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Resumo AV1 Civil 3

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Direito Civil 3 
• Contrato: é o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir direitos. É 
considerado um negócio jurídico bilateral e resulta do mútuo consenso das partes. 
 
• Função social do contrato: 
 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 
Dois aspectos: 
(1) Individual: satisfazer os interesses próprios – instrumento de circulação de riquezas. 
(2) Coletivo: atinge a finalidade de forma justa. O contrato representa uma fonte de equilíbrio 
social – instrumento de desenvolvimento social. 
 
• Condições de validade do contrato: para que o negócio jurídico produza seus efeitos é necessário 
que preencha certos requisitos. 
 
Os requisitos de validade são divididos em: 
(1) Requisitos subjetivos: 
a. Manifestação de duas ou mais vontades e capacidade genérica dos contratantes: é exigida a 
capacidade de agir em geral, que pode inexistir em razão da menoridade, bem como ser 
reduzida (menoridade relativa, embriaguez, etc), causando a anulação ou nulidade do 
contrato. 
 
b. Aptidão específica de contratar: capacidade especial. Em alguns casos, há falta de 
legitimidade ou impedimento para realização de certos negócios. 
 
c. Consentimento: consentimento recíproco/ acordo de vontades. 
✓ Acordo sobre a existência da natureza do contrato: se um quer doação e o outro, 
venda, não há. 
✓ Acordo sobreo objeto do contrato 
✓ Acordo sobre as cláusulas que o compõe 
O consentimento deve ser livre e espontâneo sob pena de vícios de consentimento. A 
manifestação da vontade pode ser: tácita, expressa, escrita, verbal. 
 
 
 
(2) Requisitos objetivos: 
Tais requisitos 
devem respeitar 
2 ordens
De ordem geral 
(comuns a 
todos os atos e 
negócios 
jurídicos)
Capacidade do 
agente
Objeto lícito, possível, 
determinado ou 
determinável
Forma prescrita ou 
não defesa em lei 
(art 104)
De ordem 
especial
Consentimento 
recíproco ou acordo 
de vontades
a. Licitude do objeto: objeto lícito é aquele que não atenta contra a lei, a moral e os bons 
costumes. Ele pode ser imediato (dar, fazer e não fazer) ou mediato (bem). 
 
b. Possibilidade física ou jurídica 
 
c. Determinação de seu objeto: determinado ou determinável. 
 
(3) Requisitos formais: deve ser a prescrita e não defesa em lei. 
Espécies de forma: 
a. Livre: regra geral (consensualismo). Qualquer meio de manifestação de vontade, não imposto 
obrigatoriamente pela lei. 
 
b. Especial/Solene: exceção (formalismo). É exigida pela lei, com a finalidade de assegurar a 
autenticidade do negócio. Pode ser dividido em forma única (a lei não permite substituir por outra) 
ou forma múltipla (lei permite formalização do negócio por diversos modos, cabe ao interessado 
optar validamente por um deles). 
 
c. Contratual: é a convencionada pelas partes e somente terá validade com instrumento público. 
 
• Princípios fundamentais: 
 
1) Princípio da autonomia da vontade: ampla liberdade contratual. Os contratantes têm o poder de 
disciplinar seus interesses mediante acordo de vontade, suscitando efeitos tutelados pela ordem 
jurídica. Têm as partes faculdade de celebrar ou não contratos, sem qualquer interferência do 
Estado. Serve como fundamento para celebrar os contratos atípicos (é o que resulta não de um 
acordo de vontades regulado no ordenamento jurídico, mas gerado pelas necessidades e 
interesses das partes). 
 
2) Princípio da supremacia da ordem pública: o interesse da coletividade prevalece sobre o 
individual, pois o princípio da autonomia da vontade não é absoluto. 
 
3) Princípio do consensualismo: Para aperfeiçoamento do contrato basta o acordo de vontades, 
contrapondo-se ao formalismo (exceção). O contrato resulta do consenso das partes com ou sem 
a entrega da coisa. Os contratos são, em regra, consensuais. Alguns poucos são reais porque 
somente se aperfeiçoam com a entrega do objeto, subsequente ao acordo de vontades. 
 
4) Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos: os efeitos dos contratos só se produzem 
em relação às partes, aqueles que manifestaram a sua vontade, não sendo afetado terceiros. 
 
