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15/11/2012 1 PRODUÇÃO E CONTROLE DO CONCRETO Dosado em central IBRACON. Concreto: ciência e tecnologia. Vol. I, 2011. Introdução �Surgiu para atender grandes obras de infraesturutra (grandes volumes) � Trabalhos em curto período com menor variabilidade de resistências; �Nos EUA início em 1930; �No Brasil na década de 50. 1959 – Concretex 1960 – Engemix 1970 – Concrebrás, Polimix, Supermix 1978 – ABESC – Associação brasileira de serviços de concretagem 15/11/2012 2 Vantagens Vantagens �Velocidade: grande quantidades podem ser preparadas e transportadas. Grandes volumes podem ser concretados; �Racionalização do canteiro: sem estoque pode ser usado para a própria obra; �Flexibilidade: sem grandes transtornos pode-se atender diferentes propriedades; 15/11/2012 3 Vantagens �Qualidade: concretos mais homogêneos. Controle de qualidade. Suporte técnico. �Economia: concreto em larga escala permite maior negociação de preço; 15/11/2012 4 Fornecedor Controle tecnológico: se possui laboratório Procedência e qualidade dos materiais Tempo de funcionamento, experiência no mercado Layout de uma central dosadora 15/11/2012 5 Processo de produção Na central ocorre a movimentação coordenada de materiais e caminhões. Exemplo: Unidade que produz 300m3 por dia tem movimentação de 600 m3 de material, sendo aproximadamente 1400 toneladas somando as entradas e saídas. Corresponde a 30 caminhões diários de materiais e aproximadamente 40 viagens de caminhões betoneiras. Processo de produção Centrais podem ser: Manuais Semiautomática Automatizada Operador controla a sequência dos materiais na balança e libera; Leva até 15 minutos. Programas específicos; Seleção do cliente e do concreto a ser preparado. Mais confiável. Alguns materiais são dosados automaticamente- cimento. 15/11/2012 6 Processo de produção Após feito o carregamento e mistura • coloca-se o lacre na bica (ou calha) do caminhão betoneira, • prepara-se a nota fiscal e • são carregados os moldes para confecção dos corpos de prova. Obras com concreto autoadensável ou baixa relação água/cimento é necessário de profissional especializado para redosagem do aditivo. 15/11/2012 7 Processo de produção - transporte �Da central até o canteiro de obra o caminhão deve ser mantido girando em baixa rotação (4 rpm) => evitar segregação; �Subidas íngremes: parar a rotação para não derramar concreto. �Chegada no canteiro: entregar ao engenheiro a nota fiscal e em seguida aumentar a rotação do balão por no mínimo 5 minutos; �Ensaio de abatimento => Slump test �Água extra somente o especificado em nota fiscal para compensar perda durante transporte Processo de produção – adição de água extra NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central A correção de água por evaporação é permitida desde que: �O abatimento for > 10mm �Esta correção não aumente o abatimento em mais de 25 mm; �Após a correção o abatimento não seja superior ao limite máximo especificado (ideal valor médio); �Tempo entre adição extra e descarga deve ser de 15 min. 15/11/2012 8 Recebimento do concreto na obra Um profissional que confira a nota fiscal, verificando se o volume e o fck conferem ao pedido da compra; Integridade do lacre do caminhão: garantia que não foi descarregado desde sua saída da central; Consistência do concreto através do ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test). 3 camadas de 25 golpes cada 15/11/2012 9 Amostragem do concreto Após aceito o concreto • A amostra deve ser colhida no terço médio do caminhão-betoneira; • Utilizar um recipiente ou carrinho-de-mão; • Retirar uma quantidade suficiente, 50% maior que o volume necessário, e nunca menor que 30 litros. • Homogeneizar a amostra: assegurar sua uniformidade. Coletar uma amostra que seja representativa para o ensaio de resistência à compressão. www.abesc.org.br POR QUE É IMPORTANTE? 