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DIREITO PENAL – PONTO 01

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DIREITO PENAL – PONTO 01
Relações com outros ramos do Direito. Direito Penal e política criminal. Criminologia. Crimes contra a pessoa (CP). Crimes de Imprensa (Lei n. 5.250, de 9 fevereiro de 1967). Crimes de manipulação genética (Lei n. 8.974, de 5 de janeiro de 1995). Crimes contra o patrimônio (CP). Crimes contra a propriedade imaterial: crimes contra a propriedade intelectual (CP) e crimes contra o privilégio de invenção, contra as marcas e patentes e de concorrência desleal (Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996).
	
	CONCEITO DE DIREITO PENAL 
BITTENCOURT – Conjunto de normas jurídicas que tem por objeto a determinação de infrações de natureza penal e suas sanções correspondentes – penas e medidas de segurança.
	ZAFFARONI –conjunto de leis que traduzem normas que pretendem tutelar bens jurídicos, e que determinam o alcance de sua tutela, cuja violação se chama delito, e aspira a que tenha como consequência uma coerção jurídica particularmente grave, que procura evitar o cometimento de novos delitos por parte do autor.
Ou seja, sob um enfoque formal, o Direito Penal é o conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos como infrações penais, define os seus agentes e fixa as sanções a serem-lhes aplicadas.
Já sob o aspecto sociológico, o Direito Penal é mais um instrumento (ao lado dos demais ramos do direito) de controle social de comportamentos desviados, visando a assegurar a necessária disciplina social, bem como a convivência harmônica dos membros do grupo.
	Direito Penal objetivo – preceitos legais que regulam a atividade estatal de definir crimes e cominar sanções. 
Direito Penal Subjetivo – ius puniendi, titularidade exclusiva do Estado, manifestação do poder de império. É regulado pelo próprio direito penal objetivo, que estabelece seus limites e pelo direito de liberdade dos indivíduos. 
RELAÇÃO DO DIREITO PENAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
	Relação com Direito constitucional: a CF é a primeira manifestação legal da política penal. Princípios da anterioridade da lei penal, da irretroatividade etc.
	Relação com direitos humanos: Declaração Universal dos Direitos do Homem e Convenção Americana de Direitos Humanos, consagram princípios hoje reproduzidos na CRFB/88.
	
Relação com Direito Administrativo: é administrativa a função de punir. A lei penal é aplicada por agentes da administração (juiz, promotor, delegado). Além disso, punem-se crimes contra a administração (utilização de conceitos), a perda do cargo é efeito da condenação etc.
	Relação com Direito Processual Penal: Distinção clássica entre direito substantivo (material) e adjetivo (processual). 
	Relação com Direito Processual Civil: fornece normas ao processo penal.	
	
	Relação com DIP: direito internacional penal. Luta contra as infrações internacionais. Entrariam nessa categoria de ilícitos os crimes de guerra, contra a paz, contra a humanidade, além do terrorismo, pirataria, discriminação racial etc. Tem-se procurado estabelecer uma jurisdição Penal Internacional e o grande avanço foi a criação do TPI, instituído pelo Tratado de Roma, ratificado pelo Brasil (Decreto 4.388/2002).
	Relação com DIP denomina-se direito penal internacional. Há a necessidade de normas jurídicas para resolver eventual aplicação simultânea de leis penais (nacional e estrangeira). 
	Relação com Direito Civil: um mesmo fato pode caracterizar um ilícito penal e obrigar a uma reparação civil. Tutela ainda o Direito Penal o patrimônio, ao descrever delitos como furto, roubo, estelionato etc.; posse, no esbulho possessório; família, na bigamia, abandono material etc. Ademais, muitas noções constantes das definições de crimes são fornecidas pelo Direito Civil, como as de "casamento", "erro", "ascendente, etc., indispensáveis para a interpretação e aplicação da lei penal.
	Relação com Direito Comercial: tutela a lei penal institutos como o cheque, a duplicata, o conhecimento de depósito ou warrant, etc. Determina ainda a incriminação da fraude no comércio e tipifica, em lei especial, os crimes falimentares.
	Relação com Direito do Trabalho: principalmente no que tange aos crimes contra a Organização do Trabalho (arts. 197 a 207 do CP) e aos efeitos trabalhistas da sentença penal (arts. 482, d, e parágrafo único, e 483, e e f da CLT).
	Relação com Direito Tributário: quando contém a repressão aos crimes de sonegação fiscal (Lei n° 8.137/90).
	DIREITO PENAL E POLÍTICA CRIMINAL
	A política criminal é a ciência de selecionar bens (ou direitos), que devem ser tutelados jurídica e penalmente, e escolher os caminhos para efetivar tal tutela, o que implica a crítica dos caminhos e valores já eleitos. A política criminal guia as decisões tomadas pelo poder político ou proporciona os argumentos para criticar essas decisões. O bem jurídico tutelado, escolhido como decisão política, é o componente teleológico que nos indica o fim da norma. (Zaffaroni).
Assim, a política criminal determina a missão, os conteúdos e o alcance dos institutos jurídicos-penais, bem como a aplicação prática do direito penal aos casos concretos. São as opções da política criminal que decidem sobre a incriminação ou não de determinadas condutas, considerando-se a vantagem social da tipificação, bem como quem deve ser responsabilizado.
	À Política Criminal cabe prevenir de maneira eficaz a criminalidade moderna, conforme parâmetros que são constitucionalmente institucionalizados. Essa prevenção deverá ser buscada por intermédio de equipes de investigação interdisciplinar, tendo como marco valorativo os princípios elencados dentro da Constituição.
	CRIMINOLOGIA 
	A criminologia é a disciplina que estuda a questão criminal do ponto de vista biopsicossocial, ou seja, integra-se com as ciências da conduta aplicadas às condutas criminais (Zaffaroni).
	
	Estuda os fenômenos e as causas da criminalidade, a personalidade do delinquente e sua conduta delituosa e a maneira de ressocializá-lo. Nesse sentido, há uma distinção precisa entre essa ciência e o Direito Penal. Enquanto neste a preocupação básica é a dogmática, ou seja, o estudo das normas enquanto normas, da Criminologia se exige um conhecimento profundo do conjunto de estudos que compõem a enciclopédia das ciências penais. 
	Criminologia crítica: a Criminologia não deve ter por objeto apenas o crime e o criminoso como institucionalizados pelo direito positivo, mas deve questionar também os fatos mais relevantes, adotando uma postura filosófica. 
	Assim, cabe questionar os fatos "tais como a violação dos direitos fundamentais do homem, a infligência de castigos físicos e de torturas em países não democráticos; a prática de terrorismo e de guerrilhas; a corrupção política, econômica e administrativa".
	PRINCÍPIOS
	
Princípio da intervenção mínima: Estabelece que o Direito Penal só deve preocupar-se com a proteção dos bens mais importantes e necessários à vida em sociedade. Sua intervenção fica condicionada ao fracasso dos demais ramos do direito (subsidiariedade).
	Princípio da lesividade: impossibilidade de atuação do Direito Penal caso um bem jurídico de terceira pessoa não esteja efetivamente atacado. 4 funções: a) proibir a incriminação de uma atitude interna; b) proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor; c) proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais; d) proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.
	Princípio da adequação social: ainda que subsumida ao tipo, não será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.
	Princípio da fragmentaridade: Consequência da reserva legal e da intervenção mínima. Direito penal não protege todos os bens jurídicos de violações – só os mais importantes. E dentre estes, não viola todas as lesões – intervém só nos casos de maior gravidade, “protegendo um fragmento de interesses jurídicos”.Princípio da insignificância: Há condutas que, mesmo tipificadas e subsumidas, não oferecem prejuízos relevantes. Falta-lhes a tipicidade material. Ou seja, devem ser tidas como atípicas as ações ou omissões que afetem muito infimamente um bem jurídico penal.
Obs: requisitos para aplicação do princípio da insignificância (STF e STJ):
Mínima ofensividade da conduta do agente
Nenhuma periculosidade social da ação
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
Inexpressividade da lesão jurídica provocada
OBS: nem STF nem STJ nem TRF1 aplicam o princípio da insignificância no crime de falsificação de moeda pois o bem tutelado é a fé pública e a credibilidade do sistema financeiro. STF aplica o princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, mas o STJ não admite tal aplicação. 
Jurisprudência recente do TRF1:
O conceito de crime de bagatela é inaplicável ao delito de contrabando, devendo ser privilegiada, no caso, a natureza da mercadoria, o bem jurídico tutelado e lesividade da conduta e não o seu valor econômico. RSE 0006072-29.2005.4.01.3600/MT, 03/04/2012
Introdução de medicamentos de origem estrangeira mesmo que de inexpressivo valor, constitui delito de contrabando e não se aplica princípio da bagatela. RSE 0024257-17.2011.4.01.3500/GO, DJE 06/07/2012.
RSE 2009.38.13.002697-3/MG, 18/06/2012. Contrabando de cigarros de origem estrangeira – princípio da insignificância – inaplicabilidade. 
"A presença de circunstâncias de caráter pessoal desfavoráveis, tais como o registro de antecedentes criminais ou mesmo a reincidência, por si sós, não seriam impeditivas do reconhecimento do crime de bagatela" (HC n.º 93.783/SP, 5ª Turma, Rel. Min. JORGE MUSSI)
RSE 2008.38.05.000427-3/MG, 29/06/2012. Descaminho. Aplica-se o princípio da insignificância quando o tributo iludido não ultrapassa R$ 10.000,00, tal como previsto no aludido art. 20 da Lei 10.522/2002 (valor objetivamente fixado pela Administração Pública para o arquivamento, sem baixa na distribuição, dos autos das ações fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União). 
	Princípio da individualização da pena: tratamento penal voltado para características pessoais do agente a fim de que possa corresponder aos fins que se pretende alcançar com a pena ou com as medidas de segurança. Presente nas fases de cominação, aplicação e execução.
	Princípio da proporcionalidade: ponderação sobre a relação existente entre o bem que é lesionado ou posto em perigo (gravidade do fato) e o bem de que alguém pode ser privado (gravidade da pena). Ou seja, a pena deve ser proporcional à gravidade do fato. Decorrência da individualização da pena. 
	
	Princípio da culpabilidade: possui três orientações básicas: a) integra o conceito analítico de crime; b) serve como princípio orientador, medidor, para a aplicação da pena; c) e serve como princípio que afasta a responsabilidade penal objetiva.
	Princípio da legalidade: proíbe a retroatividade da lei penal, a criação de crimes e penas por costumes, as incriminações vagas e indeterminadas, bem como o emprego da analogia para criar crimes.
	Legalidade formal: corresponde à obediência aos trâmites procedimentais previstos pela CF para que determinado diploma legal possa vir a fazer parte do ordenamento jurídico.
	Legalidade material: pressupõe não apenas a observância das formas e procedimentos impostos pela CF, mas também, e principalmente, o seu conteúdo, respeitando-se as suas proibições e imposições para a garantia dos direitos fundamentais por ela previstos.
Fundamentos do princípio da legalidade:
Político: exigência da vinculação do executivo e do judiciário às leis o que impede o exercício do poder punitivo com base no livre arbítrio.
Democrático: parlamento é responsável pela criação dos tipos definidores dos crimes. 
Jurídico: uma lei prévia e clara produz efeito intimidativo.
Medida provisória – não pode criar crimes nem penas, mas STF admite para favorecer o réu (RE 254818/PR). 
	Princípio da limitação das penas: A CF prevê, em seu art. 5º, XLVII, que não haverá penas de morte (salvo em caso de guerra declarada), de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento ou cruéis. (dignidade da pessoa humana)
	Princípio da responsabilidade pessoal: somente o condenado é que terá de se submeter à sanção que lhe foi aplicada pelo Estado.
	CRIMES CONTRA A PESSOA
	HOMICÍDIO		
	HOMICÍDIO DOLOSO SIMPLES: ART. 121 MATAR ALGUÉM:
	Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
	TIPO NORMAL SOMENTE TEM ELEMENTOS OBJETIVOS
	SUJEITO ATIVO: pode ser praticado por qualquer pessoa (CRIME COMUM). O tipo não exige qualidade ou condição especial do agente.
	HOMICÍDIO PRATICADO POR IRMÃOS XIFÓPAGOS / SIAMESES
Homicídio praticado por um dos irmãos, que ainda estão unidos, o que deve ser feito?
Questão: Se um deles matar uma pessoa, já que cada um pode ter uma ação, os dois respondem pelo crime? 
Resposta: Havendo o conflito entre o estado de liberdade do inocente (gêmeo que não praticou a ação), prevalece o seu direito de liberdade. (cria-se uma impunidade em benefício ao inocente). 
DOUTRINA DIVERGENTE: a) absolvição do irmão que matou; b) suspensão da condenação.
	SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. 
	Para que haja o crime, não é necessário que se trate de vida viável, bastando a prova de que a vítima nasceu viva e com vida estava no momento da conduta criminosa do agente. 
	O que acontece quando se quer matar apenas um irmão xifópago, mas acaba matando os dois? Responde por qual crime? 
 responde por duplo homicídio, com dolo direto de primeiro grau, em relação ao irmão que se queria matar, e dolo direto de segundo grau em relação ao outro, pois o resultado para o irmão que não se quer matar é certo e necessário. Concurso formal impróprio. 
	ATENÇÃO
	MATAR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
	Art. 121 – CP
	Art. 29 – Lei 7179/83
	SEM MOTIVAÇÃO POLÍTICA 
	COM MOTIVAÇÃO POLÍTICA 
	VAI A JÚRI 
	NÃO VAI A JÚRI 
	
