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PSICOPATIA INFANTIL
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
Conceitos
Transtorno de conduta - envolve um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual os direitos básicos dos outros ou as principais normas ou regras sociais apropriadas à idade são violados. Os comportamentos específicos característicos do transtorno de conduta encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas e animais, destruição de
propriedade, fraude ou roubo ou grave violação a regras.. 
Transtorno de personalidade antissocial – A característica essencial do transtorno da personalidade antissocial é um padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início da adolescência e continua na vida adulta. Esse padrão também já foi referido como psicopatia (do grego: psyché= alma; pathos = paixão, sofrimento), sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial.
Sintomas
A psicopatia pode começar a ser vista em uma criança quando ela possui uma persistente incapacidade de sentir empatia pelos outros, principalmente quando os outros estão feridos ou sentem dores. Isso pode ser o resultado de uma completa falta de sensibilidade. O mau comportamento aliado à crueldade praticada contra animais e outras crianças também são indícios fortes de que a criança pode sofrer de psicopatia.
Desde criança se observa, no psicopata, um acentuado desapego aos sentimentos e um caráter dissimulado. Essa pessoa não manifesta nenhuma inclinação ou sensibilidade por nada e mantém-se normalmente indiferente aos sentimentos alheios. Os laços sentimentais habituais entre familiares não existem nos psicopatas. Além disso, eles têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros, mas, havendo interesse próprio, podem dissimular esses sentimentos socialmente desejáveis. Na realidade são pessoas extremamente frias, do ponto de vista emocional.
Podemos observar características de psicopatia desde a infância até a vida adulta. Antes dos 18 anos, por uma questão de nomenclatura, o problema é chamado de Transtorno da Conduta. Crianças ou adolescentes que são francos candidatos à psicopatia possuem um padrão repetitivo e persistente que podem ser sintetizados pelas características comportamentais descritas abaixo:
Mentem o tempo inteiro, com mentiras cada vez mais elaboradas;
Tentam manipular emocionalmente ou chantageiam;
Roubam;
Praticam maldades contra irmãos e amigos. Não se arrependem;
Maltratam, torturam e até matam animais;
Insensibilidade ou frieza emocional;
Baixíssima tolerância à frustração com acessos de irritabilidade ou fúria quando são contrariados;
Culpam os outros por seus erros;
São bastante egocêntricos;
Não tem solidariedade;
Dificuldade em ter amizades verdadeiras;
Arrogância, condutas desafiadoras às figuras de autoridade (pais, professores, etc.);
Demonstram prazer ao ferir ou humilhar alguém;
Cometem atos de vandalismo;
Sexualidade exacerbada, muitas vezes levando outras criança ao sexo forçado;
Introdução precoce ao mundo das drogas ou do álcool;
Nos casos mais graves, podem cometer homicídio.
Opinião de autores sobre a Personalidade Psicopática 
Segundo alguns especialistas, é possível identificar traços psicopáticos em crianças a partir dos 3 anos de idade. Outros especialistas, porém, dizem que por não ter uma personalidade ainda formada, nenhuma criança pode ser chamada de psicopata. Para os que afirmam que a psicopatia pode sim ser diagnosticada ainda na infância, o diagnóstico de psicopatia em crianças é bastante complexo, principalmente quando ela vive em um ambiente familiar complicado e violento.
Girolano Cardamo
Uma das primeiras descrições registradas pela medicina sobre algum comportamento que pudesse se identificar à ideia de Personalidade Psicopática foi a de Girolano Cardamo (1501-1596), um professor de medicina da Universidade de Pavia. O filho de Cardamo foi decapitado por ter envenenado sua mulher (mãe do réu) com raízes venenosas. Neste relato, Cardamo fala em "improbidade", quadro que não alcançava a insanidade total porque as pessoas que disso padeciam mantinham a aptidão para dirigir sua vontade.
 Stephen Scott
Para o professor do Instituto de Psiquiatria em Londres e especialista em saúde e comportamento infantil, o diagnóstico de psicopatia pode sim ser feito em crianças e já a partir dos 3 anos de idade. Para o professor, crianças psicopatas compartilham dos mesmos comportamentos de adultos psicopatas, como a combinação de comportamentos antissociais com insensibilidade e falta de empatia. 
Crianças com transtorno de comportamento antissocial não conseguem entender ou estar na pele de outra pessoa, são insensíveis e simplesmente não se importam. Mas há uma distinção importante a se fazer: Será que a criança simplesmente não importa ou será que ela apenas não entende? É uma distinção importante a se fazer,” diz o professor.
“Eu tenho crianças na minha clínica que não tem remorso, roubam dos seus pais e sentem prazer em enganá-los”. Esse comportamento, se sustentando e generalizado, não nos dá outra alternativa se não um diagnóstico de psicopatia.
