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MÓDULO 3 TRABALHISTA

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MÓDULO 3.
DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
Órgãos da Justiça Laboral: Varas do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho. Procuradoria do Trabalho. 
Abreviaturas utilizadas:
CF – Constituição Federal.
E.C. – Emenda Constitucional.
LC – Lei Complementar.
MP – Ministério Público.
MPT – Ministério Público do Trabalho.
SDC – Seção de Dissídios Coletivos.
SDI – Seção de Dissídios Individuais.
TRT – Tribunal Regional do Trabalho
TST – Tribunal Superior do Trabalho
 
Dos princípios de organização:
Ingresso na carreira por concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases, sendo que as nomeações ocorrem conforme a ordem de classificação e o cargo inicial são de juiz substituto.
Promoção alternadamente por antiguidade e por merecimento [1]. Por voto de 2/3 de seus membros, os tribunais podem recusar o mais antigo.
Cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados como requisitos para ingresso e promoção na carreira.
Vencimentos fixados com diferença não superior a 10% de uma para outra das categorias da carreira, sem exceder os vencimentos dos ministros do STF.
Residência do titular na localidade da Vara ou Tribunal.
Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria por interesse público, fundada em decisão por voto de 2/3 do respectivo tribunal, assegurada a ampla defesa.
Publicidade de todos os julgamentos; fundamentação das decisões (sob pena de nulidade) – a lei pode em certos atos limitar a presença às partes e seus advogados, ou somente aos advogados, se o interesse público o exigir.
Decisões administrativas dos tribunais motivadas; decisões disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
Possibilidade de criação, nos tribunais com mais de 25 julgadores, de órgão especial composto por 11 a 25 membros, para exercer atribuições administrativas e jurisdicionais de competência do Tribunal Pleno do Órgão Especial.
Garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos; proibição do exercício de outro cargo ou função, salvo uma de magistério, do recebimento de custas ou participação em processo e do exercício de atividade político-partidária. Tudo para que haja independência no julgamento.
Órgãos jurisdicionais com organização interna fundada em lei e também em disposições regulamentares internas elaboradas por seus próprios membros, destinadas a preservar melhor sua boa atuação.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
É o órgão máximo da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília, por determinação constitucional (art. 92, §1º).
Composição (art. 111-A, CF): 27 ministros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado.
Todos os ministros são brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos.
21 são escolhidos entre desembargadores federais do Trabalho dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira; 3 entre advogados com mais de 10 anos de atividade profissional e 3 entre membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício (art. 111-A, I e II, CF).
Desde a Constituição de 1967 que deve ocorrer à inclusão de ministros provenientes da Advocacia e do Ministério Público.
A determinação de escolha dos demais ministros entre Juízes do Trabalho também foi novidade instituída pela Constituição de 1967, mas que não significa extensão da carreira de magistrado, pois não há direito a promoções por critérios alternados de antiguidade e merecimento.
O Tribunal Superior indica livremente três desembargadores federais do Trabalho ao Presidente da República, que livremente escolhe um deles para ser submetido ao escrutínio do Senado, e, após aprovação deste, nomeado.
 OAB e Ministério Público do Trabalho indicam 6 nomes; o TST indica 3 dos nomes ao Presidente da República, que livremente escolhe um nome para aprovação do Senado Federal (art. 115, I, c/c art. 94, CF).
Os membros do TST elegem o presidente e o vice-presidente do Tribunal, o corregedor e os presidentes das Turmas.
FUNCIONAMENTO: ocorre em composição plena ou dividida em Seções e Turmas.
As turmas, compostas por 3 ministros, só podem funcionar com a presença de todos os seus membros.
Seções: há 3 seções especializadas – Administrativa; de Dissídios Coletivos; e de Dissídios Individuais – esta subdividida em Subseção I e Subseção II (SDI I e SDI II).
A seção administrativa é composta por 7 ministros, podendo funcionar com 5.
A SDC é composta por 9 ministros, podendo funcionar com 5.