5) Princípio da obrigatoriedade dos contratos (intangibilidade ou princípio da força vinculante 
dos contratos): ninguém é obrigado a contratar, entretanto, se o fizerem, sendo o contrato válido 
e eficaz, devem cumpri-lo. Como foram as partes que escolheram os termos do ajuste e a ele se 
vincularam, não cabe ao juiz preocupar -se com a severidade das cláusulas aceitas, que não 
podem ser atacadas sob a invocação dos princípios de equidade. 
 
Fundamentos: 
✓ Necessidade de segurança jurídica nos negócios. 
✓ Intangibilidade ou imutabilidade do contrato – qualquer alteração deverá ser bilateral, não 
podendo ser alterada nem pelo juiz. 
 
6) Princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva: permite aos contratantes 
recorrerem ao judiciário para obterem alteração da convenção e condições mais humanas em 
determinadas situações. 
✓ Cláusula Rebus Sic Stantibus: presume-se nos contratos comutativos, de trato sucessivo e de 
execução diferida, a existência implícita (não expressa) de uma cláusula pela qual a 
obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. No 
entanto, poderá ser modificada em razão de acontecimento extraordinário (ex: guerra – teoria 
da imprevisão). 
 
7) Princípio da boa-fé e da probidade: 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua 
execução, os princípios de probidade e boa-fé. 
✓ Boa-fé: as partes devem se comportar de forma correta durante as tentativas, formação e o 
cumprimento do contrato. Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza. Deverá agir com 
probidade, lealdade e honestidade. Boa fé subjetiva (concepção psicológica/intimo) ≠ boa fé 
objetiva (concepção ética da boa-fé – regra de conduta). 
Funções da boa-fé: deveres de lealdade e confiança recíproca, dever de assistência, dever de 
informação e dever de sigilo ou confidencialismo. 
 
✓ Probidade: a honestidade de proceder ou a maneira criteriosa de cumprir todos os deveres, que 
são atribuídos ou cometidos à pessoa. 
 
8) Princípio da equivalência material: realizar e preservar o equilíbrio real dos direitos e deveres 
no contrato, antes, durante e após a sua execução, para harmonização dos interesses – justo 
equilíbrio contratual. 
 
• Classificação dos contratos: 
 
1) Quanto à natureza da obrigação: 
 
➔ Unilaterais: criam obrigações para uma das partes. Ex: Doação pura. 
➔ Bilateral: geram obrigações para ambos os contratantes. São sinalagmáticas, pois há reciprocidade 
de prestações. Ex: compra e venda. 
Excepcio no adimpleti: nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua 
obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
OBS: Contrato bilateral imperfeito é aquele que nasce como unilateral e durante sua execução converte-
se em bilateral. Ex: Comodato. 
➔ Plurilaterais: contém mais de duas partes. Ex: consórcio, contrato de sociedade. 
 
➔ Gratuito ou benéficos: apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem. Ex: doação pura, 
comodato. 
➔ Oneroso: São dessa espécie quando impõem ônus e, ao mesmo tempo, acarretam vantagens a 
ambas as partes, ou seja, sacrifícios e benefícios recíprocos. 
Em regra: Bilateral oneroso 
Q
u
a
n
to
 a
o
s
 e
fe
it
o
s
Unilaterais
Bilaterais
Plurilaterais
Gratuitos
Onerosos
Comutativos
Aleatórios
Aleatórios por 
natureza
Aleatórios 
acidentais
 Unilateral gratuito 
Exceção: 
- Contratounilateral oneroso: mútuo feneratício ou oneroso (convencionado pagamento de juros) 
- Contrato bilateral gratuito: mandato – contrato bilateral imperfeito. 
 