	Art. 29 - Matar qualquer das autoridades referidas no art. 26.
Pena: reclusão, de 15 a 30 anos
	
	 Quando o sujeito passivo for o Presidente da República, Presidente do Senado, Presidente da Câmara, Presidente do STF e a morte ocorrer por motivo político, o agente responde pelo artigo 29 da Lei de Segurança Nacional (7170/83).
	
	COMPETÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL.
Art. 121 TIRAR A VIDA DE ALGUÉM
	VIDA INTRA UTERINA
	VIDA EXTRA-UTERINA
	ABORTO
	HOMICÍDIO 
INFANTICÍDIO 
	QUANDO SE INICIA O PARTO?
	1ª CORRENTE:
	2ª CORRENTE
	3ª CORRENTE
	Com o completo e total desprendimento das entranhas maternas.
	Inicia-se o parto desde as dores típicas do parto. 
	Com a dilatação do colo do útero. 
QUESTÃO: “A gestante que quer realizar o aborto, expulsa o feto. Este morre 6 meses depois em consequência da expulsão, (em decorrência da manobra abortiva), por qual crime ela responde, aborto ou homicídio? 
 Como a ação que gerou a morte foi o aborto, responde por aborto.
CUIDADO: No Brasil a eutanásia é crime, é homicídio ceifar a vida, ainda que esta não seja uma vida viável. 
	 CRIME DE AÇÃO / EXECUÇÃO LIVRE: 
AÇÃO / OMISSÃO
MEIOS DIRETOS / INDIRETOS 
	CAPUT PUNIDO A TÍTULO DE DOLO 
	É animus necandi ou animus occidendi. A conduta do agente é dirigida finalisticamente a causar a morte de um homem.
DOLO DIRETO
DOLO EVENTUAL 
	OBS: Os motivos do crime não excluem o dolo, podendo configurar um privilégio ou uma qualificadora. 
	CONSUMAÇÃO: COM A MORTE ENCEFÁLICA. Art. 3º, Lei 9439/97.
	 
	É POSSÍVEL TENTATIVA DE HOMICÍDIO, pois o crime é plurissubsistente, admite fracionamento da execução. 
	É POSSÍVEL A TENTATIVA NO CASO DO DOLO EVENTUAL?
	 Existe vontade tanto no dolo direto quando no dolo eventual. Sendo assim ambos admitem a tentativa (maioria da doutrina e jurisprudência) 
	OBS: GRECO discorda.
	O HOMICÍDIO SIMPLES PODE SER HEDIONDO?
	SERÁ HEDIONDO SOMENTE QUANDO PRATICADO EM ATIVIDADE TÍPICA DE GRUPO DE EXTERMÍNIO, AINDA QUE POR UM SÓ AGENTE. Obs: Prática típicado grupo de extermínio é matar sem saber quem está matando, mas mata-se por saber das raízes da pessoa, do seu grupo social, sexual, preferências religiosas Ex. Chacina, matança em geral (Candelária, Vigário Geral).
QUANTAS PESSOAS SÃO NECESSÁRIAS PARA SE FALAR EM UM GRUPO DE EXTERMÍNIO?
	FERNANDO CAPEZ
2 pessoas 
	PARA ALEXANDRE DE MORAIS
3 PESSOAS.
GRUPO ≠ PAR
GRUPO≠ BANDO
	ALBERTO SILVA FRANCO. Como o legislador não deu um conceito para o grupo de extermínio = grupo = bando = quadrilha …. 
Por analogia à quadrilha são 4 também o número de pessoas
	
	
	Melhor doutrina
	O diferencial do grupo de extermínio é que o crime pode ser praticado por um só dos indivíduos do grupo. O GRUPO DE EXTERMÍNIO é impessoal em relação a vítima, mas determinado em relação a sua classe social etnia, raça, cor, opção sexual, etc.. Ex: Skinhead – matar homossexuais. 
 
	QUEM É QUE DECIDE SE O HOMICÍDIO FOI PRATICADO EM GRUPO DE EXTERMINIO? OS JURADOS OU O JUIZ PRESIDENTE? (questão de prova)
	 POSIÇÃO MAJORIÁRIA - a verificação deste fato cabe ao juiz togado não devendo ser apresentado quesito específico aos jurados, já que a matéria diz respeito à aplicação da pena e não aos fatos. Contudo, uma 2ª CORRENTE, do Prof. Alberto Silva Santos (minoria), não concorda e acha que é o júri quem decide.
DIFERENÇA ENTRE O GRUPO DE EXTERMÍNIO ≠ GENOCÍDIO.
	GENOCÍDIO Lei 2889/56 - INTENÇÃO DESTRUIR NO TODO OU EM PARTE – EXTERMINAR 
	Quem com a intenção de destruir no todo ou em parte, grupo nacional, ético, religioso, pratica genocídio. 
	ATENÇÃO: No genocídio, não necessita a existência de um grupo. Uma única pessoa pode realizar o crime. 
	O GENOCÍDIO NÃO NECESSARIAMENTE ENVOLVE O HOMICÍDIO, já que pode se praticar o genocídio evitando que nasçam novas crianças da raça, grupo. Assim, impedindo o nascimento está se exterminando uma raça. 
	
	Genocídio de índios: competência da JF. Pelo juiz singular, salvo se houver concurso formal impróprio com o homicídio (aí vai para o júri).
 
	HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
	CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA
	§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima (homicídio emocional), o JUIZ PODE reduzir a pena de um sexto a um terço.
	TRÊS PRIVILÉGIOS:
	1. PRATICAR O CRIME IMPELIDO POR MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL. 
Ex. Matar um perigoso bandido que estava causando medo na comunidade. 
	2. IMPELIDO POR MOTIVO DE RELEVANTE VALOR MORAL. 
Matar para atender interesses particulares, porém ligados aos sentimentos de compaixão, misericórdia ou piedade. Ex: eutanásia.
	
3. HOMICÍDIO EMOCIONAL
	sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima
REQUISITOS:
	DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO.
	ATENÇÃO:	DOMÍNIO É ABSORVENTE E DURADOURO 
				≠ Mera influência - passageiro e transitório 
				Influência é minorante do artigo 65 III. 
	IMEDIATIDADE DA REAÇÃO 
	Será imediata a reação sem intervalo temporal. 
Enquanto perdurar o domínio da violenta emoção qualquer reação será considerada imediata. (O caso concreto é que dirá) 
	INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA
Não precisa corresponder a um crime, basta ser injusto. 
Pode ser dirigida a 3ºs e não necessariamente à vítima. (Pai que mata estuprador da filha)
	O PRIVILÉGIO SE COMUNICA A CO-AUTORES E PARTÍCIPES? Como não é elementar, não se comunica. É circunstância. 
	TEM NATUREZA SUBJETIVA OU OBJETIVA? Subjetiva.
ATENÇÃO: Crime privilegiado “TECNICAMENTE” deveria ter novo mínimo e máximo de penas. Ou seja, o tratamento dado no nosso ordenamento ao chamado homicídio privilegiado” é, na realidade, de um homicídio com causa de diminuição de pena.
	HOMICÍDIO PASSIONAL (crimes praticados com amor, paixão)
	A morte por ciúmes e a vingança pelo abandono da pessoa amada não constituem homicídio privilegiado. 
	HOMICÍDIO QUALIFICADO
SEMPRE HEDIONDO (são considerados hediondos desde 1994)
§ 2° Se o homicídio é cometido:
	I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
	II - por motivo fútil;
	III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
	IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
	V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
	MOTIVO TORPE
	MOTIVO FÚTIL
	MEIO CRUEL
	MODO SURPRESA
	FIM ESPECIAL
	SUBJETIVO
	SUBJETIVO
	OBJETIVO
	OBJETIVO
	SUBJETIVO
Art. 121 § 2º I - CASO CLÁSSICO DE INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA.
	INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA é o método de interpretação. É buscar o sentido da lei. 
Há uma fórmula casuística, exemplificativa na própria lei, seguida de uma fórmula genérica. É POSSÍVEL.
	ANALOGIA É uma forma de integração integrar é suprir lacunas. Ela consiste em uma situação fática não prevista em lei, em que aplica-se dispositivo legal previsto para o caso semelhante, desde que a lacuna seja involuntária. 
SÓ É POSSÍVEL QUANDO EM BENEFÍCIO DO RÉU.
	
	CONCURSO DE AGENTES
	MONOSUBJETIVO
	PLURISUBJETIVO 
	PODE SER PRATICADO POR 1 OU + AGENTES
	SOMENTE PODE SER PRATICADO POR NÚMERO PLURAL DE AGENTES 
	REGRA GERAL DOS HOMICÍDIOS
	EXCEÇÃO: HOMICÍDIO MERCENÁRIO
	
	Necessariamente teremos o mandante e o executor. Quem paga e quem mata mediante pagamento.
A QUALIFICADORA DO MOTIVO TORPE É SOMENTE DO EXECUTOR OU ELA SE APLICA AO MANDANTE TAMBÉM?
	1ª CORRENTE: A torpeza é elementar subjetiva comunicável.
Prevalece na jurisprudência, inclusive do STJ.
	2ª CORRENTE: A torpeza é circunstância subjetiva incomunicável.
Prevalece na doutrina moderna. 
Rogério Grecco. 
	