A SDI I é composta por 9 ministros e funciona com 5.
A SDI II é composta por 11 ministros e funciona com pelo menos 6 de seus membros.
O Órgão Especial foi extinto e substituído pelo Tribunal Pleno, que funciona com 12 de seus membros.
Junto ao TST funcionarão, ainda, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho e a Escola Nacional de Formação e de Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (art. 111-A, §2º, CF). Até que haja lei ordinária, o próprio TST regulará o funcionamento do Conselho por meio de resolução (EC n. 45/2004, art. 6º).
A Resolução Administrativa nº 1.140/2006 instituiu a ENAMAT como órgão autônomo, para promover a seleção, a formação e o aperfeiçoamento dos magistrados do trabalho (art. 1º).
COMPETÊNCIA.
Tribunal Pleno –
Decide arguição de inconstitucionalidade, aprova, modifica e revoga disposições integrantes da Súmula de Jurisprudência e Precedentes Normativos; julgam os incidentes de uniformização da jurisprudência, os processos em que ocorra divergência entre as Subseções I e II de Dissídios Individuais, as reclamações sobre matéria de sua competência, os mandados de segurança contra atos do presidente ou de ministro do tribunal, os recursos em mandado de segurança e interesse de juízes e servidores da Justiça do Trabalho, os recursos em matéria de concurso para o ingresso na Magistratura do trabalho, os agravos regimentais contra decisões do corregedor-geral; delibera sobre todas as matérias jurisdicionais não incluídas na competência de outros órgãos do Tribunal.
Ainda, em matéria administrativa, elege o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral, aprova e emenda o Regimento Interno, opina sobre propostas de alteração legislativa em matéria trabalhista, decide sobre composição, competência, criação e extinção de órgãos do Tribunal, propõe criação, modificação e extinção de TRT e Varas do trabalho, bem como de cargos e fixação de vencimentos; escolhe membros de TRT para substituir ministros, escolhe entre nomes de listas para nomear ministros, aprova tabelas de custas e emolumentos, nomeia, promove, demite e aposenta servidores, aprova tabelas de gratificações; concedem licenças, férias e outros afastamentos aos membros do Tribunal, fixa e revê diária e ajudas de custo, designa comissões, baixa instruções de concurso pra provimento dos cargos de Juiz do Trabalho Substituto.
Seção Administrativa: julgam recursos das decisões e atos do presidente do tribunal, recursos contra decisões dos TRT’s, em matéria administrativa; e delibera sobre matérias administrativas não incluídas na competência de outros órgãos do Tribunal.
SDC – julga originariamente os dissídios coletivos jurídicos e econômicos, as Ações Civis Públicas e as decorrentes de laudo arbitral que excedam a jurisdição dos TRT’s; estende e revê suas próprias sentenças normativas; homologa conciliações em dissídios coletivos; julgam ações rescisórias de seus julgados, os mandados de segurança contra atos do presidente do TST ou de qualquer dos Ministros integrantes da SDC, e os conflitos de competência entre TRT’s, em processos coletivos; processa e julga as medidas cautelares incidentes nos processos de dissídio coletivo e as ações em matéria de greve excedente da jurisdição do TRT;
Julga em última instância: recursos ordinários interpostos em dissídios coletivos, em ações civis públicas e de laudo arbitral, em ações rescisórias e mandados de segurança pertinentes a dissídios coletivos e a direito sindical, bem como embargos infringentes de suas decisões origináriasnão unânimes, agravos regimentais e de instrumento relativos a processos de sua competência.
SDI I – julga embargos de divergência ou infringentes das decisões das Turmas e agravos regimentais contra decisões dos relatores em Embargos.
SDI II – julga originariamente as ações rescisórias contra suas próprias decisões e aquelas das turmas; mandado de segurança contra atos do presidente do TST e dos ministros da SDI.
Em única Instância, julga agravos regimentais e conflitos de competência entre TRT’s, entre Varas do Trabalho e Juízos de Direito, interpostos e dissídios individuais.
