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patologia renal 2016

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Faculdade Barão do Rio Branco
Disciplina: BMSG
PATOLOGIAS DO SISTEMA URINÁRIO
Profº Marco Aurélio
• O estudo das doenças renais é facilitado pela sua
divisão em doenças que afetam os quatro
componentes morfológicos básicos: glomérulos, túbulos,
interstício e vasos sanguíneos.
• Alguns componentes parecem ser mais
vulneráveis a formas específicas de injúria renal, por
exemplo: a maioria das doenças
glomerulares é mediada imunologicamente, enquanto
que os distúrbios tubulares e intersticiais são
frequentemente causados por agentes tóxicos ou
infecciosos.
AZOTEMIA
A azotemia é uma anormalidade bioquímica que se refere a
uma elevação dos níveis do nitrogênio da ureia sanguínea
(NUS) e da creatinina, e está amplamente relacionada com
uma taxa de filtração glomerular (TFG) diminuída. A
azotemia é consequência de muitos distúrbios
renais, mas também surge de distúrbios extrarrenais.
A azotemia pré-renal é encontrada quando há hipoperfusão
dos rins (p. ex., hemorragia, choque, depleção de volume e
insuficiência cardíaca congestiva) que prejudica a função
renal na ausência de danos parenquimais. A azotemia pós-
renal é vista quando o fluxo urinário está obstruído além do
nível do rim. A liberação da obstrução é seguida pela
correção da azotemia.
UREMIA
Quando a azotemia se torna associada a uma constelação de
sinais e sintomas clínicos e anormalidades bioquímicas, é
chamada de uremia. A uremia é caracterizada não somente
pela falência da função excretora renal, mas também por
grande número de alterações metabólicas e endócrinas que
resultam de danos renais. Os pacientes urêmicos
frequentemente manifestam um envolvimento secundário
do sistema gastrointestinal (p. ex., gastroenterite urêmica),
de nervos periféricos (p. ex., neuropatia periférica) e do
coração (p. ex., pericardite fibrinosa urêmica).
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS RENAIS
A síndrome nefrítica é decorrente de uma doença glomerular e é
dominada por um início agudo de uma hematúria geralmente muito
visível (células sanguíneas vermelhas na urina), proteinúria branda a
moderada e hipertensão; esta é a apresentação clássica da
glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda.
A glomerulonefrite rapidamente progressiva é caracterizada como
uma síndrome nefrítica com declínio rápido (desde horas até dias)
na TFG.
A síndrome nefrótica, também devida à doença glomerular, é
caracterizada por uma proteinúria intensa (mais de 3,5 g/dia),
hipoalbuminemia, edema grave, hiperlipidemia e lipidúria (lipídios
na urina).
A hematúria ou proteinúria assintomática, ou a combinação
destas duas, é geralmente uma manifestação de anormalidades
glomerulares suaves a brandas.
A insuficiência renal aguda é dominada por oligúria ou anúria
(fluxo de urina reduzido ou ausente) e início recente de azotemia.
Pode resultar de injúrias glomerulares, intersticiais ou vasculares
ou de injúrias tubulares agudas.
A insuficiência renal crônica, caracterizada por sintomas e sinais
prolongados de uremia, é o resultado final de todas as doenças
parenquimais renais crônicas.
Os defeitos tubulares renais são dominados por poliúria
(formação excessiva de urina), noctúria e distúrbios eletrolíticos
(p. ex., acidose metabólica). Estes são o resultado de doenças que
afetam diretamente a estrutura tubular (p. ex., doenças cística
medular) ou que causam defeitos em funções tubulares
específicas.
A infecção do trato urinário é caracterizada por bacteriúria e
piúria (bactéria e leucócitos na urina). A infecção pode ser
sintomática ou assintomática e pode afetar o rim
(pielonefrite) ou a bexiga (cistite).
A nefrolitíase (pedras renais) é manifestada por espasmos
graves de dor (cólica renal) e hematúria, frequentemente com
formação de pedras recorrente.
A obstrução do trato urinário e os tumores renais têm
manifestações clínicas variadas baseadas na localização
anatômica específica e na natureza da lesão.
