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Os materiais em serviço e expostos ao ambiente podem DEGRADAR

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Os materiais em serviço e expostos ao ambiente podem DEGRADAR-SE. Os mecanismos de deterioração são diferentes para os três tipos de materiais. (metais, cerâmicos e polímeros).
Nos metais existe uma efetiva perda de material, seja por dissolução (corrosão) ou pela formação de uma incrustração ou filme não-metálico (oxidação).
Cerâmicas são relativamente resistentes à deterioração, que ocorre geralmente sob temperaturas elevadas ou em ambientes extremos. O processo também é chamado de corrosão.
Os polímeros podem se dissolver quando expostos a um solvente líquido, ou podem absorver o solvente e inchar, também a radiação (principalmente a UV) e o calor podem causar alterações nas suas estruturas moleculares. O termo usado para polímeros é degradação.
Resumidamente corrosão pode ser definida como a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliado ou não a esforços mecânicos.
As consequências comprometem a utilidade de um material como resultado a deterioração de suas propriedades mecânicas (como ductibilidade e resistência) e outras propriedades físicas ou de sua aparência.
CORROSÃO ÚMIDA Consiste na dissolução de um metal em um ambiente aquoso. Os átomos do metal se dissolvem como íons – célula eletroquímica – célula galvânica, na qual a mudança química é devida a uma mudança de concentração e está acompanhada de corrente elétrica. Uma variação na concentração de íons do metal leva à formação de uma região anódica (que se corrói). Chamada também corrosão
galvânica porque um metal mais ativo em contato com outro mais nobre se corrói (é
anódico). Mas uma célula galvânica pode ser gerada pelo contato entre dois metais
diferentes. Não todos os metais se oxidam com igual grau de facilidade para gerar
íons. E uma forma comum de ataque eletroquímico é resultado da variação da
concentração de íons de metal que leva à formação de região anódica que se corrói
(isto é, perda material por dissolução) e ao mesmo tempo há a formação de corrente elétrica.
CORROSÃO SECA consiste na oxidação de metais e ligas em atmosfera gasosa (ar). Na ausência de diferença de concentração e par galvânico, a corrosão acontece por redução gasosa estabelecendo-se região catódica. Representa a reação química direta do metal com o O2 atmosférico. O mecanismo varia dependendo do metal, para alguns a película de óxido é firme e protege a superfície de ataques futuros para outros a camada é porosa e se rompe.
A instabilidade termodinâmica dos metais indica a sua reatividade (facilidade de reagir com o oxigênio). Os metais são encontrados na natureza como compostos (óxidos, sais, hidróxido). Logo metais puros com exeção a do Au e Pt possuem a tendência de reatividade que pode ser expressa nas tabelas de potenciais de eletrodo padrão e séries galvânicas.
CORROSÃO UNIFORME: é uma forma de corrosão eletroquímica que ocorre com intensidade equivalente ao longo de toda a superfície que está exposta. Exemplo ferrugem no aço.
CORROSÃO GALVÂNICA: ocorre quando dois metais ou ligas que possuem composições diferentes são acoplados eletricamente ao mesmo tempo que são expostos a um eletrólito. O metal menos nobre (mais reativo), no ambiente específico, irá sofrer corrosão, o metal mais inerte, o cátodo será protegido da corrosão. Exemplo parafusos de aço corrOem quando entram em contato com latão em um ambiente marinho.
CORROSÃO POR FRESTAS: ocorre como consequência de diferenças de concentração de íons ou gases dissolvidos na solução eletrolítica, e entre duas regiões da mesma peça metálica. Para uma pilha de concentração aeração diferencial (meio gasoso) e concentração diferencial (meio aquoso), a corrosão ocorre no local que possui a menor concentração. Exemplo frestas a corrosão ocorrerá preferencialmente na posição de junção das mesmas.
CORROSÃO POR PITES: é uma forma localizada de ataque por corrosão, onde pequenos pites ou buracos se formam. Eles penetram a partir do topo de uma superfície horizontal para dentro do material, em uma direção praticamente vertical.
CORROSÃO SOB TENSÃO: é resultado da ação combinada da aplicação de uma tensão de tração e de um ambiente corrosivo. Alguns materiais inertes em um meio corrosivo específico tornam-se suscetíveis a essa forma de corrosão. Pequenas trincas se formam e então se propagam na direção perpendicular à da tensão. 
FRAGILISAÇÃO POR HIDROGÊNCIO: várias ligas metálicas, especificamente alguns aços, apresentam uma redução significativa na ductilidade e no limite de resistência à tração quando o hidrogênio atômico (H) penetra no material. Consiste num tipo de falha em resposta à aplicação de tensões de tração ou tensões residuais de tração ocorre uma fratura frágil catastrófica, conforme as trincas crescem e se propagam rapidamente. O hidrogênio em sua forma atômica, se difunde intersticialmente através da rede cristalina. Um metal dúctil se torna frágil.
Proteção catódica é um processo de controle contra a corrosão de metais (tubulações e estruturas). O princípio básico é tornar o elemento metálico a ser protegido - um aqueduto, por exemplo - em um cátodo de uma célula de corrosão, o que pressupõe a presença de um ânodo. Assim, o processo natural de perda de elétrons da estrutura para o meio, fenômeno que causa a corrosão, é compensado pela ligação da estrutura metálica a um ânodo de sacrifício, em geral, um eletrodo de cobre/sulfato. O direcionamento da corrente elétrica preserva a estrutura metálica, ocorrendo corrosão controlada no ânodo.
É bom lembrar que a proteção catódica é um processo anticorrosivo ativo - em que é possível ajustar a eficiência às necessidades operacionais - que complementa a proteção proporcionada pelo revestimento externo/interno das tubulações. É o único processo capaz de eliminar a corrosão eletroquímica e eletrolítica, mesmo em estruturas não-revestidas.
Os mecanismos de proteção catódica para estruturas metálicas são dois: galvânica (PCG) e por corrente impressa (PCCI). Para a PCG, é feita a instalação de um ânodo galvânico paralelo à tubulação, e para a PCCI, a estrutura metálica é ligada a um retificador de corrente elétrica. No decorrer da vida da estrutura, como o revestimento externo perde eficiência por causa da interação com o eletrólito, torna-se necessário aumentar a intensidade da corrente de proteção produzida pelo retificador. Os períodos de revisão/manutenção da estrutura e do sistema de proteção são estimados em 20 anos para corrente impressa e cinco anos para proteção galvânica.
A proteção anódica é um método de aumento da resistência à corrosão que consiste na aplicação de uma corrente anódica na estrutura a proteger. A corrente anódica favorece a passivação do material dando-lhe resistência à corrosão. A proteção anódica é empregada com sucesso somente para os metais e ligas formadores de película protetoras, especialmente o titânio, o cromo, ligas de ferro-cromo, ligas de ferro-cromo-níquel. 
O seu emprego encontra maior interesse para eletrólitos de alta agressividade (eletrólitos fortes), como por exemplo um tanque metálico para armazenamento de ácidos.

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