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LIVRO “PSICODIAGNPÓSTICO FENOMENOLOGICO-EXISTENCIAL – Focalizando os aspectos saudáveis”

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FICHAMENTO
LIVRO “PSICODIAGNPÓSTICO FENOMENOLOGICO-EXISTENCIAL – Focalizando os aspectos saudáveis”
Na idade média, o homem vivia baseado nas tradições e nas crenças impostas da época. Após um período, época moderna o homem passa a ser mais racional, onde todos os fenômenos, passam a ter uma lógica, o que não obtiver lógica ou racionalidade é excluído. As doenças neste caso começam a deixar de ser explicadas apenas de forma religiosa e passa a ser pensada com outros olhos.
Os procedimentos técnicos ganham força e aos poucos a clínica vai ganhando seu espaço, onde quem sofre tem o mesmo significado de sentir.
Na fenomenologia o ser é visto também por seus costumes éticos e morais, sua cultura e como tudo isso influência o seu meio, ou seja a existência do ser é relacional.
O psicodiagnóstico infantil estrutura-se em etapas, que necessitam de processos, a primeira etapa consiste em uma ou duas entrevistas iniciais com os pais, este primeiro contato é essencial para que o psicólogo compreenda a queixa dos pais e dinâmica familiar. As etapas seguintes consistem na hora lúdica e avalições e psicológicas onde assim o terapeuta pode compilar as informações obtidas e realizar a entrevista devolutiva, tanto com os pais quanto com as crianças, a fim de expor suas conclusões diagnósticas embasadas na compreensão do que esta acontecendo com a criança e a dinâmica familiar e por fim o encaminhamento psicológico.
Com a coleta de dados feita, podemos organizar o pensamento clínico que irá nortear o processo terapêutico, segundo Ancona Lopez (1995), este processo é um momento de transição, provoca mudanças, onde o paciente sente-se acolhido em seu sofrimento.
A fenomenologia considera o ser, envolto no mundo, embora nem sempre este tenha essa percepção, os objetos, mundo e o ser estão sempre inter-relacionados. O encaminhamento psicológico sempre é proposto quando existe uma ruptura, quando a criança não corresponde com alguma ou todas as expectativas dos pais. No psicodiagnóstico infantil, busca explorar a queixa apresentada pelos pais, o que a criança mostra e a compreensão da situação.
No primeiro contato é importante ressaltar o motivo da consulta e o significado que este encaminhamento tem para eles, os pais. Outro fator de valor é compreender a expectativa que estes pais tem sobre o atendimento.
Quanto ao terapeuta cabe compreender a pergunta, identificar os acontecimentos durante o psicodiagnóstico e desenvolver o contexto.
Na entrevista de anamnese, o terapeuta busca compreender a dinâmica familiar, composição social, vínculos e funções desempenhadas. Esta entrevista tem como objetivo principal resgatar questões primordiais, desde a gestação da criança em questão até os seus dias atuais, entrelaçando com a rotina familiar. É importante os pais explicar a criança, que estão consultando um psicólogo e o principal, esclarecer o motivo, assim a criança compreende o processo desde o inicio, percebe que algo esta acontecendo.
Logo após este processo acontece o primeiro contato real do psicólogo e a criança, este encontro normalmente é marcado através da observação lúdica, onde o terapeuta, amplia sua compreensão do caso, e volta de forma mais ampla aspectos que passam a se tornar relevantes com os pais. Compilando estes dados, juntamente com a aplicação de testes, o psicólogo estrutura sua devolutiva.
A devolutiva deve ser feita com a criança e com os pais em dias diferentes, com a criança sempre de forma lúdica. O psicólogo deve adequar o seu texto ao nível de entendimento dos pais.
Ao final do processo, o psicólogo elabora um relatório em relação ao atendimento, descreve o passo a passo do atendimento e na última sessão, o mesmo é lido com os pais. 
A contribuição do psicodiagnóstico interventivo na fenomenologia, tem como objetivo unir psicólogo e pais, são como parceiros que buscam a compreensão e reavaliação de seus papeis.
Através das intervenções o terapeuta, incentiva novas possibilidades, durante os atendimentos em relação a transformação do outro. As possibilidades devem sempre estar ao alcance do paciente para que haja sucesso.
O uso dos instrumentos utilizados devem ser discutido com os pais e com a criança, mostrando-lhes os objetivos e importância de cada um, os pais também ficam livres para expor suas observações.
O psicodiagnóstico fenomenológico, envolve um trabalho “em equipe”, tem por finalidade redirecionar o olhar desses pais diante a necessidade dos filhos e a dinâmica familiar, facilitando o relacionamento e interação dos mesmos.
O psicólogo não é um agente passivo ou neutro, o mesmo estimula nos pais como lidar com suas angústias e como confronta-las.
Outro método também utilizado é a entrevista domiciliar, sempre com o consentimento do paciente (pais). Esta observação pode reestruturar as compreensões feitas pelo psicólogo durante dos atendimentos. 
Existe também a visita escolar, esta é feita diretamente na escola, entrevista com a professora, observação do ambiente e rotina escolar da criança.

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