Tive um caso de uma menina de 5 anos de idade que pegou seu gatinho de estimação e jogou-o de cabeça pra baixo do segundo andar de sua casa. Ela simplesmente teve prazer em ver o animal caindo no concreto. Crueldade com animais é um mau sinal. Isso é mais característico em crianças insensíveis e que não possuem empatia.” Diz o professor.
“Não gostamos de rotular crianças como psicopatas. Apenas se o comportamento errante persistir, será possível dizer se a criança tem tendências psicopatas,” diz Scott.
Ricardo de Oliveira Souza
Ao longo de muito tempo, se questionou se é possível mesmo que meninos e meninas nasçam malvados, ou se a crueldade seria invariavelmente fruto do ambiente ou da criação. O neurologista Ricardo de Oliveira Souza é categórico na resposta:
— É claro que é possível. Existem crianças que nascem más, que serão más, e não há nada que possamos fazer para modificar este comportamento. A sociedade é romântica e tem dificuldade em aceitar esta possibilidade. Mas, sinto muito, é assim que funciona.
Júlia Barany
Para a psicanalista Júlia Bárány, a psicopatia surge desde que o bebê vem ao mundo, como foi o caso de uma paciente que desde muito cedo torturava animais e o próprio irmão. No geral, explica a especialista, os primeiros sinais se manifestam junto com o desenvolvimento da interação com as pessoas, e o alvo elementar de uma criança psicopata é quase sempre a própria mãe.
Fábio Barbirato
“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe… essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa.” 
A fala acima, do psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa no Rio de Janeiro, pode parecer assustadora, e realmente é. Ela toca em um assunto delicadíssimo: a psicopatia infantil. A maioria das pessoas não sabem, mas existem sim crianças psicopatas. Elas não respeitam os pais, chantageiam, roubam, mentem, manipulam, maltratam irmãos e amiguinhos, torturam animais, e até matam. Isso mesmo. Elas podem matar.
James Garbarino
“O desenvolvimento da criança é fundamentalmente social. Crianças precisam se conectar através de relacionamentos”, diz o psiquiatra e professor da Universidade de Chicago James Garbarino, autor do livro Lost Boys: Why Our Sons Turn Violent and How We Can Save Them (Garotos Perdidos: Por que Nossos Filhos Se Tornam Violentos e Como Podemos Salvá-los). Para James Garbarino, a maioria das crianças que matam é incapaz de se conectar. Por isso, a relação amorosa com os pais se torna uma importante mediação entre a criança e o mundo exterior. Segundo ele, crianças podem se tornar angustiadas, desconfiadas, resistentes e raivosas se nãose sentirem seguras em seus primeiros 9 meses de vida. Estudos mostram que crianças que se sentem seguras no lar familiar tendem a ser mais competentes na vida adulta, além de se ajustarem mais facilmente à sociedade. Seguindo essa linha do psiquiatra, a psicopatia infantil pode ser inicializada nessa fase crucial da vida, principalmente se existir uma predisposição genética.
Diagnóstico
Crianças podem exibir cedo indícios de que serão adultos psicopatas. Mas, como ainda não têm a personalidade formada, elas recebem outro diagnóstico: transtorno de conduta 
Formalidades médicas impedem que crianças sejam oficialmente diagnosticas com o termo psicopatia. Antes dos 18 anos, denomina-se “transtorno de conduta”, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria.
Pré-disposição genética X ambiente familiar 
 No momento em que somos concebidos já ganhamos de presente dos nossos pais e antepassados uma composição genética específica. Nossos genes regulam a quantidade dos neurotransmissores responsáveis por variadas sensações que se expressam no cérebro. Um bebê pode não nascer psicopata, mas pode, sim, vir ao mundo com tendências e predisposições genéticas ao distúrbio, o que é uma boa parte do caminho andado.
No entanto, nenhum gene age no vácuo. De acordo com a genética comportamental, para entrar em ação, o gene precisa interagir com o ambiente
de alguma forma.
 "Qualquer gene precisa, para haver a chamada expressão adequada, de determinadas circunstâncias externas, sejam bioquímicas, sejam físicas, sejam fisiológicas", dizem os pesquisadores americanos Howard S. Friedman e Miriam W. Schustack, autores do livro Teorias da Personalidade. O que quer dizer que uma predisposição genética à psicopatia pode não atuar sozinha, mas encontra terreno fértil se estiver em um ambiente hostil, violento, com carência de recursos ou afeto.
 Um ambiente familiar mais estruturado e com a vigilância constante de filhos "problemáticos" certamente não evita a psicopatia, mas pode inibir uma manifestação mais grave.
