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Texto 04.6 - Mercosul

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MERCOSUL
O Mercosul tem como Estados Associados: 
Bolívia (1996), Chile (1996), Peru (2003), Colômbia (2004) e Equador (2004).
Bolívia, Equador, Colômbia e Peru integram a Comunidade Andina (CAN), bloco com que o Mercosul também firmará um acordo comercial.
O status de associado se estabelece por acordo bilaterais, denominados Acordos de Complementação Econômica, firmados entre o Mercosul e cada país associado. Nesses acordos se estabelece um cronograma para a criação de uma zona de livre comércio com os países do Mercosul e uma gradual redução de tarifas entre o Mercosul e os países signatários. Além de poder participar na qualidade de convidado nas reuniões dos organismos do Mercosul e efetuar convênios sobre matérias comuns.
	Estados Partes
	Argentina HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Flag_of_Argentina.svg" \o "Flag of Argentina.svg" �� INCLUDEPICTURE "http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1a/Flag_of_Argentina.svg/20px-Flag_of_Argentina.svg.png" \* MERGEFORMATINET ����  (1991)
	Brasil��  (1991)
	Paraguai��  (1991)
	Uruguai��  (1991)
	Venezuela��  (2012)
	Estados Associados
	Bolívia��  (1996)
	Chile��  (1996)
	Peru��  (2003)
	Colômbia��  (2004)
	Equador��  (2004)
	Estado Observador
	México�� 
	
	
	
	
O Chile formaliza sua associação ao Mercosul em 25 de junho de 1996, durante a X Reunião da Cúpula do Mercosul, na San Luis, Argentina, através da assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Chile. A Bolívia formalizou sua adesão na XI Reunião da Cúpula emFortaleza (Brasil), em 17 de dezembro de 1996, mediante a assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Bolívia. O Peruformaliza sua associação ao Mercosul em 2003 pela assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Peru (CMC Nº 39/03).
A Colômbia, Equador e Venezuela formalizam sua associação ao Mercosul em 2004 mediante a assinatura do Acordo de Complementação Económica Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela (CMC Nº 59/04).
A Venezuela ratificou o protocolo de entrada em 4 de julho de 2006. Durante a XXIX Conferência do Mercosul em Montevidéu no dia 9 de dezembro de 2005, se otorgou em status de Estado associado em processo de adesão, que em na prática significa que tinha voz mas não voto. Uma vez que a Venezuela adotou o marco legal, político e comercial do Mercosul na metade de 2006, firmou-se o protocolo para converter-se em Estado associado. (CMC nº 29/2005)
O valor estimado do PIB dos países do Mercosul utilizando o critério de Paridade do Poder de Compra (PPC). É utilizado como unidade monetária o dólar internacional. Dados do Banco Mundial sobre PIB e população[48].
	País
	PIB (PPC) em bilhões de U$ (2011) est.
	PIB (PPC) per capita 2011 est.
	População (2012) est.
	IDH�� HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/" \l "cite_note-48" \o "" [49]
	Brasil�� 
	2.324,0
	11.900
	199.321.413
	0,718
	Argentina�� 
	725,6
	17.700
	42.192.494
	0,797
	Venezuela�� 
	378,9
	12.700
	28.047.938
	0,735
	Uruguai�� 
	51,6
	15.300
	3.316.328
	0,783
	Paraguai�� 
	35,8
	5.500
	6.541.591
	0,665
	Total Mercosul1
	3.515,9
	12.747*
	274.015.434
	0,731*
	Colômbia�� 
	478,0
	10.400
	45.239.079
	0,710
	Chile�� 
	303,5
	17.400
	17.067.369
	0,805
	Peru�� 
	305,8
	10.200
	29.549.517
	0,725
	Equador�� 
	129,1
	8.600
	15.223.680
	0,720
	Bolívia�� 
	51,6
	4.900
	10.290.003
	0,663
	Total Mercosul2
	4.783,9
	12.127*
	391.385.082
	0,729*
	1 Somente Estados Partes
2 Estados Partes e Associados
* Nos cálculos de médias leva-se em conta o número de habitantes de cada país
Comparação com outros blocos/países
	Entidade
	Área
km²
	População
	PIB (PPC)
bilhões de US$ 2011
	IB
p. cap. (PPC)
US$ 2011
	Países partes
	Mercosul (Ampliado)
	17.320.270
	391.385.082
	4.783,9
	2.127
	10 (5 plenos)
	União Européia�� 
	3.977.487
	456.285.839
	11.064,7
	4.249
	27
	ASEAN
	4.400.000
	553.900.000
	2.172,0
	4.044
	10
	Países grandes
	
	
	
	
	Divisões políticas
	Índia�� 
	3.287.590
	1.205.073.612
	4.515.0
	3.700
	34
	República Popular da China�� 
	9.596.960
	1.343.239.923
	11.440,0
	8.500
	33
	Estados Unidos�� 1
	9.631.418
	313.847.465
	15.290,0
	49.000
	50
	Canadá�� 1
	9.984.670
	34.300,083
	1.414,0
	1.100
	13
	Rússia�� 
	17.075.200
	142.517.670
	2.414,0
	7.000
	89
	Brasil�� 
	8.514.876
	199.321.413
	2.324,0
	1.900
	27
	Mercosul, valores de acordo com o FMI
Azul para o maior valor, verde para o menor, entre os blocos comparados.
