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Reta Final Direito Tributário23

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
 Curso: Reta Final| Disciplina: Direito Tributário 
Aula: Única 
 
 MATERIAL DE APOIO 
XXV EXAME DE ORDEM 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
1. Competência Tributária: características e espécies. 
Entende-se por competência tributária aquela conferida pela CF para se instituir tributos. 
Apenas os entes federados a possuem. Dentre as principais características, temos: 
indelegabilidade, intransferibilidade e incaducabilidade. 
Dentre as diversas espécies de competência tributária existentes no ordenamento jurídico 
constitucional, destacamos as seguintes: 
 
1 – Residual (art. 154, I, CF): atribuída à UNIÃO para a instituição de impostos não previstos nos 
arts. 153, 155 e 156 da CF de 1988, incluindo as contribuições de seguridade social, de acordo 
com o parágrafo 4º do art. 195 da CF. Exige-se que Lei Complementar seja a via legislativa 
utilizada, desde que não sejam cumulativos e não contenham fato gerador e base de cálculo de 
impostos já previstos nos arts. 153, 155 e 156 da CF. Por fim, a possiblidade de instituir nova 
contribuições está condicionada a inovação quanto aos fatos geradores e base de cálculo de 
contribuições de seguridades social já previstas entre os arts, 195, I a IV da CF; 
2 - Privativa: é atribuída apenas a um ente político, como a COSIP de competência dos 
Municípios e DF, IPTU e ITR, de competência dos Municípios e União, respectivamente, bem 
como do ITBI e ITCMD de competência dos Municípios e Estados, respectivamente; 
3 - Comum: é atribuída a todos os entes políticos em geral como as taxas e as contribuições de 
melhorias. As taxas podem ser de competência da União (emissão de passaporte), dos 
Estados/DF (licenciamento ambiental), dos Municípios e DF (taxa de lixo). A Contribuição de 
Melhoria tem como fato gerador a valorização imobiliária como resultado de obra pública que 
pode ser executada pela União, Estados, DF ou Municípios. O ente que executa a obra que gere 
valorização torna-se o competente parara exigir o tributo. 
 
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XXV EXAME DE ORDEM 
 
 
4 - Competência Extraordinária – 154, II, CF: A União, diante guerra externa (iminente ou 
declarada) pode instituir impostos extraordinário de guerra com a possibilidade de ocorrência 
de “bis in idem” e bitributação. 
 
Competência e Capacidade Tributária Ativa 
 
Não se confunde competência tributária com capacidade tributária ativa. 
A capacidade tributária ativa tem natureza meramente administrativa e é traduzida na 
delegação dos poderes administração, arrecadação e fiscalização dos tributos realizadas pelos 
entes competentes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) mediante Lei. A 
Competência é indelegável, irrenunciável, intransferível, incaducável. (arts. 7º e 8º do CTN) 
 
2. Princípios da Legalidade, Irretroatividade e Anterioridade. 
• Legalidade: todo tributo só pode ser instituído, majorado ou extinto media (lei ordinária ou 
complementar). Art. 150, I, CF e art. 97 CTN). 
 Exceção ao princípio da legalidade: 
a) Decreto do Poder Executivo: 
a.1)art. 153, §1º CF: majoração de alíquotas de II, IE, IOF e IPI: impostos extrafiscais, 
regulatórios; 
 a.2) t. 177, §4º, I, b CF: redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE-Combustíveis 
b) Decreto do Prefeito: 97, parágrafo 2º do CTN: atualização monetária da base de cálculo 
do IPTU através do estudo da Planta Genética de Valores (PGV), sendo vedada 
atualização que ultrapasse o índice oficial de inflação (Súmula 160, STJ); 
c) Confaz: Convênio Nacional de Política Fazendária – fixação de alíquotas, bem como 
redução e restabelecimento de ICMS- Combustíveis na incidência monofásica. 
• Anterioridade: (art. 150, III, b, c CF e art. 195, §6º CF) – todo tributo criado ou aumentado 
num ano só pode ser exercido no próximo ano, sendo que, entre os exercícios financeiros deve 
ser observado um lapso temporal mínimo de 90 (noventa dias). 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
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 MATERIAL DE APOIO 
XXV EXAME DE ORDEM 
 
 
Tal princípio goza de exceções, sendo que existem tributos que podem ser exigidos 
imediatamente (II – IE – IOF – Empréstimos Compulsórios decorrentes de calamidade pública e 
guerra externa), tributos que podem ser exigidos no mesmo exercício financeiro, respeitando-
se o lapso temporal mínimo de 90 dias (IPI – ICMS combustíveis – CIDE Combustíveis – 
Contribuições sociais) e tributos que devem ser cobrados no exercício financeiro seguinte, sem 
respeitar o prazo mínimo de 90 dias (IR – Fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU), 
conforme determina o ar. 150, §1º CF. 
 