Substrato biológico
Uma pessoa que não tem medo diante de ameaças e que não sente indignação está mais vulnerável ao comportamento corrupto. A hipótese, baseada na análise de imagens do cérebro captadas por meio de ressonâncias magnéticas funcionais e em exames que detectam as descargas de adrenalina do sistema nervoso, foi apresentada no congresso Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado, pelo neurologista André Palmini, da PUC do Rio Grande do Sul. Palmini explicou que há um senso de justiça presente no cérebro de quase todas as pessoas. Quando presenciamos a justiça sendo feita, sentimos uma identificação com isso, uma empatia. Se virmos uma injustiça, sentimos nojo. "Quando sentimos nojo, ativamos a ínsula, região do cérebro essencial para o comportamento moral", disse o médico. Daí vem a sensação de indignação que normalmente surge diante da corrupção. Mas, como cada cérebro é diferente, há quem tenha reações diferentes. 
De acordo com as pesquisas citadas pelo médico, é possível observar as conexões entre as regiões morais do cérebro: o cíngulo anterior e a ínsula. Assim como cada região do cérebro tem funções específicas, essas conexões também desempenham seus próprios papéis. Nesses estudos, foram aplicadas escalas para medir o nível de empatia das pessoas em relação à sociedade. Quanto menor a conexão entre essas duas regiões emocionais e morais do cérebro, menor a capacidade que o indivíduo tem de funcionar socialmente.
Nos anos de 1990, cientistas como o norte-americano Jim Fallon e o canadense Bob Hare descobriram que o cérebro de psicopatas assassinos são diferentes do de pessoas normais. Isso abriu espaço para descobertas ainda mais fantásticas como a descoberta do gene MAO-A ou “gene guerreiro”. O MAO-A seria uma mutação presente apenas nos psicopatas e, supostamente, os deixariam pessoas agressivas.
Casos
Casos de crianças assassinas são raros e por isso quando nos deparamos com um no noticiário, isso parece muito mais absurdo do que realmente é.
Mary Bell
A inglesa Mary Bell, por exemplo, aos 2 anos de idade era uma menina diferente das outras. Nunca chorava quando se machucava e adorava surrar seus brinquedos. Aos 4 anos precisou ser contida ao tentar enforcar uma coleguinha, dizendo às professoras que sabia que a atitude poderia matá-la. Aos 5, presenciou a morte por atropelamento de um outro amiguinho sem esboçar nenhum espanto. Depois de alfabetizada, passou a ficar incontrolável. Pichava paredes da escola, incendiou a casa onde morava, maltratava animais. 
Aos 11 anos, Mary matou por estrangulamento dois meninos entre 3 e 4 anos, sem dó nem piedade. O caso aconteceu em 1968. Antes de ir a julgamento, a menina foi avaliada por psiquiatras, que concluíram um gravíssimo transtorno de conduta. "Ela não demonstrou remorso, ansiedade nem lágrimas ao saber que seria detida. Nem ao menos deu um motivo para ter matado. É um caso clássico de sociopatia", dizia seu laudo psiquiátrico.
O que fez com que Mary Bell se transformasse nessa pequena fera? Para especialistas, existem 3 fatores de risco para a psicopatia: a predisposição genética, um ambiente hostil e possíveis lesões cerebrais no decorrer do desenvolvimento. 
Sabe-se ainda que a maioria dos psicopatas sofreu algum tipo de abuso na infância, seja físico, seja sexual, seja psicológico. O caso de Mary Bell reuniu o conjunto completo.
 Filha de uma prostituta viciada em drogas e com distúrbios psiquiátricos, Mary foi abandonada e entregue para doação diversas vezes, sem sucesso. A mãe frequentemente dava drogas a Mary, que ainda pequena chegou a ser levada ao hospital com overdoses terríveis. Mas a pior parte eram os abusos praticados pela própria mãe, que obrigava a menina a se prostituir junto a ela desde os 4 anos de idade. Num ambiente assim, o desenvolvimento da personalidade é bem complicado.
 Mary Bell, a menina de que falamos, também foi presa e tratada por 12 anos. Em 1980 foi solta e continuou a ser monitorada. Casou-se, teve uma filha, e hoje parece levar uma vida normal, uma vez que nunca saiu de vigilância. "Se havia algo de errado comigo quando eu era criança, hoje não há mais. Passaram um raio X dentro da minha cabeça e puderam ver que, se existia alguma coisa quebrada, ela agora se arrumou", diz Mary.