Fonte: CIA World Factbook 2004, IMF WEO Database[50]
1 Membro da NAFTA
Assimetrias de mercado
Atualmente o Mercosul possui um PIB de mais de 2,2 trilhões de dólares (base PPC), sendo que cerca 70% deste valor corresponde ao Brasil. Logo as assimetrias de mercados existentes no bloco são grandes. Isso vem causando uma série de atritos dentro do bloco, além de ser um dos fatores que dificultam a criação de uma moeda única para o bloco econômico. 
Paraguai e Uruguai reivindicam concessões econômicas a fim de compensar as assimetrias de mercado que sofrem. Em 2006, o intercâmbio comercial com esses países foi quase 20 vezes menor que as trocas com a Argentina, outro integrante do bloco.
O intercâmbio comercial dentro do Mercosul tem aumentado muito, batendo recorde histórico em 2006. Este intercâmbio tem sido favorável ao Brasil. O país tem superávit comercial com todos os países partes.
Em 2006, a corrente de comércio do Brasil com o Uruguai totalizou US$ 1,62 bilhão, contra US$ 1,34 bilhão em 2005. Já o fluxo comercial com a Argentina foi de US$ 19,77 bilhões, contra US$ 16,15 bilhões no ano anterior. Em 2006, o Brasil exportou US$ 1 bilhão para o Uruguai - 86% foram produtos manufaturados como óleo diesel, automóveis, autopeças ecelulares. As importações, porém, ficaram em apenas US$ 618,22 milhões – um superávit brasileiro de US$ 387,87 milhões. Os principais produtos comprados do Uruguai foram maltenão torrado, garrafas plásticas, arroz, trigo, carnes desossadas e leite em pó.
O desequilíbrio na corrente de comércio do Brasil com o Paraguai é ainda maior. Desde 1985, o país vizinho só obteve superávit uma vez, em 1989 – naquele ano, as exportações brasileiras para o Paraguai ficaram em US$ 322,9 milhões contra um volume de importações da ordem de US$ 358,64 milhões.
O desequilíbrio chegou ao ápice em 2006, quando a corrente bilateral de comércio, de apenas US$ 1,52 bilhão, teve saldo positivo de US$ 934,6 milhões para o Brasil. Em 2005, o comércio bilateral foi de US$ 1,28 bilhão. Os produtos manufaturados representaram US$ 1,17 bilhão do US$ 1,23 bilhão exportados pelo Brasil para o Paraguai em 2006.
Lideram a pauta de exportações óleo diesel, fertilizantes, pneus e automóveis de carga. Milho em grão lidera a lista dos produtos comprados do Paraguai (23,93% do total das importações). Em segundo lugar vem o trigo, com 15,07% das importações, seguido de farinhas, do óleo de soja, algodão apenas debulhado, grãos de soja, carne bovina desossada e couros.
