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1- O ensino de Filosofia deve propiciar a possibilidade da reflexão. Sobre o conceito de reflexão, é CORRETO afirmar que se trata da(do): (a) relação estabelecida entre as pessoas, entre os sujeitos. (b) operação discursiva do pensamento que consiste em encadear logicamente juízos e deles tirar uma conclusão. (c) ato de influenciar as pessoas por meio da comunicação de massa. (d) ato do conhecimento que se volta sobre si mesmo, tornando como objetivo seu próprio ato. (e) operação lógica em que, de dados singulares suficientemente enumerados, inferimos uma verdade universal. 2- Não existe uma definição única de Filosofia. Existem diversas definições possíveis acerca de seu significado. Entretanto, é possível afirmar que a Filosofia NÃO pode ser definida como: (C) um esforço racional para conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido. (A) uma visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura, nas quais ela corresponderia ao conjunto de ideias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma. (D) uma fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas. (B) uma sabedoria de vida, na medida em que aprende e ensina a controlar os desejos, sentimentos e impulsos e a dirigir a própria vida de modo ético e sábio. (E) uma visão particular de mundo em que predominam os valores e as opiniões individuais. 3- Tales de Mileto é considerado o pai da filosofia ou o iniciador do pensamento filosófico- científico. Ele foi capaz de calcular a altura de uma pirâmide baseando-se na ideia de cálculo e proporcionalidade, ou seja, através do modo de explicação racional. Com efeito, sua importância na filosofia é inestimável, tendo em vista que: (a) Representou uma permanência para a época, na medida em que defende que os fenômenos devem ser explicados através da religião. (b) Identificou que os fenômenos naturais, tudo aquilo que acontece aos homens, são governados por uma realidade exterior ao mundo humano e natural, uma ordem fundada em verdades superiores e misteriosas. (c) Significou um novo começo para a história do pensamento, já que parte da razão e da observação na busca das relações entre os fenômenos e acontecimentos mundanos e naturais ao invés de relacioná-los aos deuses. (d) Buscou explicações para a ordem natural fora da "physis", ou seja, distante de causas naturais, vinculadas com a realidade misteriosa e inacessível. (e) Comprovou que o mito prestava contribuições ao questionamento, à crítica e à correção, tendo em vista sua forma de explicar a realidade com base no sobrenatural, no mistério e no sagrado. 4- O valor e a utilidade da filosofia têm sido, não raras vezes, postos sob suspeita. Uma visão acerca do filósofo é que ele divaga e se perde em reflexões sobre questões abstratas, que nada têm a ver com o cotidiano das pessoas. Em relação à natureza e à finalidade da filosofia, é correto afirmar que elas consistem: (a) na reflexão sobre valores e conceitos, como liberdade e virtude, que faz parte da atividade do filósofo e, nessa medida, a filosofia se apresenta como uma sabedoria prática, que auxilia na orientação da vida moral e política, proporcionando o bem viver. (b) em um esforço intelectual, em termos gerais, para se interpretar o mundo e os eventos, compreender o próprio homem e iluminar o agir que dele se espera. (c) em um consenso entre os cientistas porque, na investigação filosófica, o filósofo não verifica suas hipóteses baseando-se na observação empírica e, portanto, a filosofia não contribui para o progresso do conhecimento. (d) no respeito ao mero pensar ou do saber viver virtuosamente segundo os critérios morais dos grandes líderes da humanidade, sendo esse, propriamente dito, o sentido categórico da filosofia. (e) em teorias que se contradizem ao longo da sua história, pois os filósofos discordam de tudo e uns dos outros, de modo que o pensamento crítico próprio da filosofia é o de pôr em dúvida toda afirmação, jamais chegando a conclusões. 5- Correlacione: (1) Ética - C (2) Metafísica - A (3) Lógica - B (4) Teoria do conhecimento - D (A) Aristóteles afirma que é a ciência do ¿ser enquanto ser¿, ou seja, será a ciência que investiga a realidade em seus traços mais abrangentes e universais. (B) É o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, um instrumento do pensar. (C) Vem de Éthos, que significa, costumes, hábitos e valores de uma sociedade ou cultura. (D) Tradicionalmente divide-se em duas grandes correntes gnosiológicas quanto à origem do conhecimento humano que são: Racionalidade e Empirismo. 6- A questão da verdade é encarada pelos sofistas como: (a) expressão absoluta do conhecimento. (b) uma prioridade do espírito. (c) proveniente da divindade. (d) expressão de poder absoluto. (e) produção técnica da racionalidade. 7- Quando os filósofos se referem à Teoria do Conhecimento, eles estão se remetendo a uma área da Filosofia que tem por meta: (a) a reestruturação do conceito de racionalidade, substituindo-o pelo de subjetividade. (b) ao estudo exclusivo das atitudes subjetivas, negando a importância das atitudes lógico-racionais. (c) a crítica da Gnoseologia, negando sua importância nos estudos sobre o conhecimento humano. (d) o estudo descritivo e crítico dos processos gerais do conhecimento. (e) se opor à chamada Epistemologia. 8- Deodontologia é uma parte da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de moral. Uma teoria ética considerada unicamente em dever e direitos, onde se tem uma obrigação moral imutável de se respeitar um conjunto de princípios definidos. Desta forma é correto afirmar que: (a) Os fins de qualquer ação podem justificar o meio neste sistema ético. (b) Os fins de qualquer ação nunca justificam o meio neste sistema ético. (c) Os fins de qualquer ação sempre justificam os meios neste sistema ético. (d) Os fins de qualquer ação às vezes justificam os meios neste sistema ético. (e) Os fins de qualquer ação justificam o meio neste sistema ético. 9-Considere a seguinte afirmativa: "A filosofia utiliza primordialmente a razão". Essa sentença está CORRETA? (a) Não, em primeiro lugar está a fé. (b) Sim, primordialmente é pela razão que a filosofia ergue suas considerações. (c) Depende da situação concreta. (d) Não, em primeiro lugar está a sensação, o dado empírico. (e) Sim e não, porque em Filosofia a dúvida está presente e atrapalha tudo. 10- Considerando-se o conhecimento metafísico, no que concerne ao conhecimento humano, é CORRETO afirmar que este: (a) foge da esfera de atuação da iluminação divina. (b) ocorre, porque a razão humana é capaz de apreender, muito naturalmente, a essência das coisas. (c) não está ligado às noções de verdade e de ação boa. (d) partindo da abstração, nega as experiências sensíveis. (e) não se consubstancia a partir de modelos prototípicos, como pensava Platão. 11- Analise as sentenças abaixo sobre discurso jurídico: I - O discurso filosófico é estudado de maneira mais aprofundada desde os tempos da democracia grega; II - Tem por objetivo expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva; III - Tem por característica expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva e seus conteúdos se alteram na medida em que são modificados os contextos. Agora, marque a opção CORRETA: (a) Todas estão corretas. (b) Somente a I e II estão corretas. (c) Somente a I está correta. (d) Somente II e III estão corretas. (e) Todas estão erradas. 12- É a junção do bom caráter com a boa razão, ou seja, raciocínio desiderativo e desejo raciocinativo: (a) Prudência. (b) Imaginação. (c) Moral. (d) Justiça. (e) Ética. 