Em última instância, julga os recursos ordinários nos dissídios individuais de competência originária dos TRT’s e os agravos de instrumento.
 Cada Turma, presidida pelo ministro mais antigo, julga os recursos de revista, de agravo de instrumento e de agravo regimental contra despachos dos relatores.
 Tribunais Regionais do Trabalho.
A CF (art. 112) estabelecia que cada Estado-membro e Distrito Federal deveria ter pelo menos um TRT. A EC 45/2004 estabelece em lugar disso a atuação descentralizada dos Tribunais, por meio de Câmaras regionais, e a função jurisdicional itinerante (art. 115, §§1º e 2º).
Composição (conforme EC nº 45/2004) – Compostos por 7 desembargadores federais do trabalho, antes chamados “juízes do tribunal”, com idade entre 30 e 65 anos.
Há preferência para que os membros sejam recrutados na mesma região (art. 115, CF). Advogados e membros do MP do trabalho devem compor 1/5 do total de desembargadores.
Ainda há TRT’s com 8, 27 ou 64 membros (o da 2ª Região).
Juízes das varas são promovidos a desembargadores pelos critérios alternados de antiguidade e merecimento. Só maioria de 2/3 dos membros do TRT pode recusar o mais antigo, passando-se assim á votação do segundo mais antigo.
Na promoção por merecimento o Tribunal indica 3 juízes de varas. A nomeação é feita pelo Presidente da República, que escolhe livremente um dos componentes da lista – e não será promovido o juiz que injustificadamente retiver autos em seu poder além do prazo legal.
Para a nomeação dos juízes entre advogados e membros do Ministério Público é feita lista sêxtupla – o TRT escolhe 3 nomes. O Presidente escolhe um livremente e o nomeia.
Os integrantes do TRT elegem presidente, vice-presidente, corregedor e vice corregedor (se existir previsão desses cargos), presidentes de Turmas e das Seções.
FUNCIONAMENTO
Se compostos com até 8 desembargadores, só funcionam com todos os membros. A composição plena só delibera com a presença da maioria absoluta dos desembargadores.
Se há mais desembargadores, há divisão em Turmas, cada uma com 3 membros. Para o funcionamento das Turmas, deve haver pelo menos 2 desembargadores.
Tribunais divididos em turmas dividem-se também em seções, uma para julgar dissídios coletivos (seção normativa). As seções só funcionam com maioria absoluta de seus membros.
O presidente do TRT só tem voto de desempate. Nas questões administrativas, vota normalmente, como qualquer outro desembargador, e ainda tem voto de desempate.
COMPETÊNCIA.
Pleno – competência originária: julgar dissídios coletivos, rever e estender suas decisões normativas, julgar mandados de segurança contra autoridades da própria Justiça do Trabalho, ações rescisórias e de habeas corpus.
Em último grau de jurisdição: julga recursos contra multas impostas pelas Turmas; julga conflitos de competência entre Turmas, entre Varas do Trabalho e entre Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista.
Em único ou último grau de jurisdição: julga os processos administrativos referentes aos serviços auxiliares e seus servidores e as reclamações contra atos administrativos do presidente ou de qualquer outro membro do TRT, dos juízes das varas do trabalho, dos juízes substitutos e dos funcionários.
Nos TRT’s divididos em Seções, as seções ficam com a supra referida competência do pleno, conforme seu Regimento Interno, exceto para julgamento das questões administrativas, que continuam sendo do Tribunal Pleno.
Turmas: julgam recursos ordinários, agravos de petição e agravos de instrumento; recursos contra multas e outras penalidades impostas por juízes de primeiro grau. Não cabe da decisão da Turma recurso ao Tribunal Pleno ou às Seções, salvo se a Turma impôs multa.
O Tribunal Pleno, Turmas e Seções julgam ainda exceções de suspeição opostas contra seus respectivos membros.
