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1 Biologia oral 2 Estudo do Periodonto Conjunto de tecidos que juntos são responsáveis pela sustentação e revestimento do dente e parte da gengiva. Conjunto de tecidos que fixa o dente, incluindo cemento, osso alveolar e ligamento periodontal. Funcionamento do periodonto: integridade estrutural e interação tecidual. Origem ectomesenquimal: depende da formação da dentina radicular, as células ectomesenquimais que vão originar o periondonto, que modula a formação de cemento, ligamento periodontal e osso alveolar. O periondonto de sustentação tem a mesma origem ectomesenquimal do folículo e depende da formação da dentina radicular e da presença da bainha radicular epitelial de Hertwig. Cemento O cemento envolve toda a porção radicular do dente. Quando encontra o esmalte forma a JUNÇÃO AMELODENTINARIA. Ele é um tecido mineralizado e tem uma matriz pura. É bem menos mineralizado que o esmalte e a dentina, mas é considerado um tecido de ressistencia. Depois de algum tempo os ameloblastos ficam presos na matris e perdem a capacidade de produção e secreção de matriz transformando-se em cementocitos. Os cementocitos podem voltar a ser ameloblastos. O cemento não é uma estrutura dentaria, pois desenvolve-se a partir do folículo dentário, estrutura que não faz parte do germe dentário, porem uma vez mineralizado ele se adere firmemente. Fibras de Sharpey: inserção dos feixes das fibras colágenas do ligamento no cemento e no osso alveolar. Reabsorção óssea: perde um pouco do cemento; o cemento é semelhante ao tecido ósseo, porem a reabsorção e a neoformação ocorrem com pouca intensidade. O cemento possui proteínas normalmente fibrosas. O colágeno é a mais abundante, mas também existem proteínas não colágenas. Há três tipos de colágenos, sendo todas proteínas radiculares: Colágeno tipo 1: 90% de todo o colágeno do cemento. Acomoda deposição dos minerais. Responsável por manter a sustentação estrutural da hidroxiapatita (a hidroxiapatita se associa as fibras de colágeno tipo 1). Colágeno tipo 3: em pequena quantidade no dente maduro; aumenta quantidade no caso de lesões. Maior desenvolvimento, reparo e regeneração, menor maturação. Colágeno tipo 12: responsável pela interação entre colágeno tipo 1 e proteínas não colágenas. Suporte ás forças de inclusão. Proteínas não colágenas: fosfatase alcalina, sialoproteinas, proteoglicanos, fatores de adesão e de crescimento. Desenvolvimento do cemento e do periodonto Folículo dentário = cememtoblastos = cemento radicular Folículo dentário = fibroblastos = ligamento periodontal O folículo dentário tem duas populações de células. Uma delas são os cementoblastos, responsáveis pela produção e secreção do cemento. Outra são os fibroblastos que formam o ligamento periodontal. O cemento vai se formar ao longo da raiz e no inicio quem auxilia é a bainha epitelial. 2 Células ectomesenquimais do folículo dentário se diferenciam em cementoblastos. O inicio da cementogenese coincide com o inicio da formação radicular do dente. Cementogeneses Formação = bainha epitelial radicular de Hertwig (Berh) = formação dos cementoblastos Parte da células ectomesenquimais que não se diferenciam em odontoblastos viram bainha epitelial radicular de Hertwig (Berh). Essas células da bainha irão se diferenciar em cementoblastos. - Teorias da cementogenese: BERH: o contato da células ectomesenquimais com a pre dentina estimula o surgimento dos cementoblastos. Em algum momento a BERH apresenta pontos de interrupção. Conforme a BERH fica interrompida, células ectomesenquimais entram em contato com a pre dentina e são diferenciados em cementoblastos.. Células foliculares: as células foliculares recebem dois estímulos/sinais indutores recíprocos, um vindo da dentina e outro vindo da BERH. Células epiteliais de Malassez: são consequência da fragmentação da células epitelias da dentina radicular. A mesma lamina basal que estimulou a diferenciação de ameloblastos e odontoblastos liberara agentes indutores para a BERH se diferencie em ameloblastos, pois a lamina basal induz a produção de fosfatase alcalina. Nas três teorias a fosfatase