13- Muitos são os autores que discutem e conceituam ética.Uma das possíveis definições é de que ela seria uma parte da filosofia que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata‐ se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo quanto no âmbito individual. Analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas. (V ) Sócrates, Platão e Aristóteles foram responsáveis por propor uma espécie de ¿estudo¿ sobre o que de fato poderia ser compreendido como valores universais a todos os homens, buscando, dessa forma, ser correto, virtuoso, ético. ( F) Os sociólogos clássicos foram os primeiros a discutir sobre ética, num esforço pelo exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes dos seres humanos. ( V ) A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, nossa forma de conduta. ( V ) Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis à vida ética ou moralmente correta. A sequência está correta em: (a) F, F, V, F (b) V, F, V, V (c) V, V, F, F (d) F, V, F, V (e) V, V, V, V 14- Moral e Ética, muitas vezes, na linguagem cotidiana, são tidas como sinônimos; porém, para a Filosofia, compõem áreas distintas do pensamento filosófico. Partindo desta constatação, estaria CORRETA a afirmação que se completa na alternativa: (a) A Ética não chamou a atenção de filósofos gregos como Aristóteles. (b) A Ética se aplica à disciplina filosófica que trata de estabelecer os fundamentos e a validade das normas morais e dos juízos de valor ou de apreciação sobre as ações humanas, qualificando-as de boas ou más. (c) Os filósofos pré-socráticos negaram a importância dos estudos sobre Ética. (d) Os estudos sobre Ética só tomaram fôlego no século XX com a obra de filósofos contemporâneos, como Michel Foucault e Jean Paul Sartre. (e) A questão da moral não se enquadra nos estudos sobre Ética. 15- Segundo o filósofo e professor Adolfo Vasquez; "Os problemas éticos caracterizam-se pela sua generalidade e isto os distingue dos problemas morais da vida cotidiana, que são os que se nos apresentam nas situações concretas." A partir de conhecimentos estudados sobre a Ética e Moral, identifique se as afirmativas abaixo são verdadeiras ou falsas. I. A ética é a teoria ou a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. II. A ética é o conjunto de regras de conduta assumidas pelos indivíduos de um determinado grupo social com a finalidade de estruturar e organizar as relações interpessoais. III. O legado socrático consiste na ideia de que o objeto da vida humana é a virtude, meio único de alcançar a felicidade. Toda virtude consiste essencialmente em subordinar o corpo à alma, os sentidos à razão, o particular ao geral. IV. A ética de Platão - como a de Aristóteles - se relaciona intimamente com a sua filosofia política, porque para ele a polis é o terreno próprio da vida moral, afinal a comunidade social e política é o meio necessário da moral. V. Sócrates tem o mérito de haver proclamado a existência da lei natural, contrariamente aos sofistas, que confundiam a moral com as leis positivas e que não davam à justiça outra origem senão a que vem dos arbitrários decretos dos legisladores. Assinale a alternativa CORRETA: c) Apenas a afirmativa III é falsa. e) Nenhuma afirmativa é falsa. d) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. a) Apenas a afirmativa I é falsa. b) Apenas a afirmativa II é falsa. 16- O sofista é um diálogo de Platão do qual participam Sócrates, um estrangeiro e outros personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates pergunta ao estrangeiro, a que método ele gostaria de recorrer para definir o que é um sofista. Sócrates: Mas dize-nos [se] preferes desenvolver toda a tese que queres demonstrar, numa longa exposição ou empregar o método interrogativo? Estrangeiro: Com um parceiro assim agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é esse mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria mais a pena argumentar apenas para si mesmo. É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates escolheu, do ponto de vista metodológico, adotar: (a) o apriorismo, que funda a eficácia da razão humana na prova de existência de Deus. (b) a dialética, que une numa síntese final as teses dos contendores. (c) a maiêutica, que pressupõe a contraposição dos argumentos. (d) o dualismo, que resulta no ceticismo sobre a possibilidade do saber humano. (e) o empirismo, que acredita ser possível chegar ao saber por meio dos sentidos. 17 - Considere a seguinte afirmação de Aristóteles consagrada na sua obra Ética a Nicômaco: "Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter demais e o outro é ter demasiado pouco." Isto posto, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como: A. produto da legalidade, pois o homem probo é o homem justo. E. como algo inalcançável. C. relação de igualdade aritmética. D. ação natural imutável. B. espécie de meio termo. 18- Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas, quando falava, exercia estranho fascínio. Podemos atribuir a Sócrates duas maneiras de se chegar ao conhecimento. Essas duas maneiras são denominadas de: (a) maiêutica e doxa (b) doxa e ironia. (c) maiêutica e episteme (d) ironia e maiêutica (e) ironia e episteme 19 - Leia a letra da canção a seguir: Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade passando como uma onda, assim também pensaram os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que denominavam a realidade de physis. A característica dessa realidade representada, também, na música de Lulu Santos é o(a) (a) Multiplicidade (b) Estática (c) Desordem (d) Fluxo (e) Infinitude 20- Em sua famosa obra - Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que a virtude é uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. Portanto com base no texto e no pensamento aristotélico, pode-se dizer que a virtude ética: c) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta. b) implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta. a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta. e) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos. d) pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas. 21- Tales de Mileto se indaga sobre a totalidade de tudo o que existe, não para se perguntar qual foi a origem mítica do mundo, mas o que na verdade é a natureza. Está forma afirma que o princípio de todas as coisa é: (a) a água (b) o ar (c) o fogo (d) a terra (e) a divindade 22- Para Aristóteles, as virtudes éticas são hábitos que se apresentam na(o): (a) Realização do dever moral. (b) Risco real de morte. (c) Libertação de estímulos externos. (d) Justa-medida ou meio-termo. (e) Satisfação total dos apetites. 23- Leia atentamente a seguinte proposição: "A justiça é uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo." Este trecho, extraído de uma obra clássica da filosofiaocidental, trata de uma discussão da justiça considerada como: B) Valor, no tridimensionalismo de Miguel Reale. D) Virtude, dentro do pensamento ético de Aristóteles. E) Liberdade, na concepção de Kant. C) Medida, dentro da concepção rigorosa e positivista de Hans Kelsen. A) Simetria, dentro da filosofia estética de Platão. 24 - A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos "das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos". Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade. ARISTOTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristoteles a identifica como: (a) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. (b) busca por bens materiais e títulos de nobreza. (c) finalidade das ações e condutas humanas. (d) plenitude espiritual e ascese pessoal. (e) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. 25- O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam "as mutações das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram." Assim, a realidade é uma coisa e o real outra. Para Leucipo e Demócrito a physis é composta: (a) pelo ilimitado. (b) pela água. (c) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio. (d) pelo fogo. (e) pelos átomos. 