PRESIDENTE DO TRT: entre outras atribuições, dá férias, posse, licença aos juízes, remove os juízes, presidem sessões do Tribunal, audiências de conciliação dos dissídios coletivos; convoca, quando for o caso, substitutos para os desembargadores do TRT e juízes das Varas do trabalho; despacha recursos, designa relatores, assina folhas de pagamento, exerce correição pelo menos uma vez por ano sobre as varas do trabalho (ou parcialmente, quando necessário); solicita correição ao Tribunal de Justiça em relação aos Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho – exceto nos TRT’s que contem com cargo específico de juiz corregedor, a quem cabe, então, exercer tais funções.
VARAS DO TRABALHO E JUÍZES DE DIREITO.
São órgãos de 1ª instância – 1º grau da Justiça do trabalho, que conhecem inicialmente dos litígios trabalhistas.
A EC n. 45/2004 ampliou a competência de tais órgãos.
Só os grandes centros têm varas do trabalho, já que os critérios para a sua criação consistem em número de empregados – 24 mil - ou quantidade de processos trabalhistas – média de 240 por ano nos últimos três anos. Se já há vara do trabalho na Comarca, para a criação de outra é preciso que a(s) já existente(s) tenham recebido mais de 1.500 reclamações por ano. É o que dispõe a Lei nº 6.947/81, nem sempre respeitada na prática.
Certas Comarcas são carentes de varas do trabalho, sobrecarregando as já existentes; e outras Comarcas têm muitas sem necessidade, por pressão política.
A EC n. 45/2004 estabelece que o número de juízes deva ser proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população.
Onde não há vara do trabalho os Juízes de Direito cuidam de dirimir os litígios trabalhistas – ficam assim investidos nas funções de Juiz do Trabalho.
Do ingresso na carreira:
O juiz do trabalho deve ser nomeado pelo TRT após aprovado em concurso de provas e títulos, ou compõe a vara do trabalho por remoção de outra Vara, ou por ser promovido de Juiz Substituto, por critérios alternados de antiguidade e merecimento, com as garantias constitucionais de inamovibilidade, vitaliciedade (após 2 anos de período probatório) e irredutibilidade de vencimentos.
O concurso vale por 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos. A Resolução Administrativa nº 1.140/2006, do TST, prevê unificação nacional do concurso, que é realizado conforme instruções do TST.
Para se inscrever, o bacharel deve comprovar atividade jurídica por no mínimo 3 anos, estar quite com as obrigações civis e militares, demonstrar bom conceito e idoneidade para o exercício das funções judicantes e juntar os títulos.
Se classificado, o magistrado ingressa na carreira como juiz substituto, auxiliando os juízes titulares dentro da Região designada pelo presidente do TRT. As promoções de juiz substituto para juiz titular, bem como deste a desembargador, são feitas por critérios alternados de antiguidade e merecimento.
ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO JUIZ DO TRABALHO.
Presidir audiências, executar decisões, despachar petições e recursos, proceder à jurisdição voluntária – homologar pedido de demissão, de recibo de quitação e de acordo para rescisão do contrato de trabalho de trabalhador estável.
O juiz deve manter perfeita conduta pública e privada, sem dar opinião sobre feitos que vai apreciar; despachar dentro do prazo legal e residir dentro dos limites do território sob sua jurisdição, não podendo dele se ausentar sem licença do TRT.
FUNÇÕES ESSSENCIAIS À JUSTIÇA.
São exercidas por órgãos previstos pela Constituição Federal, não integrantes do Poder Judiciário, mas que atuam perante este:
- MinistérioPúblico do Trabalho.
- Advocacia-Geral da União.
- Advocacia e Defensoria Pública.
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO.
O art. 127, da CF/88 eleva o Ministério Público à condição de instituição permanente, essencial à função jurisdicional, incumbida de defender a ordem pública, o regime democrático e os interesses indisponíveis da sociedade e dos indivíduos, sendo que seus membros têm as garantias dos magistrados: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos (art. 128, §5º, I). As vedações são também semelhantes às da magistratura (art. 128, §5º, II).