GLOMERULOPATIANORMAL
SÍNDROME NEFRÓTICA (nefrose)
A combinação de proteinúria, hipoalbuminemia e edema
são chamados de Síndrome Nefrótica (SN). Há muitas causas
de SN, mas todas parecem estar relacionadas a uma
anormalidade estrutural ou funcional da membrana basal
do glomérulo. As doenças nas quais a anormalidade é
estrutural incluem o diabetes mellitus e a nefropatia
membranosa.
SINDROME NEFRÍTICO (DOENÇA DE BRIGHT)
Esta doença inflamatória glomerular, muitas vezes de etiologia
pouco clara, envolve a ocorrência simultânea de hipertensão,
insuficiência renal e dor lombar. Está frequentemente
associada a um quadro clínico súbito. As glomerulopatias
(glomerulonefrites) - são a causa mais comum de insuficiência
renal crónica - podem apresentar-se clinicamente como
síndrome nefrótica e/ou nefrítica.
Caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina,
edema e hipertensão.
SÍNDROME NEFRÍTICA SÍNDROME NEFRÓTICA
Hematúria Sem hematúria
Proteinúria moderada Proteinúria maciça
Albumina plasmática normal Albumina plasmática baixa
Edema moderado Edema generalizado
Colesterol normal Hipercolesteromia
Glomérulos: inflamação Glomérulos: c/ ou s/ inflamação
PA elevada PA normal ou baixa
Pode progredir p/ IRC Pode progredir p/ IRC
Sintomas
Sindrome
nefrítico
Sindrome nefrótico
Edema Em especial 
edema das 
pálpebras 
oculares
Com frequência edema periférico pronunciado
Proteinuria Moderada SIgnificativa (≥ 3 g / 24 horas)
Proteína sérica Normal (ou 
redução 
moderada)
Hipoproteinemia significativa
Sedimento 
urinário
((Macroscópico) 
hematúria, 
cálculos, e 
eritrócitos 
dismórficos
Hematúria microscópica rara.
Colesterol Normal Hiperlipoproteínemia
Hipertensão Com frequência Rara
GLOMERULONEFRITES
As Glomerulonefrite são classificadas de acordo com o
sítio e a extensão da lesão, podendo ser primárias,
quando as patologias são restritas ao rim, ou
secundárias, quando associadas a doenças
sistêmicas. Também há a classificação etiológica
específica, dividindo as patologias em infecciosa ou não
infecciosa. O diagnóstico de certeza é feito após biópsia
renal.
Glomerulonefrite aguda
É a Glomerulonefrite caracterizada clinicamente pelo início
abrupto. As suas causas conhecidas incluem infecções por
agentes infecciosos, como streptococcus e não- streptococcus,
disposição de imunocomplexos em doenças autoimunes ou por
doenças sistêmicas. Células do sistema imune inato também
podem aumentar as lesões do glomérulo através dos seus
mecanismos, como citocinas, proteases e agentes quimiotáxicos.
Durante o processo infeccioso, pode haver a liberação de
leucotrienos e tromboxanos, que induzem a vasoconstrição dos
capilares com subsequente queda da filtração glomerular;
podendo causar obstrução do capilar glomerular pelos
neutrófilos.
Glomerulonefrite aguda infecciosa
A Glomerulonefrite infecciosa pode ser causada por Streptococcus
do grupo A ß-hemolítico (denominada de Glomerulonefrite aguda
pós-estreptocócica), por endocardite infecciosa, bacteremia
estafilocócica, pneumonia pneumocócica, meningococcemia,
febre tifóide, sífilis secundária, infecção aguda viral, micoplasma,
entre outros agentes que podem infectar o organismo.
Glomerulonefrite aguda não-infecciosa
A etiologia não infecciosa pode ser em Glomerulonefrite primárias
por nefropatia da IgA, Glomerulonefrite proliferativa mesanginal,
Glomerulonefrite membranoproliferativa, glomerulopatia por IgM,
Glomerulonefrite rapidamente progressiva idiopática. E em
Glomerulonefrites secundárias a doenças sistêmicas por lúpus
eritematoso sistêmico, diabetes, hipertensão, entre outras.
Glomérulo normal.