	Seria perfeitamente possível o mandante não estar agindo com ganância, motivos agnósticos.
Ex. Pagar alguém para realizar eutanásia, Matar o estuprador da filha.
QUAL A NATUREZA DA PAGA E PROMESSA RECOMPENSA? Prevalece que deve ter NATUREZA ECONÔMICA. 
Mas matar por recompensa sexual é torpe do mesmo jeito, não é o exemplo do homicídio mercenário mas é torpe.
E SE O AGENTE NÃO RECEBER O PAGAMENTO? 
O homicídio continua sendo qualificado. O que importa é a motivação do agente.
VINGANÇA / CIÚME SÃO TORPES ?
 Depende do que motivou isto.
II - POR MOTIVO FÚTIL;
CONCEITO: Quando o móvel do crime apresenta real desproporção entre o delito e a sua causa moral. É a pequeneza do motivo. Há um abismo entre a motivação e o comportamento extremo levado a efeito pelo agente. (Ex. briga no trânsito)
ATENÇÃO:
NÃO CONFUNDIR MOTIVO FÚTIL COM MOTIVO INJUSTO.
A injustiça não qualifica o homicídio, todos os crimes são injustos. 
HOMICÍDIO SEM MOTIVO É QUALIFICADO?
	1ª CORRENTE:
Se o motivo fútil qualifica, deve qualificar também a ausência de motivos.
PREVALECE NA JURISPRUDÊNCIA. 
	2ª CORRENTE:
Motivo fútil não pode ser equiparado a ausência de motivos, querer abranger a ausência de motivos seria uma analogia em
 malan parten, ferindo o princípio da legalidade.
Bittencourt
III - COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA, TORTURA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM;
A exemplo do inciso I, o inciso III também traz a interpretação analógica.
Para que o homicídio seja qualificado pelo emprego de veneno é indispensável que a vítima desconheça a circunstância de estar sendo envenenada. CHAMADO DE MEIO INSIDIOSO. Neste caso o agente irá responder pelo homicídio causado com o uso de MEIO CRUEL, ou seja, o fato de obrigar a vítima a tomar o veneno o qualifica como meio cruel de execução.
	MEIO INSIDIOSO
	Marido que dá para mulher substância com veneno, e após ela ingerir oferece o antídoto para ela. Não será um arrependimento eficaz, pois ele teria que desistir antes dela tomar o veneno.
Art. 15, CP
	EMPREGO DE FOGO OU EXPLOSIVO:
Também é qualificado, pois se trata de meio extremamente cruel de execução podendo colocarinclusive em risco um número indeterminado de pessoas. 
	EMPREGO DE ASFIXIA:
É o impedimento, por qualquer meio, da passagem do ar pelas vias respiratórias ou pulmões da pessoa, acarretando a falta de oxigênio no sangue, podendo, dependendo do tempo de suspensão da respiração, causar a morte. 
	Meio mecânico: Enforcamento, afogamento, estrangulamento, esganadura ou sufocação.
	Meio tóxico: produzido por gazes deletérios. 
	TORTURA:
HOMICÍDIO QUALIFICADO PELA TORTURA ≠ TORTURA SEGUIDA PELA MORTE
	No homicídio qualificado pela tortura, o sujeito age com animus necandi, com vontade de matar. A tortura é um MEIO PARA COMETER O HOMICÍDIO.
	Na tortura qualificada pela morte, o dolo é de tortura, mas acaba por causar morte
Crime preterdoloso. Para Bittencourt é qualificado pelo resultado.
A vontade não é matar, mas sim torturar. 
	
	Lei 9455/97, artigo 1º § 3º.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos
É POSSÍVEL TORTURA SEGUIDA DE HOMICÍDIO?
 Sim porque você tortura, você pretende uma confissão, após obtida a confissão, elimina-se o réu. Responderá por TORTURA EM CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO COM HOMICÍDIO qualificado para facilitar a ocultação de outro crime. 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA. 
PREMEDITAÇÃO QUALIFICA O CRIME DE HOMICÍDIO?
 Não, ela por si só não qualifica. 
MATAR UMA PESSOA IDOSA JÁ SERVE PARA QUALIFICAÇÃO DO HOMICÍDIO POR CAUSA DE UM RECURSO QUE TORNOU IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO? 
 NÃO. 
A idade da vítima, tenra ou avançada, por si só não qualifica o crime, pois não é recurso procurado ou utilizado pelo agente, mas sim uma característica inerente à vítima. 
	TRAIÇÃO
	EMBOSCADA
	DISSIMULAÇÃO
	Ataque desleal, repentino e inesperado.
	Pressupõe ocultamento do agente, que ataca a vítima com surpresa.
	Fingimento, ocultando o agente a sua intenção hostil, apanhando a vítima desatenta e indefesa. 
HOMICÍDIO QUALIFICADO PELA CONEXÃO 
V - PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A IMPUNIDADE OU VANTAGEM DE OUTRO CRIME:
Mata-se pensando em outro crime, neste caso TEREMOS A CONEXÃO.
CONEXÃO TELEOLÓGICA Agente mata para assegurar a execução de crime futuro 
Ex. Matar segurança de uma pessoa para estuprá-la. 
CONEXÃO CONSEQUENCIAL Mata para assegurar vantagem impunidade ou ocultação de crime passado.
	CONEXÃO OCASIONAL QUALIFICA O CRIME DE HOMICÍDIO?
	Conexão ocasional, não é matar para assegurar crime, é matar por ocasião de um crime. 
CONEXÃO OCASIONAL Não há vínculo finalístico entre o crime e o homicídio. NÃO QUALIFICA O HOMICÍDIO.
PARA QUALIFICAR POR UMA DAS CONEXÕES ACEITAS, O CRIME FUTURO OU PRETÉRITO TEM QUE SER OU TER SIDO PRATICADO PELO HOMICIDA? 
 NÃO “OUTRO CRIME” pode ser de autoria do próprio homicida ou de pessoa diversa. 
PARA INCIDÊNCIA DA CONEXÃO TELEOLÓGICA O CRIME FUTURO QUE FOMENTOU O HOMICÍDIO TEM QUE ACONTECER?
 É DISPENSADO, aliás ocorrendo crime futuro haverá concurso material de delitos. E não enxergamos nenhum tipo de bis in idem. 
MATAR PARA ASSEGURAR A VANTAGEM DE CONTRAVENÇÃO PENAL INCIDE A QUALIFICADORA?
 NÃO INCIDE ESTA QUALIFICADORA, mas pode incidir o motivo fútil ou torpe.
É POSSÍVEL O HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO?
 TECNICAMENTE É INCORRETO DIZER QUE ELE É DUPLAMENTE QUALIFICADO, pois ele será qualificado por um dos motivos e as demais circunstâncias serão consideradas: (2 correntes) Como circunstâncias judiciais ou como agravantes. 
Exemplo: Matar por motivo torpe, meio cruel e a traição. à art. 121 § 2º I, II, IV.
O INCISO I SERVIRÁ DE QUALIFICADORA E a pena JÁ IRÁ VARIAR DE 12 A 30 ANOS, JÁ OS DOIS OUTROS INCISOS DEVEM SERVIR PARA QUE?
	1ª Corrente: Servem de circunstâncias judiciais desfavoráveis para incidência no patamar de 12 a 30 anos, PENA BASE. 
	2ª Corrente: 
Devem figurar como agravantes, pois todas estão previstas no artigo 61 do CP.
	STF: Apesar da disputa doutrinária e jurisprudencial, VEM ADOTANDO ESTA CORRENTE.
	
É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE UM HOMICÍDIO PRIVILEGIADO E QUALIFICADO?
 SIM é perfeitamente possível a existência de um homicídio qualificado privilegiado, desde que a qualificadora tenha natureza objetiva e não haja incompatibilidade entre as circunstâncias (STF).
O homicídio qualificado privilegiado não é considerado crime hediondo. Doutrina majoritária. O privilégio acaba por considerar o motivo da realização do crime como nobre o que incompatibiliza com a característica do crime hediondo.
QUANDO HOUVER INCOMPATIBILIDADE ENTRE QUALIFICADORA E PRIVILÉGIO QUAL DEVERÁ PREVALECER? Prevalece o privilégio, porque uma vez reconhecido o privilégio, perde-se a razão das qualificadoras subjetivas. O JUIZ IRÁ CONSIDERAR AS QUALIFICADORAS SUBJETIVAS PREJUDICADAS. É POR ORDEM DE VOTAÇÃO - Primeiro se vota a tese da defesa e depois a da acusação. 
	HOMICÍDIO CULPOSO
	§ 3º SE O HOMICÍDIO É CULPOSO:
	Pena - detenção, de um a três anos.
	Admite suspensão condicional do processo.
	CONCEITO: Ocorre o homicídio culposo quando o agente, com manifesta imprudência, negligência ou imperícia, deixa de empregar a atenção ou diligência de que era capaz, provocando com sua conduta, o resultado lesivo morte previsto (culpa consciente) ou previsível (inconsciente), porém jamais aceito ou querido. 
	IMPRUDÊNCIA
	NEGLIGÊNCIA
	IMPERÍCIA
	É a precipitação, afoiteza, agindo o agente sem os cuidados que o caso requer.
	É a ausência de precaução. A negligência é negativa, omissão. 
	É a falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão.
	AFOITEZA / PRECIPITAÇÃO Conduta positiva praticada pelo agente que, por não observar o seu dever de cuidado, causa resultado lesivo que era previsível. 
	Falta de precaução.
é um deixar de fazer aquilo que a diligência normal impunha. 
	Falta de aptidão técnica p/ o exercício de arte ofício ou profissão. Ligada a aptidão profissional do agente. É o caso do agente que em um determinado momento apesar de ser capacitado para tal ato age em desacordo com o “natural” e causa o dano.
Tipo aberto.
A ESFERA DA CULPA inclui a imperícia, a negligência e a imprudência, mas deve o julgador verificar também a CONDUTA do agente que produziu o resultado.
NÃO RESPONDE PELA TENTATIVA CULPOSA.
PREVISIBILIDADE CONDICIONADA AO DEVER DE CUIDADO. QUEM NÃO PODE PREVER NÃO TEM A SEU CARGO O DEVER DE CUIDADO.
	PREVISIBILIDADE OBJETIVA: É a substituição do agente por um homem médio para procurar saber se com a substituição o resultado não ocorresse saberia que o resultado é previsível. 
Se mesmo assim o fato continua ocorrendo, conclui-se que o caso extrapola as condições normais e não lhe pode ser atribuído.
	PREVISIBILIDADE SUBJETIVA: Analisa-se as limitações e as experiências daquela pessoa cuja previsibilidade está se aferindo em caso concreto.
CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL DO DELITO CULPOSO:
AFERIÇÃO DA PREVISIBILIDADE DO AGENTE: Se o fato escapar totalmente à sua previsibilidade, o resultado não lhe pode ser atribuído, mas sim ao caso fortuito ou a força maior. 
EXISTE COMPENSAÇÃO DE CULPAS NO DIREITO PENAL? Não. Mas a culpa concorrente da vítima pode atenuar a responsabilidade do agente.
CÓDIGO DE TRÂNSITO – TRATAMENTO DIFERENCIADO
O TRATAMENTO DIFERENCIADO NÃO VIOLARIA A PROPORCIONALIDADE E A ISONOMIA?
COMO SERIA POSSÍVEL QUE O MESMO CRIME (DESVALOR DO RESULTADO SER O MESMO) POSSUA PENAS DIFERENTES? 
Se for analisada a questão somente sob a ótica do desvalor do resultado seria inconstitucional, pois o desvalor do resultado é o mesmo.
CONSTITUCIONALIDADE: É analisada sobre o desvalor da conduta. Porque o desvalor da conduta é mais grave no trânsito, a conduta no trânsito negligente gera muito mais perigo do que a conduta fora do trânsito. 
PODERIA O JUIZ APLICANDO A PROPORCIONALIDADE APLICARA PENA DO CP AO HOMICÍDIO CULPOSO PRATICADO NA CONDUÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR? 
OBS: SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO .
STJ e STF não admitem que o poder judiciário a título de princípio da isonomia aplique pena distinta daquela cominada na lei, pois estaria ocorrendo uma invasão de poderes. 
	