Quando o parceiro é a Argentina, o cenário é outro. Em 2006, as exportações brasileiras para o país vizinho atingiram a cifra de US$ 11,7 bilhões – também prioritariamente produtos manufaturados, como automóveis, celulares e autopeças. As importações totalizaram US$ 8,05 bilhões, tendo como principais produtos trigo, nafta para petroquímica e automóvel.
No caso da Venezuela a corrente de comércio com o Brasil chegou a US$ 4,16 bilhões em 2006 contra US$ 2,47 bilhões no ano anterior, com superávit brasileiro de US$ 2,96 bilhões. Mais uma vez, produtos manufaturados lideram a lista de produtos exportados pelo Brasil.
Automóveis, carne de frango e açúcar também lidera a pauta. Com relação à importações brasileiras, 27,73% foram querosenes de aviação, 23,13% foram naftas para petroquímica. Óleo diesel vem em terceiro no ranking, com 10,95% das compras brasileiras.
Durante a XXXII cúpula do Mercosul foi propostopelo Brasil a redução da TEC (tarifa externa comum) para estes países. Tal proposta está em análise.
	
	Brasil
	Argentina
	Paraguai
	Uruguai
	Presidente
	Luiz I. L. da Silva
	Cristina Kirchner
	Fernando Lugo
	Tabaré Vazquez
	Para quem Mais exporta
	EUA(16%)
Argentina (9%)
China( 6,8%)
	Brasil(19%)
China(9,4%)
EUA(7,9%) 
	Argentina(28%).
Uruguai(15,2%).
Brasil(12,7%)
	Brasil(15,5%)
EUA(9,4%)
Argentina(8,4%)
	Para quem Mais importa
	EUA (15,7%)
China (10,5%)
Argentina (8,6%).
	Brasil(34,6%)
EUA(12,6%)
China (12%)
	Brasil(30,4%)
EUA(22,8%)
Argent.(14,4%)
	Brasil(15,5%)
Argent.(17,9%)
EUA(9,5%)
Aperfeiçoamento da União Aduaneira
Aspectos Gerais 
Os esquemas de integração são classificados em geral de acordo com o alcance e o grau de cooperação econômica requerido ou existente:
Zonas de Livre Comércio: Têm como característica principal a eliminação dos entraves à circulação de mercadorias, em especial a cobrança de imposto de importação entre os países participantes. Eventualmente, podem envolver a eliminação de entraves à circulação de serviços e capitais. Esse é o caso, por exemplo, do Acordo de Livre Comércio entre o México, os Estados Unidos e o Canadá (NAFTA).
Uniões Aduaneiras: Além da eliminação dos entraves à circulação de fatores de produção, há a adoção de uma a política tarifária comum em relação a terceiros países – isto é, os Estados Partes têm uma “Tarifa Externa Comum”. Uma vez que há um grau maior de integração, concebem-se também instrumentos comuns de política comercial em diferentes setores.
Mercados Comuns: Além de uma política comercial comum, seus membros avançam na coordenação de políticas setoriais, alcançando, inclusive, a livre circulação de pessoas e fatores de produção. O estabelecimento de um Mercado Comum implica, ainda, a harmonização da legislação referente a áreas fundamentais tais como regras comunitárias para o despacho aduaneiro de mercadorias, os controles sanitários e fitossanitários, a defesa comercial extrazona e a concessão de incentivos à produção.
Uniões Monetárias: Pressupõem, além do Mercado Comum, a adoção de uma política monetária comum e de uma moeda única.
Uniões Políticas: Pressupõem, além da União Monetária, a harmonização das políticas externa, de segurança e interior e, mesmo, a adoção de uma Constituição Única.
O Mercosul aspira a ser um Mercado Comum. É o que diz o artigo 1º do Tratado de Assunção:
A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, mediante a eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias à circulação desses fatores produtivos;
O estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) e a adoção de uma Política Comercial Comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados ;
A coordenação de políticas macroecônomicas e setoriais entre os Estados Partes – em matéria de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de transportes e comunicações entre outras; e
O compromisso dos Estados Parte de harmonizar suas legislações em determinadas áreas.
Na prática, o Mercosul pode ser considerado, atualmente, uma zona de livre comércio e uma união aduaneira em fase de consolidação, com matizes de mercado comum.