alcalina modula a formação do cemento. Fosfatase alcalina: desenvolvimento e controle das variedades de cmento. Fosfato: controle na taxa de formação do cemento. Tipos de cemento Há muitos tipos e todos estão presentes Tipo Fibras Local Função Primário (acelular) Extrínsecas (fora do cemento) Margem cervical = terço apical Fixação Secundário (celular) Intrínsecas Terco médio = apical Adaptação e reparo Misto Extrínseca e intrínseca Porção apical – bifurcação Adaptação Acelular afibrilar Manchas no esmalte e dentina Sem função conhecida Cemento primário (acelular): no terço cervical de todos os dentes, é o mais abundante e presente na borda da raiz (produzido por ameloblastos alongados próximos á borda da raiz). Prolongamentos penetram na dentinho do manto, suas fibras extrínsecas saem da região externa e penetram na dentina. Deposição de fibras de colágeno, fibras de colágeno se ligam a dentina radicular e ao ligamento periodontal = FIXAÇÃO. Cementoblastos de superfície: inicio da formação da raiz, fibras de colágeno e proteínas não colágenas. Fibras de colágeno perpendicular á raiz: aspecto franja, aumento de espessura e comprimento. Conexão das fibras do ligamento periodontal com o cemento. 3 Cemento secundário (celular): é consequência de lesão e depositado na margem radicular e é menos mineralizado. O cemento celular de fibras intrínsecas é originado em casos de reparação, geralmente após reabsorção cementaria ou na compensação dos desgastes oclusais funcionais. Calcificação gradual. Os ameloblastos presos na matriz se tornam cementocitos (secreção reduzida, apenas mantem matriz). Se os cementocitos receberem o estimulo certo podem voltar a ser cementoblastos. Os amentoblastos tem funções de regeneração, por isso o cemento secundário não é cemento de fixação e sim de adaptação. Cemento celular de fibras mistas: tem fibras extrínsecas e intrínsecas. A partir do terço médio da raiz e nas áreas de fixação de dentes bi ou tri radiculares, o cemento que recobre a dentina radicular é do tipo celular de fibras mistas. Cemento acelular afibrilar: composto apenas por hidroxiapatita (sem células e sem fibras de colágeno). Apresenta-se como manchas no esmalte e dentina, formando uma sobreposição de cemento na junção amelocementaria. - distribuição do cemento: Cemento acelular afibrilar: superfície cervical do esmalte. Cemento acelular de fibras extrínsecas: superfície do esmalte, junção amelodentinaria. Cemento celular: regiões interradiculares, não essencial para o suporte, cemento de reparo. -Fixação cemento – dentina Dentina do manto: Restrita à superfície; Fibrilas de colágeno da dentina e do cemento se entrelaçam. Expansão da mineralização: Atravessa a junção cemento dentinária; Penetra do cemento. Regulação: Proteínas não colagênicas. - Junção amelocementária É o encontro do cemento com esmalte pelas extremidades = 30% dos indivíduos. Sobreposição cemento e esmalte: 60% dos indivíduos. Exposição da dentina radicular (não havendo sobreposição ou junção): 10%, sensibilidade e risco de carie. - Processo alveolar Osso alveolar: próximo ao epitélio oral. Células ectomesenquimais se diferenciam em osteoblastos para formação de osso alveolar. Base: maxila e mandíbula. 4 Ligamento periodontal Origem: Tecido conjuntivo mole, situado entre o cemento que recobre a raiz e o processo alveolar. Função: Sustentação do dente aoalvéolo, resistência às forças de mastigação, receptor sensorial e posicionamento adequado dos maxilares. - Adaptações às demandas funcionais Ligamento periodontal: Sistema funcional; Inserção dos dentes; Resistência às forças de mastigação. Equilíbrio: Formação e manutenção dos tecidos mineralizados; Evitam fusão da raiz com o tecido ósseo. - Composição do ligamento periodontal: Parte Celular: fibroblastos, células epiteliais, células mesenquimais indiferenciadas, células tronco, células do tecido ósseo e cemento. Matriz extracelular: fibras de colágeno, fibras elásticas, substância fundamental. Fibroblastos são organelas associadas à síntese e secreção de proteínas; secretam elementos da matriz extracelular = colágeno. Secreção e renovação das fibras de colágeno (não viram fibrocitos). Vão se concentrar mais perto do cemento = secreção das fibras de Sharpey que prenderão o cemento ao ligamento periodontal ou vão se concentrar mais perto do osso alveolar para realizar a secreção de fibras de colágeno para fixar o ligamento periodontal ao osso alveolar. Fibroblastos próximos ao cemento: secreção das fibras do cemento acelular. Fibroblastos volatdos para o osso alveolar: secreção de fibras que ficarão inseridas no osso alveolar. - Células do ligamento periodontal: Células mesenquimais: Células indiferenciadas; Localização perivascular; Equilibram a produção de células; Renovação celular. Células tronco: Pós – natais; Autorenovação; Diferenciação em células cementogênicas e osteogênicas. - Matriz extracelular do ligamento periodontal: - Fibras • Natureza: Colágeno tipo I, III e XII. • Fibras periodontais: embebidas no cemento e no osso alveolar, fibras de Sharpey. • Organização: feixes definidos e distintos de fibras, adaptação às tensões. - Matriz extracelular do ligamento periodontal: • Fibras do sistema elástico: fibras elásticas, oxitalânicas e elauninicas, regulam o fluxo vascular, respondem ás variações provocadas pela tensão. • Substância fundamental: une os tecidos e os fluidos, permite a difusão de gases e nutrientes, injuria e inflamação e aumento de fluidos teciduais. 5 - Organização das fibras do periodonto: • Grupo apical: liga a raiz á base do osso alveolar. • Grupo obliquo e grupo horizontal: ligam um terço médio e inicio do um terço cervical ao osso alveolar. • Grupo da crista alveolar. • Ligamento transeptal: ligamento entre dentes. • Grupo circular: envolve o dente (na região radicular). • Grupo alveologengival: prende crista alveolar na gengiva. • Grupo dentogengival: prende dente na gengiva. - Suprimento sanguíneo e nervoso - Suprimento sanguíneo • Artérias alveolares superiores e inferiores - curso intra-ósseo. • Alta taxa de renovação. • Extração de dente: coágulo ocupa o alvéolo e angiogeneses (formação de novas artérias). - Suprimento nervoso • Região apical = margem gengival • Maioria das ramificações na região apical • Terminações nervosas livres: ao longo de toda raiz, nociceptores e mecanorreceptores. • Corpúsculos de Ruffini: ao redor do ápice da raiz, mecanoreceptores. - Adaptações às demandas funcionais: - Demanda funcional alta: • Largura do ligamento aumenta. • Feixes aumentam de espessura. - Demanda funcional baixa: • Estreitamento do ligamento. • Diminuição no número de fibras. • Diminuição da espessura do feixe. -Reações inflamatórias: • Doenças periodontais: aumento de metaloproteinases que destroem colágeno. - Força mecânico e tensão repetitiva: • Aumento de forças de tensão. • Remodelação do colágeno e reabsorção óssea. • Ausência de forças. • Secreção aumentada de colagenase. • Redução da espessura do ligamento periodontal. 6 Estudo da mucosa oral Epitélio oral + Lâmina Basal + Lâmina própria Estímulos para regeneração do epitélio partem da lamina basal. - Função: • Proteger e recobrir tecidos profundos. • Mastigação dos alimentos. • Adaptação às forças de atrito e abrasão. • Recepção de estímulos: temperatura, tato, dor paladar. • Secreção. - Mucosa oral – vascularização e inervação: - Vascularização: • Derivado da carótida externa: numerosos ramos em diferentes direções. Não há vasos sanguíneos no epitélio oral, apenas na lamina própria por difusão simples oxigênio e nutrientes chegam ao epitélio. • Retorno Venoso é pela jugular interna. - Inervação: • Origem: trigêmio; Facial; Glossofaringeo; Vago. • Elementos do SNA. Epitélio oral - Estratos epiteliais: • Mucosa oral: epitélio estratificado (varias camadas)e pavimentoso, pode ser queratinizado ou não, é formada por queratinócitos que estão em diferentes estágios de diferenciação no tecido. • Função: forramento. • Característica: proliferação, maturação. As células em contato direto com a amina basal respondem rapidamente ao estimulo de regeneração; são mais jovens, imaturas. Conforme se distancia da lamina basal, vão maturando. - Estrato basal: • Características: organelas, tonofilamentos (proteínas do citoesqueleto no citoplasma), junções intercelulares desmossomos que é importante para secreção dos grânulos de queratina que auxilia na movimentação. - Estrato espinhoso: • Características: células arredondadas, desmossomos em maior quantidade, grânulos citoplasmáticos mais evidentes, tonofilamentos engrossam que farão transpote quando iniciar a secreção de queratina. 