Legenda: (AA)arteríola aferente, (EA)
arteriola eferente, (TP) pólo tubular,
(us) espaço urinário, (CB) cápsula de
Bowman
Rim com glomerulonefrite -
Notar o processo inflamatóriono glomérulo
Glomerulonefrite crônica
A Glomerulonefrite Crônica é uma doença glomerular lentamente
progressiva. É uma perturbação que ocorre no curso de várias
doenças nas quais se lesam os glomérulos e a
função renal se deteriora ao fim de alguns anos. As maiorias das
doenças glomerulares agudas podem evoluir para Glomerulonefrite
crônica. O diagnóstico é dado com a biópsia renal.
Histologicamente, o rim torna-se atrofiado e diminuído e os
glomérulos estão usualmente hialinizados e substituídos por
colágeno.
PIELONEFRITE
Pielonefrite é o nome dado à infecção das vias urinárias superiores,
acompanhadas por processo inflamatório. Na maioria dos casos,
ocorre pela infecção da bactéria Escherichia coli, bastonete Gram-
negativo presente na flora intestinal por ser importante para a
digestão. Mas no trato urinário essa bactéria pode infectar as vias
urinárias (ureter, uretra), bexiga e/ou rins. Macroscopicamente,
observa-se presença de exsudato neutrofilico agudo, vistos como
flocos de coloração amarelada dentro dos túbulos e parênquima
renal.
Pielonefrite aguda
É uma infecção renal bacteriana, raramente viral, causada, na
maioria dos casos, por bactérias Gram-negativas da flora do
sistema digestivo, sendo resultante de complicações de infecções
da uretra, bexiga e/ou ureter, sendo complicações ascendentes. O
início é abrupto, com disúria, polaciúria, noctúria, piúria, e
sintomas característicos de infecção, como febre e mal-estar. O
tratamento é feito com uso de antibióticos, e deve ser iniciado
rapidamente, de forma a evitar complicações, como bacteremia.
Pielonefrite crônica
É uma inflamação renal derivada de múltiplas ocorrências de
pielonefrite aguda, de gravidades variadas, com uma certa
frequência em um determinado período de tempo. As causas
mais comuns são a urolitíase, devido à obstrução da urina
nos ureteres, e a insuficiência dos mecanismos anti-refluxo
das vias urinárias, com refluxo da urina da bexiga para o rim.
O inicio geralmente é gradual e com sintomas mais brandos,
porém com ocorrência de um longo período de tempo. A
pielonefrite crônica geralmente evolui para insulfiencia renal
crônica (IRC). Microscopicamente é visto atrofia do rim
infectado. A pelve e os cálices ficam danificados e, podem
obstruir a passagem da urina. É visto um a extensa
fibrosação renal. Há atrofia de alguns túbulos e dilatação de
outros.
Pielonefrite crônica
Nefropatia de refluxo
Pielonefrite obstrutiva crônica
Microscopicamente é
observada inflamação
com infiltração de
leucócitos. Há necrose
das células dos túbulos
renais e pode
haver ou não formação
de abcessos. Com a
cura, há fibrosação dos
leucócitos.
As figuras acima apresentam rins com pielonefrite e pielonefrite crônica (produto de
nefrectomia laparoscópica).
Na presença da carúncula, há um
turbilhonamento da urina na porção
obstruída do meato, que não é eliminada e
ainda é aspirada para dentro da bexiga
quando esta começa a se encher
novamente.
Distúrbios hidroeletrolíticos
PRINCÍPIOS FISIOPATOLÓGICOS
Na presença de disfunção renal a função dos rins de manutenção de
volume líquido e composição iônica dos líquidos orgânicos é afetada, não
havendo excreção adequada de água e íons resultando em desequilíbrios
(Menezes, 1997).