Outro caso pode ajudar a ilustras melhor o perfil psicológico de uma criança abusada sexualmente. Em 1968 dois garotos foram mortos de forma brutal em New Castle na Inglaterra. Houve uma diferença de dois meses entre a ocorrência de cada um dos homicídios, levando a crer que se tratava do mesmo assassino. Na verdade, foi descoberto para espanto de todos, que se tratava de uma assassina. Mary Bell uma garota de 11 anos que morava em um bairro pobre de New Castle, próximo de onde os assassinatos ocorreram. 
	
	
Mary Bell foi em sua época a mais jovem homicida da história. Ela ainda não havia completado 11 anos de idade quando estrangulou Martin Brown até a morte. Ele era um garoto de 4 anos de sua vizinhança. Dois meses depois com ajuda de sua amiga Norma Bell – que apesar do nome não tinha nenhum parentesco – levaram um garoto de 3 anos de nome Brian Howe para um terreno baldio e também o estrangulou até a morte, além disso ainda usou uma tesoura para marcar as pernas do garoto e fazer uma letra “M” em seu abdome. Não foi difícil para a policia chegar a Mary Bell. Filha de Betty McCrickett, uma prostituta que tinha reputação de praticar sadomasoquismo com seus clientes, e deixava Mary na rua enquanto os atendia em casa. Isso quando não se utilizava da própria filha para prática de seus joguinhos eróticos. Segundo consta Mary foi sexualmente abusada com uma certa frequência dos 4 aos 8 anos.
	
O comportamento da garota Mary Bell já era conhecido. Antes dos assassinatos houveram vários casos de crianças que relataram ter sido atacadas por Mary que tentara estrangulá-las. Mary tinha personalidade forte e dominadora. No dia de seu aniversário de 11 anos um dia depois quehavia assassinado o garoto Martin Brown, tentou estrangular uma amiga de escola, que se não fosse a intervenção do pai da garota atacada, que a tirou as bofetadas algo pior teria acontecido. 
	
	
Mary havia desenvolvido um comportamento bem sádico e segundo consta, foi até a casa de Martin Brown dias depois de tê-lo matado e pediu a sua mãe para vê-lo. A mãe de Martin disse que o menino estava morto e Mary disse: “Eu seu que ele está morto, só queria ver ele no caixão”.
Mary e sua amiga Norma cometeram atos de vandalismo em uma creche deixando recados anotados em folhas de cadernos que diziam:
“I murder so THAT I may come back” 
"Eu mato para que eu possa voltar."
“fuch off we murder watch out Fanny and Faggot” 
“Foda-se nós matamos cuidado fanny e Faggot”
“ we did murder Martain brown Fuck of you Bastard” 
“Nós realmente matamos Martin Brown foda-se seus bastardos”
	
	
Esses dizeres revelam a personalidade conflitante de uma criança perturbada. Mary foi condenada em 17 de dezembro de 1968 depois de dias de julgamento. Devido a exclusividade do caso, ele teve comoção mundial e especificamente na Inglaterra foi um divisor de águas na legislação do país. Nunca tiveram que condenar alguém tão jovem por duplo infanticídio. Mary cumpriu 12 anos de sua sentença e passou por várias terapias e avaliações psicológicas. Em 1977 Mary Bell fugiu do presídio e, segundo ela, perdeu sua virgindade. Foi recapturada logo em seguida. Em 1980 ela foi liberada. Tinha então 23 anos e um novo nome, pois tinha a proteção da lei para ficar no anonimato e manter sua integridade. Os familiares das vitimas vem lutando desde então para que a justiça revogue essa decisão. Tal lei batizada de “Ordem Mary Bell” por conta da própria da proteção e anonimato a todas a crianças envolvidas em procedimentos legais.
Mary Bell foi entrevistada em 2007 pela jornalista Gitta Sereny que resultou no livro “Gritos no vazio”. Sabe-se que o dinheiro rendeu um bom dinheiro para Bell o que gera muita controvérsia na sociedade britânica, principalmente entre os familiares das vítimas.
	
	
Beth Thomas
Beth Thomas perdeu sua mãe quando era bebê.  Foi deixada sob os cuidados de uma instituição para adoção juntamente com seu irmão mais novo. Ambos foram adotados por um casal que não podia ter filhos. As duas crianças aparentemente saudáveis receberam todo carinho necessário para proporcionar um relacionamento normal entre pais e filhos, mas o que o casal não esperava era enfrentar situações impensáveis que chegaram ao extremo de estarem sob risco de vida por conta do comportamento da filha adotiva.
Diariamente Beth era pega manipulando sua genitália. 
E as masturbações ocorriam até mesmo em locais 
públicos o que causava grandes transtornos aos pais. 