26- "Há algo de fundamentalmente novo na maneira como os gregos puseram a serviço do seu problema último "da origem e essência das coisas" as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo." Com base no texto acima proferido pelo filósofo alemão e estudioso da Grécia Antiga, Werner Jaeger, e, também, nos conhecimentos estudados sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia Antiga, é correto afirmar: (a) A filosofia, em que pese ser considerada como criação dos gregos, originou-se no Oriente, sob a influência da religião e, apenas posteriormente, alcançou a Grécia. (b) A filosofia e o mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar. (c) A filosofia, apesar de ser pensamento racional, desvinculou-se do mito de forma gradual. (d) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, tendo sido uma nova forma de pensamento plenamente racional, desde a sua origem. (e) O mito busca respostas para problemas que são objeto da pesquisa filosófica e, nesse aspecto, é considerado parte integrante da filosofia. 27 - De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça. Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza. (a) Fazer o bem e evitar o mal. (b) Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. (c) Fazer o bem e evitar o mal. (d) Dar a cada um o que é seu. (e) Que os homens cumpram os pactos que celebrem. 28 - O Jusnaturalismo jurídico engloba doutrinas que entendem que: I. As leis positivas que estão em conflito com a ordem moral objetiva (retirada dos direitos naturais) são consideradas leis injustas e, nesse sentido, privadas tanto de validade moral, como de validade jurídica; II. Os princípios do Direito natural são moralmente vinculante para os cidadãos e para os detentores do poder, especialmente para os legisladores e juízes; III. O Direito natural, imutável e universalmente válido, é o fundamento da autoridade legítima. Sobre essas afirmações: (a) Estão todas erradas. (b) Somente a I está correta. (c) Somente a III está correta. (d) Somente a II está correta. (e) Estão todas corretas. 29 - Em relação às diferenças entre Direito Positivo e Direito Natural, assinale a alternativa INCORRETA: D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como faz o Direito Natural. B) O Direito Positivo, ao contrário do Direito Natural, é mutável. E) O Direito natural, imutável e universalmente válido, é o fundamento da autoridade legítima. A) O Direito Positivo tem eficácia apenas para as comunidades políticas em que é posto e o Direito Natural é universal, tem validade geral. C) O Direito Positivo é posto pelo Estado e não por uma força divina ou consequência lógica do pensamento racional. 30 - Para Aristóteles, as virtudes éticas são hábitos que apresentam: (a) satisfação total dos apetites. (b) realização do dever moral. (c) libertação de estímulos externos (d) risco real de morte (e) justa medida 31- Assinale a alternativa que NÃO corresponde a característica do Direito Natural: C) Estável. E) Validade geral. B) Variável. A) Imutável. D) Permanente. 32 - O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal dispõe sobre regras que visam à realização de um valor moral e ético relativo à profissão de servidor público, por isso está relacionado a um(a): (a) gnosiologia (b) deontologia (c) filosofia. (d) filologia. (e) idealismo. 33- Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade (a) subordinação dos indivíduos ao poder do Estado. (b) consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado). (c) consiste na subordinação dos indivíduos ao poder da razão. (d) só é possível pela subordinação dos indivíduos ao poder do Estado. (e) consiste no reconhecimento racional pelos indivíduos do que representa o interesse universal do Estado 34 - A virtude é uma disposição para agir de uma maneira deliberada, consistindo numa mediania relativa a nós a qual é racionalmente determinada e como a determinaria o homem prudente. Mas é uma mediana entre doisa vícios, um pelo excesso, outro pela falta. (Aristóteles. Ética a Nicômaco) Com base no trecho acima, julgue as seguintes conclusões formuladas. I - A virtude é uma mediana. II - A mediana é um vício entre dois vícios. III - O homem prudente determina racionalmente a virtude. IV - Os vícios são excessos ou faltas. V - O homem prudente não reconhece o vício. Estão certas apenas as conclusões: (a) II, III e V (b) I, III e IV (c) I, IV e V (d) II, III e IV (e) I, III e V 35 - A Filosofia do Direito trata da valoração jurídica dos bens existentes na sociedade, ou seja, uma teoria da justiça que: (a) Estuda os reflexos da organização social e da economia sobre o Direito. (b) Investiga os princípios gerais do Direito, como a Justiça, o Bem Comum, o interesse social, a liberdade. (c) Estuda a produção de normas jurídicas pelos órgãos competentes. (d) Investiga a eficácia social das normas jurídicas. (e) Analisa a estrutura econômica da sociedade e sua influência sobre o ordenamento jurídico. 36 - O direito que já nasce com o homem, o direto de viver, de liberdade e igualdade. É denominado também: C. Direito Ambiental.B. Direito Natural. D. Direito Divino. A. Direito Material. E. Direito Positivo. 37 - Ao longo da história os iniciadores das ciências humanas e sociais não perderam de vista a necessidade do saber. Todavia, apesar da busca por uma unidade, determinada metodologia impunha a fragmentação desse saber, o que de certo modo é o maior obstáculo à interdisciplinaridade. Essa metodologia seria a(o) (a) Dialética. (b) Epistemologia. (c) Filosofia. (d) Marxismo. (e) Positivismo. 38 - A Justiça é uma espécie de meio-termo, não no mesmo sentido das outras virtudes, mas porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os extremos. E Justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo [...]. Esse trecho, extraído de uma obra clássica da Filosofia ocidental, trata de uma discussão da Justiça considerada como: (a) Nenhuma das respostas (b) Virtude, dentro do pensamento ético de Aristóteles. (c) Simetria, dentro da Filosofia estética de Platão. (d) Valor, no tridimensionalismo de Miguel Reale. (e) Medida, dentro da concepção rigorosa e positivista de Hans Kelsen. 39 - Para que a escola tenha uma filosofia inclusiva, é necessário que: (a) A gestão escolar feche os olhos para as mudanças. (b) Não exista uma rede de apoio criada pela gestão educacional, pois o aluno é um problema apenas do professor de sala e não da escola toda. (c) A gestão escolar feche os olhos para as mudanças e perpetue a ideia de que a escola é para quem se molda às suas metodologias de ensino. (d) Seja revista a gestão escolar e essa revisão implica em substituir os papéis de teor controlador, fiscalizador e burocrático dos gestores por um trabalho de apoio e orientação ao professor e a toda a comunidade escolar. (e) A gestão escolar elabore um Projeto Político Pedagógico, baseado nos saberes tradicionais e unilaterais. 40 - Em relação ao Direito Natural, assinale a alternativa INCORRETA: B) Três vertentes principais procuram explicar os direitos naturais: cosmológica, teológica e filosófica. A) O direito natural, em certa medida, consiste na tentativa de conferir uma roupagem de moralidade ou um aspecto de justiça às normas de direito positivo. D) Em Kant, o direito natural é provisório e o direito positivo é peremptório. E) As concepções de direito natural fazem apelo à ideia de justiça como fundamento de validade do direito. C) Os juízos de valor compreendidos nas normas de direito natural não são acessíveis ao conhecimento racional. 41 - Sobre a discussão "direito natural x direito positivo", marque a alternativa correta: B) Um critério de distinção entre o direito natural e o direito positivo é o binômio particularidade x universalidade. O direito positivo tem sempre a pretensão de ser universal; já o direito natural, de ser particular. E) Kelsen defende que o "verdadeiro direito universal" seria o direito natural. Kelsen, em realidade, é um jusnaturalista. A) A distinção entre direito natural e direito positivo é uma questão tipicamente contemporânea, não sendo verificada em outros momentos ao longo da história. C) Na Antiguidade e na Idade Média existiu apenas uma única concepção de direito natural. D) Com a formação e desenvolvimento dos Estados modernos, ocorreu um processo, ainda que complexo e com contradições, de monopolização (ou pretensão de monopolização) da produção jurídica por parte do Estado. 