 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA.
	§ 4o. No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante...
	...sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
	Homicídio culposo
	Homicídio doloso
MAJORANTES PARA O HOMICÍDIO CULPOSO
	INOBSERVÂNCIA DE REGRA TÉCNICA PARA O EXERCÍCIO DE PROFISSÃO ARTE OU OFÍCIO.
O AGENTE TEM O CONHECIMENTO. MAS NÃO O OBSERVA NO CASO CONCRETO.
≠ imperícia - não domina as técnicas para o exercício de profissão, arte ou ofício
	Ex. Médico que tem o conhecimento, mas não observa as normas técnicas.
	SOMENTE PROFISSIONAL
DEIXAR DE PRESTAR SOCORRO:
Quando é possível fazer.
Não incide o artigo 135 do CP (crime autônomo) evitando-se o bis in idem. 
QUANDO NÃO SERÁ APLICADA ESTA CAUSA DE AUMENTO DE PENA? 
1º Morte instantânea da vítima 
2ª Quando o agente não tem condições de prestar o socorro mediato ou imediato.
Medo de represálias;
3º Socorro prestado por 3ºs, pois seria incabível condenar o médico que não presta socorro, se o socorro já foi prestado por uma 3ª pessoa que estava mais apta a ajudar e com maiores recursos.
NÃO EXCLUI A MAJORANTE O AGENTE QUE ACHA QUE O SOCORRO DELE É INÚTIL.
ATENÇÃO: Se o autor do crime, apesar de reunir condições de socorrer a vítima (ainda viva), não o faz, concluindo pela inutilidade da ajuda em razão da gravidade da lesão provocada, não escapa do aumento de pena do 121 § 4º. 
STF: Ao paciente não cabe proceder à avaliação quanto à eventual ausência de utilidade de socorro. 
NÃO DIMINUIU AS CONSEQÜÊNCIAS DOS SEUS ATOS
FUGIR PARA EVITAR O FLAGRANTE 
O agente demonstra insensibilidade moral, ausência de escrúpulo bem como prejudica a investigação. (maioria da doutrina não enxerga nenhuma inconstitucionalidade). CRITICA: Sanches - ofende o direito de não produzir prova contra si mesmo. 
	MAJORANTES DO HOMICÍDIO DOLOSO
	CRIME PRATICADO CONTRA A PESSOA:
Pessoa menor de 14 anos
Pessoa maior de 60 anos. 
INDISPENSÁVEL QUE A IDADE DO OFENDIDO INGRESSE NA ESFERA DE CONHECIMENTO DO AGENTE, SOB PENA DE RESPONSABILIZÁ-LO OBJETIVAMENTE. 
	PERDÃO JUDICIAL
	§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
	PERDÃO JUDICIAL NÃO SE APLICA A NENHUMA MODALIDADE DE HOMICÍDIO DOLOSO. 
	PERDÃO JUDICIAL: É o instituto pelo qual o juiz, não obstante a prática de um fato típico e antijurídico por um sujeito comprovadamente culpado, deixa de aplicar, nas hipóteses taxativamente previstas em lei o preceito sancionador cabível, levando-se em consideração determinadas circunstâncias que concorram para o evento. 
	Hipótese de falta do interesse estatal de punir. 
	PERDÃO JUDICIAL
	PERDÃO DO OFENDIDO
	NATUREZA JURÍDICA: Causa extintiva da punibilidade, 
Unilateral. 
O PERDÃO JUDICIAL SÓ PODE SER CONCEDIDO AO TÉRMINO DO PROCESSO, PELO MAGISTRADO.
APÓS O RECONHECIMENTO DO HOMICÍDIO CULPOSO (posição que prevalece).
	Natureza jurídica: é causa extintiva de punibilidade. 
Bilateral 
Quem é que concede o perdão? É o ofendido, (querelante - ação penal privada). 
NO CURSO DA AÇÃO PENAL PRIVADA. DEPENDE DE ACEITAÇÃO.
QUAL O MOMENTO DA CONCESSÃO DO PERDÃO JUDICIAL?
O perdão judicial extingue a punibilidade, sendo assim a maioria da doutrina entende que o perdão judicial somente pode ser concedido ao final do processo, na sentença. Ou seja, antes de se declarar o perdão judicial é necessário declarar que o agente praticou um ilícito culpável. (Posição Tradicional)
NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA DE CONCESSÃO PERDÃO JUDICIAL
	1ª CORRENTE: condenatória. 
Interrompe a prescrição. 
Serve como título executivo judicial 
Pressupõe o devido processo legal, não cabe na fase de inquérito policial. 
	2ª CORRENTE: declaratória extintiva da punibilidade. (STJ)
Não interrompe a prescrição. 
Não serve como título executivo judicial 
Cabe na fase de inquérito policial. 
	
	CRÍTICA AO 3º REQUISITO
por um sujeito comprovadamente culpado
PERDÃO JUDICIAL - É RECONHECIMENTO DE CULPA
INDISPENSÁVEL DEVIDO PROCESSO LEGAL 
CPP Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verifica 
IV - extinta a punibilidade do agente.
ATENÇÃO: PERDÃO JUDICIAL NÃO CABE NO DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA PORQUE AO INVÉS DE RECONHECER A ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA ESTAR-SE-IA RECONHECENDO CULPA SUMARIAMENTE.
CRÍTICA: A súmula 18 STJ estaria errada, o CP teria adotado a 1ª corrente, no Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial, (apesar de condenatória), não será considerada para efeitos de reincidência.
Este artigo somente tem razão de existir se a sentença é condenatória, se ela é declaratória extintiva não teria razão de ser deste artigo 120.
CABE PERDÃO JUDICIAL NO HOMICÍDIO CULPOSO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO?
 Somente cabível quando há expressa previsão legal. 
Obs: Perdão judicial nos crimes de trânsito – estava previsto no art. 300, que foi vetado pelo Presidente da República levando a discussão sobre continuar ou não cabendo o perdão judicial nos delitos culposos de trânsito. As razões do veto fazem com que se entenda pela aplicação do perdão judicial. 
RESUMO:
É ADMITIDO PERDÃO JUDICIAL NO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
EUTANÁSIA, DISTANÁSIA E ORTOTANÁSIA
	EUTANÁSIA
	DISTANÁSIA
	ORTOTANÁSIA
	Homicídio piedoso, no qual o agente antecipa a morte da vítima, acometida de uma doença incurável, com a finalidade, quase sempre, de se abreviar-lhe algum tipo de sofrimento. 
	Morte lenta, prolongada, com sofrimento, a exemplo daqueles pacientes que são mantidos vivos por meio de aparelhos, sem qualquer chance de sobrevivência caso os aparelhos sejam desligados.
	Suspensão de medicamentos ou meios artificiais de vida de um paciente em coma irreversível e considerado em “morte encefálica”.
	Geralmente é praticada a pedido ou com consentimento da própria vítima.
	Nesta conduta não se prolonga a vida propriamente dita, mas o processo de morte.
	
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO 
ART. 122 - INDUZIR OU INSTIGAR ALGUÉM A SUICIDAR-SE OU PRESTAR-LHE AUXÍLIO PARA QUE O FAÇA:
PENA - RECLUSÃO, DE DOIS A SEIS ANOS, SE O SUICÍDIO SE CONSUMA; OU RECLUSÃO, DE UM A TRÊS ANOS, SE DA TENTATIVA DE SUICÍDIO RESULTA LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE.
SUICÍDIO: É eliminação VOLUNTÁRIA e DIRETA da própria vida. O crime é instigar, induzir ou prestar auxílio.
SUJEITO ATIVO: Crime comum, não exigindo qualidade especial do agente. SE O AGENTE (quem induz, auxilia e instiga,) PRATICAR ATOS EXECUTÓRIOS RESPONDE POR HOMICÍDIO.
PERGUNTA PRÁTICA:
“A” induz “B” a auxiliar “C” a se matar. C morre. 
QUE CRIME PRATICOU A? “A” PRATICOU PARTICIPAÇÃO NO 122 - SIM É PERFEITAMENTE POSSÍVEL A PARTICIPAÇÃO.
SUJEITO PASSIVO:
	Qualquer PESSOA CAPAZ pode ser vítima. 
		Somente capaz, com vontade própria pode ser vítima 
	ATENÇÃO: Vítima, com capacidade de discernimento de autodeterminação. Caso não tenha estaremos diante de um homicídio; DEVE SER DETERMINADO
INDISPENSÁVEL:
VÍTIMA DETERMINADA / DETERMINADAS.
Não será considerado partícipe em suicídio se a instigação se faz de modo geral aos cornos, por exemplo.
QUAL CRIME PRATICA QUEM INDUZ VÍTIMA INDETERMINADA A SUICIDAR-SE?
 É FATO ATÍPICO. 
CONDUTAS: 
3 Núcleos
	INDUZI
Criar uma ideia atéentão inexistente.
	INSTIGA
Reforçar a ideia existente
PARTICIPAÇÃO MORAL
	AUXÍLIO:
Prestar assistência material. Não pode haver intervenção em atos executórios (matar), pois neste caso seria 121.
	CRIME PLURINUCLEAR OU DE AÇÃO MÚLTIPLA
	Se praticado mais de um núcleo dentro do mesmo contexto fático o crime continua sendo único. O juiz é que vai considerar a pluralidade de núcleos na fixação da pena base. 
	A CONDUTA DO AGENTE DEVE DE ALGUMA MANEIRA EXERCER INFLUÊNCIA NA VONTADE DA VÍTIMA. 
	EXISTE AUXÍLIO POR OMISSÃO? A única possibilidade de omissão cabível seria a de natureza imprópria, (comissiva-omissiva) – DEVER JURÍDICO DE AGIR. 
	Relação de direito que crie a custódia e assistência em face do suicida, tinha o dever jurídico de impedi-lo. Garantidor que poderia agir para evitar o resultado. 
ATENÇÃO: COAÇÃO EXERCIDA PARA EVITAR UM SUICÍDIO NÃO É CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
NÃO EXISTE A MODALIDADE CULPOSA.
 TIPO SUBJETIVO
	SOMENTE A TÍTULO DE DOLO DIRETO OU EVENTUAL. 
	
CONSUMAÇÃO:
	DOUTRINA CLÁSSICA
Nelson Hungria
	DOUTRINA MODERNA
Mirabeti 
PREVALECE
	BITENCOURT
	INDUZIMENTO / INSTIGAÇÃO / AUXILIO 
CONSUMA-SE
	INDUZIR / INSTIGAR /AUXILIA 
É EXECUÇÃO DO CRIME
	INDUZIR / INSTIGAR /AUXILIA 
É EXECUÇÃO DO CRIME
	PUNIBILIDADE 
Condicionada:
Morte: 2 a 6 anos
Lesão Grave: 1 a 3 anos 
Resultados Condicionam a Punibilidade
	CONSUMAÇÃO: 
RESULTADOS:
Morte: 2 a 6 anos
Lesão Grave: 1 a 3 anos 
Resultado naturalístico necessário para a consumação.
	RESULTADOS:
Morte: 2 a 6 anos
CONSUMAÇÃO
Lesão Grave: 1 a 3 anos 
TENTATIVA
	Induzimento à Morte. 
Art. 122 consumado + punível
	Induzimento à Morte. 
Art. 122 Consumado (2 a 6)
	Induzimento à Morte. 
Art. 122 Consumado (2 a 6)
	Induzimento à Lesão Grave
Art. 122 consumado + Punível 
	Induzimento à Lesão Grave
Art. 122 Consumado (1 a 3)
	Induzimento à Lesão Grave
ART. 122 TENTADO
TENTATIVA SUI GENERIS 
	Induzimento: Não morre - não sofre lesão grave.
Art. 122 consumado (não punível)
	Induzimento - Não morre - não sofre lesão grave.
FATO ATÍPICO.
	Induzimento - Não morre - não sofre lesão grave.
FATO ATÍPICO.
	OBS: O CRIME NÃO ADMITE TENTATIVA.
	
	ELE ADMITE A TENTATIVA DO 122.
EQUÍVOCO:
SUICÍDIO NÃO É CRIME. 
Seria uma punição de tentativa de forma sui generes sem precisar do auxilio do artigo 14.
.. SE DA TENTATIVA DE SUICÍDIO RESULTA LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE...
	Tentativa é juridicamente impossível.
	
	
	CRITICA: Trata os resultados como condição objetiva de punibilidade. E a condição objetiva de punibilidade não fazem parte do dolo. 
Condição objetiva de punibilidade é exterior a vontade do agente, e neste caso o agente tem vontade destes resultados. 
	Não admite tentativa, é um exemplo de crime material plurissubsistente que não admite a tentativa.
	