ALTERAÇÕES
DÉFICT EXCESSO FATOR DE RISCO
Volume Hídrico
Peso, pele e mucosas 
secas, oligúria, anúria,
uréia hematócrito
Peso, edema, 
hipertensão, estertores 
dispnéia, veias cervicais 
distendidas
Perdas em excesso, 
ingestão reduzida
Problemas cardíacos, 
renais e hepáticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
ALTERAÇÕES
DÉFICIT EXCESSO FATOR DE RISCO
Sódio- hiponatremia
Cólicas abdominais, 
convulsão, náuseas, 
delírio
Potássio- hipocalemia
Fadiga, fraqueza 
muscular, anorexia, 
arritmias, distensão 
abdominal, sintomas 
gástricos
Cálcio- hipocalcemia
Cãimbras, cólicas 
abdominais,tetania, 
formigamento nos dedos 
e ao redor da boca
Sódio- hipernatremia
Mucosas secas, sede , 
língua seca e rugosa
Potássio- hipercalemia
Irritabilidade e agitação, 
diarréia, cãimbras, sintomas 
gástricos, alterações no 
ECG, PCR
Cálcio- hipercalcemia
Dor óssea e no flanco 
fraqueza muscular, reflexos 
tendinosos diminuídos, 
constipação, confusão , 
polidipsia, poliúria
Ingestão ou perdas 
aumentada ou 
diminuída de sódio ou 
água, alimentação 
hipertônica por sonda.
Vômito, diarréia, 
ingestão inadequada, 
insuficiência renal
Distúrbios hidroeletrolíticos
ALTERAÇÕES
DÉFICIT EXCESSO FATOR DE RISCO
Magnésio
Tremores, tetania, 
convulsão taquicardia, 
hipotensão, arritmias
Fósforo
Dor óssea e no flanco, 
parestesias, fraqueza 
muscular
Magnésio
Depressão do SNC, 
depressão respiratória, 
bradicardia e hipotensão, 
coma, rubor facial
Tetania e formigamento nos 
dedos e ao redor da boca, 
espasmos musculares
Subnutrição, 
alcoolismo, diuréticos
Insuf. Renal, intensa 
desidratação
Desequilíbrio ácido-básico
O corpo mantém o equilíbrio ácido- básico pelo sistema tampão,
sistema respiratório e sistema renal
Os desequilíbrios ácidos – básicos podem surgir quando os rins são
incapazes de realizar esses processos adequadamente
ANORMALIDADE SINTOMATOLOGIA CAUSA
Acidose metabólica
Alcalose metabólica
Taquipnéia, cefaléia, confusão, 
sonolência, frio, diminuição da 
contratilidade cardiáca, 
hipotensão, edema pulmonar
Irritabilidade neuromuscular, 
parestesia, tetania, convulsão, 
hipoventilação, redução do 
fluxo coronariano.
Insuficiência renal
Intoxicação
Fome
Altas doses de 
penicilina cristalina
Vômito, drenagem 
gástrica
Tratamento diurético
Legenda
Necrose tubular aguda
Causas isquêmicas
- choque
- vasculites (ex: poliarterite nodosa)
- HA maligna
Causas tóxicas
- drogas (ex: gentamicina)
- contrastes radiográficos
- venenos
- metais pesados
- solventes orgânicos (ex: C-Cl4)
Causas de obstrução urinária
- hiperplasia nodular da próstata
- neoplasias renais ou urinárias
- neoplasia da próstata
Legenda
Necrose tubular aguda
Túbulos renais são sensíveis
a lesões isquêmicas e tóxicas:
- ampla superfície de absorção
- alto metabolismo
- transporte ativo de íons
e ácidos orgânicos
Regeneração do epitélio tubular
Nefrite tubulointersticial
Secundárias
- doenças glomerulares
- doenças vasculares
- doenças císticas do rim
- tumores 
- doenças metabólicas
Nefrite tubulointersticial
Infecções 
- pielonefrite bacteriana aguda
- pielonefrite crônica (associada à refluxo)
- vírus
- parasitas
Toxinas (drogas, metais pesados)
Doenças metabólicas (urato, nefrocalcinose, etc...)