Além das disciplinas relativas ao comércio de bens, foram negociados dispositivos em matéria de serviços e circulação de trabalhadores e desenvolvidas diversas atividades de cooperação – envolvendo coordenação de políticas, harmonização normativa e realização de projetos conjuntos em áreas variadas, como em matéria de regulamentos técnicos, regulamentos sanitários e fitossanitários – para facilitar a livre circulação intrazona. O Mercosul já conta, ademais, com um Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul, que tem como objetivo promover o aumento da competitividade das economias menores e das regiões de menor desenvolvimento, estimular a coesão social e fortalecer a integração física por intermédio de obras de infra-estrutura
Evolução
O processo de integração do Mercosul vem sendo caracterizado pelo cumprimento gradual das metas estabelecidas no Tratado de Assunção.
No Protocolo de Ouro Preto, de 1994, os membros do Mercosul definiram a necessidade de formação de uma união aduaneira como etapa para a construção do Mercado Comum do Sul. O modelo desenvolvido em Ouro Preto previu a implementação da Tarifa Externa Comum (TEC) como medida necessária à convergência das políticas comerciais comuns.
Para viabilizar a implementação da TEC, foi necessário trabalhar na harmonização das nomenclaturas tarifárias e na adoção de uma Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), aprovada também em 1994, e que tem como base o Sistema Harmonizado de Designação e Classificação de Mercadorias da Organização Mundial de Aduanas (OMA). A entrada em vigor da TEC ocorreu em 1º de janeiro de 1995, de modo que, a partir daquela data, os quatro países passaram a aplicar a mesma tarifa de importação para a maior parte do universo tarifário. Informações sobre a NCM e a TEC estão disponíveis no sítio eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no endereço www.desenvolvimento.gov.br.
A evolução da TEC ao longo dos anos demonstra que vem sendo possível consolidar um regime tarifário comum para a maior parte dos setores econômicos. Essa disciplina garante segurança jurídica aos setores produtivos que investem na região e contribui para o crescimento dos fluxos comerciais.
No esforço de continuar o aperfeiçoamento da União Aduaneira, foi aprovada, em 2004, a Decisão CMC Nº 54/04 sobre a uniformização da legislação aduaneira entre os Estados Partes e a eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC). A eliminação da dupla cobrança da TEC é importante elemento para o aperfeiçoamento da União Aduaneira, ao fazer com que um bem que cumpra com a Política Tarifária Comum (isto é, o pagamento da TEC) ao ser importado seja considerado originário e possa circular dentro do Mercosul sem pagar novamente o imposto de importação. 
Tarifa Externa Comum (TEC)
Descrição
A Tarifa Externa Comum (TEC) abrange todo o universo de produtos comercializados com terceiros países, totalizando, em 2007, 9.721 itens tarifários. Esses itens são descritos na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), em oito dígitos. Trata-se de passo necessário para equalizar as condições de concorrência, ou seja, garantir que os produtores dos diferentes Estados Partes pagarão o mesmo montante para importação de insumos e máquinas e, portanto poderão competir entre si em condição de igualdade. É também, na medida em que expõem os quatro países à mesma estrutura de proteção, um instrumento de estímulo à integração produtiva entre suas economias.
A TEC foi aprovada na Cúpula de Ouro Preto, pelas Decisões Nº 7/94 e 22/94 do Conselho do Mercado Comum, embora sua estrutura básica já estivesse acordada em 1993, na Decisão CMC Nº 13/93. Para viabilizar a TEC, foi necessário adotar uma Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), aprovada também em 1994, e que tem como base o Sistema Harmonizado de Designação e Classificação de Mercadorias da Organização Mundial de Aduanas. A entrada em vigor da TEC para a maior parte de universo tarifário ocorreu em 1º de janeiro de 1995.
A existência de uma tarifa externa comum contribui para caracterizar o Mercosul como um projeto de integração profunda, que tende à conformação de um espaço econômico ampliado, delimitado por tarifas aplicadas uniformemente a produtos oriundos de terceiros países. A TEC constitui um ativo diplomático sem precedentes para a região e é elemento fundamental para a atuação em bloco nas negociações comerciais com terceiros países ou grupos de países. Por outro lado, sua existência impõe maior disciplina por parte dos Estados Partes, que perdem autonomia na fixação de alíquotas do imposto de importação e na negociação com terceiros países. A TEC, definida em comum, também só pode ser revista de comum acordo pelos países-membros. 