PARÁGRAFO ÚNICO - A PENA É DUPLICADA:
AUMENTO DE PENA
I - SE O CRIME É PRATICADO POR MOTIVO EGOÍSTICO;
II - SE A VÍTIMA É MENOR OU TEM DIMINUÍDA, POR QUALQUER CAUSA, A CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA.
O QUE É SER VÍTIMA MENOR?
DOUTRINA MENOR É AQUELE COM 18 ANOS INCOMPLETOS PARA BAIXO. ACIMA DE 18 ANOS É CONSIDERADO MAIOR. 
Existe limite para o menor? 
O que é considerado menor para aumento de pena.
	Art. 122 AUMENTO DE PENA
	14 ANOS > < 18 ANOS
	Pena dobrada.
	Art. 121 HOMICÍDIO
	< 14 anos (menor que 14)
Presunção da incapacidade de discernimento. 
	DOUTRINA MAJORITÁRIA
	INFANTICÍDIO
Nada mais é do que uma modalidade especial de homicídio.
Art. 123 - Matar, SOB A INFLUÊNCIA DO ESTADO PUERPERAL, o PRÓPRIO FILHO, DURANTE O PARTO OU LOGO APÓS:
	ART. 121
	ART. 123
	HOMICÍDIO
	INFANTICÍDIO 
	Conduta: Matar Alguém
	Conduta: Matar Alguém 
	SUJEITO PASSIVO: COMUM
SUJEITO ATIVO: COMUM
MOMENTO: COMUM
CONDIÇÃO: COMUM
	SUJEITO PASSIVO: ESPECIAL 
SUJEITO ATIVO: ESPECIAL 
MOMENTO: ESPECIAL
CONDIÇÃO PSÍQUICA: ESPECIAL 
	
	O artigo 123 possui elementares que acrescentadas ao matar alguém torna o 121 especial, transforma o 123 em um homicídio especializado.
	
	ESPECIALIZANTES
SUJEITO ATIVO:
	CRIME PRÓPRIO: GESTANTE
ADMITE O CONCURSO DE AGENTES? 
	O ESTADO PUERPERAL É COMUNICÁVEL OU NÃO?
 O artigo 30 do CP conclui que as elementares subjetivas e objetivas são comunicáveis. Conclui que as circunstâncias objetivas também são comunicáveis. 
	Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, SALVO QUANDO ELEMENTARES DO CRIME.
	O Art. 30 diz que somente as circunstâncias subjetivas são incomunicáveis.
	
	ESTADO PUERPERAL É UMA ELEMENTAR SUBJETIVA COMUNICÁVEL.
SUJEITO ATIVO: POSSIBILIDADE - CONCURSO DE PESSOAS. 
	PARTURIENTE MATANDO / MÉDICO INDUZINDO.
	QUAL É O CRIME?
	MÃE
	MÉDICO
	Art. 123 
	ART. 123 (partícipe)
	PARTURIENTE E MÉDICO MATAM O NASCENTE OU NEONATO. CO-AUTORIA. 
	APLICA-SE ERRO QUANTO A PESSOA: 
	RESPONDE COMO SE TIVESSE MATADO A PESSOA CERTA. (art. 20 §3º) 
	
	INFLUÊNCIA DO ESTADO PUERPERAL
É um elemento cronológico. 
É um elemento psicológico. 
	ESTADO PUERPERAL
	PUERPERO.
	É o desequilíbrio físico psíquico. É o estado que envolve a parturiente durante a expulsão da criança do ventre materno. Deixando-a sem condições plenas de entender o que está fazendo. 
É uma hipótese de semi imputabilidade que foi tratada pelo legislador com a criação de um tipo penal especial.
	É o período que se estende do início do parto até a volta da mulher às condições pré-gravidez. 
ATENÇÃO: Dependendo do grau de desequilíbrio físico psíquico oriundo do parto, pode a gestante ser considerada portadora de doença ou perturbação da saúde mental, aplicando-se as disposições dos art. 26, caput, ou parágrafo único (inimputável) caso tenha ela, em razão da causa biológica, retirada total ou parcialmente a capacidade de entendimento ou de autodeterminação. 
	 MATAR ALGUÉM
	 DURANTE OU LOGO APÓS
	ESTADO PUERPERAL
	Para que se configure o delito descrito no artigo 123, não basta que a mãe mate o nascente ou neonato, durante ou logo após o parto sob a influência do estado puerperal, sendo IMPRESCINDÍVEL que haja uma relação de causa e efeito entre tal estado e o crime. Previsto na exposição de motivo do CP (item 40).
	CRIME PUNIDO A TÍTULO DE DOLO: DIRETO OU EVENTUAL 
O QUE ACONTECE SE FOR A MORTE CULPOSA, SOB A INFLUÊNCIA DO ESTADO PUERPERAL? Qual crime pratica a parturiente que culposamente, sob a influência do estado puerperal mata o neonato? Fato atípico x Homicídio culposo (majoritária).
	CONSUMAÇÃO
	MORTE DO NASCENTE / NEONATO
	ABORTO 
	É EXCEÇÃO A TEORIA MONISTA pune de forma diversa a gestante e o terceiro que a ajuda a praticar o delito. Por esta razão esta teoria é moderada temperada e não pura, já que existem exceções como esta.
	ABORTO: Interrupção da gravidez, com a destruição do produto da concepção.
	Há casos em que a gestante morre antes da expulsão do feto, no entanto, mesmo assim está configurado o crime de aborto.
ESPÉCIES DE ABORTO:
ABORTO NATURAL: Interrupção espontânea da gravidez, normalmente causada por problemas de saúde da gestante. (INDIFERENTE PENAL) 
ABORTO ACIDENTAL: Decorrentes de queda, traumatismo, acidentes em geral. (INDIFERENTE PENAL)
ABORTAMENTO CRIMINOSO: Art. 124 a 127 CP. 
ABORTAMENTO LEGAL / PERMITIDO: Art. 128 CP. 
ABORTO MISERÁVEL / ECONÔMICO SOCIAL: Incapacidade financeira de sustentar a vida futura. É CRIME.
ABORTO “honoris causa”: Realizado para interromper gravidez adulterina. 
ABORTO EUGÊNICO / EUGENÉSICO: Praticado para interromper gravidez de risco. Praticado par interromper gravidez de risco em razão de anomalias fetais. (É CRIME?)
Abortamento do FETO ANENCÉFALO é uma espécie deste aborto. STF – NÃO É CRIME.
	ABORTO CRIMINOSO
	Art. 124 
	Art. 125 
	Art. 126
	Gestante provoca o aborto
	Consente que outrem pratique o aborto.
	Aborto por 3º SEM o consentimento válido.
	Aborto COM o consentimento válido da gestante
	CONCURSO DE PESSOAS -SOMENTE NA MODALIDADE PARTÍCIPE.CRIME DE MÃO PRÓPRIA. Exige uma qualidade especial do agente e só pode ser praticado pessoalmente. Não comporta delegação.
	
	
OBJETIVIDADE JURÍDICA:
VIDA INTRA UTERINA Tem inicio A PARTIR DA NIDAÇÃO, que é a fixação do óvulo no útero, 
ANTES DESTE PERÍODO NÃO SE PODE FALAR EM CRIME DE ABORTO
NO DIREITO PENAL - GRAVIDEZ SE DÁ COM A NIDAÇÃO. Isso faz da pílula do dia seguinte um fato atípico.
ART. 124 - PROVOCAR ABORTO EM SI MESMA OU CONSENTIR QUE OUTREM LHE PROVOQUE:
PENA - DETENÇÃO, DE UM A TRÊS ANOS.
	CRIME COMUM:
	Não exige condição especial do agente e admite co-autoria e participação. 
	CRIME PRÓPRIO
	Exige condição especial do agente e igualmente admite 
CO-AUTORIA / PARTICIPAÇÃO.
Luiz Regis Prado. Admite co-autoria, Exceção pluralista a teoria monista, o co-autor responde pelo 126.
É EXCEÇÃO A TEORIA MONISTA
	CRIME DE MÃO PRÓPRIA / CONDUTA INFUNGÍVEL
	A exemplo do crime próprio, exige condição especial do agente porém SÓ ADMITE PARTICIPAÇÃO.
Bittencourt. Co-autor - Responde pelo 126.
ARTIGO. 124 Seria o caso do namorado que instiga a namorada levando a clínica para o aborto, responderá como participe do 124. (PARTÍCIPE)
ARTIGO. 126 Médico que é convencido por um amigo a realizar um aborto(CO-AUTOR). O que induz responde como partícipe. 
ARTIGO. 125 - Quem instiga a praticar o aborto sem o consentimento da gestante.
TAMBÉM SÃO EXCEÇÕES À TEORIA MONISTA: Falso Testemunho, Corrupção (317 / 333), Facilitação de contrabando (318 / 334) Nova Lei de Drogas – Traficante / Financiador(Artigo 36), Traficante / Colaborador (artigo 37)
ART. 124: DOIS COMPORTAMENTOS PUNIDOS
	AUTO ABORTO
	CONSENTIMENTO CRIMINOSO
CRIME DE AÇÃO MÚLTIPLA
CRIME PUNIDO A TÍTULO DE DOLO,
DOLO GENÉRICO;
DOLO EVENTUAL; 
Gestante suicida, que tem seu suicídio frustrado, esta assume o risco de interromper a gravidez. 
	DOLOSO
	CULPOSO (ACIDENTAL)
	CP – art 124, 125 e 126
	Não há previsão legal, não se pune. É um indiferente penal.
ABORTO CULPOSO FATO ATÍPICO.
CONSUMAÇÃO:
O crime se consuma com a morte do feto, pouco importando se esta ocorre dentro ou fora do ventre materno desde que decorrente das manobras abortivas. 
INEXISTE O CRIME NAS MANOBRAS ABORTIVAS REALIZADAS PELA MULHER QUE ERRONEAMENTE ACREDITA ESTAR GRÁVIDA (delito putativo ou de alucinação) Diga-se o mesmo quando o feto já está morto. 
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO
	ART. 125 - PROVOCAR ABORTO, SEM* O CONSENTIMENTO DA GESTANTE:
	PENA - RECLUSÃO, DE TRÊS A DEZ ANOS. (inafiançável)
	*OU DISSENSO PRESUMIDO.
Dissenso (consentimento dado por gestante não maior de 14 anos ou alienada mental, ou ainda, se é obtido mediante fraude ou grave ameaça ou violência) 
	SUJEITO ATIVO: CRIME COMUM
	Marido que desfere pontapés na barriga da esposa sabendo que ela traz filhos de outro é aborto ou não? É ABORTO DO 125 - Assume-se o risco de interromper a gravidez (dolo eventual). 
	SOMENTE DOLOSO.
	Matar mulher grávida que SABE GRÁVIDA, quantos crimes estão sendo praticados?
	Concurso formal impróprio de delitos. Homicídio + Aborto (quer praticar o homicídio e o aborto). Se não houver a intenção de causar o aborto este concurso será formal apenas. 
	CONSUMAÇÃO:
Morte do feto, sendo perfeitamente possível a tentativa. 
	ART. 126 - PROVOCAR ABORTO COM O CONSENTIMENTO (VÁLIDO) DA GESTANTE:
	PENA - RECLUSÃO, DE UM A QUATRO ANOS.
	PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE A PENA DO ARTIGO ANTERIOR (TRÊS A DEZ ANOS), SE A GESTANTE NÃO É MAIOR DE QUATORZE ANOS, OU É ALIENADA OU DEBIL MENTAL, OU SE O CONSENTIMENTO É OBTIDO MEDIANTE FRAUDE, GRAVE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA.
	HIPÓTESES DE NÃO CONSENTIMENTO PRESUMIDO:
- Menor de 14
- Alienada mental
- Consentimento mediante fraude / violenta. 
	HIPÓTESE DE DISSENSO PRESUMIDO - APLICA-SE O ARTIGO 125. INDISPENSÁVEL QUE SE TENHA CONHECIMENTO DAS HIPÓTESES.
	SUJEITO ATIVO: Crime comum - Qualquer pessoa. 
 