Onerosos e bilaterais: 
➔ Comutativos: são contratos de prestação certas e determinadas. As partes podem antever as 
vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, decorrente de sua celebração porque não 
envolve nenhum risco. Ex: lesão. 
➔ Aleatórios: Pelo menos uma das partes não pode antever a vantagem que receberá ou sacrifício que 
terá que dispor, em troca da prestação fornecida. O objeto do negócio está ligado à ideia de risco, 
podendo resultar um lucro ou perda para qualquer das partes. 
Aleatórios por natureza: nascem aleatórios. 
Acidentalmente aleatórios: ocorre quando o contrato tipicamente comutativo torna-se aleatório. 
a) Venda de coisa futura: 
✓ Risco concernente à própria existência da coisa – “emptio spei” – venda da esperança. 
Art 458: “Se o contrário for aleatório, por dizer respeito a coisa ou fatos futuros, cujo risco de não vier a 
existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, 
desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir”. 
✓ Risco respeitante à quantidade da coisa esperada – “emptio rei speratae” – venda de coisa esperada: 
se o risco da aquisição de safra futura limitar-se à sua quantidade, pois deve ela existir, o contrato 
fica nulo se nada puder ser colhido. Porém, se existir uma pequena quantidade por menor que seja, 
o contrato deve ser cumprido, tendo o vendedor direito a todo o preço ajustado. 
Art 459: “Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem 
a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte 
não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada” 
Parágrafo único. “Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o 
preço recebido”. 
b) Venda de coisa existente, mas expostas a risco: 
Art 460: Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo 
adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, 
ou de todo, no dia do contrato. 
Art 461: A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo 
prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se 
considerava exposta a coisa. 
Ex: a venda de mercadorias que está sendo transportada em alto-mar por pequeno navio, cujo risco de 
naufrágio o adquirente assumiu. É validada mesmo que a embarcação tenha sucumbido na data do 
contrato, salvo má-fé. 
2) Quanto à formação 
➔ Paritários: tipo tradicional, em que as partes discutem livremente as condições, porque se encontram 
em condição de igualdade. 
➔ De adesão: não permite essa liberdade, pois há preponderância da vontade de um dos contratantes. 
➔ Contrato-tipo, de massa, em série ou por formulário: Ex: contratos bancários. 
 
Contrato de adesão Contrato-tipo 
Tem como característica a desigualdade econômica 
dos contratantes. 
Não lhe é essencial a desigualdade econômica dos 
contratantes. 
 
Não admite discussão sobre seu conteúdo. 
Em geral, são deixados claros, a serem preenchidos 
pelo concurso de vontades (admite discussão). 
As cláusulas são impostas por uma parte a outra As cláusulas não são impostas, mas apenas pré-
redigidas 
É endereçada a um número indeterminado e 
desconhecido de pessoas 
 
Destina-se a pessoas ou grupos identificáveis 
É impresso e não admite modificação por imposição 
do aderente 
Podem ser acrescentadas, às impressas, cláusulas 
datilografadas ou manuscritas 
 
 
3) Quanto à disciplina jurídica: civis, comerciais, consumeristas, trabalhistas, administrativos. 
 
4) Quanto à forma: 
 
➔ Solenes (formais): devem obedecer a forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. x 
➔ Não solenes (de forma livre): basta o consentimento para sua formação. 
 
➔ Consensuais: é a regra. São aquelas que se formam unicamente pelo acordo de vontades, 
independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. Ex: compra e 
venda. x 
➔ Reais: são os que exigem para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega da coisa. Esses 
contratos não se formam sem a tradição da coisa. Ex: penhor, arras. 
 
5) Quanto à designação: 
➔ Nominados: tem designação própria. x 
➔ Inominados: não tem designação própria. É um contrato que não tem nome no ordenamento jurídico 
(não da para prever todas as hipóteses). 
 
➔ Típico: são os regulados pela lei. x 
➔ Atípico: resulta do acordo das vontades não tendo suas características e requisitos definidos e 
regulados na lei. Para que sejam válidos, bastam o consenso entre as partes, o objeto ser lícito, 
determinado/determinável e suscetível de apreciação econômica. 
Art 425: É licito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas nesse 
código. 
 
➔ Misto: resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade dos 
contratantes. → contrato único/unitário. x 
➔ Coligado: vários contratos celebrados pelas celebrados pelas partes apresentam-se interligados. 
Embora distintos estão ligados por uma cláusula acessória implícita ou explícita. Ex: venda de 
automóvel e a gasolina. x 
➔ União dos contratos: são contratos distintos e autônomos, apenas realizados no mesmo documento 
ou ao mesmo tempo. O vínculo é meramente externo (compra da moradia e reparação de um outro 
prédio). 
 
6) Quanto à pessoa do contratante: 
➔ Personalíssimo (intuito personae): as obrigações personalíssimas não podem ser executadas por 
outro, pois são intransmissíveis aos sucessores. Também não podem ser objeto de cessão. 
Havendo erro essencial sobre a pessoa do outro contratante, são anuláveis. x 
➔ Impessoais: a prestação pode ser cumprida pelo obrigado ou por terceiro. 
 