42 - Para Hegel, em Filosofia da História, (a) a razão governa o mundo, mas a história universal não é um processo racional. (b) a razão governa o mundo, e a história universal é um processo racional. (c) a razão governa a ação dos indivíduos, mas não governa sua história como história universal. (d) Age de forma que conserves sempre a tua liberdade, ainda que tenhas de resistir à liberdade alheia. (e) a história não é um processo racional, ela se torna um processo racional apenas no Ocidente. 43 - É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política não consiste nisso. Montesquieu Na Constituição da República, os constituintes afirmaram instituir um Estado Democrático destinado a assegurar, dentre outras coisas, a liberdade. Esse é um conceito de fundamental importância para a Filosofia Jurídica. Montesquieu em seu Do Espírito das Leis, abordou o tema com muita propriedade, diante do exposto, assinale a opção que apresenta a definição desse autor. (a) Liberdade é disposição de espírito pela qual a alma humana nunca pode ser aprisionada. (b) A liberdade consiste na forma de governo dos homens, e não no governo das leis. (c) Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. (d) Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. (e) O direito de resistência aos governos injustos se traduz em liberdade. 44 - A aplicação do conceito de qualidade total exige investimento em pessoal, para implementar novos conceitos, e tempo, para o treinamento. A esse respeito, analise o fragmento a seguir. A qualidade total é uma _____ de gestão que pressupõe o envolvimento de todos os _____ de uma organização em uma constante busca por _____ e contínuo aperfeiçoamento.¿ Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima. (a) filosofia - membros - autossuperação (b) melhoria - participantes - satisfação (c) melhoria - participantes - aprovação (d) filosofia - participantes - satisfação (e) filosofia - clientes - satisfação 45 - Sobre os ditames do Jusnaturalismo assinale a alternativa CORRETA: A. Para o Jusnaturalismo há uma separação necessária entre o direito e a moral. B. Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra como uma norma jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão satisfazem certas condições fáticas, deve-se determinar também sua adequação principiológica a parâmetros de justiça. C. O Jusnaturalismo reconhece a autonomia do direito em relação a axiomas de justiça, de modo que estes são históricos e contextuais. E. Contemporaneamente a dicotomia direito natural X direito positivo está completamente ultrapassada. D. Os juízes possuem ampla liberdade para julgar, seja de acordo com a lei vigente em um local, ou de acordo com valores que entender adequados, desde que fundamentem suas decisões. 46 - O povo maltratado em geral, e contrariamente ao que é justo, estará disposto em qualquer ocasião a livrar-se do peso que o esmaga. John Locke O Art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988 afirma que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente¿. Muitos autores associam tal disposição ao conceito de direito de resistência, um dos mais importantes da Filosofia do Direito, de John Locke. Assinale a opção que melhor expressa tal conceito, conforme desenvolvido por Locke: (a) A natureza humana não é capaz de resistir às mais poderosas investidas morais e humilhações, mesmo que os homens se apoiem mutuamente (b) A natureza humana é capaz de resistir às mais poderosas investidas morais e humilhações, desde que os homens se apoiem mutuamente. (c) Sempre que os governantes agirem de forma a tentar tirar e destruir a propriedade do povo ou deixando-o miserável e exposto aos seus maus tratos, ele poderá resistir. (d) O direito positivo deve estar isento de toda forma de influência da moral e da política. Uma vez que o povo soberano produza as leis, diretamente ou por meio de seus representantes, elas devem resistir a qualquer forma de interpretação ou aplicação de caráter moral e político.(e) Apenas o contrato social, que tira o homem do estado de natureza e o coloca na sociedade política, é capaz de resistir às ameaças externas e às ameaças internas, de tal forma que institui o direito de os governantes resistirem a toda forma de guerra e rebelião. 47 - Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções jurídicas das sanções morais e sociais. Segundo esta distinção, a sanção jurídica, diferentemente da sanção moral, é sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção jurídica é regulada em geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. Para o autor, tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas morais e das normas sociais. Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas àquelas cuja execução é garantida por uma sanção: E) externa e institucionalizada. A) interna e não institucionalizada. B) interna e institucionalizada. C) externa e não institucionalizada. D) interna e informal. 48 - Em sua obra - Princípios da Filosofia do Direito - , Hegel explica que não há eticidade, moralidade objetiva, no plano da vontade meramente natural e imediata, mas que se requer a sua mediação. As instituições são os momentos dos desdobramentos da eticidade. Assinale a alternativa que apresenta em sequência os três desdobramentos da eticidade, de acordo com Hegel. (a) Sociedade civil, estado, religião. (b) Família, sociedade civil, estado. (c) Arte, religião, filosofia. (d) Sociedade civil, família, estado. (e) Religião, arte, filosofia 49 - "Todo Direito Positivo é Direito Objetivo, mas nem todo Direito Objetivo é Direito Positivo". Neste diapasão, a teoria do Positivismo Jurídico engloba doutrinas que: E) Repelem a crença em um fundamento valorativo do direito. D) Defendem a observância ao direito positivo como um dever moral. C) Afirmam serem as leis do Estado portadoras de valores positivos. A) Igualam o direito natural ao direito positivo. B) Acreditam ser o direito positivo o desdobramento inevitável do direito natural. 50- Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes. Pelo texto, podemos inferir que uma filosofia é coerente quando: A-obtém sucesso em suas ações. D-mostra uma ideologia de base filosófica. C-defende os direitos humanos E-pratica ações voltadas para o bem. B-casa perfeitamente teoria e prática. 51- "Na fase madura de seu pensamento, a substituição da lei pela convicção comum do povo (Volksgeist) como fonte originária do Direito relega a segundo plano a sistemática lógico- dedutiva, sobrepondo-lhe a sensação (Empfindung) e a intuição (Anschauung) imediatas. Savigny enfatiza o relacionamento primário da intuição do jurídico não à regra genérica e abstrata, mas aos institutos de Direito (Rechtsinstitute), que expressam relações vitais (Lebensverhältnisse) típicas e concretas". Essa caracterização, de acordo com os autores positivistas, corresponde a aspectos essenciais da seguinte escola filosófico-jurídica: (a) Historicismo Jurídico (b) Positivismo jurídico (c) Jusnaturalismo (d) Normativismo (e) Realismo Jurídico 52 - De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça. Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza. (a) Que os homens cumpram os pactos que celebrem. (b) Fazer o bem sem olhar a quem. (c) Dar a cada um o que é seu. (d) Fazer o bem e evitar o mal. (e) Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. 53 - O planejamento estratégico consiste na tomada de decisões antecipadas, levando em conta três filosofias de ação: conservadora, otimizadora e prospectiva. A filosofia otimizadora é : (a) voltada para demandas ambientais e de recursos humanos visando preparar a organização para lidar com questões socioeducacionais. (b) voltada para a estabilidade e manutenção da organização. (c) dirigida para sanar deficiências e problemas externos da organização. (d) dirigida para sanar deficiências e realizar ajustes de rotas financeiras da organização. (e) dirigida à adaptabilidade e inovação da organização. 