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Aula 7 - Doenças do Sistema Nervoso

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Doenças do Sistema Nervoso
Profa. Dra. Luciana Pietro
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Acidente Vascular Cerebral
Grupo de doenças com início abrupto que provocam danos neurológicos.
Pode ser de dois tipos:
 Dependendo do mecanismo que o gerou.
Isquêmico (84 %) - OCLUSÃO
Hemorrágico (16%) - RUPTURA
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Tipos de AVC
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Tipos de AVC
Isquêmico
Processo no qual o tecido não recebe nutrientes, especialmente oxigênio.
Causado por redução do fluxo sanguíneo em uma artéria que irrige uma parte do cérebro.
 Associado à aterosclerose.
Classificações: 
Trombose – processo local.
Embolia.
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Tipos de AVC
Hemorrágico
Extravasamento de sangue para fora dos vasos.
 O sangue pode derramar para:
O interior do cérebro
O espaço entre o cérebro e sua membrana (aracnóide)
Muito mais relacionado com a hipertensão.
 Altas taxas de mortalidade.
 Prevenção é o pilar de conduta.
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Números
Segunda maior causa de mortalidade mundial.
Brasil: é um dos países com maior taxa de mortalidade por AVC.
As taxas de AVC dobram a cada década depois dos 55 anos de idade.
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Fatores de risco
Hipertensão:
Principal fator de risco.
No Brasil, a alimentação com uma quantidade elevada de sal faz com que a HAS seja um fator de risco diferenciado.
Em torno de 85% dos pacientes com AVC são hipertensos.
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Fatores de risco
Diabetes
Associado principalmente com o AVC isquêmico.
Parece ser o segundo fator de risco mais importante.
Potencialização de risco pela combinação: diabetes, hipertensão e dislipidemias. 
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Fatores de risco
Fumo
Fumantes de mais que 40 cigarros/dia apresentaram risco relativo 2 vezes maior que fumantes de menos que 10 cigarros/dia.
O fumantes pesados mostram risco relativo de AVC 2 a 4 vezes maior que não fumantes.
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Fatores de risco
Castro JAB, Epstein MG, Sabino GB e col., 2009
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Fatores de risco
(Chaves, 2000)
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Conseqüências
Alterações decorrentes das lesões neurológicas podem ser:
Motoras;
Sensoriais; 
Perceptivas; 
De comunicação;
De comportamento.
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Prevenção
Controle do tabagismo.
Atividade física regular.
Controle da obesidade.
Controle do uso de álcool.
Controle da HAS, DM, dislipidemia.
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Paralisia Cerebral
É uma encefalopatia crônica não progressiva da infância
Grupo de desordens motoras não progressivas, porém sujeitas a mudanças, resultante de lesão no encéfalo nos primeiros estágios de seu desenvolvimento. 
Caracteriza-se por alterações dos movimentos e da postura, de causa não genética, adquiridas antes, durante ou após o nascimento, até os 7 anos de idade. 
Em geral acompanha-se de déficits sensoriais e mental, bem como de crises convulsivas. 
Hagberg, 1989
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Incidência
 Ocorre numa proporção de 3 casos para 1000 habitantes (considerando todas as formas e faixas etárias)
Em 1970, Mac Intosh - Escócia: 1,2 para 1000 
Em 1989, Ferrareto – Brasil: 6,0 para 1000) 
Sua incidência vem aumentando como consequência de alguns fatores:
Diminuição da natimortalidade na proporção de 0,5 casos para cada 100 partos;
Diminuição da néomortalidade aumentando o número de sobreviventes;
Aumento da longevidade em até 80% nos últimos 20 anos, o que aumenta o tempo de sobrevida;
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Etiologia
Causas pré-natais:
Doença cérebrovascular
Agentes físicos e gentes químicos 
Infecções
Fatores maternos
Causas péri-natais:
Anóxia peri-natal
Hemorragias intra-cranianas
Alterações metabólicas
Infecções 
Icterícia precoce
Causas Pós-natais:
Traumatismos cranianos
Infecções
Tumores
AVCs
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Fisiopatologia
As lesões cerebrais mais graves resultam de doença cerebrovascular seja isquêmica ou hemorrágica:
Hipoperfusão cerebral
Infarto de distribuição arterial
Hemorragia IV e IP
As demais causas (infecções, álcool, drogas, doenças maternas, disfunções placentárias) também podem simular insultos hipóxico-isquêmicos.
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Fisiopatologia
Dependendo da idade gestacional em que ocorra a agressão as sequelas poderão ser:
Malformativas 
Distúrbios da migração neuronal,
Holoprosencefalia, Hidrocefalia, Lissencefalia, 
Dandy-Walker, S. Zellweger, 
Megalencefalia, Extrema microcefalia;
Destrutivas:
Porencefalia, Microgiria, Ulegiria, 
Estado marmóreo (kernícterus), 
Hidrocefalia, Hidranencefalia; 
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Fisiopatogenia
As lesões cerebrais mais graves resultam de doença cerebrovascular seja isquêmica ou hemorrágica:
As demais causas também podem simular insultos hipóxico-isquêmicos.
Dependendo da idade gestacional em que ocorra a agressão as sequelas poderão ser:
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Malformativas
 Distúrbios da migração neuronal Lissencefalia
 