15/11/2012 10 Finalizada a descarga Colocada água no balão e retorno à central. Na central: lavagem completa do caminhão. Água de lavagem deve ser coletada, tratada e armazenada para confecção de novos concretos. Dia seguinte: recolhimento dos corpos de prova e cura em câmara úmida nas idades de interesse. Tipos de centrais �Misturadoras conforme legislação paga IPI ao invés de ISS, ficando restritas a unidades de pré-fabricados. Capacidade do tambor de 2 m3 a 12 m3. Os mais comuns entre 6 e 8m3. Dosadora: mistura no caminhão betoneira. Misturadora: equipamentos específicos 15/11/2012 11 Obras de grande porte podem requerer central móvel (centrais de canteiro) 3 15/11/2012 12 Tipos de centrais Misturadoras �Transporte e descarga pode ser realizado em caminhão basculante ou dumper. Lançamento do concreto Bombas-estacionárias, bombas-lança, gruas, esteiras. Escolha depende do volume a ser concretado, do tempo para execução e das características do canteiro. Importante: 2,5 horas entre a adição de água e a conclusão de lançamento; 1,5 horas entre o deslocamento da central até o canteiro. 15/11/2012 13 Lançamento do concreto Obras de pequeno porte: Lançamento no local de aplicação + jericas Foto página 513 Transporte do concreto Obras de grande porte:Obras de grande porte: Bombeamento é o mais solicitado. Grande agilidade e produtividade. Bomba lança Tubulação de transporte deve ser montada e desmontada a cada concretagem. Braço articulado com tubulação metálica para transporte do concreto. Necessita de espaço para estabilização do equipamento (patolas abertas). 5 m da rede elétrica. 15/11/2012 14 Transporte do concreto Transporte vertical também pode ser com gruas (guindastes de carga) e guinchos (elevadores de carga). Esteiras para consistências secas. Fotos pagina 516 Para melhorar a produtividade com gruas usar 3 caçambas: uma é içada, a outra é carregada e a terceira é reserva. Transporte do concreto Bombeamento Grua Elevador 0,94 1,14 3,02 Produtividade da mão de obra dos serviços de concretagem (Hh/m3): Dantas, 2006. 15/11/2012 15 Controle de qualidade da produção e de aceitação Dois tipos de controle: Controle de qualidade Controle tecnológico Feito pela central para avaliar seu desempenho. Estabelecer seu desvio padrão. Contratado pela obra: verificar se é o contratado. NBR 12655:2006. Atualmente existem empresas que só fazem esse trabalho. INMETRO Controle de qualidade da produção e de aceitação Dois tipos de controle: Controle de qualidade Feito pela central para avaliar seu desempenho. Estabelecer seu desvio padrão. • NBR 7212 • Para Sd < 4MPa, mínimo 16 exemplares. • Para Sd entre 4 e 5 MPa, mínimo 25 exemplares. • Para Sd > 5 MPa, mínimo de 32 exemplares. Lotes a cada 50 m3 de concreto produzido, sendo comum a amostragem a cada 30 m3. 15/11/2012 16 Controle de qualidade da produção e de aceitação Dois tipos de controle: Controle de qualidade Feito pela central. • Rastreabilidade: etiqueta x nota fiscal • Agilidade: maior velocidade no recebimento • Confiabilidade: sem interferência de operador, via sistema • Motorista: relacionado à NF, ao caminhão. Analisar a moldagem feita pelo motorista. 15/11/2012 17 Controle de qualidade dos materiais Granulometria Tabela 1:miúdos Tabela 2: graúdos ABNT NBR 7211 NM 248 Módulo de finura Miúdos ABNT NBR 7211 NM 248 Absorção de água Referência média para dosagem NBR NM 30 Substâncias nocivas Torrões de argila<1,5% Pulverulento<1% NBR 7218 NBR NM 46 15/11/2012 18 Causa da variação Efeito máximo no resultado % Materiais: Variabilidade da resistênciado cimento Variabilidade da quantidade de água total Variabilidade dos agregados +12 +15 +8 Mão de obra: Variabilidade do tempo e procedimento de mistura. -30 Equipamento: Ausência de aferição de balanças Sobre e subcarregamento, correias -15 -10 Procedimento de ensaio: Coleta imprecisa Adensamento inadequado Cura -10 -50 +10 15/11/2012 19 Acessibilidade PRODUÇÃO E CONTROLE de concreto em obras 15/11/2012 20 Concreto produzido em obra Concreto nos limites do canteiro � Betoneiras estacionárias: com sacos inteiros e considerando a capacidade de mistura � Dosadoras � Misturadoras Autoconstrução, cidades do interior, periferia das grandes cidades. Critérios de dosagem É possível produzir concretos de boa qualidade a partir de sua produção em obra, sendo os agregados proporcionados em volume? 