Remédios Constitucionais

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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
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A CF/88 prevê Direitos e Garantias Fundamentais, ou seja, prevê o direito que será resguardado (ex.: vida) e dá garantias para que este direito seja respeitado (ex.: matar alguém é crime).
Entre as garantias, há a previsão dos “remédios constitucionais” (nome dado pela doutrina) que prevê não a proibição como meio de proteção a algum direito fundamental, mas sim um meio processual para que o indivíduo possa defender esses direitos quando não observados pelo próprio poder público.
Existem remédios administrativos (direito de petição e de certidão) e os remédios judiciais (05), que passamos a estudar.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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“conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Petição – Art. 654 CPP
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
 
§ 1o A petição de habeas corpus conterá: 
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça; 
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor; 
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.
 
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Natureza Jurídica
É a ação constitucional gratuita que visa proteger a liberdade de locomoção ameaçada ou violada por ato ilegal ou abusivo.
Natureza – É uma ação judicial constitucional
Objeto de Proteção – Liberdade de Locomoção
	Objeto Direto – Indivíduo
	Objeto indireto – Bens. ex: Caso de saída do país onde o agente retém os bens de um Indivíduo.
OBS: É possível HC para trancar inquérito policial ou ação penal por falta de justa causa.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Art. 647.  Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 648.  A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Legitimação ativa
	Qualquer pessoa, física ou jurídica em nome próprio ou de terceiro, com ou sem advogado, com ou sem capacidade processual, independente de nacionalidade ou de idade. Bem como alguns órgãos constitucionais, MP, Defensoria Pública e AGU.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Legitimação passiva
Do coator, ou seja, de quem restringiu ilegalmente a liberdade de locomoção ou a está ameaçando de restringir, podendo ser autoridade pública ou pessoa privada.
OBS: Considera-se também autoridade o particular em exercício de função autorizada pelo Poder Público. ex: Diretor de hospital, Diretor de Concessionária de serviço público.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Espécies 
	1 – PREVENTIVO - É para evitar iminente e plausível coação a liberdade de locomoção. Salvo conduto é o nome do Documento.
2 – REPRESIVO – É para liberar o paciente de coação já praticada. Alvará de soltura é o nome do Documento..
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Concessão de oficio
	É admitida a concessão de ofício, por juiz, tribunal ou órgão de tribunal.
OBS – Existe HC “ ex ofício ou de ofício, é aquele concedido pelo judiciário sem que alguém peça, neste caso o HC será sem um autor. EX: Prisão já cumprida. 
Vinculação aos fundamentos do pedido
A autoridade judiciária não está vinculada às razões alegadas pelo impetrante, podendo ordenar a soltura por qualquer razão que, a seu juízo, torna a prisão ilegal ou abusiva.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Contra punição disciplinar militar
Admite-se, desde que para discutir a existência do ato que fundamentou a prisão ou a competência da autoridade que ordenou a prisão, ou seja, Pressupostos de legalidade (hierarquia)
 
Locomoção como direito – meio
Admite-se o uso do habeas corpus quando a locomoção seja apenas instrumental para a realização de outro direito.
Ex: Ir a um culto religioso ou a uma reunião.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Reexame de prova
O habeas corpus não é meio adequado ao reexame das provas nas quais se fundamentou a condenação à prisão.
Desistência
O impetrante do habeas corpus pode desistir da impetração, por qualquer razão
Impetração contra pena pecuniária
Se imposta exclusivamente pena de multa, não cabe o HC
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Impetrado por estrangeiro
È possível 
Impetrado por menor
È possível 
Impugnação de prova ilícita
Pode ser feita por HC, porque da validação de prova ilícita pode advir condenação ilícita à prisão.
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Coação atribuída a promotor de justiça
Admite habeas corpus
Excesso de prazo na instrução processual
Em regra, admite habeas corpus
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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DESCABIMENTO	
Segundo jurisprudência do STF, não cabe HC contra:
Decisões do STF
Suspensão de diretos políticos
Sanção administrativa disciplinar
Sanção judicial (penal) de multa (Súmula 693)
NÃO CABE "HABEAS CORPUS" CONTRA DECISÃO CONDENATÓRIA A PENA DE MULTA,OU RELATIVO A PROCESSO EM CURSO POR INFRAÇÃO PENAL A QUE A PENAPECUNIÁRIA SEJA A ÚNICA COMINADA. 
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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Punições disciplinares militares (quanto ao mérito)
Guarda de filhos menores
Condenação criminal, quando a pena de liberdade foi extinta (Súmula 695)
NÃO CABE "HABEAS CORPUS" QUANDO JÁ EXTINTA A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.
Seqüestro de bens imóveis (direito de permanecer no imóvel)
Impeachment
Indiciamento em inquérito policial 
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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AUTORIDADE COATRA COMPETÊNCIA PARA O HC
Delegado de Polícia Estadual - Juiz de Direito da vara Criminal
Delegado de Polícia quando - Juiz de Direito da vara do Júri
o crime doloso contra a vida
3. Delegado da Policia Federal - Juiz Federal
4. Delegado de polícia quando o - Juiz de Direito do Juizado crime for de menor potencia Ofensivo Especial
5. Particular - Juiz de Direito da Vara Criminal
 