Físicos (obstrução crônica, radiação)
Neoplasia (mieloma múltiplo)
Imunopatologia (rejeição de transplante, sarcoidose, Sínd. Sjögren)
Nefrite tubulointersticial
Histologia
Aguda Crônica
Clínica
Edema intersticial
Necrose tubular focal
Infiltrado com neutrófilos
e eosinófilos
Fibrose intersticial
Atrofia tubular extensa
Infiltrado mononuclear
Pode levar à insuficiência
renal crônica
Incapacidade de concentrar
urina (poliúria, nictúria)
Incapacidade de excretar
ácidos (acidose metabólica)
Nefrite intersticial aguda – induzida por drogas
Nefrite intersticial aguda – induzida por drogas
Nefrite intersticial aguda – induzida por drogas
Nefrite intersticial crônica– auto-imune
Nefrite intersticial crônica– induzida por drogas
Nefrite intersticial crônica– doença metabólica
Nefrite tubulointersticial 
induzida por drogas
Pode ter curso agudo ou insidioso/crônicoPencilinas, rifamicina, tiazídicos, AINEs, etc...
Características clínicas
-surge 15 (2-40) dias após exposição
- febre, eosinofilia, exantema
- hematúria, proteinúria leve, leucocitúria (com eosinófilos)
- 50% evoluem com insuficiência renal aguda ou elevação de 
creatinina
Mecanismos envolvidos
- hipersensibilidade do tipo I (reação tardia mediada por IgE)
- hipersensibilidade mediada por linfócitos T CD4+ (do tipo tardio)
UROLITÍASE
A urolitíase é uma causa habitual tanto da hematúria e dor
abdominal, como de dor inguinal. As pedras podem ser
compostas por cálcio (80% de todas as pedras), oxalato, urato,
cistina, xantina, fosfato, ou por todos. Muitos dos factores de
risco são alimentares, doenças já existentes (por exemplo:
infecções do trato urinário) e factores ambientais (regiões com
um clima quente e seco). Cerca de 75% das pedras estão
localizadas no uréter, 80% das quais no uréter distal e 10 a
15% são bilaterais. Cerca de 80% das pedras saem
espontaneamente.
A cólica renal, com dor no flanco e costas é muito
característica, quase sempre com sangue na urina e em certos
casos pode haver eliminação de pedras.
PRINCIPAIS DISTÚRBIO SIST URINÁRIO HUMANO
CÁLCULO RENAL
O depósito organizado de sais
minerais nos rins ou em
qualquer parte do aparelho
urinário.
Cálculos constituídos por cálcio
são os mais comuns. Outros
minerais encontrados são:
oxalato, fósforo, ácido úrico.
Deficiência genética para
excreção desses sais
Dieta rica nessas sais: ex.: leite
e derivados.
Tratamento cirúrgico ou não
invasivo: ultra-som / laser
OBSTRUÇÃO URINÁRIA 
Ocorre quando há um impedimento da
passagem da urina pelos canais urinários, por
cálculos, aumento da próstata, tumores,
estenoses de ureter e uretra. A ausência ou
pequeno volume da urina é a queixa
característica da obstrução urinária.
- hidronefrose
INFECÇÃO URINÁRIA
O paciente se queixa de dor, ardência e urgência para urinar. O
volume urinado torna-se pequeno e freqüente, tanto de dia como de
noite. A urina é turva e mal cheirosa podendo surgir sangue no final
da micção. Nos casos em que a infecção atingiu o rim, surge febre,
dor lombar e calafrios, além de ardência e urgência para urinar. A
urina que é secretada (produzida) nos rins é estéril.
Ela pode se infectar quando bactérias se multiplicam em redor da
uretra (colonização) para, logo após, ascenderem (subirem) através
desta, penetrando na bexiga (via ascendente). Elas podem se
manter na bexiga ou continuar na subida até o rim. Outras vias de
entrada de bactérias no aparelho urinário são: sangue e vasos
linfáticos.
• A colonização de bactérias no trato urinário pode ser
facilitada por diversos fatores como, por exemplo:
• Obstrução urinária: próstata aumentada, estenose de
uretra. Doenças neurológicas: mielomeningocele,
traumatismo de coluna. Corpo estranho: sonda vesical,
cálculo urinário (pedra nos rins). Doenças bastante
conhecidas estão freqüentemente associadas com
infecção urinária como o diabetes. Pacientes
imunológicamente deprimidos (AIDS, câncer) estão
mais propensos a se infectarem.
• A bactéria mais comum causadora da infecção urinária,
encontrada no intestino grosso, é a Escherichia coli. Já
os pacientes hospitalizados (infecção hospitalar)
apresentam germes diferentes, como a Pseudomonas
aeruginosa, geralmente mais resistentes aos
antibióticos.