 S. Zellweger Megalencefalia
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Destrutivas
Porencefalia Estado marmóreo (kernícterus)
	
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Intensidade dos Sintomas
As alterações dos movimentos e da postura, os déficits sensoriais e mentais, bem como as convulsões, dependem de fatores agravantes e atenuantes, quais sejam: 
Fatores agravantes: 
O agente causal e a duração de sua ação;
A idade gestacional em que ocorreu a agressão;
Más condições de atendimento durante o trabalho de parto; 
Maior maturidade fetal;,
Convulsões neonatais;
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Fatores atenuantes:
Fatores protetores placentários e maternos genéticos;
Equipamentos hospitalares para monitorização do parto;
Boa qualificação do pessoal envolvido no atendimento perinatal;
Plano de saúde para cobertura do parto cirúrgico;
Fisioterapia néo-natal;
Estimulação precoce;
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Diagnóstico
Uma história completa dos antecedentes gestacionais e perinatais já permite uma suspeita diagnóstica;
Deve-se sempre considerar a possibilidade de o fator causal já ter acontecido em fases iniciais da gestação; 
Muitas vezes as formas mais leves de paralisia cerebral passam despercebidas, somente se manifestando na fase de escolaridade por discretas incoordenações motoras.
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Doença de Alzheimer
É a forma mais comum de demência, 
Doença neurodegenerativa cujo curso desenvolve-se ao longo de 5 a 10 anos de forma progressiva e inexorável. 
O conceito de demência remete para uma alteração global e persistente do funcionamento cognitivo, suficientemente grave para ter repercussões na vida profissional, social e familiar do indivíduo.
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Segundo a OMS, a demência caracteriza-se por 
“ uma diminuição progressiva da memória e da capacidade de ideação suficientemente marcada para limitar as atividades da vida cotidiana, que tenha surgido pelo menos à 6 meses e esteja associada a uma perturbação de uma das seguintes funções: linguagem, cálculo, avaliação, alteração do pensamento abstrato, praxia, gnosia ou modificação da personalidade.”
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Fatores que predispõem à DA
IDADE: Único fator de risco bem conhecido e universalmente aceito. Aceita-se que a doença de Alzheimer seja uma doença idade - dependente, ou seja, à medida que a idade avança, maior é a probabilidade de sua ocorrência. 
SEXO: Mulheres mais afetadas do que os homens, mas, como a expectativa de vida das mulheres é pelo menos 5 anos maior que dos homens essa correlação ainda precisa ser estatisticamente ajustada e  melhor esclarecida.
ESCOLARIDADE: O nível de educação parece ser uma proteção para a doença de Alzheimer: quanto maior o número de anos de estudo formal menor seria o risco.
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Fisiopatologia
A doença de Alzheimer, caracteriza-se essencialmente por duas lesões:
 