EstruturaA TEC compreende hoje tarifas que variam de 0% a 20%, com alíquotas crescentes em 2 pontos percentuais de acordo com o grau de elaboração ao longo da cadeia produtiva. Assim, as alíquotas dos insumos variam entre 0 a 12%, as de bens de capital concentram-se em 14%, as de bens de informática e telecomunicações terminados em 16% e as de bens de consumo em 18 a 20%. Busca-se, assim, assegurar uma proteção efetiva crescente em cada etapa da estrutura produtiva.
Administração
A administração da TEC é exercida, formalmente, pelo Conselho Mercado Comum (CMC). O CMC, no entanto, delega essa função ao Grupo Mercado Comum (GMC), que implementa, por meio de Resoluções, mudanças pontuais. Permanecem sob-responsabilidade do Conselho as mudanças mais significativas na TEC. 
Os pleitos de alteração da TEC são examinados, em nível técnico, no Comitê Técnico Nº 1 da Comissão de Comércio do Mercosul (CCM), e, uma vez realizadas as consultas públicas internas, são elevados à consideração da CCM e aprovados por Resoluções do Grupo Mercado Comum. Internamente, no Brasil, o exame dos pleitos é realizado no âmbito da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que também é o órgão incumbido de incorporar as modificações aprovadas ao ordenamento jurídico interno brasileiro, mediante Resoluções.
Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM
Com base no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, os Estados-Partes elaboraram uma nomenclatura de 8 dígitos, denominada Nomenclatura Comum do MERCOSUL, a qual constitui o alicerce da Tarifa Externa Comum.
Tarifa Externa Comum – TEC e as Listas de Exceções
A partir de janeiro de 1995, foi estabelecida a União Aduaneira que implicou na adoção de uma Tarifa Externa Comum. A TEC correlaciona os itens da Nomenclatura Comum do MERCOSUL-NCM com os direitos de importação incidentes sobre cada um desses itens, e se aplica somente às importações provenientes dos países não membros.
Cada Estado Parte elaborou uma Lista de Exceções à TEC, composta de produtos do setor de bens de capital, informática e telecomunicações e outras exceções nacionais (produtos cuja incorporação imediata à TEC causaria problemas a determinado Membro do bloco). Cada país poderia incluir, no máximo, em suas respectivas listas, até 300 itens, com exceção do Paraguai que poderia incluir até 399 produtos. 
Todos esses itens tarifários deverão convergir aos níveis da TEC em 2001, exceto os bens de informática e telecomunicações, bem como as demais exceções do Paraguai, que só convergirão à TEC em 2006.
As Listas Nacionais de Exceções à TEC foram definidas por cada país, seguindo os seguintes critérios:
Lista Básica - com convergência programada para 01/01/2001, composta por até 300 itens para a Argentina, Brasil e Uruguai, e de até 399 itens para o Paraguai;
Lista de Bens de Capital - com convergência programada para 01/01/2001, no caso da Argentina e Brasil. Paraguai e Uruguai podem convergir até 01/01/2006. Não há limite para o número de itens, mas somente puderam ser incluídos os itens tarifários listados no universo de bens de capital definido pelo MERCOSUL;
Lista de Bens de Informática e de telecomunicações - com convergência programada para 01/01/2006 para os quatro países. Também não há limite para o número de itens, entretanto somente puderam ser incluídos os itens tarifários listados no universo de bens de informática e de telecomunicações definido pelo MERCOSUL;
Lista de Exceções decorrente da inclusão de produtos no regime de Adequação: admitida para os casos em que as tarifas do Regime de Adequação ( baseadas nas tarifas nacionais vigentes em agosto de 1994) superassem as da TEC. Os prazos foram os do próprio Regime de Adequação, ou seja 01/01/99, pára a Argentina e Brasil, e 01/01/00 para Paraguai e Uruguai. 