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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6. Promotor de Justiça - Tribunal de Justiça
7. Juiz de Direito - Tribunal de Justiça
8. Juiz da vara do Júri - Tribunal de Justiça
9. Juiz Presidente do Júri - Tribunal de Justiça
10. Juiz Federal - Tribunal Regional Federal
11. Juiz do Juizado Especial Criminal - Turma Recursal
12. Turma Recursal Estadual - Tribunal de Justiça
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Habeas Corpus (artigo 5º, LXVIII)
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13. Turma Recursal Federal - Tribunal Regional Federal
14. Tribunal de Justiça - Superior Tribunal de Justiça
15. Tribunal Regional Federal - Superior Tribunal de Justiça
16. Superior Tribunal de Justiça- Supremo Tribunal Federal
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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Conceito – É a ação constitucional gratuita a ser proposta para assegurar a pessoa impetrante o acesso de suas informações pessoais que estejam armazenado em banco de dados governamentais ou privado de caráter público.
	Objeto – Informação Pessoal do impetrante de caráter público.
		
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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EU		 MINHA	 PÚBLICA
HD	 informação	 caráter da informação
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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“conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo”
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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Direito resguardado
	Garantir o direito sobre suas informações pessoais, podendo acessar os registros públicos, retificá-los e complementá-los.
Natureza
	
	Não é absoluto, visto que nos casos sigilosos o interessado não poderá ter acesso (segurança nacional, investigação criminal e interesse público).
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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Procedimento
	Sumário. Gratuito. Pode ser proposta a qualquer tempo, não há prazo prescricional ou decadencial. Exige-se que seja assistido por advogado, mas não há “ônus de sucumbência” (honorários).
Legitimidade ativa
	impetrada somente pelo titular do direito (das informações), podendo ser ele pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira. O direito de acesso à informação é garantido, independentemente de motivação (causas de pedir). 
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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Legitimidade passiva
	entidades públicas, instituições, entidades e pessoas jurídicas privadas que tenham informações que possam ser transmitidas a terceiros (ex.: SPC).
OBS: TODA AÇÃO
P – Possibilidade jurídica do Pedido
I – Interesse de agir (necessidade)
L – Legitimidade das partes.
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Habeas Data (artigo 5º, LXXII)
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OBS:
Contra a recusa da Administração pública fornecer certidão (art. 5º XXXIV) não cabe HD e sim MS.
Pedidos – 1. ter conhecimento, 2. retificação, 3. anotação de informações verdadeiras.
Condições para o HD – É condição para o ajuizamento da ação de HD o pedido das informações na via Administrativa.
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O art. 20 da Lei 9.507/97 regula a competência julgadora do HD nos seguintes termos:
"Art. 20. O julgamento do compete:
I - originariamente:
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal;
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado;
f) a juiz estadual, nos demais casos;
II - em grau de recurso:
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais;
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal;
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça do Distrito Federal;
III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição." 
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CASO
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João das Couves, motorista de caminhão, compareceu ao Detran de Brasília pois desconfiava que sua carteira de habilitação estava sob perigo de se cassada, devido as últimas multas recebidas. Protocolou pedido competente junto ao órgão, e foi informado que, por portaria, o prazo para analise do pedido seria de 10 dias. Passados 30 dias o senhor João ainda não havia logrado êxito no obtenção de tais informações.
 Procurando o órgão mais um vez, foi informado que devido a falta de pessoal seu pedido ainda não tinha sido analisado. Considerando essa situação hipotética, na condição de advogado(a) contratado(a) por João das Couves, interponha a peça judicial cabível, privativa de advogado, em favor de seu cliente.
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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“conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”
	
