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INTEGRAÇÕES E VERTICALIZAÇÕES AGROINDUSTRIAIS VERTICALIZAÇÕES: CONCEITO • Em sua forma mais ampla, em agronegócios, significam o conjunto de atividades de produção e agroindustrialização de produtos agropecuários, e podem estender-se às primeiras etapas da comercialização dos produtos já industrializados INTEGRAÇÃO VERTICAL • Estritamente, quando um estabelecimento agroindustrial efetua mais de uma etapa de produção, tem-se um processo de integração vertical. • Exemplo: uma granja de rebanho leiteiro produz leite; decide implantar um laticínio para beneficiamento do leite e passa a produzir também vários produtos lácteos, como: queijos, iogurtes, doces e outros derivados. • Notícia: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=5 3134 Integração Horizontal • Na integração horizontal, diferentemente da vertical, não há necessariamente a agroindustrialização. Refere-se somente a arranjos entre atividades agropecuárias, de forma que cada uma delas auxilie e possa, ou não, ser auxiliada por outra. Integração Horizontal • Exemplo: em um só estabelecimento rural são conduzidas as atividades de produção de milho, suínos, bovinos e cana-de-açúcar. Pode haver uma integração entre essas atividades de diversas maneiras: – O milho é componente para a ração de suínos e bovinos; – A cana-de-açúcar pode ser usada integralmente como parte da alimentação dos bovinos ou industrializada com aproveitamento dos resíduos para alimentação de bovinos ou para adubação ao canavial ou a plantação de milho. OBJETIVOS • Integração Vertical: agregar valor aos produtos, criar alternativas de mercado e obter todas as vantagens da agroindustrialização. • Integração Horizontal: racionalizar a produção agropecuária, de modo que maximize a utilização dos recursos disponíveis e minimize custos de produção. INTEGRAÇÕES AGROINDUSTRIAIS • Envolve grandes empreendimentos; • Constituem o conjunto de atividades que compõem todo o agronegócio de um ou mais produtos, “antes, durante e após porteira”, formando um sistema único – integrado e verticalizado. Normalmente são lideradas por uma empresa, que coordena todas as atividades e executa outras, mantendo vínculos contratuais com os demais segmentos participantes. • Podem ser de responsabilidade limitada (LTDA) ou sociedades anônimas (S.A.), cooperativas, condomínios ou outras formas e são denominadas empresas integradoras. – http://ageconsearch.umn.edu/bitstream/102557/2/965.pdf – http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/OGT/ogt1601.htm – http://www.pet- economia.ufpr.br/banco_de_arquivos/00005_COOPERATIVAS%20NA%20A VICULTURA%20DE%20CORTE%20PARANAENSE.pdf Exemplos • Suínos, aves, sementes, hortaliças (tomate industrial e ervilha), seda e flores, localizadas principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Oeste. • Dois segmentos Básicos: – Produção agropecuária propriamente dita; e – Demais atividades de toda a cadeia produtiva. Texto 1: PELEGRINI, D.F.; CLEPS JÚNIOR, J.; Programa Resende/Sadia • Destaque para a suinocultura em áreas do cerrado, usando um novo padrão organizacional (modelos de integração) com base, sobretudo, na produção em grande escala. • Sistema tradicional de integração: baseado na pequena produção familiar => esgotado • Novo padrão de integração: baseado na produção patronal e em larga escala => “sentido único” em que a produção de suínos e aves tem caminhado. • Suinocultura: um dos setores mais dinâmicos da produção alimentar; forte articulação com a industria de carnes; constante incorporação de novas tecnologias e incessante reorganização nos sistemas de produção. • Mercado: altamente concentrado. Empresas líderes: – Brasil Foods (Perdigão e Sadia) – Cooperativa Central Oeste Catarinense – Seara Alimentos • Dinâmica Internacional da produção de suínos: – Europa: poluição causada por dejetos => clima frio => não decomposição dos dejetos => Novas leis limitam ou impedem o aumento da população de suínos; – Países “em Desenvolvimento” de clima tropical: Aumento na produção; Oeste de Santa Catarina • Poluição: contaminação dos cursos d’água e do solo vem sendo forte entrave a expansão da suinocultura; • Solução: adoção de um caminho contrário à concentração ocorrida na década de 1980, ao propor a desconcentração da produção de suínos na região; • Novas regiões: MT, MS, GO e oeste de MG – Vantagens: grande produção de grãos, espaço para a distribuição dos dejetos e alguns estímulos governamentais – Desafios: indagação se as relações agroindustriais nos moldes do sul, onde predomina a propriedade familiar, poderá ser implantada no Centro-Oeste, onde predomina a média e grande propriedade Tabela 1 – Maiores projetos de criação de suínos em 2000 EMPRESA Nº Matrizes Cidade Carrol’s Food’s 51.400 Diamantino – MT Rezende Alimentos 50.000 Uberlândia - MG Perdigão Agroindustrial 35.000 Rio Verde – GO AVIPAL 15.000 Porto Alegre – RS INTERCOOP 13.600 Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Rondonópolis e Sorriso - MT COPAVEL 10.000 Cascavel – PR FRANGOSUL 10.000 Caxias do Sul – RS GLOBOAVES 10.000 Toledo – PR Grupo Hofig Jr. 10.000 Brasilândia – MS Parmalat 10.000 Castro – PR Pif Paf 10.000 Patrocínio – MG COOPERSUÍNOS 8.000 Varjão-GO Total de matrizes 233.000 Programa de Integração da Rezende Alimentos/Sadia • Uberlândia – MG • 1 abatedouro de aves, um frigorífico de suínos e a indústria de embutidos • Capacidade de abate: – 4.000 suínos/dia – 32,3 milhões de frangos/ano – 97 mil toneladas de industrializados • Produtores que participam do programa de criação de frangos, suínos e perus: em torno de 250; • Fomento a implantação de granjas com grande capacidade de alojamento; Programa de Integração da Rezende Alimentos/Sadia • Estrutura da produção animal: ❖ Sítio I: destinado a fase de produção de leitões. Projeto mínimo destina-se ao alojamento de 1040 matrizes; ❖ Sítio II: destina-se à criação dos leitões em fase de creche; ❖ Sítio III: fase de terminação. Com projeto mínimo destinado a 1.000 suínos em engorda; Programa de Integração da Rezende Alimentos/Sadia • Remuneração dos produtores: baseada em desempenho ❖ Sítio I: pelos dados de fertilidade do rebanho; ❖ Sítios II e III: ganho diário de peso, viabilidade e conversão alimentar ❖Com base nesses dados é composto um índice matemático denominado “fator de produção”; ❖O fator de produção é comparado ao fator médio dos últimos 10 lotes de animais entregues a integradora por outros produtores; ❖Compõe-se um ranking entre os produtores; ❖ Logo, a remuneração é sempre uma expressão do seu diferencial de produção em relação aos outros produtores;
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