➔ Individuais: as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas. Cria 
obrigações para as pessoas que dele participam. Ex: contrato individual de trabalho. x 
➔ Coletivos: é o acordo de duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias 
profissionais, sendo denominados de convenções coletivas. Criam obrigações para todas as 
pessoas pertencentes a determinada categoria (gera deliberações normativas). 
 
7) Quanto ao tempo de sua execução: 
➔ Instantânea/ imediata/ execução única: se consomem num só ato, sendo cumprimos imediatamente 
após a sua celebração – prestação única. 
➔ Diferida/ retardada: são cumpridos em um só ato, mas em momento futuro. 
➔ Trato sucessivo/ continuada: cumpridos por meio de atos reiterados. Se renovam em prestações 
singulares e sucessivas, em períodos consecutivos. Ex: Estácio. 
 
8) Pelo motivo determinante do negócio: 
➔ Causais: vinculados a uma causa que os determinou, podendo ser declarados inválidos, se a 
mesma for considerada inexistente, ilícita ou inválida. Ex: duplicata. 
➔ Abstratos: força decorre da própria forma, independente da causa que a estipulou. Ex: cheque, título 
de crédito. 
9) Pela função econômica: 
➔ Troca: permuta. 
➔ Associativos: coincidência de fins. Ex: sociedade e parcerias. 
➔ Prevenção de risco: assunção de riscos por parte de um dos contratantes. Ex: seguro. 
➔ Crédito: obtenção de um bem para ser restituído posteriormente, calçada na confiança dos 
contratantes e no interesse de obtenção de uma utilidade econômica em tal transferência. Ex: mutuo 
feneracídio (juros). 
➔ Atividade: prestação de umaconduta de fato, mediante a qual se conseguirá uma utilidade 
econômica. Ex: contrato de emprego. 
 
• Contatos reciprocamente considerados: 
1) Quanto à relação de dependência: 
➔ Principais: tem existência própria. Não depende de qualquer outro para existir. Ex: contrato de 
compra e venda. 
➔ Acessórios: tem existência subordinada à do contrato principal. A função predominante é o 
cumprimento das obrigações contraídas no contrato principal. Ex: cláusula penal, fiança, penhor, 
hipoteca. Poderão as partes convencionar a extinção do contrato principal em virtude do 
desaparecimento do acessório (interdição do fiador). 
➔ Derivados / subcontratos: tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato (principal). Ex: 
sublocação, subempreitada, subconcessão. Não é permitida nos contratos de execução instantânea 
e nos personalíssimos. 
 
2) Quanto à definitude: 
➔ Preliminares: único objeto. 
➔ Definitivos: tem por objetos diversos, de acordo com a natureza da avença. 
 
• Contrato preliminar – contrato promessa – pactum de contrahendo: é um contrato provisório que 
tem como único objeto a celebração de um contrato definitivo. Ex: promessa de compra e venda. 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao 
contrato a ser celebrado. → forma é livre. 
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde 
que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a 
celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. → se não tiver cláusula de 
arrependimento, o pré-contrato é irretratável e irrevogável, exigindo a celebração do contrato definitivo 
e, se necessário, valer-se da execução específica (forçada) 
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. → Deve ser 
interpretada como fator de eficácia perante terceiros. Desse modo, mesmo não registrado, o contrato 
preliminar gera obrigação de fazer para as partes. 
Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte 
inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza 
da obrigação. → execução específica/forçada. 
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo 
desfeito, e pedir perdas e danos. 
Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, 
deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente 
assinado pelo devedor. → se eu não tiver dinheiro na época, não compro. 
• Estipulação em favor de terceiro: uma pessoa convenciona com outra que concederá uma 
vantagem ou benefício em favor de um terceiro. 
Personagens: 
1- Estipulante: contratante. CAPACIDADE 
2- Promitente: contratado. PLENA 
3- Beneficiário (terceiro). 
 