Doenças Congênitas e Hereditárias
Um exemplo dessas doenças é a presença de
múltiplos cistos no rim (rim policístico).
Nefropatias Tóxicas
Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos
e drogas. Caracterizam-se por manifestações
nefríticas e insuficiência funcional do rim.
Tumores Renais
O rim pode ser acometido de tumores benignos
e malignos. E as queixas são de massas
palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina e
obstrução urinária.
GOTA 
Gota é uma doença
caracterizada pela elevação de
ácido úrico no sangue e surtos
de artrite aguda secundários ao
depósito de cristais do sal deste
ácido (uratos).
 O ácido úrico é um resíduo nitrogenado do metabolismo de
purinas (lembrar das bases nitrogenadas).
 Mariscos, sardinha, salmão, bacon, fígado devem ser
evitados por aqueles que sofrem de gota.
GOTA
• Distúrbio do metabolismo das purinas
caracterizado pelo excesso de ácido úrico
no sangue.
• Uratos de sódio são depositados nas
articulações, em forma de tofos,
provocando ataques recorrentes de artrite.
• Pode ocorrer tanto pela superprodução de
ácido úrico, como pela diminuição da
excreção de ácido úrico pelas vias
urinárias.
GOTA
• É importante detectar quem tem ácido
úrico elevado pois muitas vezes esses
indivíduos têm pressão alta, são
diabéticos e têm aumento de gordura no
sangue com aterosclerose e a descoberta
da hiperuricemia faz com que
indiretamente sejam diagnosticados os
problemas sérios que já existiam.
• Pacientes gotosos podem permanecer 20
a 30 anos com ácido úrico elevado antes
da primeira crise. Em alguns casos, já
houve crise de cálculo urinário.
• A crise de artrite é bastante típica: o
indivíduo vai dormir bem e acorda de
madrugada com uma dor insuportável que
em mais de 50% das vezes compromete o
dedo grande do pé.
LITÍASE RENAL
• Formação de cálculos
• Partículas sólidas que se calcificam nos 
rins.
• Tipos de cálculos: oxalato e fosfato de 
cálcio.
• Cistina- aa sulfurado- leva \á formação de 
cálculos. Arginina+ fósforo
• Ácido ùrico- metabólito final das purinas.
• Há situações de dor tão forte que os pacientes não
toleram lençol sobre a região afetada. Pode haver febre
baixa e calafrios. A crise inicial dura 3 a 10 dias e
desaparece completamente. O paciente volta a levar
vida normal. Fica sem tratamento porque não foi
orientado ou porque não optou pelo que foi prescrito.
• Nova crise pode voltar em meses ou anos. A mesma
articulação ou outra pode ser afetada. Qualquer
articulação pode ser atingida. As dos membros inferiores
são preferidas mas encontram-se gotosos com graves
deformidades nas mãos. Não havendo tratamento, os
espaços entre as crises diminuem e sua intensidade
aumenta. Os surtos ficam mais prolongados e, mais
tarde, com tendência a envolver mais de uma
articulação. Há casos em que algumas articulações não
ficam mais livres de sintomas.
• Gotosos que tiveram seu diagnóstico
tardiamente e os que não se tratam têm
cristais de monourato de sódio
depositados nas articulações, tendões,
bursas e cartilagens (tofos). Podem
assumir volumes enormes e deformarem
gravemente as articulações.
A dieta para pessoa com gota deve ser moderada em
proteínas, rica em carboidratos e relativamente pobre em
gordura e deve incluir alimentos com baixos teores de
purina.
- O consumo de gorduras deve ser reduzido, pois o excesso
diminui a excreção de ácido úrico.
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas. O álcool precipita
o ácido úrico, facilitando a formação de cristais.
- Líquidos como água e sucos devem ser ingeridos à
vontade (mais de três litros por dia), o suficiente para que a
urina esteja sempre clara. Isso facilita a excreção de ácido
úrico e minimiza a possível formação de cálculos.
