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Estruturando para planejamento estratégico

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Estruturando para o planejamento estratégico 
 
“O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de 
decisões presentes”. Peter Drucker 
 
Introdução 
 
O mito criado sobre o Planejamento Estratégico com sendo a panacéia para o 
desempenho competitivo das organizações e a fórmula milagrosa para um futuro 
promissor, somente torna-se factível se embasado por uma visão holística de seus 
gestores de alto nível. Todos desejamos sanar os males presentes e ganhar 
vitalidade para o futuro e, essa é a prerrogativa do planejamento, pois… 
 
“O planejamento é uma atividade pela qual o homem, agindo em conjunto e 
através da manipulação e do controle consciente do meio ambiente, procura atingir 
certos fins já anteriormente por ele mesmo especificados”. (FRIEDMAN ). 
 
Ocorre que, em se planejando necessário é, como afirma Friedman: “(...) a 
manipulação e controle consciente do meio ambiente”… daí concluirmos que, o 
componente preponderante do plano estratégico advém da visão para fora da 
empresa, para seu ambiente externo. 
 
Palavras chave: Ambiente externo, inteligência de mercado, competências, 
vantagem competitiva, posicionamento futuro. 
 
Sopa de conceitos 
 
Vários são os conceitos que encontramos dos pensadores sobre o tema – 
organização, para citar alguns: 
 
Michael Hammer nos ensina que “as organizações são processos”, já Peter Senge 
apregoa que “as organizações são pessoas”; Mintzberg conclui que “A estrutura de 
uma organização envolve duas exigências fundamentais: a divisão do trabalho em 
diferentes tarefas e a consecução da coordenação entre tais tarefas”. Malmegrin 
conceitua a organização como “um sistema aberto, composto de sub-sistemas e 
seus relacionamentos” e, esta visão sistêmica nos parece-nos bastante apropriada 
para o desenvolvimento do tema, pois ainda em sua definição: “um sistema é um 
conjunto de entidades ou elementos por alguma forma de interação ou 
interdependência regular que forma um todo integral”. A conclusão é obvia, o 
planejamento permeia a organização como um todo, modificando seu modus 
vivendi. 
 
A visão sistêmica sugere uma orientação exógena, isto é, “de fora para dentro da 
organização”, instituindo um ponto de partida na realização do planejamento 
estratégico. 
 
A implementação 
 
O planejamento estratégico sob o enfoque sistêmico parte do ambiente externo, o 
entorno da organização, o mercado. O entendimento desse ambiente externo, 
somente viabiliza-se com a „Inteligência do Negócio‟, (Business Intelligence) 
impondo à organização o desenvolvimento da primeira competência de vanguarda a 
ser implementada pela organização. Uma fotografia das oportunidades e ameaças 
(SWOT) é ineficaz, posto que o processo é dinâmico e os atores no ambiente 
concorrencial também estão em busca do „pote de ouro no final do arco-íris‟, por 
isso a pesquisa e monitoramento sistematizado do mercado torna-se um processo 
institucional e perene. A Inteligência Competitiva deve figurar em posição de 
 
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destaque no organograma de qualquer empresa, independente de necessidades 
outras que não a primordial – pesquisa, identificação e monitoramento dos fatores 
críticos de sucesso no mercado de inserção da organização. 
 
A segunda competência a ser desenvolvida é a da „organização aprendiz‟ (learning 
organization) uma vez que, a implementação do processo de planejamento 
estratégico segundo Mintzberg é uma “(…) forma de pensar no futuro, integrada no 
processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de 
resultados”, alterando valores e comportamentos na organização, por vezes 
encontrando forte resistência de grupos internos despreparados para romper 
paradigmas vigentes e sem prontidão para as mudanças impostas face as grandes 
mutações decorrentes da nova ordem. 
 
A criação de uma „equipe multidisciplinar‟ para o desenvolvimento do projeto com 
forte liderança e apadrinhamento de um gestor com poder na organização 
constitui-se também, em uma competência primordial para o sucesso dos planos a 
serem empreendidos, posto que o enfrentamento de interesses individuais será 
inevitável. A equipe deve ter um orientador do processo, com expertise em 
planejamento estratégico, embora que um facilitador (consultor) externo possa ser 
contratado, porém não esquecendo que planejamento é „feito pela empresa‟ e não 
„para a empresa‟. 
 