54 - A filosofia da História-o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte-foi sistematizada pelo próprio Comte na célebre "Lei dos Três Estados" e tinha o objetivo de mostrar por que o pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a "Lei do Três Estados" formulada por Comte, é correto afirmar que: a) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem- se na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a metafísica. b) na "Lei dos Três Estados" a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo. d) para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem. c) o estado positivista apresenta-se na "Lei dos Três Estados" como o momento em que a observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos fenômenos observáveis. e) O Positivismo jurídico é a manifestação, no campo do Direito, do Estado Metafísico de Comte. 55- Para Hans Kelsen, em sua obra "Teoria Pura do Direito", é incorreto afirmar que: E. Uma preocupação fundamental de Kelsen é com a estrutura lógica das normas jurídicas e não com o conteúdo propriamente do direito. B. Segundo Kelsen a "Norma Fundamental" não é uma norma escrita, é uma norma necessariamente pressuposta. D. Kelsen acredita na possibilidade de uma pureza metodológica para a ciência jurídica. A. Kelsen procura libertar a ciência do direito de todos os elementos que lhe são estranhos, fundamentando uma ciência do direito autônoma. C. Kelsen defende e acredita na pureza do próprio direito, ou seja, para ele é possível um direito absolutamente puro. 56- Tomando como base o normativismo jurídico kelseniano, analise as assertivas abaixo e assinale àquela que de fato corresponda ao pensamento do jusfilósofo austríaco Hans Kelsen: A. É correto afirmar que os planos do ser e do dever ser, para Kelsen, confundem-se. D. As proposições jurídicas podem ser válidas ou inválidas, ao passo que as normas jurídicas serão sempre falsas ou verdadeiras. C. Para Kelsen, a questão da justiça, por ser uma questão valorativa, situa-se fora da ciência do direito. B. Tanto as normas jurídicas, como as proposições jurídicas, são comandos imperativos e cogentes. E. Segundo Kelsen a atividade do magistrado é absolutamente passiva, sendo o juiz a "boca que pronuncia as palavras da lei". 57 - A Escola da Exegese surgiu como uma das consequências da codificação do Direito, cujo maior exemplo, à época, foi a criação do Código de Napoleão (1804). Utiliza uma forma de interpretação da norma que privilegia os aspectos gramaticais e lógicos, a chamada interpretação literal da letra da lei. Com ela, tem-se o auge do Positivismo jurídico, onde o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Portanto, segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que: E) A Escola Pandectista alemã foi umas das várias correntes do pensamento jurídico que seguiram os ditames da Escola Exegética que afirmava que todo Direito não está contido apenas na lei e esta, por sua vez, deve ser interpretada também levando-se em conta critérios valorativos. C) Uma vez promulgada a lei pelolegislador, o estado-juiz é competente para interpretá-la buscando aproximar a letra da lei dos valores sociais e das demandas populares legítimas. A) A lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la; mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei. D) A única força jurídica legitimamente superior ao legislador é o direito natural; portanto, o legislador é soberano para tomar suas decisões, desde que não violem os princípios do direito natural. B) O legislador é onipotente porque é representante democraticamente eleito pela população e esse processo representativo deve basear-se sempre no direito consuetudinário, porque este expressa o verdadeiro espírito do povo. 58- Conforme palavras do próprio Kelsen: "Norma é o sentido de um ato por meio do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. Neste ponto importa salientar que a norma, como o sentido específico de um ato intencional dirigido à conduta de outrem, é qualquer coisa de diferente do ato de vontade cujo sentido ela constitui. Na verdade, a norma é um dever-ser e o ato de vontade de que ela constitui o sentido é um ser." Diante disso e tendo em conta o que você aprendeu sobre o normativismo kelseniano, aponte a opção correta: (a) Para Kelsen, as normas jurídicas são juízos, isto é, enunciados sobre um objeto dado ao conhecimento. São apenas comandos do ser. (b) Kelsen não reconhece a distinção entre normas jurídicas e proposições normativas. (c) Para o autor, a norma que confere validade a todo o sistema jurídico ou conjunto de normas é a norma fundamental que se confunde com a Constituição, já que ambas são postas e impostas. (d) Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. (e) Kelsen, enquanto jusnaturalista, reduz o Direito à norma, mas desenvolve a noção de Direito objetivo enquanto coisa devida e a de justiça como Direito Natural. 59 - As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do século XX, quando surgiu a figura do autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o foco do debate da Teoria Geral do Direito, ao questionar tais enfoques, investindo na proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito. Neste diapasão, em sua importante obra Teoria Pura do Direito, Kelsen concebe o Direito como uma "técnica social específica". Segundo o filósofo, na sua obra, não menos relevante, O que é justiça?, menciona que esta técnica é caracterizada pelo fato de que a ordem social designada como "Direito" tenta ocasionar certa conduta dos homens, considerada pelo legislador como desejável, provendo atos coercitivos como sanções no caso da conduta oposta. Portanto, tal concepção corresponderia à definição kelseniana do Direito como: D) uma ordem coercitiva. A) uma ordem estatal facultativa. C) um veículo de transformação social. E) uma positivação da justiça natural. B) uma ordem axiológica que vincula a interioridade. 60 - A Ciência do Direito (...), se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um construído sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, evoca elementos essenciais do: (a) jusnaturalismo moderno. (b) historicismo. (c) realismo crítico. (d) positivismo jurídico. (e) humanismo renascentista. 61 - Das afirmações abaixo, assinale aquela que NÃO é uma tese do positivismo jurídico: (a) A teoria do Direito deve possuir a pretensão de ser um saber científico. (b) Não há uma conexão necessárias entre o Direito e a Moral. (c) O Direito deve ser estudado tal como ele é, não como ele deveria ser. (d) O Direito positivo, enquanto sistema hierárquico das leis, pode ser objeto de uma Ciência do Direito. (e) A Justiça, apesar de ser mutável no tempo e no espaço, é imutável no seu núcleo essencial enquanto expressa pela Lei Natural. 62 - São características do Direito positivo, EXCETO: (a) As normas necessitam do respaldo da força para serem impostas, seja no sentido da regulação e organização desta força (estatal). (b) Direito como sinônimo de ideal de justiça e moralmente perfeito. (c) A ideia do Direito concebido como um sistema fundamental. (d) Estabelece uma concepção rigorosamente estatalista do Direito, que atribui à lei quase o monopólio da produção jurídica (legalismo). (e) O Direito deve funcionar como conjunto ordenado de normas que formam uma unidade plena e carente de contradições. 63- Nos Princípios da Filosofia do Direito, Hegel apresenta o conceito de direito a partir das três fases da vontade, são elas: o direito abstrato, a moralidade (moralidade subjetiva) e a eticidade (moralidade objetiva). Assinale a alternativa que indica como a vontade encontra-se nas três fases, respectivamente: direito abstrato, moralidade e eticidade. (a) Elevada do imediato, como um dever concreto, refluída de volta a si mesma. (b) Além do imediato, como dever moral, como a união de vontade consubstanciada num objeto externo e de vontade que reflui de volta a si mesma. (c) Consubstanciada num objeto externo, como um dever concreto, refluída de volta a si mesma (d) Elevada do imediato, como um dever concreto, fundamentando a liberdade. (e) Consubstanciada num objeto externo, refluída de volta a si mesma, como a união de vontade consubstanciada num objeto externo e de vontade que reflui de volta a si mesma. 