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Direito resguardado 
Falta de norma regulamentadora. Preocupação em não fazer com que o texto constitucional se torne “letra morta” por omissão do legislador, após prazo razoável para elaboração da norma infraconstitucional.
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Requisitos
1 – Norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo direitos, liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
2 – Falta de norma regulamentadora , tornando inviável o exercício dos direitos, liberdades e prerrogativas acima mencionados ( omissão do poder público).
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Norma Constitucional de Eficácia Limitada ou Reduzida
É aquela que não contém todos os elementos necessários à sua integral aplicabilidade, porque ela depende da interpositio legislatoris (interposição do legislador).
A efetividade da norma constitucional está na dependência da edição de lei que a integre (lei integradora). Somente após a edição da lei, a norma constitucional produzirá todos os efeitos que se esperam dela 
EX: artigo 7.º, inciso XI, da Constituição Federal de 1988, que só passou a produzir a plenitude de seus efeitos a partir do momento em que foi integrada pela Lei n. 10.101/00).
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Norma Constitucional de Eficácia Limitada ou Reduzida
Norma de Eficácia Jurídica Limitada
+ 
Interposição do legislador (Lei)
= 
Plenitude dos efeitos
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Procedimento
Não é gratuito (há o pagamento de custas) e é obrigatório ser assistido por um advogado.
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Legitimidade ativa
Somente o titular do direito (ou liberdade) inviabilizada pela não regulamentação. Há que se ter 03 requisitos
Falta de norma regulamentadora, 
2. Inviabilização do exercício de um direito ou liberdade e 
3. Transcurso razoável de prazo para elaboração na norma. 
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Legitimidade passiva
Somente os entes públicos investidos da competência legislativa ou iniciativa privativa, ou seja, os entes estatais é que devem regulamentar as normas constitucionais de eficácia limitada, como o Congresso Nacional.
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Mesa de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeasdata e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Art. 121. § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
Em São Paulo, contra autoridades estaduais e municipais é da competência originário do TJ.
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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EFICÁCIA - 2 correntes
1 – CONCRETISTA
 Posição Concretista Geral - deve ter efeito erga omnes;
 Posição Concretista Individual Direta - eficácia imediata e deve ter efeito inter partes;
 Posição Concretista Individual Intermediária – Julgando procedente o Poder Judiciário fixa ao Legislativo prazo para elaborar a norma regulamentadora. Findo o prazo e permanecendo a inércia do Legislativo, o autor passa a ter formalmente o seu direito.*
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Mandado de Injunção ( artigo 5º, LXXI )
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2 - NÃO-CONCRETISTA 
O Poder Judiciário deve apenas reconhecer a inércia e informar ao poder competente a sua decisão
STF - Inicialmente, a posição do STF era não-concretista, mas desde 2007 (MI 721/DF - 30/08/07) passou a adotar o entendimento concretista, afirmando que o MI tem caráter mandamental e não somente declaratório. No entanto, ainda não é pacifica a decisão sobre a eficácia, se individual ou geral.
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MANDADO DE SEGURANÇA. 
Art. 5º, LXIX e LXX e lei 12.016 de 2009.
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 “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”
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MANDADO DE SEGURANÇA
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CONCEITO
É uma ação constitucional de natureza civil, qualquer que seja a natureza do ato impugnado, seja ele administrativo, seja ele jurisdicional, criminal, eleitoral trabalhista etc.
É a ação constitucional Cível de procedimento especial que visa assegurar ou restabelecer o exercício de Direitos, Individuais ou Coletivos não aparados por HC e HD, (natureza residual) líquidos e certos, quando desrespeitado por atos ilegais ou abusivos. 
	
