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RESUMO INADIMPLEMENTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS Inadimplemento ocorre quando não há o cumprimento da obrigação, ou seja, não ocorre realização da prestação. Art. 389 do Código Civil, diz: “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. “Este artigo revela uma premissa básica: todo inadimplemento gera consequência; o que se observa no dever de reparar perdas e danos, pagar juros, correção monetária segundo os índices oficiais e honorário dos advogados. Existem algumas modalidades de inadimplemento que pode ser definitivo, atraso no cumprimento da obrigação, pode ser imputável ou não ao devedor ou imperfeito cumprimento da prestação. O não cumprimento da obrigação pode ser de origem culposa ou caso fortuito. Na primeira cabe ao sujeito ativo pleitear o cumprimento forçado da obrigação ou receber indenização cabível; no segundo pode ocorrer por caso fortuito ou força maior, por culpa de terceiro ou por ato do próprio credor, em regra, o devedor não responde. MODALIDADES DE INADIMPLEMENTO Os efeitos do inadimplemento pode ser absoluto ou relativo, dependendo da realização tardia da prestação, quando o credor não tem mais interesse, o inadimplemento é absoluto, e quando a prestação ainda puder ser realizada, o inadimplemento será relativo. O inadimplemento absoluto pode ser chamado de definitivo, que ocorre, como mencionado, quando a obrigação não foi cumprida nem poderá sê-lo de forma útil ao credor. Comparando-o com o art.1.056 do código de 1916, ter previsto a incidência dos juros e da atualização monetária como consequência natural do completo ressarcimento dos danos, Podendo ser parcial ou total. Diante do inadimplemento absoluto, ser analisado se o devedor agiu com culpa. Se não houver culpa, as obrigações será resolvidas. Se houver culpa do devedor, ele deverá indenizar, com correção monetária todo prejuízo sofrido pelo credor. Já o inadimplemento relativo é o não cumprimento da prestação no prazo, podendo o devedor realizá-la após o vencimento, pois a prestação ainda é útil para o credor. Portanto, apresenta duas características: Descumprimento da prestação; Possibilidade, tanto pelo aspecto fático quando pelo de direito de cumpri-la tardiamente. Há duas espécies de mora: a do devedor (mora solvendi) e a do credor (mora accipiendi). A primeira, mora solvendi, ocorre quando o devedor deixa de cumprir a prestação no prazo, tempo e lugar estipulados, observe que a prestação continua possível e de interesse ao credor. É importante a leitura do artigo 396 do Código Civil, que diz: “Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.”. Lendo o artigo fica claro que o descumprimento fortuito não é considerado mora. Importante destacar que segundo o Enunciado número 354 da IV Jornada de Direito Civil: a cobrança de encargos e parcelas indevidas ou abusivas impede a mora do devedor. Dessa forma, órgão jurisdicional deve avaliar a situação, podendo afastar ou não a mora do devedor. O artigo 399 retrata a impossibilidade de prestação decorrentes de caso fortuito ou força maior, ele afirma: “O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.” Mora do credor ocorre quando há atraso no cumprimento da prestação por ato imputável ao credor. Pressupostos da mora do credor, segundo Maria Helena Diniz: dívida positiva, líquida e vencida; solvência do devedor; oferta real e regular da prestação devida pelo devedor; recusa injustificada, expressa ou tácita, em receber o pagamento no tempo, lugar e modo indicados no título constitutivo da obrigação e constituição do credor em mora. O artigo 400 do código civil trata dos efeitos da mora: devedor ,se isento de dolo, não responderá pela conservação da coisa, e o credor assumirá perdas e deterioração do bem, ainda que o devedor tenha culpa em sentido estrito; o credor deverá ressarcir ao devedor as despesas utilizadas para a conservação da coisa; se a coisa tiver preço variável, o credo terá que recebe-la pela estimação mais favorável ao devedor no período da data do pagamento estipulado e quando este foi efetivado. A mora, Menezes Cordeiro expõe, se o dever de cumprir, de tal forma que, quando sobrevenha o cumprimento é retardado. Ex: Imagine que a conta da sua fatura vence todo dia 15 de cada mês. Se passando o dia 15 você não tiver pagado a conta, haverá inadimplemento