64 - As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do século XX, quando surgiu a figura do autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o foco do debate da Teoria Geral do Direito, investindo na proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito. Portanto, tomando como base o pensamento de Hans Kelsen: I- A linguagem da norma jurídica é descritiva, enquanto a linguagem da proposição jurídica é prescritiva; II- As normas jurídicas são comandos imperativos, enquanto as proposições jurídicas ou estrutura lógica e científica da norma são enunciados descritivos das normas; III- O problema da justiça, enquanto problema valorativo, situa-se fora da ciência do direito em Kelsen; IV- As proposições jurídicas podem ser falsas ou verdadeiras, ao passo que as normas jurídicas serão sempre válidas ou inválidas Ao analisar as assertivas acima, assinale a alternativa correta: B) Somente as assertivas II, III e IV são corretas. A) Somente a assertiva I está correta. E) As assertivas I, II, III e IV são corretas. C) Somente as assertivas I, II e IV são corretas. D) somente as assertivas I e IV são corretas. 65 - "A lei justa seria a lei proveniente do Estado soberano e absoluto, o qual recebe o seu poder por um pacto social no qual os indivíduos renunciam à sua liberdade individual para adquirirem a proteção estatal." Este princípio foi formulado por: A) Montesquieu. D) Hobbes. E) Kant. B) John Locke. C) Jean-Jacques Rousseau. 66- Segundo o entendimento de Rousseau: (a) a causa da desigualdade humana é puramente histórica. (b) a causa da desigualdade humana é puramente natural. (c) as causas da desigualdade humana se originam do estabelecimento da propriedade privada. (d) Todos os homens nascem e vivem desigualmente.(e) há dois tipos de desigualdade, uma natural ou física, e outra moral ou política. 67 - "A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-se até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade conservam entre si a fé e as regras da justiça." Portanto, de acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção: B) Contribui com a manutenção da ordem e do equilíbrio social. E) Representa os interesses da coletividade, expressos pela vontade da maioria. D) Determina o que é certo ou errado num contexto de interesses conflitantes. C) Estabelece um conjunto de regras para a formação da sociedade. A) Identifica indivíduos despreparados para a vida em comum. 68 - Nasce a concepção de que o Estado, concebido como sociedade política, decorre de um contrato celebrado pelos indivíduos que, desse modo, se transformam em cidadãos, porque aceitam ceder seus direitos naturais a um poder comum, o próprio Estado - o Leviatã (o soberano), cuja autoridade passam a respeitar, sem qualquer tipo de contestação. Legitima o Estado Absoluto (HOGEMANN, 2015). Com base no texto e, principalmente, nos conhecimentos sobre a teoria contratualista de Hobbes, é correto afirmar: A) O soberano tem deveres contratuais com os seus súditos. C) Antes da instituição do poder soberano, os homens viviam em paz. B) O poder político tem como objetivo principal garantir a liberdade dos indivíduos. D) O poder soberano não deve obediência à lei da natureza. E) Acusar o soberano de injustiça seria como acusar a si mesmo de injustiça. 69 - Locke parte da concepção que os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante contrato social para constituir a sociedade civil onde apenas o pacto torna legitimo o poder do Estado e onde os direitos naturais humanos subsistem para limitar o poder deste Estado. Em vista disso, observado o pensamento acerca da teoria de Locke analise as assertivas abaixo, assinalando a alternativa que condiz com tal pensamento: I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil, segundo Locke, é realizada mediante um contrato social, através do qual os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu consentimento para ingressar no estado civil. II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação dos poderes, a limitação do poder e o direito à resistência são princípios fundamentais do liberalismo político de Locke. III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso contínuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são suficientes para conferir legitimidade ao direito de resistência, pois o exercício de tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em consequência, o retorno ao estado de natureza. IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em constituir a sociedade política com a finalidade de preservar e proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e da força comum de um corpo político unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual "se unem os membros de uma comunidade para formar um corpo vivo e coerente", decorre, como consequência, a dissolução do estado de natureza. Portanto, das afirmativas feitas acima, a opção CORRETA é: B) As afirmações I e III estão corretas. D) As afirmações II e III estão corretas. C) As afirmações III e IV estão corretas. E) As afirmações III e V estão incorretas. A) Somente a afirmação I está correta. 70 - Os contratualismo de Thomas Hobbes (1588-1679) e de Jean-Jacques Rousseau (1712- 1778) são formas distintas de instituir e legitimar o Estado. Sendo que para Hobbes o objetivo é garantir a paz e para Rousseau, a essência do homem, a liberdade. Desta forma é correto afirmar que (a) Para Hobbes e Rousseau não há direito sem o Estado; (b) Para Hobbes a verdadeira liberdade é a "natural", em oposição à "dos súditos" e para Rousseau a verdadeira liberdade é a "natural" em oposição à "convencional". (c) Para Hobbes e Rousseau a monarquia é a melhor forma de governo; (d) Para Hobbes e Rousseau o mais racional é viver no Estado justo; (e) Para Hobbes e Rousseau o contrato é o meio através do qual se estabelece os direitos e deveres do Soberano e dos súditos. 71 - Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant. (a) Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de uma legislação universal. (b) Age de tal modo que a tua ação esteja de acordo com os mandamentos de Mohamed. (c) Age de tal modo que a tua ação atenda ao princípio da razão e da igualdade entre os homens. (d) Age de tal modo que tua ação respeite as regras estabelecidas pela comunidade em que tu vives. (e) Age de tal modo que a tua ação esteja de acordo com os mandamentos de Deus. 72 - São obras que pertencem aos escritos críticos de Immanuel Kant, respectivamente relacionados à teoria do conhecimento, à filosofia moral e à estética: (a) Crítica da Razão Pura; Crítica da Razão Prática; Crítica da Vida Cotidiana. (b) Crítica da Vida Cotidiana; Crítica da Razão Pura; Crítica da Razão Prática. (c) Crítica da Vida Cotidiana; Crítica da Razão Prática; Crítica da Razão Dialética. (d) Crítica da Razão Dialética; Crítica da Vida Cotidiana; Crítica da Razão Prática. (e) Crítica da Razão Pura; Crítica da Razão Prática; Crítica da Faculdade de Julgar. 73 - Para Hobbes, o estado de natureza: (a) é um estado de paz, de harmonia e de assistência mútua. (b) é idêntico ao estado de guerra. (c) faz homens livres e responsáveis pelas próprias ações. (d) implica a liberdade para cada um fazer o que bem lhe aprouver. (e) é um estado de paz com guerra e paz ao mesmo tempo. 