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AO JUIZO DA VARA DO TRABALHO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

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AO JUIZO DA VARA DO TRABALHO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCESSO: XXXXXX
Empresa Sol da Terra Ltda., CNPJ nº 555, situada na Avenida dos Prazeres, nº 18, Centro, Campos dos Goytacazes, vem por meio de sua advogada infra-assinada, respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar sua
CONTESTAÇÃO
em face da reclamação trabalhista movida por José das Couves, igualmente qualificado, nos termos do art. 847 da CLT, pelos fatos e motivos a seguir expostos;
1 - PRELIMINARMENTE
I – DA INÉPCIA PARCIAL DA INICIAL
Ocorre que o reclamante aduz ter direitos a férias proporcionais e 13º proporcional. No entanto, ao discorrer sobre a matéria, arguiu de forma genérica o pleito, não permitindo a reclamada o contraditório e a ampla defesa.
Dessa forma, a petição inicial deixou de apresentar pedido certo, determinado e com o valor correto a ser pleiteado. Assim, mesmo a inicial podendo ser mais flexível, deixou de se revestir de condições claras à compreensão do dissidio, nos termos do Art. 840, §1º da CLT, in verbis:
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
II – DA FUNDAMENTAÇÃO ERRÔNEA DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Cumpre salientar que a reclamante em sua inicial realizou pedido de gratuidade de justiça, se fazendo uso de dispositivo legal inapropriado, no qual caiu em desuso após a reforma do Código de Processo Civil, onde passa a ser regulado por este, e após a reforma trabalhista que agora trata de forma direta da gratuidade judicial, não se fazendo uso mais da lei nº 1060/50.
Assim, fica demonstrado a inaplicabilidade da concessão do beneficio, uma vez que utilizado a fundamentação legal equivocada, e não podendo ser aplicado o principio da fungibilidade.
2 - DO MÉRITO
 O autor alega diversas verbas devidas, mas não há que se falar em verbas devidas, se não há contrato e tampouco assinatura na carteira de trabalho, onde o próprio nunca entregou.
Assim, decidiu o Tribunal Regional do Trabalho/PR:
TRT-PR-04-12-2009 RELAÇÃO DE EMPREGO EM PERÍODO POSTERIOR AO REGISTRO NA CTPS. NÃO CARACTERIZADA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ARTIGO 3º DA CLT. TRABALHO AUTÔNOMO.
Para o reconhecimento em Juízo de vínculo de emprego, essencial o preenchimento de todos os requisitos do art. 3º da CLT: pessoa física, pessoalidade, continuidade, salário e subordinação. Uma vez admitida a prestação de serviços pela parte Reclamada em período diverso do registrado na CTPS, esta atrai para si o ônus probatório de desconstituir a existência de vínculo de emprego. Pela análise do conjunto probatório constante nos autos, especialmente a prova testemunhal, conclui-se que a Ré se desincumbiu a contento do seu ônus da prova, pois comprovou que o labor exercido pelo Autor ocorreu de forma autônoma, sem vínculo empregatício.
(Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região TRT-9 : 5237200714905 PR 5237-2007-14-9-0-5- 4A. TURMA Publicação 04/12/2009 Relator LUIZ CELSO NAPP
2.1 - DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO CONTESTADO
Já exposto anteriormente, que o autor não preenche os requisitos para vínculo empregatício, conforme artigo 3º da CLT. Sendo solicitada diversas vezes a carteira, negando-se a entregar, dizendo que traria no dia seguinte, e nunca trouxe.
2.2 - DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
O autor, não sabe por que, está tentando de todas as formas prejudicar a ré, não bastando tamanhas inverdades da presente reclamatória. 
O Poder Judiciário deve ficar sempre atento e não ficar na passividade, como um mero espectador, diante das tentativas de usar o processo judicial como objeto de manobra e enriquecimento ilícito de pessoas de pouco ("in casu" nenhuma realidade) escrúpulos.
Trata-se de poder-dever que tem o Judiciário, para manter os princípios e postulados da Justiça, de só dar aquilo a quem tem direito.
O autor não tem direito a absolutamente nada, na medida em que, recebeu tudo o que tinha direito, insistindo em caminhar de mãos dadas com a mentira e a falsidade. O autor agiu com incrível má-fé.
2.3 - DAS VERBAS RESCISÓRIAS PRETENDIDAS E CONTESTAÇÃO DE TODOS OS PEDIDOS
Na petição inicial do autor, alega-se que a ré deixou de pagar verbas rescisórias que acreditam ser devidas. Entretanto, não há verbas a serem pagas, se não existe vínculo empregatício.
A) Saldo de Salário: Como prestou serviços de auxiliar de serviços gerais fora pago em dinheiro para o autor, e na última vez que foi prestar serviço, pagou-se o valor de R$ R$ 225,80, percebendo o valor do mensal, que fora acordado pagar o valor diário no final do mês. Portanto, esse valor de salário já fora pago.
 B) Aviso Prévio: Não há necessidade de pagamento indenizatório, prévio ou trabalhado, se não há vínculo empregatício, como já ressaltado.
 C) Férias vencidas, e proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional: Não há pagamento se não há verba rescisória.
D) multa de 40% sobre o saldo do FGTS: Não há pagamento, se não há vínculo empregatício.
 E) Hora Extra e 13º salário: Não há pagamento de hora extra, que o mesmo sempre laborou nos mesmo horários já estabelecidos, assim não houve hora extra, pois não trabalhou a mais. 
2.4 - DA IMPUGNAÇÃO DOS PEDIDOS
Impugnam-se TODOS os pedidos do Reclamante eis que manifestamente improcedentes não merecendo guarida.
3 - DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto apresentado requer os seguintes pedidos:
A) O recebimento da presente Contestação, bem como julgar Improcedente a presente demanda, com extinção do feito com resolução de mérito, condenando o autor ao pagamento das custas processuais;
B) Protesta por todos os meios de prova em direito admitido, em especial depoimento pessoal do autor e testemunhal;
C) Impugna-se o pedido de Assistência Judiciária, eis que o autor não cumpre com os requisitos legais para tal concessão; e
D) CONTESTA. Na verdade, o autor nunca entregou sua CTPS para ser anotada;
E) CONTESTA. Na verdade, não há vínculo empregatício;
F) CONTESTA. As verbas rescisórias não são devidas, uma vez a inexistência de vínculo empregatício, negando-se assim a exigência de pagamento de Aviso Prévio indenizado, Férias e 1/3 constitucional, FGTS e multa de 40% do FGTS, Hora Extra, Décimo Terceiro;
G) Requer indenização por Litigância de Má-Fé pelo que a ré sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Campos dos Goytacazes, 16 de maio de 2018.
Advogada OAB/RJ XXXXXX

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