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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO CIVI1

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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO CIVIL
PARTE II
 
 
(3). FORMAS, FASES E ATOS DA EXECUÇÃO.
 
Nosso ordenamento jurídico distingue os procedimentos executivos pela natureza da prestação assegurada ao credor, assim se fala em:
 Certa (art. 621 a 628, CPC).
1-Execução para entrega 
 De coisa Incerta (art. 629 a 631, CPC).
 De fazer (arts. 632 a 638, CPC).
2-Execução de obrigações 
 De não fazer (arts. 642 e 643 CPC).
 
3-Execução por quantia certa contra devedor solvente (artigo 646 e seguintes do CPC)
 Contra devedor insolvente (artigo 748 e seguintes do CPC)
 
 Nesta última classificação, norteada pelo estado de solvência do devedor, costuma-se falar em:
 
3.1-EXECUÇÃO SINGULAR (contra devedor solvente):
 Objetivo é o total pagamento do exequente, que com a penhora terá a preferência sobre os demais credores quirografários.
 
3.2-EXECUÇÃO COLETIVA (contra devedor insolvente):
 Quando há a prévia declaração de insolvência do devedor, dada a impossibilidade de seu patrimônio responder por todas as dívidas, assim são convocados todos os seus credores e arrecadados todos os seus bens penhoráveis.
O objetivo da execução coletiva é colocar todos os credores em igualdade (ressalvados os privilégios legais), para que todos rateiem o produto da expropriação.
 Além da classificação que se faz dos procedimentos executivos, em todo o processo de execução, é possível distinguir fases, apresentá-las por razões didáticas da seguinte forma:
a) PROPOSIÇÃO: o interessado na petição inicial apresenta o título extrajudicial e justifica a execução.
b) PREPARAÇÃO: são realizados os atos de citação e na hipótese de não haver cumprimento voluntário da obrigação, iniciam-se os atos executivos para a satisfação da obrigação.
c) FASE FINAL: satisfação do credor
 
No processo de execução, em relação à atividade jurisdicional, podemos distinguir:
 
1-DESPACHOS DE MERO EXPEDIENTE: são os atos judiciais que impulsionam o processo. Exemplo: determinação de avaliação do bem penhorado.
 
2-ATOS EXECUTÓRIOS EM SENTIDO ESTRITO: são os atos processuais que agridem o patrimônio do devedor. Exemplo: realização da penhora, hasta pública, pagamento do credor, etc.
 
3-DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: o juiz profere juízos de valor sobre questões surgidas no curso da execução. Exemplo: pedido de ampliação ou redução de penhora.
4-SENTENÇA: na execução a sentença não julgará o mérito da execução, mas apenas declarará extinta a obrigação, nas hipóteses previstas junto ao artigo 794, do Código de Processo Civil (pagamento, transação, renúncia).
 Ainda há que se observar que a relação processual na ação de execução se completa a existir a partir da citação do devedor, entretanto execução forçada só há a partir dos atos de agressão patrimonial.
 
(4). DISPOSIÇÕES GERAIS
 
As regras do processo de conhecimento (art. 598, CPC) se aplicam de forma geral ao processo de execução, pois ambos os tipos de tutela mantêm relação de subsidiariedade. Exemplo: regras sobre a petição inicial (art. 282 CPC), nulidades (arts. 243 a 250, CPC), tempo e lugar dos prazos processuais (arts. 172 a 176, CPC), etc.
Uma das regras aplicáveis ao processo de execução, assim como ao processo de conhecimento é o princípio da lealdade processual que determina que o magistrado zele pelo comportamento das partes, intervindo sempre que abusos forem cometidos, assim são poderes do juiz diante de atos inadequados:
(A). Ordenar o comparecimento das partes (art. 599, I, CPC).
(b). Advertir o devedor, quando se comporte de forma atentatória à dignidade da justiça (artigo 599, II, combinado com 600, ambos do CPC), tais como fraudar a execução, resistir às ordens judiciais, não indicar bens quando intimado para tanto, se os possuir, etc.
(c). Aplicar a multa de até 20% do valor do débito quando constatada a prática de ato atentatório à dignidade da justiça, salvo se o devedor apresentar fiador idôneo (art. 601, CPC).
Por ser lesão não só ao interesse da parte, como aos interesses da Justiça, o juiz pode e deve agir “ex-officio” ou ainda mediante provocação, podendo além de aplicar a multa do art. 601, CPC, condenar o devedor a indenizar o credor pelos prejuízos que o seu ato tenha causado, nos termos do art. 18, “segunda parte”, Código de Processo Civil.
 
EXISTE REVELIA EM PROCESSO DE EXECUÇÃO?
 
 Ao estudarmos citação, observamos que a teor do artigo 222, “d”, do CPC, a única forma de citação vedada no processo de execução, é a citação postal, ou seja, aquela feita através de carta enviada pelo correio.
Logo, verificados os requisitos, é possível que ocorra a citação edilícia (art. 231, CPC), ou na hipótese de ocultação do devedor até mesmo a citação com hora certa (art. 227 e 228, CPC) nas ações de execução por título extrajudicial.
 Ocorrida à citação por edital ou com hora certa, o art. 9º, II, do CPC, dispõe que deve ser nomeado curador ao réu.
 Muitos autores e alguns tribunais a esse respeito, têm se manifestado no sentido de não haver nomeação de curador na execução, pois o devedor não é chamado para se defender, mas sim para cumprir a obrigação (art. 652, “caput”, CPC), afirmando ainda que por isso não haveria REVELIA.
 Entretanto há confusão conceitual nesse entendimento, pois a revelia é a inércia diante do ato citatório, não se confundindo com os seus efeitos, estes sim, característicos do processo de conhecimento e inexistentes no processo de execução.
Dessa forma, citado por edital ou com hora certa, entendemos que deve ser nomeado curador ao devedor, para que seja resguardado o contraditório em todos os atos do processo de execução, sendo certo que há quem entenda que se existirem elemento nos autos, o curador poderá até mesmo opor embargos, entendimento que só foi reforçado pelas últimas reformas, tendo em vista que não há mais a necessidade de garantia do juízo para embargar (artigos 736 e 738 do CPC). 
A esse respeito, entendendo do modo como pensamos, o antigo 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, nos autos da Apelação nº 259.530, in RT 535/124; e no mesmo sentido RT 553/152 e RT 530/121.

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