➔ É uma exceção ao princípio da relatividade (o contrato somente tem efeito entre as partes) 
➔ O benefício tem que ser gratuito – vantagem pecuniária recebida sem contraprestação 
➔ É consensual e de forma livre, sendo o objeto determinado ou determinável. 
➔ Não é necessária a manifestação da vontade do beneficiário para ser valida. 
 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, 
ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar 
nos termos do art. 438. → mesmo estranho ao contrato, o beneficiário torna-se credor do promitente, 
bem como, o estipulante tem legitimidade, porém se estipular no contrato que o beneficiário poderá 
executar o contrato, perderá o direito de exonerar o promitente (estipulação irrevogável). 
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a 
execução (do contrato), não poderá o estipulante exonerar (perdoar) o devedor. 
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, 
independentemente da sua anuência e da do outro contratante. → em caso silencio no contrato, o 
estipulante poderá substituir o beneficiário, sem qualquer formalidade, a não ser comunicar o 
promitente. 
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. 
• Promessa de fato de terceiro: a prestação acertada não é exigida do estipulante, mas de um 
terceiro, estranho à relação jurídica obrigacional – flexibiliza o princípio da relatividade. 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o 
não executar. 
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, 
dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a 
indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. 
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter 
obrigado, faltar à prestação. → teve anuência. 
• Contrato com pessoa a declarar: um dos contraentes pode reservar -se o direito de indicar outra 
pessoa para, em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de 
indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do 
contrato, se outro não tiver sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma 
que as partes usaram para o contrato. 
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e 
assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. 
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato 
produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. 
 
• Dos vícios redibitórios: são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, 
que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem o valor. É um defeito grave que 
da ao adquirente a ação para redibir o contrato ou obter abatimento do preço. 
Esses defeitos devem: 
➔ Contratos comutativos, doação onerosa ou doação remuneratória. 
➔ Ser existentes na celebração do contrato e perdurarem até o momento da reclamação 
➔ Desconhecidos pelo alienatário. 
➔ Devem ser graves 
➔ Devem ser ocultos (não permitem a imediata percepção). 
Ações cabíveis (edilícias): 
➔ Redibitórias: rejeita a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do preço pago. 
➔ Estimatórias (ação quanti minoris): abatimento do preço. 
 
Hipóteses de descabimento das ações edilícias: 
1- Coisa vendida conjuntamente: Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de 
uma não autoriza a rejeição de todas. 
2- Inadimplemento contratual: A entrega de coisa diversa da contratada não configura vício redibitório, 
mas inadimplemento contratual, respondendo o devedor por perdas e danos. 
3- Erro quanto as qualidades essenciais do objeto: nesse caso, o defeito é subjetivo (não quer), 
diferentemente do vício redibitório, cujo defeito é objetivo (apresentaimperfeições). 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos 
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. → só vale para contrato 
oneroso. Nas doações onerosas é aplicável até o limite do encargo. Vale também para doações 
remuneratórias. 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar 
abatimento no preço. 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e 
danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. → 
A ignorância do vício pelo alienante não o exime de responsabilidade. 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, 
se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta 
dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na 
posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
Prazos decadenciais: a contar da tradição – entrega. 
➔ A contar da tradição (entrega): 30 dias – bens móveis e 1 ano – bens imóveis. 
➔ Se o adquirente já estava na posse do bem, conta a partir da alienação e o prazo cai pela metade: 15 
dias – bens móveis e 6 meses – bens imóveis. 
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do 
momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de 
bens móveis; e de um ano, para os imóveis. → defeito de difícil constatação. 
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os 
estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no 
parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. → Exceção a respeito dos prazos 
a partir da tradição. A outra exceção são as máquinas sujeitas a experimentação. – prazo máximo 
de 180 nos 2 casos desde o conhecimento. 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas 
o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, 
sob pena de decadência. → A cláusula de garantia (garantia convencional) impede que corra o prazo 
da garantia legal enquanto estiver vigente (suspendesse o prazo decadencial). 
• Evicção: é a perda da coisa em virtude de sentença judicial, que atribui a outrem por causa jurídica 
pré-existente ao contrato. Deriva de um contrato oneroso e comutativo. 
Personagens: 
1- Alienante: responde pelo risco. 
2- Evicto: adquirente vencido na demanda movida por terceiro. 
3- Evictor: terceiro reivindicante e vencedor da ação. 
Requisitos da evicção: 
➔ Perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada 
➔ Onerosidade da aquisição 
➔ Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa 
➔ Anterioridade do direito do evictor 
 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda 
que a aquisição se tenha realizado em hasta pública (leilões). → a responsabilidade não cabe nos 
contratos gratuitos. 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade 
pela evicção. → Em regra, o adquirente tem o direito de voltar-se contra o alienante para ser ressarcido 
do prejuízo, exceto se houver cláusula expressa que excluindo essa responsabilidade. Em todo caso, 
a cláusula expressa deve submeter-se ao controle judicial para seguir o princípio da boa-fé e do 
enriquecimento sem causa. 
 