relativo/mora. A mora, portanto, pode ser do devedor ou do próprio credor. Art.394,CC, segundo o qual considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebe-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. PURGAÇÃO E CESSAÇÃO DA MORA Purgar ou emendar a mora é neutralizar seus efeitos. Aquele que nela incidiu corrige, Sana a sua falta, cumprindo a obrigação já descumprida e ressarcindo os prejuízos causados a outra parte. Mas a purgação só poderá ser feita se a prestação ainda for proveitosa ao credor. Art.401 do CC, em dois incisos, os modos pelos quais se dá a purgação da mora pelo devedor e credor. VIOLAÇÃO POSITIVA DA OBRIGAÇÃO OU DO CONTRATO Corresponde á hipótese em que o devedor, afastando-se do dever de cumprir a prestação de maneira diligente e tendente á satisfação do credor, nos limites objetivos da relação obrigacional. Existe uma conduta comissiva do credor que descaracterizaria o descumprimento da prestação pela inação do devedor- daí porque a violação é dita positiva. Para identificar é preciso que haja: Realização da prestação; O defeito no cumprimento; A não satisfação do interesse do credor. PERDAS E DANOS Abrangem tanto danos patrimoniais (ou materiais), quanto extrapatrimoniais estes referem-se a pessoa humana: Danos morais como a dor física ou psicológica e Danos estéticos. Ambos estão amparados pelo Art.5º incisos V e X da Constituição. Em relação aos danos Patrimoniais são danos Emergentes aquilo que o credor efetivamente perdeu e Lucros cessantes aquilo que o credor deixou de lucrar. A exemplo disso pode-se considerar o atropelamento de um trabalhador autônomo que em virtude desta fatalidade teve despesas com o tratamento médico (Danos emergentes) e ficou durante dias sem trabalhar (Lucros cessantes). TEORIA DA PERDA DA CHANCE Deve ser indenizada a frustração da oportunidade de aferir um lucro ou de evitar um prejuízo. A exemplo disso pode ser citado um advogado que perdeu o prazo para um recurso em uma ação em que seu cliente foi condenado. JUROS LEGAIS São considerados acessórios do capital podem ser espécies de frutos civis , rendimento pelo uso de capital alheio ou consequência pelo inadimplemento. São classificados como Convencionais, Legais, Simples, Compostos, Moratórios, Compensatórios ou Remuneratórios. A Mora: genericamente falando é a não realização da prestação devida pelo devedor, no tempo, lugar e forma contratados ou frutos da Lei. A taxa aplicada depende se a mora é anterior ou posterior ao código de 2002. Se for anterior utiliza-se do Art. 1062 do código civil taxa de 0,5 ao mês. Entretanto se for , a mora, posterior é aplicada atualmente a taxa SELIC. CLÁUSULA PENAL Comumente conhecida como multa contratual ou pena convencional. É estipulada de antemão entre as partes contratantes além disso a pena pode ser pecuniária ou não contra a parte infringente. Tem como características a Voluntariedade, acessória da obrigaçãoprincipal, decorre do inadimplemento culposo, e possui dupla função compensatória e moratória. Se pegarmos por exemplo um boleto e observar algo como ‘’Em caso de atraso acrescentar Z% de juros e N% de multa’’, esse último é a clausula penal. Cláusula Penal compensatória: Predetermina o quantum indenizatório das perdas e danos, pelo descumprimento da obrigação, que não pode exceder o valor da obrigação principal. Para melhor exemplificar imagine um artista que assinou um contrato de prestação de serviços, porem na data não pode apresentar-se. Nesse caso ele pagará uma multa pelo descumprimento da obrigação, esta, em hipótese alguma poderá ter valor superior ao da prestação principal ou seja do show artístico. Cláusula Penal Moratória: Possui o intuito de punir o devedor que retarda o cumprimento da obrigação. A diferença é que na Moratória encerra a obrigação cumulativa, podendo exigir o credor tanto a obrigação principal como também a multa pelo descumprimento. Exemplo do Boleto. Arras ou Sinal Trata-se da quantia em dinheiro ou coisa fungível dada por um dos contraentes a outro, em regra, para concluir o contrato ou assegurar o cumprimento da obrigação em casos excepcionais. Podem ser confirmatórias para demonstrar a finalização do contrato, ou Penitenciais que permitem a desistência das partes, ou seja, quem Deu (a Quantia ou coisa) perderá e quem Recebeu, Pagará em dobro.
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