15/11/2012 21 Critérios de dosagem NBR 12655:2006 Classifica o concreto em função das condições de preparo em função da forma de proporcionamento dos materiais (massa, volume). Dosagem gravimétrica: condição A de preparo. Sd = 4 MPa. Materiais dosados em massa , fazendo-se as correções tanto da massa de água quanto da areia (conforme h que deve ser medida constantemente). Segundo NBR 8953:2009 concretos das classes C10 a C80. 15/11/2012 22 Critérios de dosagem Condição B de preparo. Sd = 5,5 MPa. Cimento dosado em sacos de 50 Kg (normalmente). Agregados em volume. Água com dosador. São feitas as correções de água e areia (conforme curva de inchamento). Recomenda-se a verificação da umidade em pelo menos 3 vezes durante um turno de concretagem. Segundo NBR 8953:2009 concretos das classes C10 a C20. 15/11/2012 23 Critérios de dosagem Condição C de preparo. Sd = 7 MPa. Cimento dosado em sacos de 50 Kg (normalmente). Agregados em volume; controle da umidade feito de forma expedita (estimativa). Segundo NBR 8953:2009 concretos das classes C10 a C15. NBR 6118 Critérios de dosagem: observações Quanto maior a precisão no proporcionamento dos componentes do concreto e no cuidado de seu preparo, menor a variação esperada na resistência à compressão, menor desvio padrão, para o cálculo da resistência de dosagem (fcj). Aquela que se espera atingir na idade de controle. Isso resulta em menor consumo de cimento já que a res. de dosagem será menor. 15/11/2012 24 Critérios para a escolha dos materiais Cimento Portland � Maior preço na composição do concreto. � Pode ter variações em suas características ao longo do tempo. � Em alguns casos pode exceder aos limites considerados adequados. � Dosagem otimizada para 1 tipo e posteriormente disponibilidade de outro no mercado. Comprometendo o produto final CONCRETO. Critérios para a escolha dos materiais Cimento Portland � Ensaios demorados em cimento e após ele ter sido consumido. � Coletar amostras dos cimentos utilizados e guardar com cópia da NF de compra. � Cimentos com grumos não devem ser usados para concretos. Difícil de dissolver em água. Ensaios mais simples podem fornecer indicativos: • Resíduo insolúvel • Finura – Blaine • Tempos de pega 15/11/2012 25 Critérios para a escolha dos materiais Agregados � Disponíveis na região: preços compatíveis e tecnicamente aceitáveis. � Conteúdo da M1: inchamento, forma dos agregados, MF da areia. � Sais solúveis: acelera os processos de pega e endurecimento. Sais de cloro podem desencadear a liberação de íons Cl e desencadear a corrosão. Outros sais migram para a superfície acarretando em eflorescências (alterações na superfícies, aderência). Critérios para a escolha dos materiais Agregados � Matéria orgânica: húmus. Na forma de ácido reduz o pH da solução alcalina resultante dos produtos hidratados no cimento Portland, retardando o início de pega e comprometendo a continuidade das reações => redução das resistências iniciais. � Redução da matéria orgânica (oxidação) pode ser feita por exposição da areia ao sol em camadas de pequena espessura. � Adicionar até 5% de cal (sobre a massa de cimento) para compensar a queda no pH. Atenção! 15/11/2012 26 Critérios para a escolha dos materiais Água � Segundo a NBR 15900-1:2009 a água de abastecimento público é considerada adequada para uso em concreto. � A água potável que atende a portaria 518 do ministério da saúde pode ser usada sem restrição para o preparo do concreto. Critérios para a escolha dos materiais Aditivos � Para reforçar ou melhorar certas características. � Superdosagens são preocupantes e devem ser evitadas. � Não corrigem defeitos cumprem uma missão específica. � Atenção ao prazo de validade e à estocagem pois suas características podem se alterar. � É uma solução e deveria ser agitado antes de usar, pois pode ocorrer separação de suas partes. � Agitação em reservatórios pode ser por insuflamento de ar comprimido. 15/11/2012 27 Armazenamento dos materiais Cimento Evitar o “aventamento”. 