74 - Sobre a teoria de Hobbes e Rousseau, considere as afirmativas abaixo: I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime político monarquista. II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse estado de natureza seria o medo. III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. Em vista da análise acima, assinale a opção CORRETA: D) apenas as afirmativas I e II. C) apenas a afirmativa III. E) apenas as afirmativas II e III. A) apenas a afirmativa I. B) apenas a afirmativa II. 75 - Para Jean Jacques Rousseau todos os seres humanos são livres e partilham todos os bens existentes na natureza. Para o autor, os problemas da pessoa humana começaram quando alguém pegou um pedaço de terra, cercou e se autoproclamou dono dessa terra. E encontrou alguém ingênuo o bastante para acreditar nisso. Com base no texto acima e nos conhecimentos teóricos sobre o contratualismo de Rousseau, assinale a alternativa correta: D. A liberdade natural é limitada pela vontade geral. E. Os princípios, que dirigem a conduta dos homens no estado civil, são os impulsos e apetites. A. Por meio do contrato social, o homem adquire uma liberdade natural e um direito ilimitado. B. O homem no estado de natureza é verdadeiramente senhor de si mesmo. C. A obediência à lei que se estatuiu a si mesma é liberdade. 76- No pensamento moderno, Kant é o teórico que identificou a racionalidade do direito, ou seja, para ele, o direito é produto da razão. Isto posto, sobre o direito, em Kant, é certo afirmar que: D) a doutrina do direito tem uma estrutura metodológica similarà "Crítica da Razão Prática" e está, pois, em consonância com o projeto crítico. A) a vontade jurídica é heterônoma. B) a justiça é um conceito moral aplicado ao direito. E) a pena de morte é inaceitável na doutrina kantiana do direito, porque fere o direito fundamental à vida. C) o direito corresponde à relação interior prática de uma pessoa com outra. 77- Kant estabelece uma distinção entre legalidade e moralidade, e caracteriza o domínio da moralidade apresentando um critério para avaliar a moralidade das ações em sua obra intitulada a Fundamentação da Metafísica dos Costumes onde analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação. Portanto, a respeito da teoria moral kantiana, é correto afirmar: d) A razão é capaz de guiar a vontade como meio para a satisfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro destino prático: a felicidade. a) A vontade boa, enquanto condição do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei. e) A razão, quando se torna livre das condições subjetivas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela suficientemente determinada. c) Para que possa ser qualificada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis. b) O imperativo categórico incorre na contingência de um querer arbitrário cuja intencionalidade determina subjetivamente o valor moral da ação. 78 - Kant, na introdução de sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes afirma: "Neste mundo e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade." Tendo em vista a Ética Kantiana e o trecho, pode-se acertadamente dizer que: (a) Devemos agir de tal modo que o princípio da nossa ação se transforme em princípio particular da ação humana. (b) As regras morais esgotam-se nos dez mandamentos da Lei mosaica. (c) A submissão ao dever e autonomia da vontade do querer se contradizem e são incompatíveis. (d) A utilidade ou inutilidade de alguma coisa em nada pode tirar o valor do bem. (e) Devemos fazer o bem porque ele nos traz benefícios. 79 - Com relação à Ética kantiana, assinale a opção correta. (a) A boa vontade pode ser entendida a partir do dever e do querer autônomo. Dever é a necessidade de uma ação feita por respeito à lei moral. A lei moral, porém, é dada pela racionalidade prática do sujeito. Ter boa vontade é seguir o imperativo categórico da razão. (b) A boa vontade é um meio para um fim, valendo tanto quanto os resultados efetivos que ela alcança. (c) A vontade é boa quando o homem age movido por suas paixões, e não quando quer e age movido apenas pela consideração ou pelo respeito ao dever. (d) Submissão ao dever e autonomia do querer se contradizem. Logo, são incompatíveis para funcionar como princípios éticos ao mesmo tempo. (e) O homem não pode conhecer objetivamente, do ponto de vista da Crítica da razão pura, nem a liberdade, nem a imortalidade da alma, nem a existência de Deus. Logo, esses três temas devem ser excluídos da ética, na perspectiva de uma Crítica da razão prática. 80 - Kant afirma: "Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si." Portanto, com base no texto e nos conhecimentos sobre o entendimento de autonomia segundo Kant, considere as seguintes afirmativas: I - A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática. II- Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal. III- Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético IV- A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo. Estão corretas apenas as afirmativas: D) II e III. C) III e IV. B) II e IV. E) II, III e IV. A) I e II. 81- "Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a sim mesma a lei, pois querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. (...) Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todos outro ser racional autônomo legisla para si". Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas: I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, segue a razão pura prática. II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal. III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de modo autônomo. IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escoha dos meios para atingir o objeto do desejo. Estão corretas apenas as afirmativas: (a) II, III e IV (b) II e III (c) I e II (d) III e IV (e) I e IV 82 - Como vários outros filósofos, Kant pensava que a moralidade poderia ser resumida em um princípio fundamental, diante de tal pensamento e tendo em vista as afirmativas abaixo, assinale a opção que reflita o entendimento de moral na filosofia Kantiana. A. Agir por dever é agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro). B. A forma lógica do imperativo moral é hipotética. E. Para Kant, a lei moral e a lei jurídica têm o mesmo conteúdo e a mesma forma. C. Deus e alma são realidades ontológicas necessária apenas no âmbito prático. D. Uma ação por interesse pode ser moral, desde que ela vise ao bem-comum. 83 - Para Immanuel Kant, o indivíduo moral não visa à felicidade em suas ações, mas ao cumprimento do dever que o torna digno dela. Em sua obra Fundamentação da metafísica dos costumes, ele afirma que a busca por assegurar a própria felicidade seria um dever indireto, por quê: (a) Faria coincidir liberdade e natureza na condição humana. (b) Atestaria que há uma ordem moral no mundo. (c) Nenhuma das respostas. (d) Consistiria na realização do propósito da natureza para o homem. (e) Afastaria a tentação para a transgressão dos deveres decorrente do sofrimento. 84 - " imperativo categórico é portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal". Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma açao é considerada ética quando: (a)Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade. (b) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente. (c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de autoconservação. (d) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos sem prejuízo da humanidade. (e) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana. 85- Sobre a concepção de Justiça em Kant, é correto afirmar: A) É definida pelo direito positivo e nele encontra sua fonte, prescindindo de qualquer outro parâmetro de legitimidade. E) Configura-se com base em valores comuns partilhados tradicionalmente em cada ordenamento jurídico-político.D) Ampara-se em parâmetros racionais, a priori, que embasam o direito natural e que devem se converter em leis públicas de coerção. B) Resulta da definição estatutária do direito sob a forma da lei estabelecida nos códigos jurídicos e é confirmada pelas ações dos Estados. C) Coincide com a vontade do legislador, a partir da qual são definidos os parâmetros racionais de gestão dos Estados. 86- Kant concebe a liberdade como um dos principais conceitos da ética, como autonomia. Isto posto, qual das alternativas abaixo explicaria o que é, para Kant, ser livre? C) Ser livre é não estar obrigado a nada nem ter limites para agir. B) Ser livre é se autolegislar de acordo com a razão que, por ser a mesma em todos os seres humanos, implica em uma ética universal. E) Ser livre é libertar-se das influências sociais. D) Ser livre é escolher suas próprias regras, de forma que a ética será diferente para cada sujeito. A) Ser livre é agir segundo a vontade, sem interferência da razão. 