Estrutura Institucional do Mercosul
Com base no Protocolo de Ouro Preto,[12] firmado em 17 de dezembro de 1994 e vigente desde 15 de dezembro de 1995, o Mercosul tem uma estrutura institucional básica composta por:
O Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão supremo cuja função é a condução política do processo de integração. O CMC é formado pelo Ministros de Relações Exteriores e de Economia dos estados-partes, que se pronunciam através de decisões.
O Grupo Mercado Comum (GMC), órgão decisório executivo, responsável de fixar os programas de trabalho, e de negociar acordos com terceiros em nome do MERCOSUL, por delegação expressa do CMC. O GMC se pronuncia por Resoluções, e está integrado por representantes dos Ministérios de Relações Exteriores e de Economia, e dos Bancos Centrais dos Estados Parte.
A Comissão de Comércio do Mercosul (CCM), um órgão decisório técnico, é o responsável por apoiar o GMC no que diz respeito à política comercial do bloco. Pronuncia-se por Diretivas.
Além disso, o Mercosul conta com outros órgãos consultivos, a saber:
A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC), órgão de representação parlamentar, integrada por até 64 parlamentares, 16 de cada Estado Parte. A CPC tem um caráter consultivo, deliberativo, e de formulação de Declarações, Disposições e Recomendações. Atualmente, está estudando a possibilidade da futura instalação de um Parlamento do Mercosul.
O Foro Consultivo Econômico Social (FCES), é um órgão consultivo que representa os setores da economia e da sociedade, que se manifesta por Recomendações ao GMC.
Além disso, através da Dec. Nº 11/03, constituiu-se recentemente a:
Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul (CRPM), que é um órgão permanente do CMC, integrado por representantes de cada Estado Parte e presidida por uma personalidade política destacada de um dos países partes. Sua função principal é apresentar iniciativas ao CMC sobre temas relativos ao processo de integração, as negociações externas e a conformação do Mercado Comum.
Para dar apoio técnico a essa Estrutura Institucional, o Mercosul conta com a:
Secretaria do Mercosul (SM), que tem caráter permanente e está sediada em Montevidéu, Uruguai. Atualmente, a Secretaria está dividida em três setores, de acordo com a Resolução GMC Nº 01/03 do Grupo Mercado Comum.
O Mercosul conta também com instâncias orgânicas não decisórias como A Comissão Sociolaboral (CSL), o Fórum de Consulta e Concertação Política (FCCP), os Grupos de Alto Nível, os Subgrupos de Trabalho (SGT) dependentes do GMC, os Comitês Técnicos (CT) dependentes do CCM, o Observatório do Mercado de Trabalho (OMT) dependente do SGT10, e oFórum da Mulher em âmbito do FCES.
A estrutura do Mercosul também comporta órgãos específicos de Solução de Controvérsias, como os Tribunais Ad hoc e o Tribunal Permanente de Revisão.
Finalmente o Mercosul funciona habitualmente mediante Reuniões de Ministros (RM), Reuniões Especializadas (RE), conferências, e Reuniões ad-hoc.
Solução de controvérsias
O mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul, passou por quatro fases distintas até chegar a configuração atual: a) o anexo III do Tratado de Assunção; b) o Protocolo de Brasília; c) o Protocolo de Ouro Preto; e d) o Protocolo de Olivos.
O Anexo III do Tratado de Assunção
A principal característica do sistema de solução de controvérsias do Mercosul é o fato de ele não ser institucional, mas ad hoc.
Esta primeira fase de funcionamento do órgão, regulado pelo Tratado de Assunção, inciou-se em 1994 e possuía prazo de vigência durante a transição do Mercosul.[25]
Nesta fase o mecanismo de solução de controvérsias possuía o seguinte funcionamento:
Qualquer controvérsia que surgir entre Estados-membros será resolvido através de negociações diretas;
Caso as partes não encontrassem solução, a controvérsia seria encaminhada ao Grupo Mercado Comum (GMC), para apresentar uma solução em 60 dias;
Se o GMC não encontrar solução, o Conselho do Mercado Comum (CMC) se manifestará sobre a disputa.
Acordos com outros bloco.
Existe um acordo com a Comunidade Andina, estabelecido no Acordo de Complementação Econômica firmado entre a Comunidade Andina e o Mercosul. Além da cooperação econômica também existe um diálogo políticoque abre possibilidades de negociação com todos os membros do bloco Andino.