10 sacos • Protegidos da chuva e da umidade excessiva: material higroscópico. • Empilhamento máxima de 10 sacos em altura. Prazo de uso de 2 semanas pode usar 15 sacos. • Estrados de madeira que evitem o contato direto com o solo • Período médio de estocagem é de 30 dias. 60 dias somente em regiões de clima seco. • Ultrapassado esse período não usá-lo ou usá-lo sem função estrutural • Silos metálicos: 3 a 6 meses Armazenamento dos materiais Cimento 15/11/2012 28 • Separar pilhas de diferentes materiais, evitando misturas que possam interferir nas propriedades finais. • Separar por graduação. Armazenamento dos materiais Agregados • Evitar troca de fornecedor para que sejam mantidas as propriedades. • Evitar que o material venha acompanhado de solo e outras impurezas. Folhas, galhos, podem representar descontinuidades no concreto endurecido. • Agregado miúdo: evitar que enxurradas carreguem a parcela de finos Armazenamento dos materiais Agregados 15/11/2012 29 Proporcionar o concreto conforme dosagem estabelecida em laboratório para aplicação específica. Dosagem é o proporcionamento ou o ato de estabelecer as doses (quantidades) de material. Proporcionamento • Proporcionamento: volumétrico e gravimétrico • Trabalhar com sacos de cimento, múltiplos de 25 e 50Kg Como se trata de recipiente padrão (latas, caixas) o seu emprego exige alguns arredondamentos, possibilitando alterações no traço. Pintar com cores distintas conforme o tipo de agregado; Fazer o número certo de padiolas por betonada evitando a contagem. Proporcionamento Caixas pequenas demais podem atrasar o processo de alimentação da betoneira. Caixas muito grandes dificultam o trabalho e estimulam o não preenchimento completo. 15/11/2012 30 Mistura Betoneira normalmente utilizada em obra é intermitente, de gravidade e eixo inclinado: de tambor e dos caminhões betoneira. Movimento circular tendenciando a formação de pelotas. Quanto menor o volume de mistura maior a tendência. Ordem de colocação dos materiais na betoneira de eixo inclinado. • Para evitar a formação de grumos é aconselhável: Agregado graúdo + água. Os agregados graúdos ajudam a remover material aderido nas pás. Cimento. Graúdos servem de corpos moedores (analogia aos moinhos de bola) desfazendo aglomeração. Agregado miúdo Restante da água + Aditivo (se houver) 15/11/2012 31 Ordem de colocação dos materiais na betoneira com carregador 100% Agregado graúdo 100% Cimento 100% Agregado miúdo Água diretamente no tambor. Faz assim um sanduíche de cimento para que este não voe. Mistura: observações O tamanho nominal de uma betoneira é representado pelo volume de concreto depois de adensado, podendo ser de até a metade do volume dos componentes soltos,antes da mistura. Neville (1997) considera que para sobrecargas podem não ser prejudiciais desde que não ultrapassem 10%. 15/11/2012 32 Betoneiras • Volume da cuba: volume total da cuba da betoneira. • Capacidade de mistura: somatório dos materiais antes da mistura. • Capacidade de produção (volume de produção): Volume de concreto fresco produzido por betonada. • Relação entre capacidade da mistura e capacidade de cuba varia 0,6 a 0,8 para betoneiras de eixo inclinado. • Volume de concreto fresco e o volume de mistura é ~0,65 • Volume de concreto fresco e volume de cuba é ~0,5. Tempo de mistura D = diâmetro da cuba (m) Tempo de mistura: garante homogeneidade. Contato entre os materiais, envolvimento dos grãos. Concretos plásticos de 1 a 3 minutos. NBR 12655 no mínimo 1 minuto. Bauer (1995): Tempo (segundo) = 120.D1/2 15/11/2012 33 Mistura Manual Caixas e/ou estrados impermeáveis, para evitar a perda de água por absorção. Quantidade pequena de concreto. Utilizar no máximo 100Kg de cimento por mistura. 15/11/2012 34 Transporte • Do local de amassamento ao local de lançamento o mais breve possível. Menor percurso. • Evitar segregação, manter a homogeneidade e umidade. • Tipos: Horizontal: Caminhões, jericas, carrinhos-de-mão. Dumpers. Vertical: Grua, guincho ou caçamba e grua. Inclinada: Correia transportadora, calha 15/11/2012 35 Segundo a NBR 14931:2004 o intervalo entre a adição de água até o final da concretagem não ultrapasse 2 h e 30min. Salvo condições climáticas específicas. 