Segundo a mãe adotiva, Beth tinha um comportamento muito incomum para uma criança de 6 anos. Diariamente Beth era pega manipulando sua genitália. E as masturbações ocorriam até mesmo em locais públicos o que causava grandes transtornos aos pais. Beth molestava seu irmão sexualmente, beliscando seu pênis e uma vez foi pega pela mãe, que segundo a própria filha havia puxado o pênis do irmão e enfiado o dedo em seu anus. O pai adotivo de Beth conta a respeito de um sonho ruim onde ela relatava que um homem caia nela e a machucava com uma parte dele próprio. O terapeuta pede a Beth que desenhe para ele o sonho que tinha com seu pari verdadeiro. Beth fez desenhos aterradores onde seu pai a violentava até que ela sangrasse. Dois meses depois da adoção descobriram que a mãe de Beth morrerá quando ela tinha 1 ano de idade e que o pai biológico havia abusado sexualmente de ambos os bebes. Isso com certeza havia causado danos emocionais severos nas crianças.
Procuraram ajuda da terapeuta Connell Watkins, que diagnosticou a garota como tendo RAD – sigla em inglês para Desordem de Apego Reativa. É um transtorno mental onde o individuo é incapaz de formar juízo de valores. RAD, portanto é um termo técnico utilizado para não rotular uma criança dcomo psicopata, no entanto, nada mais é do que uma psicopatia infantil. A Situação era tão desesperadora que a terapeuta tirou Beth da casa dos pais e a levou para sua própria casa para tratá-la. Atkins tinha em seu currículo alguns casos de sucesso na reversão do comportamento inadequado de crianças. Incluindo crianças de 9 anos de idade que cometeram assassinato. O documentário mostra a recuperação de Beth, que passou a se comportar como qualquer criança de sua idade. Começa a frequentar a igreja de sua comunidade, e até mesmo a cantar no coral. Agora vivia feliz e respeitava todos seus familiares e também seus animais de estimação que outrora eram visto por ela como brinquedos cujo objetivo eram ser mortos em suas mãozinhas de criança. 
O documentário que foi ao ar pela HBO em 1990 termina mostrando o progresso de Beth. E parece que a terapia pela qual foi submetida realmente foi bem sucedida, pois Beth Thomas acabou se tornando uma mulher emocionalmente sociável e fazendo uma pesquisa rápida pela internet foi possível descobrir que ela se formou em enfermagem e atua na área de saúde desde então. Beth foi adotada uma segunda vez por uma terapeuta que atuava na clinica de Atkins. Beth e sua mãe adotiva Nancy Thomas abriram uma clinica para cuidar de crianças que sofriam com distúrbios iguais aos de Beth, que lançou o livro Dandelion on My Pillow, Butcher Knife Beneath (Dente de leão no travesseiro, Faca de açougueiro debaixo).
Esses dois casos ilustram algo que sempre vem sendo razão de discussão entre psicólogos de todos os setores. Será a psicopatia uma predisposição genética? Ou ela surge no contexto familiar e social do individuo? Temos aqui dois casos de psicopatia na infância que até o presente momento parece ter sido revertidas com sucesso na vida adulta dos individuos que as portava. Tanto Beth Thomas quanto Mary Bell – segundo consta – se tornaram adultos emocionalmente saudáveis depois da intervenção terapêutica. A questão é, essas duas mulheres estão vivendo suas vidas tendo que domar seus instintos assassinos todo santo dia, ou elas realmente desenvolveram valores éticos e morais que as tornam seres sociáveis? Todos os psicopatas se tratados na infância podem reverter sua psicopatia? Acho que terminei os artigos com muito mais perguntas do que respostas, mas creio que são as perguntas certas que nos levam a algum lugar. 
James Bulger
Em 12 de fevereiro de 1993, Denise Bulger entrou com seu filho James Bulger, de apenas três aninhos de idade, no Strand Shopping Center, na cidade de Liverpool, Inglaterra. Denise não sabia, mas ela nunca mais veria o seu filho vivo. Ela entrou em um açougue dentro do Shopping, e cinco segundos de descuido foram o suficiente para James Bulger simplesmente desaparecer.