Em novembro de 2005 o Congresso Colombiano ratificou um Tratado de Livre Comércio (TLC) com o Mercosul. O tratado é favorável a Colômbia, já que permite a este país implantar instrumentos de proteção a agricultura local. Além do acesso ao Mercosul para os produtos Colombianos, que aumenta o peso político da Colômbia nas negociações de livre comércio que estão sendo tratadas atualmente com os Estados Unidos.
Em 30 de dezembro de 2005, o presidente colombiano Álvaro Uribe firma a Lei 1.000, para a criação de uma zona de livre comércio entre a Comunidade Andina e o Mercosul. Com este novo acordo, os produtos colombianos conseguiram um acesso preferencial ao Mercosul, uma vez que a Colômbia obteve a oportunidade de importar matérias primas e bens de capital do Mercosul a custos mais baixos, segundo o custo estabelecido no Tratado de Livre Comércio.
Tratado de Livre Comércio com Israel
No dia 17 de dezembro de 2007, durante a XXXIV reunião de cúpula do Mercado Comum do Sul e estados associados realizada em Montevidéu, os presidentes dos países partes do Mercosul assinaram um Tratado de Livre Comércio (TLC) com Israel. Este foi o primeiro TLC do Bloco desde sua fundação, e foi negociado durante dois anos. O tratado cobre 90% do fluxo comercial, com um cronograma de quatro fases para remoção de restrições (imediata, 4, 8 e 10 anos). Prevê-se que o intercâmbio comercial entre o Mercosul e Israel fique em torno de 47 milhões de dólares. Os principais produtos de exportação do Mercosul são commodities, grãos, calçados e aviões.
Já Israel exporta software, agroquímicos e produtos de alta tecnologia.
O acordo não inclui a Venezuela, que se encontra em processo de conversão em associado pleno.
Protocolo de Olivos
Este Protocolo que começou a vigorar em 2004, atualmente regula o mecanismo de Solução de Controvérsias do Mercosul. Primeiramente devem-se assinalar quais foram as características mantidas do sistema original:
a resolução das controvérsias continuará a se operar por negociação e arbitragem, inexistindo uma instância judicial supranacional; b) os particulares continuarão dependendo dos governos nacionais para apresentarem suas demandas; c) o sistema continua sendo provisório, e deverá ser novamente modificado quando ocorrer o processo de convergência da tarifa externa comum.
Este mesmo autor expõe segundo o Protocolo as fases estabelecidas por este para a solução de controvérsias:
a) negociações diretas entre os Estados Partes; b) intervenção do Grupo Mercado Comum, não obrigatória e dependente da solicitação de um Estado Parte; c) arbitragem ad hoc, por três árbitros; d) recurso, não obrigatório, perante um Tribunal Permanente de Revisão; e) recurso de esclarecimento, visando a elucidar eventual ponto obscuro do laudo; f) cumprimento do laudo pelo Estado obrigado; g) revisão do cumprimento, a pedido do Estado beneficiado; h) adoção de medidas compensatórias pelo Estado beneficiado, em caso de não-cumprimento do laudo; i) recurso, pelo Estado obrigado, das medidas compensatórias aplicadas. 
Apesar do Tribunal Ad hoc, continuar formado por três membros, o procedimento de escolha dos árbitros foi alterado. Dois membros continuam sendo nacionais dos Estados envolvidos no conflitos, mas passam a ser escolhidos em uma lista de 48 nomes em que apenas 12 são indicados pelo Estado parte. O terceiro membro do tribunal é escolhido em uma lista em que cada Estado indica quatro candidatos de outro Estado, sendo que pelo menos um deles deve ser oriundo de países não pertencentes ao Mercosul.
Mas a principal inovação foi a criação do Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul. O tribunal é composto por cinco árbitros, incluindo um que seja nacional de cada Estado parte. As demandas deste tribunal são limitadas as questões de direito julgadas pelo Tribunal ad hoc e serão julgadas por três árbitros quando a demanda envolver dois Estados; ou cinco quando houver mais de dois Estados envolvidos na demanda.
O Protocolo de Olivos faculta as partes escolher o foro que ocorrerá a solução de controvérsias até antes do início do procedimento, evitando decisões de outras organizações internacionais divergentes sobre o mesmo assunto.