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito 
o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele 
informado, não o assumiu. 
1- Inexistência de cláusula excludente de garantia = responsabilidade integral do alienante; 
2- Cláusula expressa de exclusão de garantia + conhecimento e assunção do risco da evicção 
pelo evicto = isenção de qualquer responsabilidade do alienante; 
3- Cláusula expressa de exclusão de garantia + desconhecimento ou não assunção do risco 
da evicção pelo evicto = responsabilidade do alienante apenas pelo preço pago pelo 
adquirente pela coisa evicta. 
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço 
ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da 
evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que 
se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. 
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, 
exceto havendo dolo do adquirente. 
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a 
indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. 
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas 
pelo alienante. 
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o 
valor delas será levado em conta na restituição devida. 
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato 
e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá 
somente direito a indenização. 
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. 
 
 
• A formação dos contratos: o contrato é a manifestação das vontades (momento subjetivo) que 
podem ser exteriorizadas (momento objetivo) de forma expressa, tácita, verbal ou escrita. 
Fases: 
1- Negociações preliminares/ puntuação: fase de debate, conversação, estudo. Se escrita, chama-
se minutas. Não há vinculo jurídico entre as partes, sendo que a recusa não gera dever de 
indenizar, exceto se demonstrado interesse no negócio apenas para prejudicar a outra parte 
(princípio da boa-fé) – responde por perdas e danos. 
 Art 422: Não inviabiliza o princípio da boa-fé nas fases pré ou pós-contratual. 
2- Proposta/oferta/ policitação: é a declaração definitiva da vontade de contratar com o intuito de 
fazer com que seu destinatário se vincule aos termos ofertados, caso aceite a proposta. 
➔ Vincula o proponente/policitante – quem propõe. 
➔ O que deve conter: preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento. 
 
3- Aceitação/ oblação: é a concordância com os termos da proposta. 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da 
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. → tem força vinculante, pois obriga o proponente 
a responder por todas as consequências se injustificadamente retirar-se do negócio. 
 Exceção: morte ou interdição do proponente (policitante) – responderá, respectivamente, os herdeiros 
e o curador do incapaz pelas consequências jurídicas do ato. 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta – em razão das circunstâncias do caso 
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente 
a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicaçãosemelhante; 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao 
conhecimento do proponente; 
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; 
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do 
proponente. 
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, 
salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. 
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada 
esta faculdade na oferta realizada. 
 Ex: feiras, leilões, vitrines de lojas. 
Se houver delimitação clara de preço e forma de pagamento, tais informações corresponderão a 
proposta, tendo força obrigatória. 
Exceção – a proposta não é obrigatória: 
(1) Se contiver cláusula expressa a respeito. Ex: proposta sujeita a confirmação – se o destinatário 
aceitar, correrá o risco. 
(2) Em razão da natureza do negócio, Ex: limitação do estoque da loja. 
(3) Em razão das circunstâncias do caso (art 428) 
 
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, 
este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. → 
hipótese de não obrigatoriedade da aceitação. 
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova 
proposta. 
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente 
a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. → A proposta 
pode ser expressa ou tácita. 
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a 
retratação (confissão de engano) do aceitante. → hipótese de não obrigatoriedade da aceitação 
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: 
I - no caso do artigo antecedente; 
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; 
III - se ela não chegar no prazo convencionado. 
Momento de consumação do contrato: 
(1) Contrato entre presentes: em regra, a manifestação sobre a proposta deve ser imediata, exceto 
se for convencionado prazo → contrato é formado no momento da aceitação. 
(2) Contrato entre ausentes: neste caso, tanto a proposta quanto a aceitação demoraram algum 
tempo para chegar ao destino. Quando é celebrado o contrato: 
➔ Teoria da informação: é o da chegada da resposta a conhecimento do proponente. 
➔ Teoria da declaração ou agnição: 
a- Declaração propriamente dita: bastando apenas a declaração da aceitação. 
b- Da expedição: declaração + expedição. 
c- Da recepção: declaração + expedição (enviada) + entregue. 
 