Um componente importante na implementação do processo é a comunicação a 
todos os colaboradores internos aliada à preparação do ambiente interno, algo que 
transcenda o treinamento diria até, uma doutrinação impregnada de emoção, 
motivação, enfim, a energização (empowerment) necessária em empreendimentos 
audaciosos e ancorada em políticas de recursos humanos para que haja o 
engajamento geral. 
 
A par dessas premissas estruturantes, aliadas às metodologias e técnicas 
necessárias a implementação, há que se ter senso de humildade na detecção das 
fraquezas e empenho na superação dessas debilidades senão, imaginem o 
resultado do desempenho de uma orquestra destreinada - sem sincronia, sintonia e 
sinergia, enfim, não preparada para uma estréia. 
 
Um fator altamente relevante para o sucesso é a área de projetos que irá 
desenvolver os programas de ação, pois é sabido que um elevado índice de 
fracassos na implementação do planejamento estratégico deve-se ao fato de 
projetos mal elaborados; sem as devidas considerações aos riscos inerentes, aos 
recursos quantitativos e qualitativos necessários, ao tempo, à gestão, à 
precedência das ações, enfim, ao “corpo de conhecimento” exigido. Porém, se esta 
competência (projetos) não for essencial para o sistema técnico da organização, ela 
pode ser adquirida de terceiros no mercado. 
 
Pessimismo e derrotismo a parte, a preparação na empreitada deve ser orientada 
por uma atitude tenaz, com iniciativa, coragem, determinação e superação frente 
aos obstáculos que inevitavelmente se apresentarão e com o firme propósito de 
não recuar, pois a frustração produz seqüelas irreparáveis na organização. 
 
Isto posto, estão reunidas as condições básicas para a implementação do PE em 
suas duas fases: a formulação das estratégias e a suas implementações. 
 
 
A formulação de estratégias é um processo de criação empreendedor e imaginativo 
para decidir ações com relação ao futuro, a partir do diagnóstico de oportunidades 
e ameaças do ambiente externo, da avaliação das forças e fraquezas do ambiente 
interno da organização e da determinação dos recursos necessários/disponíveis, 
 
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(financeiros, pessoais ou materiais), além de, segundo Audy & Brodbeck, há que se 
“(…) focar esforço, ganhar eficiência operacional e simultaneamente manter e 
adaptar a atualidade à dinâmica do ambiente externo”. 
 
Na implementação da estratégia, busca-se atingir os resultados com base nos 
seguintes componentes básicos: estrutura e relacionamento organizacional (divisão 
dos trabalhos, coordenação e ferramental de TI), processos e comportamentos 
organizacionais (medidas, motivação, sistemas de controle e capacitação), 
liderança de topo (patrocínio para o processo) que determina o propósito de todo o 
processo, os recursos (pessoal, estrutura, processos, finanças) devem ser 
ajustados entre si e o engajamento de toda a organização. 
 
Conclusão 
 
A fase preparatória para implementação do planejamento requer, como visto, 
várias medidas estruturais, alicerces sólidos que propiciarão a segurança do 
processo e a tranqüilidade no desenvolvimento e implementação dos programas de 
ações almejadas, visando um melhor posicionamento futuro da organização pelo 
desenvolvimento de vantagens competitivas perante o mercado.O planejamento estratégico é uma adoção administrativa que almeja resultados de 
longo prazo, embora que, medidas operacionais e táticas devam redundar em 
ganhos de curto e médio prazos, principalmente aquelas que desenvolvam novas 
competências para a organização. 
 
Resumindo: 
 
1. Inteligência competitiva; 
2. Aprendizagem organizacional; 
3. Equipe multidisciplinar; 
4. Comunicação interna (endomarketing); 
5. Metodologia de projetos. 
 
São as cinco premissas básicas que estruturarão a organização para a implantação 
e implementação do planejamento estratégico. 
 
Fonte 
HERRERA, Wagner. Estruturando para o planejamento estratégico. Disponível em: 
<http://www.portaldaadministracao.org/2007/05/estruturando-para-o-
planejamento-estrategico/>. Acesso em: 22 fev. 2008.

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