Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 1 Antes da Revolução Industrial (sec. XVIII) as atividades empresariais eram essencialmente mercantis (apenas compra e venda). Normalmente, não havia muita preocupação com a apuração dos resultados. Bastava que o valor auferido com as vendas fosse suficiente para comprar novas mercadorias e a atividade era considerada como atrativa. Com a evolução das atividades mercantis surgiu a necessidade de mais informações. Neste contexto, desenvolveu-se a Contabilidade Financeira. Uma forma de apurar os resultados das empresas comerciais através do cálculo do Custo da Mercadoria Vendida (CMV). CMV = EI + Compras - EF Vendas Líquidas = Vendas Brutas – Impostos sobre as vendas Por algumas razões, surgiram diversos interessados na apuração dos resultados. Proprietários: acompanhamento da evolução do negócio, comparando diversos períodos da mesma atividade; Investidores: possibilidade de comparação entre diversas atividades; Governos: facilidade na medição dos lucros tributáveis. Stakeholder: termo utilizado para definir diversas pessoas interessas em um negócio, projeto ou empreendimento. Para que estes usuários das informações contábeis pudessem analisar o empreendimento, verificou-se a necessidade de padronização. Assim, todas as empresas tiveram que passar a escriturar suas movimentações da mesma maneira. Com o surgimento das indústrias, o cálculo do Custo ficou mais complicado. O Contador agora precisava lidar não somente com as “Vendas/CMV/Despesas”, mas também, com uma série de valores consumidos durante o processo de fabricação. Atualmente, esses valores são chamados de fatores de produção. A Contabilidade de Custos e a Terminologia Mesmo com essa complicação adicional, inicialmente se tentou adaptar a nova realidade de acordo com os padrões utilizados nas empresas comerciais. Surge o Custo do Produto Vendido (CPV). Custo do produto vendido (CPV): soma dos fatores de produção utilizados na obtenção dos produtos/serviços. As Despesas não foram somadas aos custos. Esta técnica continua em vigor até hoje. Com o aumento da competitividade as empresas passaram a definir seus preços com base no mercado. Assim, saber seus custos é fundamental para analisar a rentabilidade do produto. Surgiram novas metodologias como Departamentalização e Custeio ABC, dentre outras. Com a evolução dos computadores e dos Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), hoje podemos ter diversos tipos de contabilidade implantados na mesma instituição. Gasto é a compra de um produto ou serviço, que gera um sacrifício financeiro, ou seja, um desembolso. O gasto é contabilmente reconhecido no momento do registro da dívida ou do seu pagamento, o que ocorrer primeiro. Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes ou depois do gasto. É um valor aplicado em recursos para a geração de mais recursos no futuro. São alguns dos gastos alocados no Ativo: Ativo Circulante; Ativo Permanente; É um gasto, relativo a bem ou serviço, que foi utilizado na produção de outros bens ou serviços. O custo é reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. As despesas reduzem o Patrimônio Líquido, contudo, são necessárias para a geração de receitas. Bens ou serviços consumidos de forma anormal e/ou involuntária. Ex.: Perdas em incêndios; inundações; obsolescência dos estoques... Não é custo e nem despesa. São lançadas diretamente no Resultado. Considerando a diferença entre custos e despesas, como um determinado gasto pode ser classificado quando possuir elementos destes dois termos? Numa indústria existem 65 pontos de energia, dos quais 52 pertencem a área de produção. Para um gasto com energia elétrica de $ 895,00, considerando-se a proporção, qual é a parcela de custos e a parcela de despesas? Como se pode adotar a estimativa técnica para os gastos com energia técnica? Para os gastos com manutenção, a diretoria definiu que 75% devem ser alocados como custos, e o restante como despesas. Qual é o valor a ser lançado como custos e, como despesas, sobre um gasto de $ 800,00? O que são critérios arbitrados e, porque é importante evita-los? MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2009 RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009. MEGLIORINI, Evandir. Custos: analise e gestão. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
Compartilhar