- Não fique longos períodos sem se alimentar. Quem fica
muito tempo sem comer é candidato em potencial a ter
uma taxa elevada de ácido úrico. Isso porque, em jejum, o
corpo acaba degradando a proteína muscular como fonte
de energia, gerando uréia como um dos seus subprodutos.
Restringir alimentos ricos em purinas como
caldo de carne, carnes vermelhas, miúdos,
ervilhas, feijões e frutos do mar
CARCINOMA RENAL
Carcinoma de células renais é a forma mais
comum de câncer de rim surgindo no túbulo
renal. É o tipo de câncer de rim mais comum em
adultos. O tratamento inicial é cirúrgico. Este
tipode câncer é bastante resistente à
radioterapia e quimioterapia, embora alguns
casos respondam à imunoterapia.
DRP
A doença renal policística ( também conhecida
como síndrome renal policística ) é uma doença
genética que afeta os rins e tem caráter
progressivo. Ocorre em seres humanos e em alguns
outros animais. A DRP é caracterizada pela presença
de vários cistos (daí o termo "policistico") em
ambos os rins. A doença também pode acometer o
fígado, o pâncreas, e mais raramente o coração e o
cérebro. As duas principais formas de doença renal
policística são distinguidas por seus padrões de
herança genética, dominante ou recessiva.
A estenose da artéria renal é o estreitamento da
artéria renal, na maioria dos casos em
consequência de aterosclerose ou de displasia
fibromuscular. Este estreitamento pode impedir a
corrente sanguínea de irrigar o rim afectado. Entre
as possíveis consequências da estenose da artéria
renal estão a hipertensão arterial e a atrofia do
rim, o que pode resultar em insuficiência renal
caso não seja tratada.
ESTENOSE RENAL
NECROSE DAS PAPILAS RENAIS
A necrose das papilas renais é uma forma de
nefropatia envolvendo a necrose das papilas
renais.
Causas: Nefropatia analgésica é uma causa da
necrose papilar renal. O dano é cumulativo e a
maioria dos pacientes de necrose das papilas
renais ingeriram, no mínimo, 20 kg de analgésico
no passado.
O risco é ainda maior para a fenacetina e o
paracetamol, se comparado com a aspirina e
outros AINEs. A combinação de medicamentos
analgésicos também envolvem um alto risco de
desenvolver a necrose.
• Também pode ser causada pela diabetes
mellitus e pela crise falciforme, que está
relacionada a infecções renais ou doenças
vasculares.
• Pode, também, ocorrer como resultado de
pielonefrite aguda ou anemia falciforme.
NEFROPATIA DIABÉTICA
Também conhecida como síndrome de
Kimmelstiel-Wilson e glomerulonefrite
intercapilar, é uma doença renal progressiva
causada por angiopatia dos capilares nos
glomérulos renais. Ela é caracterizada por
síndrome nefrótica e glomeruloesclerose difusa.
Ocorre devido a diabetes mellitus de longo
prazo, e é a principal causa de diálise em muitos
países ocidentais.
NEFROBLASTOMA
Tumor de Wilms ou nefroblastoma é um tumor
dos rins que tipicamente ocorre em crianças,
sendo raro em adultos.
Aproximadamente 500 casos são diagnosticados
por ano nos Estados Unidos. A maior parte (75%)
ocorre em crianças normais, a menor parte (25%)
ocorre associado a outras anomalias no
desenvolvimento. O tumor responde bastante ao
tratamento, com acima de 90% dos pacientes
sobrevivendo no mínimo cinco anos.
NEFROSCLEROSE BENIGNA
•Esclerose de arteríolas renais e pequenas artérias levando a 
isquemia focal com esteitamento luminal.
•Íntima e média espessadas
•Deposição hialina nas arteríolas.
URETRITE 
significa inflamação da uretra. As causas podem
ser variadas, contando-se contudo entre as mais
frequentes as infeções. As uretrites mais comuns
são as infecciosas sexualmente transmissíveis,
ou seja aquelas que são transmitidas durante
relações sexuais.
INFECÇÕES URINÁRIAS
 Cistite e pielonefrite. Bacteríúria assintomática.
 São muito comuns, especialmente em mulheres
Uretra mais curta, falta de secreções prostáticas antibacterianas e 
migração bacteriana através da relação sexual.