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
 
• Da extinção do contrato: 
➔ Modo normal de extinção: o cumprimento da prestação libera o devedor e satisfaz o credor – 
quitação. 
➔ Extinção do contrato sem cumprimento: obrigação não foi cumprida. 
 
1- Causas anteriores ou contemporâneas: 
a) Nulidade absoluta ou relativa: defeitos decorrentes do não preenchimento de seus requisitos, que 
afetam a sua validade → subjetivos (capacidade das partes e livre consentimento), objetivo (objeto 
lícito, possível, determinado, determinável) e formais (prescrito em lei). 
➔ Nulidade absoluta: ausência do elemento essencial do ato. Vício originário que impede o que 
contrato produza efeito desde a sua formação (ex tunc). 
➔ Nulidade relativa (anulabilidade): imperfeição da vontade – relativamente incapaz não assistido 
ou vício no consentimento. (ex nunc). 
 
b) Cláusula resolutiva: a parte pode pedir a resolução, caso a outra parte não cumpra com a 
obrigação. Ela pode estar expressa (contrato) ou implícita/tácita (presumido pela lei). 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação 
judicial. 
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Causas 
anteriores ou 
contemporâneas
Nulidade absoluta ou 
relativa
Cláusula 
resolutiva
Direito de 
arrependimento
Causas 
supervenientes
Resolução
Inexecução 
voluntária
Inexecução 
involuntária
Onerosidade 
excessiva
Resilição
Bilateral
Unilateral
Morte de um 
dos 
contratantes
Rescisão
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir 
exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 
 
c) Direito de arrependimento: deve ser expressamente previsto no contrato. 
 
2- Causas supervenientes: 
a) Resolução: inexecução ou incumprimento por um dos contratantes. 
➔ Inexecução voluntária: comportamento culposo de um dos contratantes, com prejuízo ao outro. 
Efeito ex tunc, extinguindo o que foi executado e obrigando a restituição recíproca. Cabe perdas 
e danos + clausulas penais. 
 
Exceção do contrato não cumprido: nos contratos bilaterais as obrigações das partes são 
recíprocas e interdependentes: cada um dos contraentes é simultaneamente credor e devedor um 
do outro. Se uma delas não é cumprida, deixa de existir causa para o cumprimento da outra. Por 
isso, nenhuma das partes, sem ter cumprido o que lhe cabe, pode exigir que a outra o faça. 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode 
exigir o implemento da do outro. 
 
Garantia de execução da obrigação a prazo: proteger os interesses do contratante. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em 
seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a 
outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê 
garantia bastante de satisfazê-la. 
 
➔ Inexecução involuntária: quando ocorre caso fortuito ou força maior, sendo impossível cumprir 
o contrato por motivos alheios a vontade do contratante. 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se 
expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa 
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo 
se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente 
desempenhada. 
A impossibilidade deve ser total, pois se parcial, o credor pode ter interesse em que mesmo assim o 
contrato seja cumprido. 
➔ Onerosidade excessiva – cláusula rebus sic stantibus e a teoria da imprevisão: vale para 
contratos comutativos. Não se aplica aos contratos aleatórios. 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se 
tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença 
que a decretar retroagirão à data da citação. 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as 
condições do contrato. 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a 
sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade 
excessiva. 
 
b) Resilição: extinção do contrato em consequência da vontade de uma parte (unilateral) ou de ambas 
(bilateral). 
➔ Unilateral: denuncia, revogação ou resgate. 
➔ Bilateral/ distrato/quitação: é a declaração de vontade das partes contratantes, no sentido 
oposto ao que havia gerado o vínculo. É o contrarius consensus – gera o contrato liberatório. 
 
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera 
mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos 
consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido 
prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
Art 320: A quitação sempre poderá ser dada por instrumento particular. → a quitação deve ter a forma 
escrita. 
c) Morte de um dos contratantes: somente acarreta a dissolução dos contratos personalíssimos. 
 
d) Rescisão: deve ser empregado nas hipóteses de dissolução de determinados contratos, como 
aqueles em que ocorreu a lesão ou que foram celebrados em estado de perigo.

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