissements 
○ Urbanismo de caráter higienista 
○ 
● Aarão Reis- Belo Horizonte 
○ Princípios Haussmannianos 
○ Elementos barroco como no plano de Washington D.C (EUA) 
● Saturnino de Brito 
○ Influência de Camillo Sitte 
○ Valorização dos aspectos artísticos da cidade 
 
Em resposta às problemáticas enfrentadas pelas metrópoles da revolução industrial, no 
século XX, correntes teóricas procuraram resolver os problemas da crise do capital, da 
participação do Estado sobre o planejamento urbano e afirmar a cidade como um espaço de 
comando das redes de informação e de articulação da economia capitalista. 
 
 Principais exemplos das teorias urbanas do século XX: 
 
● Progressistas 
○ Carta de Atenas: zoneamento do uso do solo; 
○ divisão social do trabalho na cidade e hierarquia 
○ rigidez e lógica industrial 
 
● Culturalistas- redução do crescimento das cidades 
○ cidade jardim howardiana 
○ subúrbios anexos às grandes cidades 
 
● Naturalismo- abordagem social compreensiva da cidade;segregação natural por 
valores e interesses comuns. 
■ Espacialismo - ações centradas na produção de formas espaciais e 
organização do espaço foram tomadas como determinantes dos 
processos sociais que deveriam se desenvolver 
● referências euclidianas 
● alto grau de abstração 
● Cultura urbana - centrando-se nos aspectos de tamanho, densidade e 
heterogeneidade. 
○ Dicotomia da relação urbana e rural 
 
A urbanização passou a ser vista cada vez mais como uma necessidade da 
transformação das sociedades em busca de um futuro moderno (e melhor), com 
aprofundamento da divisão do trabalho, libertação das amarras da vida rural, sua 
complexificação e integração à vida citadina. 
Diante disso, a metrópole se fragmentou, provocando a saída das classes mais ricas 
do espaço do poder, gerando uma suburbanização despolitizada e abandonada à sua 
própria sorte. 
 
Modelo cidades brasileiras: fordista periférico e incompleto 
Periferias urbanas precárias pobres parcialmente integradas à dinâmica urbana. 
 
 
O planejamento urbano: da habitação e transportes ao enfoque compreensivo 
 
A questão habitacional tornou-se objeto central de política nas cidades. A habitação deixa 
de ser um fato orgânico, para ser abordado através de uma visão político-ideológica. Os 
conjunto habitacionais nas periferias assumem o posto de apoio ao processo de 
industrialização. 
Em contrapartida, a valorização dos espaços centrais da cidade tornou-se prioritária para 
reafirmar o pacto do progresso e da modernidade (espaço de poder burguês). Como 
resposta, a definição de um o zoneamento e a regulação do uso do solo que foi tido como 
uma solução para resolver o conflito entre a propriedade privada do solo e as demandas 
coletivas. 
 
Crise e explosão da cidade: consolidação do urbano 
 
O urbano não mais representa o território físico com uma demarcação imutável de seus 
limites, passa por uma Revolução Cultural, através do que Lefebvre conclui como uma 
“sociedade urbana virtual que trazia no seu bojo um processo revolucionário centrado na 
práxis urbana, [e] a politização do espaço de vida”. Então o urbano adquire seu significado 
como um substantivo e não apenas como adjetivo da cidade, [que ganha] virtualmente 
dimensões globais representando todo o espaço social. 
 
Discursos contemporâneos 
Sistema de cidades mundiais e globais 
 
As ‘cidades mundiais’ são polarizadas dos espaços econômicos, as multinacionais como 
atores privilegiados organizadores da divisão internacional do trabalho dentro de uma 
hierarquia urbana mundial que desloca a articulação do crescimento econômico e da 
acumulação capitalista do nível nacional para o nível internacional. 
 
Reorganização do espaço a partir da reestruturação da metrópole industrial pós fordista 
que, segundo Soja (2000), espelha a ‘reestruturação da economia geopolítica do 
urbanismo’. A pós metrópole, é um espaço urbano-regional que guarda a especificidade de 
uma urbanidade metropolitana, mas que muito já se distanciou da ideia ou conceito de 
cidade Neste sentido, essa urbanização reestruturada pela (pós)metrópole é também a 
‘metrópole fractal’, onde o mosaico se reestrutura, flexibiliza e se transforma em 
caleidoscópio, com fragmentos multi-articulados, em escalas diversas e intensidades 
variadas.

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