 Acima dos 50 anos, a incidência é similar em ambos os sexos.
 Origem tanto comunitária quanto hospitalar.
 A infecção é adquirida normalmente por via ascendente (uretra). Via
hematogênica é menos comum (principal via em neonatos).
INFECÇÕES URINÁRIAS
As ITU podem ser divididas em não complicadas e
complicadas.
 ITU NÃO COMPLICADA:
Ocorre primariamente em mulheres jovens
sexualmente ativas sem anormalidade
anatômica ou funcional do aparelho urinário.
Normalmente adquiridas na comunidade.
 ITU COMPLICADA - aquelas que se associam com fatores
complicadores como:
 OBSTRUÇÃO: presença de cálculos renais, hiperprasia
prostática, neoplasias.
 ANATOMO-FUNCIONAIS: bexiga-neurogênica, refluxo
vesico-ureteral, doença policística renal
 METABÓLICAS: diabetes melittus, transplante renal
 INSTRUMENTALIZAÇÃO: cateterismo vesical, ou
procedimentos cirúrgicos do trato urinário
 Pelo maior risco, as ITUs em crianças, gestantes e
homens bem como as infecções do trato urinário alto
são consideradas infecções complicadas.
Infecção relacionada à assistência a saúde (IRA)
 Corresponde a 30-40% das IRAS
80% é relacionada com a cateterização vesical
Risco de Infecção urinária aumenta em 50%, após
7-10 dias de cateterização
15-20% dos pacientes internados são
cateterizados
Tempo de hospitalização: aumento de 4-5 dias
Até 4% podem causar bacteremias
Taxa de mortalidade: 12%
INFECÇÕES URINÁRIAS
INFECÇÕES URINÁRIAS
Fonte: Mims. 3a ed. 2005
 AGENTES ETIOLÓGICOS
 Etiologia principalmente BACTERIANA.
VIA ASCENDENTE:
 Gram Negativos: Escherichia coli, Proteus, Klebsiella,
Enterobacter, Serratia, Pseudomonas aeruginosa,
Acinetobacter, etc.
 Gram Positivos: Staphylococcus saprophyticus;
Enterococcus, Corynebacterium urealyticum.
INFECÇÕES URINÁRIAS
Pacientes cateterizados: polimicrobiana!
INFECÇÕES URINÁRIAS
 AGENTES ETIOLÓGICOS
Microrganismos frequentemente isolados e que crescem
bem em meios de rotina em 24 horas.
• Escherichia coli
• Klebsiella pneumoniae
• Proteus mirabilis
• Outras enterobactérias
• Pseudomonas aeruginosa
• Acinetobacter spp.
• Enterococcus spp.
• Staphylococcus saprophyticus
• Staphylococcus aureus
Candida spp. (outras leveduras)
Hospitalares
 Podem ser uropatógenos mas requerem meios
especiais ou mais de 24 horas de incubação:
INFECÇÕES URINÁRIAS
 AGENTES ETIOLÓGICOS
• Corynebacterium urealyticum
• C. glucuronolyticum
• C. pseudogenitalium
CISTITE 
é uma inflamação na bexiga, normalmente causada por
infecção de bactérias naturais da flora intestinal.
Embora seja muitas vezes usada como sinônimo de
infecção do trato urinário por leigos e até por médicos,
à rigor a cistite pode ter outras causas, como química
ou proveniente de quimioterapia. Alguns dos fatores
que podem levar à proliferação de bactérias no trato
urinário incluem má higienização de partes íntimas, má
formação do aparelho urinário, constipação, uso de
diafragmas e fatores que possam retardar o fluxo
urinário, como pedras nos rins..
JUNQUEIRA, L. C. U. E CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª Ed.
São Paulo. Editora Guanabara Koogan S. A. 2004
GARTNER, L. P. E HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores. Rio
de Janeiro. Editora Guanabara Koogan S. A. 1999.
ABBAS, Abul K; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay; COTRAN,
Ramzi S; ASTER, Jon C; ROBBINS, Stanley L.: Robbins e Cotran:
Patologia - Bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.1458 p.
BRASILEIRO, Filho G.: Bogliolo: Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro.
Guanabara Koogan, 2011. 1524 p.

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