	SUJEITO PASSIVO: IMPORTANTE: GESTANTE É AUTORA DO 124 
	CONDUTA: PROVOCAR ABORTO COM CONSENTIMENTO VÁLIDO DA GESTANTE.
	NO MEIO DO PROCESSO ABORTIVO A GESTANTE MANDA PARAR, O MÉDICO NÃO DÁ OUVIDOS E PROSSEGUE? 
MÉDICO - Art. 125 
MÃE Arrependida passa a ser vítima do art. 125. 
	TIPO SUBJETIVO - DOLO: ADMITE DOLO EVENTUAL.
	CONSUMAÇÃO: Morte do feto. 
	TENTATIVA: Admitida. 
	NAMORADO QUE CONVENCE A NAMORADA A INTERROMPER A GRAVIDEZ, , QUAL É O CRIME? PARTÍCIPE do art. 124. 
FORMA QUALIFICADA (CAUSA DE AUMENTO DE PENA)
ART. 127 - AS PENAS COMINADAS NOS DOIS (125 / 126) ARTIGOS ANTERIORES SÃO AUMENTADAS DE UM TERÇO, SE, EM CONSEQÜÊNCIA DO ABORTO OU DOS MEIOS EMPREGADOS PARA PROVOCÁ-LO, A GESTANTE SOFRE LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE; E SÃO DUPLICADAS, SE, POR QUALQUER DESSAS CAUSAS, LHE SOBREVÉM A MORTE.
PARA INCIDIR A MAJORANTE O ABORTO DEVE SER CONSUMADO, É IMPRESCINDÍVEL A INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ? 
INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ É DISPENSÁVEL / PRESCINDÍVEL. 
MAJORANTE INCIDE POUCO IMPORTE SE A LESÃO VEM DO ABORTO OU DOS MEIOS USADOS APESAR DE NÃO TER SIDO EFETUADO. 
“A” pratica manobras abortivas em “B”, causando nela a morte, porém não consegue interromper a gravidez. Sabendo que a morte foi culposa qual é o crime? 
CONDUTA OMISSIVA E COMISSIVA O normal é que a conduta seja comissiva. No entanto poderá esta conduta ser omissiva, mas para que reste qualificado, tem que haver o status de garantidor da pessoa. 
Por exemplo, o MÉDICO QUE EM UM HOSPITAL NÃO PRESTA ATENDIMENTO A GESTANTE que ali se encontra e necessita de seu auxilio por estar grávida, neste caso o médico responde por aborto omissivo. 
CRIME QUE DEIXA VESTÍGIOS - NECESSÁRIO O EXAME DE CORPO DE DELITO
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE ABORTO:
O agente será punido a titulo de lesão corporal seguida de aborto quando tiver a consciência que a mulher encontrava-se grávida, uma vez que não se pune o aborto culposo. Ou seja, o agente sabe que a mulher está grávida. Se com a sua conduta causar lesão corporal a grávida e vier a provocar o aborto responderá por lesão corporal seguida de aborto. 
ABORTO NECESSÁRIO OU TERAPÊUTICO
I - SE NÃO HÁ OUTRO MEIO DE SALVAR A VIDA DA GESTANTE;
ABORTO NO CASO DE GRAVIDEZ RESULTANTE DE ESTUPRO (ABORTO SENTIMENTAL)
II - SE A GRAVIDEZ RESULTA DE ESTUPRO E O ABORTO É PRECEDIDO DE CONSENTIMENTO DA GESTANTE OU, QUANDO INCAPAZ, DE SEU REPRESENTANTE LEGAL.
QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO ABORTO PERMITIDO?
 Prevalece que o artigo 28 traz MODALIDADES ESPECIAIS DE DESCRIMINANTES, ou excludentes da ilicitude. 
	médico alegando exercício regular do direito. 
ATENÇÃO: para quem adota a tipicidade conglobante – é HIPÓTESE DE ATIPICIDADE. 
		Aborto necessário:
NÃO DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, 
PODEDO SER PRATICADO CONTRA A VONTADE DA GESTANTE (dispensável autorização) 
		Aborto sentimental: basta BO, desnecessária a ação penal.
	
	FETO ANENCÉFALO?
	LEI 
	DOUTRINA 
	JURISPRUDÊNCIA 
	É crime, não está permitido por lei. A exposição de motivos do CP considera crime. 
Tanto é crime que existe projeto de lei tramitando no congresso autorizando-o. 
	Pode configurar hipótese de exclusão da culpabilidade da gestante.
Caso de inexigibilidade de conduta diversa.
Cezar Roberto Bitencourt. 
 Feto anencefálico não tem atividade cerebral, portanto não tem vida intra uterina. 
Princípio da dignidade da pessoa humana. (obrigar a mulher a gestação do feto sem cérebro fere este princÍpio) 
	ADMITE esta espécie de aborto, desde que:
haja uma anomalia que inviabilize a vida extra uterina. 
A anomalia deve ser comprovada em perícia médica. 
Prova do dano psicológico da gestante. 
	
	
	O STF NA ADPF 54: ABORTO DE ANENCÉFALO NÃO É CONDUTA TÍPICA. 
LESÃO CORPORAL.
O CRIME DE LESÃO CORPORAL ESTÁ DIVIDIDO DA SEGUINTE MANEIRA NO CP.
Art. 129 caput à Lesão DOLOSA LEVE. 
Art. 129 § 1º à Lesão dolosa de NATUREZA GRAVE ou preter dolosa
Art. 129 § 2º à lesão dolosa NATUREZA GRAVÍSSIMA ou preter dolosa
Art. 129 § 3º à LESÃO PRETER DOLOSA (seguida de morte) (homicídio preterdoloso)
Art. 129 § 6º àLesão CULPOSA.
Art. 129 § 9º /10 / 11 à LESÃO NO AMBIENTE DOMESTICO E FAMILIAR. 
QUAL O BEM JURÍDICO TUTELADO NA LESÃO CORPORAL?
 INCOLUMIDADE PESSOAL DO INDIVÍDUO. 
 SUJEITO ATIVO: CRIME COMUM, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
QUE CRIME PRATICA O POLICIAL MILITAR EM EXERCÍCIO QUE COMETE LESÃO CORPORAL E AGRIDE ALGUÉM? Abuso de autoridade + lesão corporal. 
JUSTIÇA MILITA julga a Lesão corporal
JUSTIÇA COMUM julga o Abuso de autoridade. (Súmula 172 do STJ)
SUJEITO PASSIVO: ser humano.
EXCEÇÃO: SUJEITO PASSIVO PRÓPRIO
MULHER GESTANTE - (Art. 129 § 1 IV / Art. 129 §2º V)
NO CASO DO 129 § 9º ,10, 11 NÃO SERIA SOMENTE A MULHER, NÃO SERIA MAIS UM CASO DE SUJEITO PRÓPRIO? 
Não, neste caso do CP a lei protege o homem e a mulher. O artigo 129 não limita a vítima à mulher. 
QUAL CRIME PRATICA UMA PESSOA QUE CONVENCE UM INCAPAZ A PRATICAR LESÃO CORPORAL NO PRÓPRIO CORPO?
O agente que convence o doente mental a lesionar-se pratica lesão corporal na condição de autor mediato. 
AUTO LESÃO É PUNÍVEL? EM REGRA A AUTO LESÃO NÃO É PUNÍVEL.
De acordo com o princípio da ofensibividade, lesividade. 
EXCEÇÃO: estelionato para obter seguro (a pessoa se autolesa e é crime)
A INCOLUMIDADE PESSOAL É BEM DISPONÍVEL OU INDISPONÍVEL?
	DOUTRINA TRADICIONAL 
A incolumidade é um bem indisponível.
	DOUTRINA MODERNA prefere falar que é um bem relativamente disponível.
Lesão leve;
Não contrariar a moral e os bons costumes. 
O consentimento do ofendido exclui a ilicitude. 
	
	Bitencourt
	INTERVENÇÃO MÉDICA
AUSÊNCIA DE TIPICIDADE. (Bento de Faria) 
NÃO HÁ DOLO CARACTERIZADOR DO DELITO (Toledo) 
DESCRIMINANTE DO EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO 
Dependendo do caso até estado de necessidade de 3º 
SE A LESÃO FOR LEVE TEM-SE O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO COMO CAUSA SUPRA-LEGAL DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE. 
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA (o médico não cria ou incrementa o risco proibido)
TIPICIDADE CONGLOBANTE (o comportamento do médico é um ato normativo) 
 CONSUMAÇÃO: Com a efetiva ofensa da incolumidade pessoal de alguém. ATENÇÃO: Dispensável a dor.
TENTATIVA: SOMENTE É POSSÍVEL NAS LESÕES DOLOSAS
LESÃO CORPORAL DOLOSA DE NATUREZA LEVE 
ART. 129. OFENDER A INTEGRIDADE CORPORAL OU A SAÚDE DE OUTREM:
PENA - DETENÇÃO, DE TRÊS MESES A UM ANO.
O QUE É LESÃO LEVE, QUANDO ELA É CONSIDERADA LEVE?
 Se extrai por exclusão - Leve será a que não for grave, gravíssima ou seguida de morte. 
IMPORTANTE: 
É um crime de menor potencial ofensivo; ação penal depende de representação da vítima 
APLICA-SE O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA? 
 SIM. (Pierangi) 
	LESÃO CORPORAL DOLOSA GRAVE
	§ 1º SE RESULTA:
	PENA - RECLUSÃO, DE UM A CINCO ANOS.
	I - INCAPACIDADE PARA AS OCUPAÇÕES HABITUAIS, POR MAIS DE TRINTA DIAS;
	(necessário exame pericial para confirmar a o fato, após 30 dias do crime, sua ausência pode ser suprida por testemunhas)
	OCUPAÇÃO HABITUAL: Qualquer atividade corporal rotineira, não necessariamente ligada a trabalho ou ocupação lucrativa, devendo ser lícita ainda que imoral. 
	II - PERIGO DE VIDA; (somente a título culposo, doloso seria tentativa de homicídio)
CONCEITO: Probabilidade SÉRIA, CONCRETA E IMEDIATA do êxito legal devidamente COMPROVADA POR PERÍCIA.
	INDISPENSÁVEL PERÍCIA PARA COMPROVAR QUE A LESÃO CONCRETA CAUSOU EFETIVO RISCO. 
	LESÃO NECESSARIAMENTE PRETERDOLOSA
	DOLO NA LESÃO / CULPA NO PERIGO DE VIDA. SOMENTE A TÍTULO DE CULPA O RISCO DA MORTE. OBS: Se for doloso o perigo de vida é tentativa de homicídio. 
	LESÃO CORPORAL CUJO RESULTADO SOMENTE PODE SER PROVOCADO A TÍTULO CULPOSO.
	III - DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO;
	DEBILIDADE: É o enfraquecimento, diminuição da capacidade funcional. 
 