3. Imunidades Genéricas 
• Imunidades Tributárias são vedações constitucionais que impedem a incidência tributária. As 
imunidades genéricas previstas no art. 150, VI, CF (alíneas “a” até “e”)- veda a cobrança de 
impostos, apenas. Subdividem-se em recíproca (veda a cobrança de impostos sobre o 
patrimônio, renda e serviços entre os entes federativos, podendo se estender as autarquias e 
fundações públicas, desde que estas atendam suas finalidades essenciais), religiosa (veda a 
cobrança de impostos sobre templos de qualquer culto), subjetiva (veda a cobrança de 
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos e suas fundações, 
entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social sem fins 
lucrativos, desde que atendam os requisitos do art. 14 CTN) e objetiva (veda a cobrança de 
impostos sobre livros, jornais, periódicos, bem como sobre o papel destinado a impressão) e 
Imunidade musical que veda a exigência de impostos sobre a produção (prensagem) musical 
realizada por artistas brasileiros (na interpretação de músicas próprias ou de outros artistas) 
em território nacional, com exceção da etapa da replicação, cópias e distribuição. 
 Devemos recordar ainda que o STF estendeu as imunidades para todos os impostos, incluindo 
impostos incidentes sobre transmissão e sobre operações. 
 
4. Tributo e espécies tributárias 
O conceito de tributo está previsto no art. 3º CTN. As espécies tributárias se dividem em cinco: 
impostos (art. 16 CTN), taxas (art. 77 CTN), contribuições de melhoria (art. 81 CTN e Dec. 
195/67), empréstimos compulsórios (art. 148 CF) e contribuições especiais (art. 149 CF). 
 
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XXV EXAME DE ORDEM 
 
 
Das espécies tributárias mais requeridas, temos as taxas que, diferentemente dos impostos, são 
tributos vinculados a uma determinada atividade estatal, exigindo-se a contraprestação do 
Estado. Ademais, poderão ser cobradas pelo exercício regular do poder de polícia ou pela 
prestação de serviços públicos específicos e divisíveis. Importante a leitura das súmulas 
vinculantes nº 19 e 29 do STF. 
 
5. Obrigação Tributária 
Obrigação Tributária (art. 113 CTN) pode ser: 
a) principal: decorre de fato gerador. Representa o pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária e; 
b) acessória: decorre das legislação tributária e representa os deveres instrumentais e de 
colaboração com a fiscalização tributária. Ex: declarações de tributos, emissão de notas 
fiscais, manutenção dos livros fiscais, deslocamento de mercadorias acompanhado de 
documentação. 
 
6. Responsabilidade Tributária por sucessões 
Responsabilidade Tributária (art. 128a 137 CTN) ocorre quando terceira pessoa é indicada pela 
lei para assumir um encargo tributário. Essa terceira pessoa não pratica o fato gerador, mas 
possui um nexo de causalidade com a ocorrência do mesmo. 
Dentre as espécies de responsabilidade por sucessão mais importantes, temos: 
• Sucessão no trespasse (art. 133 CTN): quando da alienação do estabelecimento empresarial, 
o adquirente do estabelecimento poderá responder de forma integral (quando o alienante não 
estabelece outro negócio nos 6 meses posteriores da data da venda do estabelecimento) ou 
subsidiária (quando o alienantes estabelece outro negócio ou já possuía outros negócios no 
prazo de 6 meses contados da data da alienação do estabelecimento). 
 
 
 
 
 
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7. Crédito Tributário: lançamento e modalidades 
Crédito Tributário é um montante devido pelo contribuinte ao Fisco decorrente de uma 
obrigação principal válida. Tal crédito só passa a ser exigível quando da existência do 
lançamento. 
Dentre as espécies de lançamento, temos: ofício (quando o Fisco não necessita de qualquer 
informação do contribuinte para lançar. Ex: IPTU – IPVA); declaração (quando o Fisco lança com 
base nas informações prestadas pelo contribuinte. O Fisco terá um prazo de 5 anos para 
fiscalizar a declaração que foi realizada. Ex: parte do II e do IE, em alguns Estados o ITCMD e em 
alguns Municípios, o ITBI); homologação (o particular presta as informações antecipando o 
pagamento do tributo. O Fisco possui um prazo de 5 anos para homologar, sendo que está 
homologação pode ser expressa ou tácita, extinguindo o crédito tributário. Ex: IR, ITR, ICMS, IPI, 
etc.). 
 
8. Causas de Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário 
Para que se estude os casos de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário, vamos 
guardar as hipóteses de suspensão e exclusão do crédito. 
• SUSPENSÃO (MODERECOPA) – art. 151 CTN (MORATÓRIA – DEPÓSITO INTEGRAL – RECURSOS 
ADMINISTRATIVOS – CONCESSÃO DE LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA E DE TUTELA 
ANTECIPADA NAS DEMAIS AÇÕES – PARCELAMENTO). 
• EXCLUSÃO (ANIS) – art. 175 CTN (ANISTIA – ISENÇÃO). 
As modalidades que não se encontram dispostas nesses quadros extinguem o crédito tributário 
(art. 156 CTN).

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