Denise entrou em desespero, e logo todos os guardas do shopping estavam à procura do pequenino James. Mas a busca foi em vão. O pequenino James desapareceu misteriosamente no dia 12 de Fevereiro de 1993 em um Shopping na cidade de Liverpool. Dois dias depois do desaparecimento de James, o horror: seu corpo foi encontrado partido ao meio, em uma ferrovia a quatro quilômetros de distância do shopping. O crime chocou a Inglaterra. Não pelo assassinato em si, mas pela forma horrenda com a qual o pequeno James tinha sido morto. O médico-patologista Dr. Alan Williams, que trabalhou no caso, disse que James sofreu dez fraturas no crânio por golpes desferidos com uma barra de ferro, arma que foi encontrada no local do crime. No total, havia 42 ferimentos no corpo de James, e segundo o patologista, nenhum poderia ser excluído como golpe fatal. Mas não era só isso. James foi torturado e abusado sexualmente. Havia tinta nos seus olhos e pilhas na sua boca. Ele estava sem roupas, e a polícia suspeitava que o agressor, ou agressores, tivesse introduzido as pilhas em seu ânus. Depois da tortura e do abuso sexual, o pequeno James foi espancado até a morte com barra de ferro e tijolos. Seu pequeninocorpo foi colocado em cima da linha do trem e coberto com pedaços de madeira, e quando foi encontrado, estava partido ao meio. O patologista chegou à conclusão de que James já estava morto quando seu corpo foi dilacerado por um trem. Quase 1 mês depois, em 01 de Março de 1993, o pequeno James Bulger é enterrado em Liverpool. Centenas de pessoas compareceram ao seu funeral O desfecho do caso deixaria não só a Inglaterra, mas o mundo inteiro estarrecidos. O caso começou a ficar estranho para os investigadores quando 38 testemunhas disseram ter visto uma criança chorando em companhia de duas outras crianças maiores indo em direção ao local onde James foi encontrado. Para essas 38 testemunhas não havia dúvidas: era o pequeno James. Essa criança que estava chorando possuía as mesmas características de James e estava vestindo as mesmas roupas com as quais ele foi dado como desaparecido. Algumas testemunhas chegaram a discutir com as outras duas crianças perguntando o que havia com o menorzinho, e elas responderam que ele era o irmão mais novo e que o estavam levando para casa. Não passava pela cabeça de ninguém que uma ou duas crianças poderiam ter assassinado James, mas as tais duas crianças que foram vistas com ele, para a polícia, eram a chave para elucidar o mistério. O caso James Bulger ficou mais horripilante ainda quando os investigadores examinaram o circuito interno de TV do shopping. Ao examinar as imagens, os investigadores se depararam com algo absolutamente bizarro. Analisando os vídeos, os investigadores perceberam duas crianças em atitudes muito estranhas. Elas pareciam observar outras crianças dentro do shopping, como um lobo que fareja a ovelha. Isso deixou os investigadores boquiabertos, pois aparentemente eles estavam vendo os passos de dois supostos assassinos, mas que não eram adultos, e sim crianças! As duas crianças ficaram várias horas observando outras crianças, até que... Uma imagem que percorreu o mundo: Imagem original do Circuito Interno de TV do Shopping Stradin mostra o pequeno James sendo levado por duas crianças. Analisando os vídeos do circuito interno de TV do shopping, os investigadores puderam ver o momento em que James é levado para fora do shopping pelas duas crianças, que há horas observavam outras crianças. Na imagem acima é possível ver que uma delas conduz o pequeno James enquanto a outra caminha mais a frente. O crime gerou grande comoção e raiva na Inglaterra. Tanto que a família de uma criança que foi considerada suspeita teve de se mudar de Liverpool depois que a polícia convocou o menino para depor. A pista final veio de uma mulher que viu as imagens do circuito interno de TV do shopping, que passavam insistentemente nas emissoras de TV inglesas, e reconheceu as duas crianças.
Em 1993, os meninos ingleses Jon Venables e Robert Thompson, de 10 anos, sequestraram e mataram com pancadas o pequeno James Bulger, de apenas 2 anos. Foram presos e julgados como adultos. Após 8 anos na cadeia, receberam o laudo psiquiátrico de que não ofereciam mais perigo à sociedade. Estão soltos, com novas identidades. Nunca mais houve nenhum registro de reincidência desse comportamento.