	PERMANENTE: É a recuperação incerta e por tempo indeterminado. 
	PERDA DE DEDOS DA MÃO. Depende do caso concreto. 
(de acordo com o caso concreto poderá ser enquadrado no inciso I do § 1º ou § 2º )
	IV - ACELERAÇÃO DE PARTO:
	Não é aborto, é caso de parto pré-maturo em razão da lesão. 
	Se o feto morre é lesão gravíssima do §2º. 
	IMPORTANTE: 
	O agente não quer nem assume o risco do aborto. 
Para incidência da qualificadora necessário conhecimento que a vítima é gestante, para evitar a chamada responsabilidade penal objetiva. 
	ATENÇÃO: NÃO É QUALIFICADORA PRETERDOLOSA.
DOLO - LESÃO 
DOLO / CULPA - NA ACELERAÇÃO DO PARTO. 
	LESÃO CORPORAL DOLOSA GRAVÍSSIMA*
O LEGISLADOR SOMENTE FALA EM LESÃO GRAVE.
	§ 1º PENA 1 A 5 ANOS
	§2º PENA DE 2 A 8 ANOS.
	LESÃO GRAVE
	LESÃO GRAVÍSSIMA
	
	Origem doutrinária aceito pela jurisprudência.
	EXISTE ALGUMA LEI QUE ADOTA A EXPRESSÃO DA DOUTRINA?
	 Lei de tortura 9455/97. Usa a expressão lesão corporal gravíssima 
PENA - RECLUSÃO, DE DOIS A OITO ANOS.
§ 2° SE RESULTA:
I - INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O TRABALHO;
QUAL É ESTE TRABALHO? QUALQUER ATIVIDADE LABORATIVA? OU AQUELA PRÉVIA DA VÍTIMA?
DOUTRINA MAJORITÁRIA entende que é a ATIVIDADE LABORATIVA EM GERAL, não a que ele exercia anteriormente. 
TODA E QUALQUER ATIVIDADE LABORA QUE A VÍTIMA POSSA REALIZAR.
DOUTRINA MINORITÁRIA - incapacidade para o trabalho anteriormente exercido.
A incapacidade deverá ser permanente, mas isto não quer dizer que ela tenha que ser perpétua. É possível que a vítima após um tempo volte a se capacitar normalmente para o trabalho. 
II - ENFERMIDADE INCURÁVEL;
CONCEITO: Transmissão intencional de uma doença para a qual não existe cura no estagio atual da medicina. 
ATENÇÃO - DOENÇA NÃO PODE TER NATUREZA LETAL.
A TRANSMISSÃO DOLOSA DO VIROS HIV É LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA COM INCURSO NESTE INCISO, OU É TENTATIVA DE HOMICÍDIO? 
 É tentativa de homicídio. É uma doença incurável, mas é uma doença letal.(STJ) 
Portador do Vírus HIV e Tentativa de Homicídio
III - PERDA OU INUTILIZAÇÃO DO MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO;
	O §1º III fala em debilidade (enfraquecimento, redução da função motora) 
	O § 2º III à PERDA OU INUTILIZAÇÃO
	
	PESSOA QUE FICA SEM QUALQUER CAPACIDADE FUNCIONAL.
inexistência de capacidade funcional.
amputação (perda) 
mutilação (perda) 
função inoperante (inutilização) 
CONCLUSÃO: Tratando-se de órgãos duplos tem que atingir ambos os órgãos.
SE EM RAZÃO DA LESÃO A VÍTIMA FICA IMPOTENTE PARA GERAR VIDAS OU COM IMPOTÊNCIA INSTRUMENTAL, QUAL É A LESÃO?
 LESÃO GRAVÍSSIMA. 
IV - DEFORMIDADE PERMANENTE;
CONCEITO: Consiste no dano estético aparente, considerável, irreparável pela própria força da natureza e capaz de provocar impressão vexatória, humilhação ao portador. 
importante: MESMO QUE SEJA POSSÍVEL CORRIGIR A DEFORMIDADE POR CIRURGIA NÃO DESCLASSIFICA A LESÃO.
V - ABORTO: 
(somente punida na modalidade culposa)
QUALIFICADORA NECESSARIAMENTE
PRETERDOLOSA / PRETER INTENCIONAL
DOLO - LESÃO
CULPA - ABORTO
IMPRESCINDÍVEL QUE SE SAIBA OU PUDESSE SABER QUE A VÍTIMA É GESTANTE PARA EVITAR A RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA.
É POSSÍVEL UM CASO CONCRETO REFLETIR UMA LESÃO CORPORAL GRAVE E UMA GRAVÍSSIMA? O QUE O JUIZ FARIA NESTE CASO?
EM RAZÃO DAS LESÕES GERAM:
§ 1º - Incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias. (1 a 5 anos) 
§ 2º - Deformidades permanentes (2 a 8 anos) 
O QUE O JUIZ TEM QUE FAZER?
 Utiliza-se de qualificadora mais grave (§2º gravíssima) Já o §1º será considerado pelo juiz na fixação da pena base. 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE LESÃO CORPORAL E VIAS DE FATO?
Vias de fato consiste na violência empregada contra a vítima sem acarretar qualquer dano ao seu corpo. (seria uma infração subsidiária).
OBS: TAPA NA CARA CONFIGURA INJURIA REAL à Art. 140 § 2º: Com o tapa na cara se quer ofender a dignidade da pessoa
	Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:. 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
	LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE
§ 3° SE RESULTA MORTE E ASCIRCUNSTÂNCIAS EVIDENCIAM QUE O AGENTE NÃO QUÍS O RESULTADO, NEM ASSUMIU O RISCO DE PRODUZÍ-LO: (CRIME PRETER DOLOSO, SOMENTE PUNIDO A TÍTULO DE CULPA)
PENA - RECLUSÃO, DE QUATRO A DOZE ANOS.
	REQUISITOS:
CONDUTA DOLOSA VISANDO OFENDER A INCOLUMIDADE PESSOAL DE ALGUÉM. 
RESULTADO MORTE CULPOSO. 
ATENÇÃO: Se proveniente de caso fortuito ou força maior não pode imputar o resultado ao agente. 
RESPONDERÁ SOMENTE POR LESÃO CORPORAL. 
ªCulpa existe quando há previsão ou mera previsibilidade pelo menos. 
NEXO CAUSAL ENTRE CONDUTA E RESULTADO
	DIMINUIÇÃO DE PENA
	§ 4° SE O AGENTE COMETE O CRIME IMPELIDO POR MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL OU SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO EM SEGUIDA A INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA, O JUIZ PODE REDUZIR A PENA DE UM SEXTO A UM TERÇO.
	O § 4º APLICA-SE A TODOS OS PARÁGRAFOS ANTERIORES.
SUBSTITUIÇÃO DA PENA
§ 5° O JUIZ, NÃO SENDO GRAVES AS LESÕES, PODE AINDA SUBSTITUIR A PENA DE DETENÇÃO PELA DE MULTA, DE DUZENTOS MIL RÉIS A DOIS CONTOS DE RÉIS:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
ATENÇÃO: SUBSTITUIÇÃO DE PENA SOMENTE É POSSÍVEL NA LESÃO LEVE DO CAPUT. 
	NÃO BASTA SER LEVE
ALÉM DE LEVE:
	For privilegiada; ou
	Lesões recíprocas. 
LESÃO CORPORAL CULPOSA
§ 6° SE A LESÃO É CULPOSA:
PENA - DETENÇÃO, DE DOIS MESES A UM ANO.
Mesma sistemática do homicídio culposo só que a diferença é o resultado. No mais tudo que se falou do homicídio culposo aplica-se a lesão corporal culposa. 
Tipo penal aberto
Indispensável a presença de todos os requisitos para configuração do delito culposo. 
CTB: lesão culposa no trânsito é mais grave. Desvalor da conduta é maior.
PERDÃO JUDICIAL / LESÃO CORPORAL
ART. 129 § 8º - APLICA-SE À LESÃO CULPOSA O DISPOSTO NO § 5º DO ART. 121.
§ 5º - NA HIPÓTESE DE HOMICÍDIO CULPOSO, O JUIZ PODERÁ DEIXAR DE APLICAR A PENA, SE AS CONSEQÜÊNCIAS DA INFRAÇÃO ATINGIREM O PRÓPRIO AGENTE DE FORMA TÃO GRAVE QUE A SANÇÃO PENAL SE TORNE DESNECESSÁRIA.
PERDÃO JUDICIAL NÃO SE APLICA A NENHUMA MODALIDADE DE LESÃO DOLOSA. 
VER OBSERVAÇÕES NO TÓPICO SOBRE HOMICÍDIO
 
QUALIFICADORA:
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR. 
Art. 129 - § 9o  SE A LESÃO FOR PRATICADA CONTRA ASCENDENTE, DESCENDENTE, IRMÃO, CÔNJUGE OU COMPANHEIRO, OU COM QUEM CONVIVA OU TENHA CONVIVIDO, OU, AINDA, PREVALECENDO-SE O AGENTE DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS, DE COABITAÇÃO OU DE HOSPITALIDADE:
PENA - DETENÇÃO, DE 3 (TRÊS) MESES A 3 (TRÊS) ANOS.
SUJEITO ATIVO: 
Crime bi-próprio: Existe uma relação doméstica ou familiar ou de intimidade entre os sujeitos ativo e passivo. 
SUJEITO PASSIVO: 
HOMEM
MULHER 
§ 10. NOS CASOS PREVISTOS NOS §§ 1O A 3O DESTE ARTIGO, SE AS CIRCUNSTÂNCIAS SÃO AS INDICADAS NO § 9O DESTE ARTIGO, AUMENTA-SE A PENA EM 1/3 (UM TERÇO).
	LESÃO 
	LESÃO QUALIFICADORA 
	Art. 129 caput à 3 meses a 1 ano 
	Art. 129 § 9º 3 meses a 3 anos
	Art. 129 § 1/3 1 a 12 anos. 
	Art. 129 § 10 é (aumenta-se) 1/3 a 2/3 
§ 11.  NA HIPÓTESE DO § 9O. DESTE ARTIGO, A PENA SERÁ AUMENTADA DE UM TERÇO SE O CRIME FOR COMETIDO CONTRA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA.
PORTADOR DE DEFICIÊNCIA: 
A expressão portadora de deficiência deve ser interpretada de acordo com os artigos 3º e 4º do Decreto 3298/99, que regulamentou a Lei 7.853/89.
LESÃO CORPORAL / AÇÃO PENAL
REGRA: AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
EXCEÇÃO:
LESÃO LEVE - Art. 129 “caput” Art. 88 da Lei 9.099/95 - Ação penal púbica condicionada. 
LESÃO CULPOSA - Art. 129 § 6º - Ação penal pública condicionada. 
Lei 9.099/ 95 - ART. 88. ALÉM DAS HIPÓTESES DO CP E DA LEGISLAÇÃO ESPECIAL, DEPENDERÁ DE REPRESENTAÇÃO A AÇÃO PENAL RELATIVA AOS CRIMES DE LESÕES CORPORAIS LEVES E LESÕES CULPOSAS.
CASO DE VIOLÊNCIA DOMESTICA COMO FICA A SITUAÇÃO?
VÍTIMA HOMEM.
	ART. 129 § 9º
(LESÃO LEVE )
	ART. 129 § 10
(GRAVE / GRAVÍSSIMA / SEGUIDA DE MORTE)
	PENA 3 MESES A 3 ANOS.
APLICA-SE O ARTIGO 88 DA LEI 9.099, MESMO CONSIDERANDO ESTA PENA?
	AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA.
	SIM - Porque pouco importa a pena. 
	
	AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA
	
VÍTIMA MULHER.
	ART. 129 § 9º
(LEVE) 
	ART. 129 § 10
(GRAVE / GRAVÍSSIMA / SEGUIDA DE MORTE)
	
	AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA.
	VEDAÇÃO DA APLICAÇÃO DA LEI 9.099/95
Art. 41.  Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995
LESÃO CORPORAL LEVE NESTE CASO É CONDICIONADA OU INCONDICIONADA?
2 CORRENTES:
	1ª CORRENTE:
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. 
	2ª CORRENTE:
AÇÃO PENAL PÚBLICA 
CONDICIONADA. 
	A Lei 11.340/06 veda a aplicação do artigo 88 da Lei 9.099. 
Trata-se de grave violação dos direitos humanos da mulher incompatíveis com outra espécie de ação penal. 
A vontade da mulher pode estar viciada diante do temor de nova agressão. 
	Quando a Lei Maria da Penha veda a aplicação da Lei 9.099, na verdade, não quer admitir medidas despenalizadoras (por exemplo transação penal), não abrangendo a representação.
O Estupro é uma das formas mais graves de violar direitos humanos da mulher e a pena é perseguida mediante queixa. (era)
Eventuais pressões para que a vítima mulher se retrate da representação ofertada serão detectadas em audiência própria.
	LFG / MARIA BERENICE DIAS
	DAMÁSIO / RONALDO BATISTA PINTO / ROGÉRIO SANCHES.
	2008 - STJ 
	2009 - STJ
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
CRIME DE PERIGO - NÃO EXISTE LESÃO SUBSTANCIAL. 
PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO
ART. 130 - EXPOR ALGUÉM, POR MEIO DE RELAÇÕES SEXUAIS OU QUALQUER ATO LIBIDINOSO, A CONTÁGIO DE MOLÉSTIA VENÉREA, DE QUE SABE OU DEVE SABER QUE ESTÁ CONTAMINADO:
Pena - DETENÇÃO, de três meses a um ano, ou multa.
BEM JURÍDICO PROTEGIDO: INCOLUMIDADE FÍSICA E A SAÚDE DA PESSOA.
SUJEITO ATIVO:
CRIME PRÓPRIO: condição de portador de uma doença, moléstia venérea.
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa pode ser vítima, pouco importando o sexo ou a reputação, o que protege inclusive a prostituta. 
O QUE OCORRE SE O SUJEITO ATIVO, NÃO ESCONDER A DOENÇA E A “VÍTIMA” CONSENTIR COM O ATO HAVERÁ O CRIME?
 Mostrando ser irrelevante a aceitação da vítima em razão da indisponibilidade do bem jurídico protegido. - CONSUMA-SE O CRIME. 
TIPO OBJETIVO:
Trata-se de delito de ação vinculada, exigindo contato sexual entre agente e a vítima. 
- EXPOR A VÍTIMA A CONTAGIO DE MOLÉSTIA VENÉREA
Se outra for a forma de contágio da doença poderemos estar nos deparando com condutas do artigo 131. NÃO SE PUNE O CONTÁGIO VENÉREO, MAS SIM A RELAÇÃO SEXUAL PERIGOSA.
CONSUMAÇÃO:
No momento em que a vítima tenha se encontrado numa situação de possível contaminação da doença venérea da qual o agente era portador. 
TENTATIVA:
Rogério Greco, afirma que apesar de ser um crime de perigo, é possível a tentativa. 
§ 1º - SE É INTENÇÃO DO AGENTE TRANSMITIR A MOLÉSTIA:
PENA - RECLUSÃO, DE UM A QUATRO ANOS, E MULTA.
Nesta situação o agente atua com dolo de transmissão da doença. 
ATENÇÃO - O dolo do agente é tão somente em transmitir a doença e não efetivar a transmissão. 
- Ficará configurado o crime mesmo no caso em que a moléstia não seja transmitida. 
O QUE ACONTECE SE A VÍTIMA SE CONTAMINA?
2 CORRENTES:
	Mero exaurimento do §1º do art. 130
	Desclassifica-se o crime para o de lesões corporais conforme o caso concreto. 
§ 2º - SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE REPRESENTAÇÃO.
TRANSMISSÃO DO VÍRUS HIV: 
A Aids não pode ser considerada uma moléstia venérea, sendo assim, se ocorrer sua transmissão, o agente responderá por outro delito e não por este aqui estudado (130). A doutrina tende a resolver o problema da transmissão do HIV da seguinte forma: 
	Se era a finalidade á contaminação da vítima, almejando a sua morte, deverá responder pela tentativa de homicídio (enquanto a vítima estiver viva) ou homicídio consumado (quando a vítima morre). 
MORTE DA VÍTIMA QUANDO A INTENÇÃO ERA SOMENTE A TRANSMISSÃO DA DOENÇA?
Responderá por lesõescorporais seguida de morte. 
Dolo à Dano.
Culpa à Morte. 
	PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE
ART. 131 - PRATICAR, COM O FIM DE TRANSMITIR A OUTREM MOLÉSTIA GRAVE DE QUE ESTÁ CONTAMINADO, ATO CAPAZ DE PRODUZIR O CONTÁGIO:
Pena - RECLUSÃO, de um a quatro anos, e multa.
- DELITO DE DANO. 
A conduta é dirigida finalisticamente à produção de um dano, qual seja a transmissão de uma moléstia grave de que está contaminado. 
- CRIME FORMAL
O legislador se contenta com a realização da conduta praticar com o fim de, ou seja se consuma-se ou não o legislador não se importa, ele já pune. 
A transmissão é mero exaurimento. 
- CONDUTAS:
Diferentemente do artigo 130, neste a conduta é de forma livre, ao passo que aquele a vontade transmissão tinha que ser através de ato sexual. 
AÇÃO PENAL - PÚBLICA INCONDICIONADA.
 PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM
ART. 132 - EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO DIRETO E IMINENTE:
PENA - DETENÇÃO, DE TRÊS MESES A UM ANO, SE O FATO NÃO CONSTITUI CRIME MAIS GRAVE
CRIME DE PERIGO CONCRETO:
É UM CRIME SUBSIDIÁRIO, POIS SE RESULTAR DANO SERÁ OUTRO CRIME
BEM JURÍDICO PROTEGIDO: SAÚDE E VIDA DA VÍTIMA
ELEMENTO SUBJETIVO:
DOLO
POSSIBILIDADE DO CONCURSO DE CRIMES:
	1ª CORRENTE: BITTENCOURT
Tratando-se de delito subsidiário não há possibilidade de concurso de crimes. 
Se em uma única ação o agente, criar situação de perigo a várias pessoas perfeitamente determinadas e individualizadas, haverá concurso formal de crimes. 
Se porém com mais de uma conduta criar situação de perigo a mais de uma pessoa, devidamente individualizada, haverá concurso material de crimes. 
	2ª CORRENTE: ROGÉRIO SANCHES 
Não concorda com as afirmações simples de que esse crime não admite concurso de crimes em razão da sua natureza subsidiária, pois são temas completamente distintos. 
O concurso de crimes é inadmissível, como efeito, entre a norma subsidiária e a norma principal; afora essa circunstância, não haveria nenhum impedimento político dogmático. 
AÇÃO PENAL - INICIATIVA PÚBLICA INCONDICIONADA
	ABANDONO DE INCAPAZ
ART. 133 - ABANDONAR PESSOA QUE ESTÁ SOB SEU CUIDADO, GUARDA, VIGILÂNCIA OU AUTORIDADE, E, POR QUALQUER MOTIVO, INCAPAZ DE DEFENDER-SE DOS RISCOS RESULTANTES DO ABANDONO:
PENA - DETENÇÃO, DE SEIS MESES A TRÊS ANOS.
INFRAÇÃO PENAL DE PERIGO. OBS - Se o abandono é dirigido finalisticamente a causar a morte da vítima, o agente, fazendo de status de garantidor, deverá responder pelo homicídio, consumado ou tentado.
ELEMENTARES DO TIPO:
	ATO DE ABANDONAR
	PESSOA QUE ESTÁ SOB O CUIDADO, GUARDA, VIGILÂNCIA OU AUTORIDADE
	INCAPAZ DE DEFENDER-SE DOS RISCOS RESULTANTES DO ABANDONO.
ABANDONA Deixar a própria sorte, desamparar, deixar só, ou seja, o agente afasta-se da pessoa que estava sob sua guarda... - Permitindo assim que venha a correr riscos do abandono, em razão da incapacidade de defesa. 
NÃO HAVERÁ CRIME se o responsável fica próximo da vítima, vigiando para que alguém a recolha, ou, então no caso de a vítima ser abandonada em ambiente rodeado de assistência. Em nenhuma hipótese ocorreria o perigo concreto de abandono.
CUIDADO - DIFERENÇA DE CRIMES.
	Se entre agente e vítima não há qualquer relação de dependência o crime poderá ser o de OMISSÃO DE SOCORRO- ARt. 135.
	Tratando-se de abandono de recém nascido, cujo motivo seja ocultar desonra própria. Art. 134 
EXPOSIÇÃO ABANDONO DE RECÉM NASCIDO.
	Dependendo do local do abandono, pode o caso espelhar dolo eventual do homicídio, aceitando o agente o resultado final. (ex. Abandonar em um deserto)
	Tratando-se do abandono moral, pode se caracterizar crime CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR. Art. 244 a 247.
ATENÇÃO: Não pode o agente querer com sua conduta de abandono causar a morte ou mesmo ofender a saúde da vítima, pois, caso contrário, responderá por esses resultados. 
	SUJEITO ATIVO
	SUJEITO PASSIVO
	PRÓPRIO
	PRÓPRIO
	Somente aquele que, de acordo com obrigação legal ou contratual, está obrigado a cuidar da vítima, guardá-la, vigiá-la ou tê-la sob sua autoridade.
	Pessoa que se encontra sob os cuidados guarda, vigilância da autoridade do sujeito ativo.
EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO
MODALIDADE ESPECIAL DO CRIME DE ABANDONO DE INCAPAZES 
ART. 134 - EXPOR OU ABANDONAR RECÉM-NASCIDO, PARA OCULTAR DESONRA PRÓPRIA:
PENA - DETENÇÃO, DE SEIS MESES A DOIS ANOS.
OMISSÃO DE SOCORRO
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO
ART. 135 - DEIXAR DE PRESTAR ASSISTÊNCIA, QUANDO POSSÍVEL FAZÊ-LO SEM RISCO PESSOAL, À CRIANÇA ABANDONADA OU EXTRAVIADA, OU À PESSOA INVÁLIDA OU FERIDA, AO DESAMPARO OU EM GRAVE E IMINENTE PERIGO; OU NÃO PEDIR, NESSES CASOS, O SOCORRO DA AUTORIDADE PÚBLICA: (omissão própria, quando a pessoa não é garantidora)
PENA - DETENÇÃO, DE UM A SEIS MESES, OU MULTA.
BEM JURÍDICO TUTELADO: É a segurança do individuo protegendo-o se a VIDA E A SAÚDE HUMANA.
	
OBJETO MATERIAL: Criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo que se encontra na situação de grave e iminente perigo.
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa
NÃO EXISTE RELAÇÃO ENTRE SUJEITO ATIVO E PASSIVO.
Caso haja deixamos de ter um mero omitente e vira garantidor, que poderá responder pelo resultado e não pela omissão. 
DEVER GENÉRICO DE AGIR
ATINGE A TODOS INDISTINTAMENTE
É POSSÍVEL CO-AUTORIA?
 Polêmica. Vai depender do liame subjetivo, segundo Rogério Grecco.
Para parcela da doutrina (Bittencourt) é possível o concurso neste crime, hipótese dos surfistas que deixam de auxiliar banhista que está se afogando - havendo liame subjetivo há concurso em crime omisso próprio. Outra parcela da doutrina entende que havendo ajuste dos mesmos surfistas frente ao banhista, cada um deles, sem concurso, responderia por omissão de socorro.
O CRIME É DE DANO OU DE PERIGO?
 PERIGO (na duas modalidades, conforme o caso. Ex: perigo abstrato – criança abandonada; perigo concreto - vítima pessoa inválida, ao desamparo).
FIGURA PRETER DOLOSA / PRETER INTENCIONAL
ART. 135 PARÁGRAFO ÚNICO - A PENA É AUMENTADA DE METADE, SE DA OMISSÃO RESULTA LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE, E TRIPLICADA, SE RESULTA A MORTE.
OMISSÃO DOLOSA - MORTE CULPOSA
OMISSÃO DOLOSA - LESÃO CULPOSA 
OMISSÕES DE SOCORRO ESPECIAIS.
	CÓDIGO DE TRANSITO BRASILEIRO
	ESTATUTO DO IDOSO.
	
	
	
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial ( Lei 12.653, de 2012)
Comentários extraídos: http://atualidadesdodireito.com.br/rogeriosanches/2012/05/29/alteracao-do-art-135-a-do-cp-condicionamento-de-atendimento-medico-hospitalar-emergencial/
Art. 135-A.  Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial:
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa
Parágrafo único.  A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. 
Para Sanches justifica-se a criação deste tipo penal, pois os demais ramos do direito não estavam sendo capazes de combater a exigência de caução para recebimento de atendimento de urgência, problema constante que, portanto, exigiu a intervenção do direito penal. 
Sujeitos do crime: Ativo - administradores e/ou funcionários do hospital. Passivo - pessoa em estado de emergência. 
Conduta: negar atendimento emergencial, exigindo do potencial paciente (ou de seus familiares), como condição para a execução dos procedimentos de socorro:
a) cheque caução, nota promissória ou de qualquer outra garantia (endosso de uma duplicata ou letra de câmbio, por exemplo).
b) o preenchimento prévio de formulários administrativos, quase sempre na forma de contratos de adesão favorecendo abusivamente uma das partes (o hospital).
A solicitação de garantia, sem condicionar o atendimento, é fato atípico.
Tipo Subjetivo: Só DOLO.
Consumação e tentativa:

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