7 - Estrato granular: • Características: maior tonofilamentos, maior grânulos, lipídios, glicoproteínas, querato-hialina ou filagrina. Era importante manter os desmossomos por conta dos estímulos nesse estrato não há mais desmossomos. Se necessário, estes queratinocitos já podem secretar queratina para o estrato córneo. - Estrato córneo: • Características: queratinócitos achatados, sem grânulos intracelulares, rico em filamentos de citoqueratina + filagrina (rede de proteínas que sobra após morte celular por falta de nutrientes onde a vascularização não alcança). Queratinizado completamente: ortoqueratinizado, queratina + filagrina. Queratinizado parcialmente: paratoqueratinizado, queratinocitos menores, menor quantidade de grânulos, ausência de estrato espinhoso e granular. - Estrato córneo queratinizado x paraqueratinizado: • Queratinócitos: células mais abundantes, produção e secreção de queratina, processo de maturação. - Outras células do epitélio oral: • Melanócitos: estrato basal, produtoras de melanossomos. • Células de Langerhans: prolongamentos em direção do estrato espinhoso e fazem a defesa. Melassoma sai por prolongamentos que rodeiam queratinocitos e pigmentam. • Células de Merckel: no estrato basal entre as células basais, próximos a terminações nervosas, atuam como mecanorreceptores. Lâmina própria • Lamina Papilar: abaixo do epitélio basal, tecido conjuntivo frouxo, presença de saliências. • Lâmina Reticular: mais profunda, tecido conjuntivo denso, fibras de colágeno em paralelo. • Lâmina Própria: os fibroblastos sintetizam componentes da matriz extracelular, fibrócitos. Mastócitos: grânulos ricos em histamina e heparina, moduladores da resposta inflamatória. Matriz extracelular: conteúdo fibrilar: colágeno e elastina. Diferente quantidade e sisposição de colágeno e elastina. Variações regionais na mucosa oral • Mucosa de revestimento: Características: epitélio não queratinizado Localização em regiões que precisam de elasticidade, lábios, bochecha (julgal), palato mole. • Mucosa mastigatória: Característica: epitélio queratinizado Localização: regiões de atrito, contato direto com o alimento, mucosa do palato duro.8 Mucosa especializada • Base da língua: Tecido linfoide. • Dorso da língua: Epitélio queratinizado - Atrito com o alimento. Especializada: Mucosa sensorial, Papilas (tem sensibilidade) e Botões gustativos. 1. Cél. Tipo I Periferia: secreta substância que preenche o poro, captação de estímulo. Função: suporte/auxilio, mas não faz sinapse. 2. Células Tipo II Tem função te de auxilio e manutenção da forma do botão. Suporte. 3. Célula Tipo III Terminações nervosas chegam no centro = Neuroepitelial. Sinapses com as terminações nervosas. • Botões gustativos Tem origem epitelial. Faz parte da papilas. E possui poro. Lâmina basal→ superfície epitelial • Papila Filiforme Composição: numerosos melanócitos, cél. Langerhans, terminações nervosas intraepiteliais (sensibilidade tátil, recebem terminações nervosas que não chegam ao botao). Recoberta por epitélio ortoqueratinizado. Função: papel mecânico, ausência de botões gustativos. • Papila fungiforme Características: epitélio paraqueratinizado (parcialmente), tecido conjuntivo vascularizado, presença de botões Gustativos na superficie. São menos numerosas e com forma de cogumelo. • Papilas Valadas Características: tec. conjuntivo vascularizado, epitélio Ortoqueratinizado, botões gustativos lateralizados (NÃO PODE TER QUERTAINA EM CIMA DO BOTAO GUSTATIVO). Glândulas de Von Ebner para lavar os poros do botão. Caliciforme: rente ao plano da mucosa e rodeada por sulco circular. • Papilas Foliadas Características: epitélio não queratinizado, botões gustativos laterais, esta na borda lateral da língua, tecido conjuntivo vascularizado.
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