Davi Mota Nogueira 
Um ano depois, todos ainda procuram respostas para o que aconteceu na tarde do dia 22 de setembro de 2011, em São Caetano do Sul, estado de São Paulo, na escola Municipal Alcina Dantas Feijão. Nesse fatídico dia, às 16 horas, o estudante Davi Mota Nogueira, de apenas 10 anos, pediu para a professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, para ir ao banheiro. Ela deixou. Ao voltar, o pequeno Davi chegou atirando na professora com um revólver calibre 38 (arma do pai, um guarda-civil). Saiu da sala, colocou a arma na cabeça e puxou o gatilho. A professora sobreviveu aos disparos, mas o pequeno Davi não, ele morreu a caminho do hospital. Começava aí uma história cheia de mistérios e contradições. “Ele era a alegria do pai, um menino muito responsável, só tirava notas boas, até cuidava do irmão mais velho”,disse Maurílio Nogueira, tio do garoto. “Ela (Rosileide) dizia que o menino fazia brincadeiras violentas com os colegas, respondia de forma malcriada. E falou isso para a direção da escola. Acreditava que ele não deveria estudar ali, mas em uma escola especial”, disse Luís Hayakawo, o namorado da professora atingida com o tiro. Posteriormente, ao conversar com Rosileide, Luís voltou atrás na declaração. “Era um menino educado e calmo”, disse uma vizinha de Davi. Uma coisa é certa, vários colegas de sala de Davi ouviram o menino dizer que mataria a professora. Nenhum deles, porém, acreditou nele. Ou seja, Davi premeditou o crime. Outro fato interessante é que o pai de Davi sentiu falta da arma e foi até o colégio perguntar aos dois filhos (Davi e um irmão mais velho que estudava no mesmo colégio) se algum deles tinha pegado a arma. Diante da negativa dos filhos, ele foi embora. Davi mentiu para o pai, algo que segundo o pai, ele nunca havia feito. O caso Davi é muito complexo, mas deixe-me expressar minha opinião. Eu não sei vocês, mas eu não acho que uma criança que premedita um assassinato, executa-o e depois dá um tiro na cabeça possa ser “normal”. Ele era um pequeno psicopata? Nunca saberemos, e seria imprudente tentar traçar um perfil psicológico de alguém que não está aqui. Apesar de ilustrar o meu post de crianças psicopatas, não sabemos se Davi realmente era um. Não podemos estigmatizar, mas também não podemos ser negligentes, ele tinha sim algum problema. Há também um paradigma que deve ser quebrado. O menino era visto pela família como um garoto estudioso, calmo e tranquilo; mas tranquilidade não significa necessariamente uma situação emocional estabilizada. “Quando chega ao limite, a criança pode reagir com choro ou agressividade. Nesse caso específico, foi com agressividade”, disse o psicoterapeuta Alessandro Vianna, especialista em comportamento infantil. Outro indício que poderia levar à conclusão de que Davi sofria de algum transtorno foi um desenho encontrado na sua mochila feito por ele. O desenho mostrava-o com duas armas desenhadas e um professor. Acima dele havia a frase: “Eu com 16 anos”. “Não tenho a menor dúvida de que alguma coisa estava acontecendo”, disse Elisabete Pimentel, psicóloga e terapeuta, em entrevista para a Rádio Jovem Pam. “O que a gente sabe é que ele não deixou resposta para o homem aqui na Terra. Ele levou com ele e não vai ter especialista ou investigação policial que vai saber o que aconteceu, ninguém”, disse o pai do garoto. A investigação do caso foi encerrada sem conclusão. “Ele levou a resposta com ele”, disse a delegada Lucy Mastellini Fernandes. “Crianças choram, os pais não veem!” Foi uma pichação que surgiu no muro do colégio dias após o acontecido.
Jordan Brown
 “Não sei o que aconteceu naquela casa, mas eu sei que o meu filho não fez aquilo. Jordan era uma típica criança de 11 anos, muito alegre e carinhoso.” Essa frase é emblemática e mostra o quanto casos envolvendo crianças assassinas é complexo. Poderiam os pais, serem responsáveis pelos atos dos seus filhos? Já vimos que crianças psicopatas têm comportamentos diferentes das crianças normais. Seria de se esperar que os pais enxergassem isso e ajudassem os seus filhos, mas isso não acontece na realidade. Muitos pais só conseguem realmente enxergar o que o seu fiho é, quando uma coisa ruim acontece. Mas às vezes, nem assim eles aceitam. E é esse o caso de Christian Brown, pai de Jordan Brown. Para Christian Brown, seu filho era uma criança normal, alegre, carinhosa. Mas foi essa mesma criança “normal”, alegre e carinhosa que encostou uma espingarda calibre 20 na cabeça da sua madrasta grávida de 8 meses e puxou o gatilho. Kenzie Houk, de 26 anos, e o seu filho, que ainda se desenvolvia em sua barriga morreram na hora. O que Jordan fez após matar a madrasta e o seu futuro irmão? Guardou a arma, pegou sua mochila e foi para a escola como se nada tivesse acontecido. Ainda chegou a mentir para a polícia dizendo que havia visto uma caminhonete preta rondando olocal. “O crime foi um assassinato em estilo de execução de uma jovem e indefesa mãe grávida”, disse um