Placa Senil
lesão esférica, extra celular, constituída por um núcleo de substancia amilóide, no centro, e por uma coroa de axónios associada a células gliais.
a substancia amilóide é constituída essencialmente por uma proteína chamada β-amilóide; a placa senil encontra-se principalmente no córtex cerebral e são
marcadas por anticorpos A- β.
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Degenerescência Neurofibrilar
lesão intraneuronal constituída por neurofilamentos anormais organizados em pares de filamentos em hélice.
a análise bioquímica destas lesões permitiu caracterizar uma proteína essencial: a proteína tau (ĩ). Neste caso ela é anormal, porque está hiperfosforilada. Estas lesões estão marcadas por anticorpos anti-T. 
Fisiopatologia
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Aspectos Clínicos
A doença de Alzheimer caracteriza-se por três fases:
 Fase Inicial: fase assintomática, é impossível precisar a duração desta fase; 
Fase Declarada: fase sintomática e pré-demencial;
Fase Terminal: fase demencial;
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Aspectos Clínicos
Fase Inicial: 
Caracteriza-se principalmente por perturbações da memória, linguagem e psicocomportamentais: 
Perturbações da memória: dificuldades em aprender informações novas, esquecimentos respeitantes a acontecimentos vividos recentemente, tarefas a realizar. Estas perturbações da memória são muitas vezes mal percebidas ou atribuídas à idade, tanto pelos familiares como, demasiado frequentemente, pelo médico. 
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Perturbações da Linguagem: São as mais importantes, depois dos défices de memória, devido à sua frequência e são observados desde o princípio da doença em cerca de 50% dos casos. A linguagem escrita é com frequência atingida mais precocemente do que a linguagem oral.
Desorientação: As referências temporais e mesmo, por vezes, espaciais, podem ser afetadas precocemente. As perturbações de atenção constituem a regra geral, com dificuldades em focalizar e manter uma atenção de qualidade.
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Fase Declarada:
Nesta fase, a síndrome demencial é evidente. A perda das funções cognitivas agrava-se progressivamente e o doente perde pouco a pouco, a sua autonomia; a sua permanência no domicílio só é possível com o auxílio dos que o rodeiam.
Perturbações da orientação: perturbações da orientação temporal e perturbações visuo - espaciais são frequentes.
Perturbações da linguagem: O discurso é pouco informativo, pobre e já parcialmente incoerente; As perturbações da compreensão tornam-se evidentes e agravam-se regularmente.
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Perturbações Práxicas: Estas perturbações são constantes, pondo em evidência as dificuldades na realização dos mais simples gestos;
Estas perturbações vão aumentando de complexidade;
Apraxia reflexiva;
Apraxia ideomotora;
Apraxia ideatória;
Apraxia do vestuário.
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Perturbações Gnósicas: 
A agnosia visual traduz-se por dificuldades em reconhecer imagens de objectos, e em seguida, os próprios objectos na ausência de qualquer défice visual;
A prosopagnosia é frequente, sendo o paciente incapaz de reconhecer o rosto dos familiares e ate, por vezes, a sua própria imagem no espelho.
A anosognosia, ou seja, a ausência de consciência de perturbações, é nesta fase quase permanente, tornando difícil cuidar de paciente. As capacidades de raciocínio e as capacidades de execução do doente ficam profundamente alteradas. 
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Fase Terminal
Esta fase é caracterizada por uma síndrome demencial de grave intensidade: a comunicação torna-se impossível, a autonomia é nula. 
Pouco a pouco o caminhar torna-se difícil, levando ao acamamento permanente e frequente postura em tripla flexão. A incontinência esfincteriana é total. 
Há uma alteração do estado geral, evoluindo para o estado caquéctico. 7
A morte surge, em média, 8 a 12 ano após os sintomas. 
 
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Doença de Parkinson
É uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas. 
Ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância negra (ou nigra). 
Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas principalmente motores.
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Aspectos Clínicos
Manifestações de natureza não-motora:
Estados depressivos
Falhas de memória
Alterações de sono 
Distúrbios do sistema nervoso autônomo
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Aspectos Clínicos
O comprometimento motor da doença manifesta-se numa fase inicial através dos chamados sinais cardinais:
Bradicinesia (lentidão de movimentos)
Tremor
Rigidez 
Instabilidade postural
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Aspectos Clínicos
Tremor 
o sintoma mais frequente.
inicia-se nos membros superiores.
decorrem perturbações involuntárias numa parte do corpo.
aumenta de intensidade perante condições de fadiga.
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Aspectos Clínicos
Rigidez Muscular 
Resistência ao movimento passivo.
Existem dois tipos de rigidez muscular : em roda dentada e em cano de chumbo.
Afeta primeiramente os músculos primordiais, músculos da face e membros superiores e inferiores.
Inicialmente afeta um dos lados do corpo para posteriormente alastrar-se pelo corpo todo.
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Aspectos Clínicos
Bradicinesia 
Sintoma mais incapacitante da DP. 
Refere-se à lentidão, dificuldade de manter o movimento e realizar tarefas do quotidiano.
Afeta os movimentos espontâneos.
Dificuldade em realizar tarefas em simultâneo e em sequência.
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Aspectos Clínicos
Instabilidade Postural 
Característica com maior risco de quedas e fraturas.
Perda de reflexos posturais.
Perda do movimento automático.
Dificuldades de equilíbrio.
Fenômeno de congelamento.
 
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Diagnóstico
O Diagnóstico da DP baseia-se:
História do paciente; 
Características clínicas do parkisonismo;
Exames neurológicos;
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Obrigada!!
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