87- Para John Rawls, dois princípios de justiça emergem na posição original através de um acordo unânime. A partir daí podemos afirmar que: I - Cada pessoa tem um direito igual a um esquema plenamente adequado de liberdades básicas iguais que seja compatível com um esquema similar de liberdade para todos; II - As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições; III - Primeiro, elas devem estar associadas a cargos e posições abertos a todos em condições de igualdade equitativa de oportunidades; IV - Segundo, elas devem ser para o maior benefício dos membros menos favorecidos da sociedade. Das assertivas acima são corretas somente: (a) I e III (b) I, II e III (c) I, II, III e IV (d) I, III e IV (e) I e II 88 - É uma característica fundamental da teoria da justiça de John Rawls, na Interpretação de Roberto Gargarella: (a) Utilitarismo, na forma da postura que considera um ato como correto quando maximiza a felicidade geral. (b) Minimização do papel do Estado junto à sociedade, cuja intervenção deve reservar-se a corrigir ilegalidades patentes. (c) A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade. (d) A concepção de um Estado que privilegie a meritocracia, eis que é necessário recompensar adequadamente o esforço individual que, se utilizado em todo seu potencial, terminará por favorecer toda a sociedade. (e) A eleição de um rol determinado e imutável de bens de vida que deve estar disponível a todos os membros da sociedade, em qualquer época. 89 - Leia o texto a seguir. (UEL 2011): Habermas distingue entre racionalidade instrumental e racionalidade comunicativa. A racionalidade comunicativa ocorre quando os seres humanos recorrem à linguagem com o intuito de alcançar o entendimento não coagido sobre algo, por exemplo, decidir sobre a maneira correta de agir (ação moral). A racionalidade instrumental, por sua vez, ocorre quando os seres humanos utilizam as coisas do mundo, ou até mesmo outras pessoas, como meio para se alcançar um fim (raciocínio meio e fim). Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria da ação comunicativa de Habermas, é correto afirmar que: (a) Um grupo de amigos que se reúne para decidir democraticamente o que irão fazer com o dinheiro que ganharam em um bolão da Mega Sena é um exemplo de racionalidade instrumental. (b) Realizar um debate entre os alunos de turma da faculdade buscando decidir democraticamente a melhor maneira de arrecadar fundos para o baile de formatura é um exemplo de racionalidade instrumental. (c) Contar uma mentira para outra pessoa buscando obter algo que desejamos e que sabemos que não receberíamos se disséssemos a verdade é um exemplo de racionalidade comunicativa. (d) Um adolescente que diz para seu pai que vai dormir na casa de um amigo, mas, na verdade, vai para uma festa com amigos, é um exemplo de racionalidade comunicativa. (e) Alguém que decide economizar dinheiro durante vários anos a fim de fazer uma viagem para os Estados Unidos da América é um exemplo de racionalidade instrumental. 90 - Leia a trecho a seguir: A Corte Constitucional deve ¿entender a si mesma como protetora de um processo legislativo democrático, isto é, como protetora de um processo de criação democrática do direito, e não como guardiã de uma suposta ordem suprapositiva de valores substanciais. A função da Corte é velar para que se respeitem os procedimentos democráticos para uma formação da opinião e da vontade políticas de tipo inclusivo, ou seja, em que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador político¿. (Más Allá del Estado Nacional. Madrid: Trotta, 1997, p. 99) O trecho citado, acerca da postura de um Tribunal Constitucional durante o seu processo de interpretação da Constituição, corresponde à obra e concepção: (a) Mista de John Hart Ely de democracia. (b) Procedimental de Jürgen Habermas da teoria do discurso. (c) Moral contratual de Locke, com base no direito de resistência. (d) Procedimental de John Rawls do fórum público de princípios. (e) Contratual com base na democracia indireta não participativa rousseauniana. 91- Jürgen Habermas, na obra Direito e democracia (Faktizität und Geltung), menciona dois modelos de democracia os quais ele pretende superar, conciliando-os: o primeiro é o sugerido por I. Kant, mais próximo do liberalismo, centrado na autonomia do indivíduo; o segundo é o de J-J. Rousseau, mais próximo do republicanismo, centrado na comunidade ética. O terceiro modelo, proposto por Habermas, consiste: (a) No modelo procedimental da política deliberativa. (b) Na constituição discursiva de uma vontade geral. (c) Nenhuma resposta está correta. (d) Na salvaguarda institucional do uso público da razão. (e) Na síntese entre direito legítimo e opinião pública. 92 - A escolha de um discurso competente é um mecanismo da razão e do agir comunicativo. Esta abordagem é defendida por: (a) Jürgen Habermas (b) Paulo Freire (c) Pierre Bourdieu (d) Adorno e Hockheimer. (e) Pierre Levy 93 - Thomas Hobbes acreditava que o homem era o lobo do homem. O que Hobbes queria dizer com isso? (a) Que o homem, assim como os lobos, relacionavam-se em alcateias, formando uma hierarquia em que o objetivo comum era a obtenção de alimento. (b) Que o homem é capaz de agir como predador de sua própria espécie, podendo ser cruel, vingativo e mau quando lhe fosse conveniente em seu estado de natureza. (c) Que o ser humano passou a ver na figura do lobo um espelho de suas atividades sociais, de forma que, em algumas sociedades, o lobo ainda é uma figura simbólica. (d) Que a amizade entre os seres humanos era comparável à relação próxima que os lobos possuem em uma alcateia. (e) Nenhuma afirmativa está correta. 94- John Locke acreditava que o homem era uma criatura naturalmente "racional e social", com inclinação para o bem e um forte senso de amor ao próximo e empatia pela dor alheia. Nesse sentido, o que motivaria o homem natural de Locke a se sujeitar ao contrato social? (a) O homem natural para Locke, apesar de racional, não era invariavelmente "bom". O amor próprio e o egoísmo ainda faziam parte de sua índole. Isso prejudicaria o estabelecimento de uma sociedade harmoniosa sem que houvesse uma entidade de mediação de conflitos. (b) A perpetuação da paz natural que o ser humano e suas relações sociais proporcionavam no estado de natureza. (c) Nenhuma resposta está correta. (d) O contrato social implicava o abandono da selvageria e da barbárie em que o homem vivia. (e) O texto engana-se. O homem natural de Locke jamais se sujeitaria ao contrato social, já que as liberdades individuais do homem natural não seriam abandonadas. 95 - O contratualismo é uma escola de pensamento a partirda qual várias interpretações sobre a natureza humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano: (a) era o único ser vivo do planeta capaz de manter relações sociais. (b) era como uma tábula rasa, pois nascia completamente desprovido de qualquer tipo de ideia ou consciência. (c) era um animal desprovido de qualquer tipo de capacidade de relação social. (d) vivia em um estado de natureza anterior às organizações sociais ou políticas que temos hoje. (e) sempre viveu em uma sociedade hierarquizada 96- O Contratualismo é uma corrente filosófica teórica central que abrange várias concepções particulares, com propriedades diversas, todas ligadas pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre os indivíduos de uma comunidade, portanto, "os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante um contrato social para constituir a sociedade civil." Desse feito, são considerados filósofos contratualistas: D) Savigny, Hebert Hart e Norberto Bobbio C) Maquiavel, Agostinho e Descartes E) Nietzsche, Horkheimer, Comte. B) Hobbes, Locke e Rousseau A) Platão, Aristóteles e Thales de Mileto
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