A última novidade que se aponta é que o Conselho do Mercado Comum passa a possuir a faculdade de criar mecanismos discricionários para solucionar disputas envolvendo aspectos técnicos regulados por instrumentos de políticas comerciais comuns.
Por fim, pode-se resumir o funcionamento atual do órgão de solução de controvérsias do Mercosul:
Controvérsias entre Estados Partes: o Estado ou o particular pode apresentar a reclamação. Para isso, há duas possibilidades:
A na controvérsia podem estabelecer o litígio junto ao TAHM, ou.
Por comum acordo, podem iniciar o procedimento diretamente ao TPR.
Recurso de Revisão: na hipótese de iniciar o litígio no TAHM, o laudo pode ser recorrido pelas partes ao TPR.
Medidas Excepcionais e de Urgência: antes do início de uma controvérsia, pode se solicitar ao TPR que dite uma medida provisória, para evitar danos irreparáveis para uma das partes.
Opiniões Consultivas: podem ser solicitadas ao TPR, opiniões consultivas não são vinculantes:
pelas partes de forma conjunta, ou pelos órgãos decisórios do Mercosul;
pelos Tribunais Superiores de Justiça dos Estados Partes, quando se tratar sobre a interpretação do Direito do Mercosul.
Os laudos do TAHM, ou do TPR serão obrigatórios para os Estados Partes na controvérsia e quando ficarem firmes serão irreversíveis e formarão coisa julgada.
União de Nações Sul-Americanas
A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), anteriormente designada por Comunidade Sul-Americana de Nações (CSN), será uma zona de livre comércio continental que unirá as duas organizações de livre comércio sul-americanas, Mercosul e Comunidade Andina de Nações, além do Chile, Guiana e Suriname, nos moldes da União Europeia. Foi estabelecida com este nome pela Declaração de Cuzco em 2004.
De acordo com entendimentos feitos até agora, a sede da União será localizada em Quito, capital do Equador, enquanto a localização de seu banco, o Banco do Sul será na capital da Venezuela, Caracas. O seu parlamento será localizado em Cochabamba, na Bolívia.
A integração completa entre esses dois blocos foi formalizada durante a reunião dos presidentes de países da América do Sul, no dia 23 de maio de 2008 em Brasília. 
Associação Latino-Americana de Integração – Aladi
A Associação Latino-Americana de Integração – ALADI foi instituída pelo Tratado de Montevidéu, em 12.08.80, para dar continuidade ao processo de integração econômica iniciado em 1960 pela Associação Latino-Americana de Livre Comércio – ALALC. Este processo visa à implantação, de forma gradual e progressiva, de um mercado comum latino-americano, caracterizado principalmente pela adoção de preferências tarifárias e pela eliminação de restrições não tarifárias.
A ALADI reúne doze países classificados em três categorias, de acordo com as características econômico-estruturais:
De Menor Desenvolvimento Econômico Relativo - PMDER: 
Bolívia
Equador
Paraguai 
De Desenvolvimento Intermediário - PDI:
Chile 
Colômbia 
Peru
Uruguai 
Venezuela 
Cuba 
Demais países:
Argentina
Brasil
México
Tipos de Acordo no Âmbito da ALADI 
A integração dos países da ALADI vem sendo efetivada por meio de uma série de Acordos firmados entre seus membros. Esses Acordos visam a redução e eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias. Conforme os objetivos firmados em determinada negociação, os Acordos podem ser assim classificados:
Acordo de Alcance Parcial 
Acordo de Alcance Regional 
Os Acordos de Alcance Parcial – AAPs
São Acordos firmados entre alguns países-membros da ALADI, não exigindo a participação de todos os membros da Associação. São utilizados como uma forma de aprofundar o processo de integração regional, por meio de sua progressiva multilateralização.
Acordos de Alcance RegionalSão aqueles em que há a participação de todos os países – membros da ALADI. Os principais Acordos enquadrados como AAR são:
Preferência Tarifária Regional 
Lista de Abertura de Mercado (LAM) 
Cooperação e Intercâmbio de Bens nas Áreas Cultural, Educacional e Científica.
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