15/11/2012 36 Transporte por bombeamento �Mais utilizado atualmente �Transporte do concreto a 500 m horizontais e 300 metros verticais �200m3/dia Transporte por bombeamento Recomendações: Lubrificar as paredes dos tubos com argamassa Observar vazamentos nas juntas Bombeamento inicia nos pontos mais distantes. Aos poucos os segmentos das tubulações vão sendo retiradas 15/11/2012 37 Lançamento Posição de lançamento • O mais próximo possível à posição final na forma. • Arrastar com enxada pode acarretar em perda de argamassa; • Espalhamento máximo do concreto: até 1 metro • A partir disso aplicar o concreto com uma pá onde for necessário Lançamento Preparo das formas • Molhar as formas • Formas metálicas ou compensado plastificado dispensa a molhagem mas deve usar desmoldante • Formas estanques para impedir a fuga da nata de cimento 15/11/2012 38 Lançamento Tempo de lançamento �Logo após a mistura. Máximo 2h e 30 min. �Se a temperatura for < a 20°C ou se está utilizando plastificante deve-se fazer o ensaio de abatimento. �Para aumentar este intervalo deve-se utilizar retardador de pega, ou conforme o caso, estabilizador da hidratação �Concretagens em dia de chuva só devem ser interrompidas se houver lavagem superficial do concreto. Lançamento Altura de queda �No máximo 2 metros, por praticidade pode ser adotado 2,5 metros. 50 cm a altura máxima de cada camada para melhor adensar. �Quando superior a 2 metros: Abertura de janelas nas formas Calhas no interior das formas Funil 15/11/2012 39 Adensamento • Retirar vazios da massa de concreto, tornando-a mais compacta, resistente, menos permeável e mais durável. Deve ser feito para que não ocorra a formação de ninhos e a segregação do concreto, evitando a vibração da armadura com prejuízo da aderência. Peças densamente armadas deve proporcionar o espalhamento em toda a peça. Tipos de vibradores A vibração diminui o atrito interno dos materiais fazem com que o concreto fluidifique, escorra e preencha todos os espaços. A energia depende da plasticidade do concreto, sendo a intensidade de vibração inversamente proporcional à plasticidade. 15/11/2012 40 Adensamento Adensamento manual: pequenos serviços, emergência • Barras de aço que forçam o concreto, expulsando o ar incluso • Bater com martelo na forma (pilares principalmente) • 70 a 80mm para pilares. 60 a 70mm para vigas e lajes. Adensamento Adensamento mecânico • Mais utilizados são vibradores de imersão • Vibração é resultado de um excêntrico na agulha. • A frequência é determinada pelo número de ciclos do excêntrico na unidade de tempo (rpm ou vpm) 15/11/2012 41 Adensamento Adensamento mecânico • O vibrador tem um raio de ação, desta forma, posicionando-o bem pode-se adensar toda a massa de concreto uniformemente • Amplitude é a distância que o vibrador atinge em relação ao seu ponto de repouso. Raio de ação é a distância com a qual não é mais sentida a influência da fonte vibratória. 15/11/2012 42 Adensamento Adensamento mecânico • Espessura máxima da camada: ¾ o comprimento da agulha. Sendo que a agulha deve penetrar 10 na camada subjacente. • Distância entre os pontos de aplicação: 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha • É preferível vibrar por períodos curtos pontos próximos • Evitar vibrar muito próximo as formas (<10cm) e evitar vibrar a armadura. Vibrar a forma pode formar bolhas de ar na superfície da peça. Adensamento Adensamento mecânico • Vibrar na vertical, quando não é possível inclinar a no máximo 45° • Retirar lentamente evitando a formação de buracos que se enchem de pasta • Excesso de vibração pode segregar o concreto 15/11/2012 43 Adensamento Adensamento mecânico • A superfície do concreto fica brilhante quando suficientemente vibrado • Excesso de vibração sobe muita argamassa e depois nata que respinga em torno do vibrador • Tempo de vibração 2 a 15 s: depende da densidade de armadura, forma dos agregados, abatimento do concreto. Adensamento Outras formas de adensamento mecânico • Vibrador de forma: fixo nas formas. Indústria de pré- moldados • Vibrador de placa: em lajes. Vibração transmitida por uma placa de aço sobre a qual está montado o dispositivo vibratório. • Régua vibratória 15/11/2012 44 Adensamento Outras formas de adensamento mecânico • Mesas vibratórias: mesa em que são colocadas peças a serem vibradas • Adensamento espontâneo: concreto fluido que se autoadensa. Adensamento Revibração do concreto: tornar a vibrar o concreto após algum tempo (30 minutos). Deve ser feita quando ainda há plasticidade, com lâmina de água na superfície. Após exsudação espontanea de parte da água de amassamento, faz-se a revibração acarretando em: Eliminação de fissuras por assentamento plástico, principalmente em peças de grande altura. 15/11/2012 45 Cura Medidas com a finalidade de evitar a evaporação prematura da água necessária à hidratação, minimizar os efeitos da retração (fissuras). NBR 6118: 7 dias Estender para 14 dias se o cimento contém adições Métodos de cura �Irrigação ou aspersão de água (manter a superfície molhada); �Submersão �Recobrimento (sacos de cimento, areia) �Recobrimento com plásticos (lonas) e outros. Não haverá perda de água a partir da saturação. �Conservação das formas �Impermeabilização por pinturas �Membranas de cura: se desintegram após 3 ou 4 semanas, sendo removidas por escovação. 15/11/2012 46 Métodos de cura �Fábricas de pré-moldados usam cura térmica (70°) com vapor. �O objetivo é de acelerar a hidratação do cimento em menor prazo. �Possibilita operar em ciclos de concretagem com a mesma forma em 12 horas. 15/11/2012 47 15/11/2012 48 Critérios para a interrupção da concretagem �Juntas frias devem ser prevista, evitando-se coincidir com planos de cisalhamento. Deve ficar a 45° do plano de cisalhamento. Projetista! �Retirada da nata (água, cimento, agregados finos) de cimento da superfície com jato de ar ou água. Deixar exposto o agregado graúdo. 4 a 12 horas após a concretagem. �Ou pode-se apicoaro concreto “velho”. Critérios para a interrupção da concretagem �Limpar totalmente o pó antes da retomada da concretagem �Aplicar argamassa; �Aplicar o novo concreto e adensar. 15/11/2012 49 Plano de concretagem O plano de concretagem é um conjunto de medidas a serem tomadas antes do lançamento do concreto para assegurar a qualidade da peça a ser concretada. “Check-list” do que deve ser feito para o sucesso da concretagem! Plano de concretagem Planejamento Formas e escoramentos Armadura 15/11/2012 50 Plano de concretagem Planejamento • Dimensionamento da equipe envolvida nas operações • Garanta equipamentos suficientes para o transporte de concreto dentro da obra • Providenciar um número suficiente de ferramentas auxiliares (enxadas, pás, desempenadeiras, ponteiros etc); • Disponibilizar um número suficiente de tomadas de força para os equipamentos elétricos; Plano de concretagem Planejamento • Quantidade de vibradores conforme a equipe; • Tenha vibradores e mangotes reservas, para eventual necessidade; • Planejar a forma de concretagem; • Prever as juntas de concretagem. • Concretagem noturna: iluminação, verificar legislação municipal. 15/11/2012 51 Formas e escoramentos � Confira as dimensões baseadas no projeto; � Verificar a capacidade de suporte e de deformação das fôrmas provocadas pelo peso próprio ou operação de lançamento do concreto; � Verificar a estanqueidade da fôrma para evitar a fuga da nata; � Limpar as formas (pregos, plásticos, arames); � Aplicar desmoldante. Armadura � Conferir as bitolas, quantidade e dimensão das barras; � Verificar o posicionamento da armadura na forma, se estão fixadas adequadamente; � Verificar os cobrimentos da armadura (pastilhas/ � espaçadores) especificados no projeto. � Limpar a armadura (oxidação, gorduras, desmoldante etc.), a fim de garantir a aderência ao concreto; � Evitar pisar excessivamente na armadura (“negativos”) 15/11/2012 52 Rastreabilidade do concreto Todo concreto produzido deve ter seu destino conhecido, possibilitando: Identificação, a qualquer momento, das peças concretadas durante uma jornada de trabalho. Rastreabilidade do concreto
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