O chefe é o Procurador-Geral da Justiça do Trabalho, nomeado pelo Procurador-Geral da República entre os integrantes da Procuradoria com mais de 35 anos de vida e mais de 5 (cinco) anos de carreira. Entre suas atribuições está a de designar, entre os procuradores regionais, o chefe da Procuradoria Regional, conforme Estatuto do Ministério Público da União (LC n. 75/93, art. 91, VI).
Trata-se de sub-ramo do Ministério Público da União, ao lado do MP Federal, do MP Militar e do MP do Distrito Federal e Territórios.
Das Atribuições da Procuradoria-Geral do Trabalho.
O MPT atua, apura, denuncia. Há discussões sobre as funções do MP. Para Pedro Paulo Teixeira Manus, é preferível fazer mais a fazer menos. É melhor ser atuante, até nas investigações.
Atua perante o TST, através do Procurador-Geral e dos Subprocuradores-Gerais.
Junto aos TRT’s funcionam as Procuradorias Regionais do Trabalho, compostas por procuradores regionais, nomeados por concurso público de provas e títulos.
O MPT zela pelos interesses da sociedade, promovendo as medidas necessárias ao desempenho de sua missão constitucional (art. 129, CF). Por exemplo, investiga o trabalho escravo, inclusive no interior de São Paulo.
Propõe as ações previstas na CF e na lei trabalhista, zela por direitos de menores, incapazes e índios, atua nas sessões dos Tribunais, instaura processos coletivos em caso de greve, requer diligências, promove a cobrança de custas e multas, suscita conflitos de competência e recorre das decisões nos casos previstos em lei, entre outras funções.
A LC nº. 75/93 prevê a manifestação acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando houver interesse público [2] – não há mais obrigatoriedade de manifestação por escrito em todos os casos, como previam os art. 746 e 747 da CLT.
O MPT atua extrajudicialmente quando, por exemplo, inicia inquérito civil. Neste caso, em decorrência do inquérito civil, ou promove acordo entre empresa e empregado por Termo de Ajuste de Conduta (se não cumprido, é título executivo extrajudicial na Justiça do Trabalho); ou entende que não há irregularidade; ou a procuradoria se convence que a questão é judicial, movendo ação civil pública.
 
Todas as Procuradorias são auxiliadas por uma Secretaria.
Defensoria Pública:
Trata-se de instituição essencial à função jurisdicional do Estado, procedendo à orientação jurídica e defesa, em todos os graus, dos necessitados. Presta assistência jurídica integral e gratuita (art. 5º, LXXIV, CF).
O fato de os sindicatos (art. 514, b, CLT) prestarem assistência aos seus associados não exclui o dever constitucionalmente previsto da Defensoria Pública.
 3. Advocacia da União.
Com previsão no art. 131 da CF, representa a União diretamente ou por órgão vinculado, judicial ou extrajudicialmente, cabendo-lhes as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Tais atribuições incluem matéria trabalhista apresentada em face da União perante o Judiciário.
DAS SECRETARIAS (art. 710 a 712, CLT).
As Secretarias (órgãos auxiliares), com quadro de funcionários organizados segundo complexa estrutura, nos casos dos Tribunais, servem TST, TRT, Varas do Trabalho.
São distribuidores, protocolo, contador, serviço de dados. Devem guardar e executar medidas que deem andamento aos processos; fornecem informações e certidões, procede à contagem das custas processuais, realizam penhora e as diligências e providências determinadas pelos juízes.
[1] O merecimento é apurado conforme critérios de presteza e segurança no exercício da jurisdição, frequência e aproveitamento em cursos reconhecidos de aperfeiçoamento. Consoante Amauri Mascaro Nascimento. “Curso de Direito Processual do Trabalho”. P. 146.
[2] Quando for parte pessoa jurídica de direito público, estado estrangeiro ou órgão internacional; é facultativa a manifestação quando solicitada pelo relator ou por iniciativa do próprio MPT (Resolução Administrativa nº. 31/93 do TST). O prazo para a emissão de parecer é sempre de oito (oito) dias (Lei nº 5.584/1970).

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