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MANDADO DE SEGURANÇA
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O MS pode ser usado na esfera criminal, mas continua sendo uma ação cível. Ex: Depoimento DP
Direito liquido e certo é aquele provado documentalmente no momento que se ingressa com a ação, ou seja, a prova esta pré constituída.
Não cabe dilação Probatória. (NUNCA REQUER A PRODUÇÃO DE PROVA)
MS Preventivo - Evita o abuso
MS Repressivo – Combate o ato abusivo.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Endereçamento
Atentar para a categoria e para a sede funcional da autoridade coatora.
Autoridades Federais ( Justiça Federal, salvo competência dos Tribunais)
Autoridades estaduais e municipais ( Justiça Estadual junto ao juiz da respectiva comarca ou circunscrição, salvo competência do TJ)
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Legitimidade ativa
O legitimado ativo, sujeito ativo, impetrante é o detentor do “direito liquido e certo não amparado por HD ou HC. 
Pessoas físicas ( brasileiras ou não, residentes ou não, domiciliadas ou não);
Pessoas jurídicas;
Órgãos públicos despersonalizados, porém com capacidade processual ( Chefias dos Executivos, Mesas do Legislativo);
Universalidades de bens e direitos ( espólio, massa falida, condomínio);
Agentes políticos (parlamentares);
MP
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Legitimidade Passiva
Legitimado passivo, sujeito passivo, impetrado é a autoridade coatora, responsável pela ilegalidade ou abuso de poder, autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Quando o MP não for o impetrante, deverá se manifestar como fiscal da lei, sob pena de nulidade. O impetrante pode desistir, mesmo sem consentimento do impetrado, até o julgamento.
OBS: 
Dentro do conceito “agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”, a doutrina e a jurisprudência vêm entendendo caber impetração de MS em fase de diretor de estabelecimento particular de ensino.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Direito resguardado
Direito líquido e certo. A mera controvérsia sobre o direito não impede a apreciação sobre a alegação de não ser direito líquido e certo. (STF Súmula 625). 
CONTROVÉRSIA SOBRE MATÉRIA DE DIREITO NÃO IMPEDE CONCESSÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA.
 
Não cabe contra projetos de lei e leis de efeito mediato, somente para leis de efeito imediato (STF Súmula 266).
NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA LEI EM TESE.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Atos a serem atacado por MS
Ato Administrativo – O principal alvo do MS é o ato administrativo ilegal (ato vinculado) ou abusivo ( ato discricionário).
O MS não se volta contra Lei, pois contra lei cabe ADIM.
Não cabe MS contra lei em tese ( lei normal, genérica e abstrata)
Cabe MS contra lei de efeito concreto, pois é um ato particular que tem nome de lei, mas em essência é um ato. Ex: Lei que abre orçamento para determinado fim; Concede aposentadoria para Fulano.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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 Ato Judicial
 É cabível mandado de segurança excepcionalmente contra decisão judicial abusiva, não definitiva contra a qual não haja Recurso previsto em lei. Desta forma quando a Decisão judicial for:
 1. Abusiva ou teratológica, (notoriamente equivocada)
 2. Não definitiva, sem transito em julgado; 
 3. A Lei não previu Recurso.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Atos que não admitem MS:
Atos interna Corporis – Os atos que organizam administrativamente um órgão, não podem ser atacados por MS. Ex: Regimento Interno.
Atos normativos – Não cabe MS contra atos normativos Primários, isto é, contra atos equiparados a Lei. Ex.: Resolução do CNJ.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Procedimento Sumário especial.
 No prazo de até 120 dias do conhecimento do ato.
 Não há dilação probatória (somente direito liquido e certo). 
Não existe ônus de sucumbência (honorários advocatícios) – STF Súmula 512. 
Poderá ser concedida liminar, mas caso seja negada a decisão é irrecorrível.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Espécies de MS.
MS Coletivo, capacidade postulatória. (art. 5º LXX)
Partido político com representação no congresso;
Organizações Sindicais;
Entidades de classe.
Associações legalmente constituídas e em funcionamento pelo menos 1 ano.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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OBS: 
Todas essa entidades associativas inclusive os Partidos Políticos, só podem impetrar MS Coletivo na defesa de seus filiados ou associados em matérias que tenham pertinência com suas funções institucionais.
Para impetrar MS Coletivo essas entidades não precisam de procuração dos filiados ou associados, pois neste caso temos substituição processual e não representação.
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MANDADO DE SEGURANÇA
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FIM