dos investigadores do caso. O caso teve repercussão no mundo inteiro por um simples fato: aos 11 anos, Jordan poderia ser a pessoa mais nova da história dos Estados Unidos a ser condenada a prisão perpétua. Isso porque ele seria julgado como adulto. Veja abaixo uma reportagem do Fantástico sobre o caso. Menino de 12 anos pode pegar prisão perpétua nos EUA. A pressão da opinião pública, assim como de ONGS internacionais deram resultado e o garoto, ao invés de ser julgado como adulto, foi julgado como um delinquente juvenil. Em abril desse ano ele foi julgado e considerado culpado. Jordan Brown ficará preso até os 21 anos. Ele poderá sair da prisão em 2020. Muito discutiu-se sobre a idade do assassino e a sua incompleta formação psicológica, que o impossibilitaria de ter discernimento do certo ou do errado e fazer um julgamento completo sobre a situação. O que todo mundo esqueceu é que um ser humano que daria à luz a outro ser humano morreu pelas mãos de um garoto que sabia sim o que estava fazendo e que a executou por causa de um desequilíbrio emocional. A polícia acredita que Jordan matou a madrasta porque estava com ciúmes do filho que ela estava esperando. É um bom modo de acabar com a concorrência não? Imagine se toda criança resolvesse matar pessoas ao se sentirem rejeitadas, acuadas ou mal amadas? Meio mundo defendeu Jordan Brown. Parece que ninguém enxergou a horrorosa maldade que esse garoto fez. A discussão deveria ser em torno das origens maléficas presentes no garoto e que o fez cometer um ato tão horrendo. Não posso julgar um pai que defende o seu filho. Um pai sempre defenderá o seu filho, mesmo que ele cometa atos tão horríveis como esse. Mas também, não podemos ser cegos. 
Tratamento
Embora difícil, o tratamento indicado a essas crianças e adolescentes, em geral, é a psicoterapia acompanhada, dependendo do caso, de medicamentos tranquilizantes para reduzir a agressividade e a impulsividade, ou ainda estimulantes. "A escola e a família também precisam trabalhar juntas antes que seja tarde. Na psicoterapia, procuramos fazer com que essa criança mude sua forma de pensar e perceba o quanto ela mesma sai prejudicada com esse comportamento. Dessa forma, é possível que ela não transgrida, só para salvar a própria pele", explica Francisco Assumpção Júnior.
Frases
 “Estou pondo minha vida em risco por esse jogo. Se for pego, provavelmente serei enforcado… A polícia deveria ser mais tenaz e furiosa na minha busca… Só quando mato sou liberado do ódio constante que sofro e posso alcançar a paz. Só quando causo sofrimento às pessoas posso amenizar minha própria dor “. (Pedaço da carta enviada pelo assassino auto denominado “Sakakibara Seito”). Seito tinha apenas 14 anos. Ele mantinha um diário no qual registrava com detalhes os seus crimes.
“Eu deveria ser castrado ou ter um eletrodo colocado em minha cabeça para parar minha estupidez. Eu sou apenas uma alma perdida a procura de libertação da minha loucura”. (Arthur Shawcross)
 “Esse pensamento de matar um ser humano ficou comigo por anos, até que uma noite aconteceu. Espanquei uma mulher até quase matá-la, terminei o serviço estrangulando-a. Não procurava mais animais para matar. Agora eu procurava pessoas para matar. E eu matei. Matei, matei e matei, até o dia que fui pego. Agora estou pagando por isso com o resto da minha vida atrás das grades. Comportamento abusivo contra animais é um dos sintomas de um futuro assassino. Nós devemos parar com a crueldade a qualquer ser vivo antes que isso se torne um problema maior, como eu.” (Serial killer Keith Hunter Jesperson.
Existem muitos outros exemplos de assassinos que começaram na infância torturando e matando animais. Esses são apenas alguns. A lista é enorme. Assim como a psicopatia, esse tipo de comportamento existe em todas as raças e não é restrito a um grupo específico de pessoas. A maioria dos casos citados envolvem norte-americanos por um simples motivo: Os Estados Unidos é o país onde mais se estuda esses criminosos. Eles possuem enormes banco de dados com todos os tipos de assassinos, criminosos e com todos os detalhes dos seus comportamentos. Estudos e pesquisas sobre criminosos e seus comportamentos é o que não faltam por lá, diferentemente daqui, do Brasil, e vários outros países no mundo. Isso dá a falsa impressão de que psicopatas, serial killers, mas murderers, spree killers só existem nos Estados Unidos, mas não, eles existem em todos os lugares. Talvez um pouco menos, talvez um pouco mais. O objetivo deste texto é deixar claro, principalmente para quem é pai e mãe, que crianças podem sim serem más. Deixar claro que aquele comportamento desrespeitoso, manipulador e mentiroso pode não ser uma simples falta de educação. Existem sim crianças psicopatas, e como você leu acima, muitas delas se tornam sádicos assassinos e serial killers quando adultos. O destino delas e de dezenas de outras pessoas podem estar em suas mãos.

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